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História The best mistake. - Me deixe ir.


Escrita por: shadesofselena

Notas do Autor


Olá meus amoresss. Me desculpem pela demora, mas aqui está o capitulo novo.
Espero que gostem. E qualquer errinho me desculpem, não revisei rs

Capítulo 8 - Me deixe ir.


Fanfic / Fanfiction The best mistake. - Me deixe ir.

 

Selena Gomez Point Of View.

 

 Eu era uma pessoa naturalmente pontual, então é óbvio que consegui chegar no horário certo em meu encontro. Nat já estava a minha espera, na entrada do shopping. Ele sorriu quando me viu. Um sorriso bem caloroso, que em minha opinião, era uma das melhores qualidades dele.

– Oi Nat. - disse ao me aproximar, dando um leve beijo em sua bochecha.

– Oi. Você está linda.

 Eu também sorri, um pouco mais tímida que ele.

– Obrigada. Vamos?

 Ele começou a andar, e eu caminhei ao seu lado. Começamos a conversar sobre nossas vidas pessoais, levando em conta que por sermos apenas colegas de curso não sabíamos muita coisa um sobre o outro.

 Eu fiquei impressionada com Nat. Sempre me considerei uma pessoa inteligente, mas perto dele fiquei tentada a me questionar sobre isso. Ele não era muito de festas e lazer, mas gostava de sair quanto tinha tempo, isso é, quando não estava enterrado em livros. Ele até mesmo me mostrou uma tatuagem que tinha em seu braço, relacionado a uma frase de um dos seus livros favoritos.

– Isso é incrível, Nat. - disse meio sorridente, após ler a frase.

– Não é nada demais. Eu não sou um cara que vai fazer muitas tatuagens. Digo… o tipo de cara que você está acostumada a sair.

 Eu franzo o cenho encarando-o, enquanto nos sentamos numa mesa após nossos pedidos chegarem.

– O tipo de cara que eu estou acostumada a sair?

– É. - Nat deu de ombros, meio constrangido. – Quando você começou o curso, eu lembro que você namorava um cara meio grande, cheio de tatuagens nos braços e no pescoço, que fazia parte de uma banda. - Ele cita Ethan. – E você também tinha um amigo, loiro, com os dois braços cobertos de tatuagens também. - Cita Justin. – Eu só quero dizer que eu não sou como eles, entende?

– Bem… - eu tomo um gole da minha bebida. – Os dois homens que você citou podiam ter o mesmo gosto para tatuagens, mas ambos tinham personalidades totalmente diferentes. Do mesmo jeito que você também tem. E se eu gostei deles, por que não poderia gostar de você?

 Nat exibe um pequeno sorriso e assente.

– Certo. Bem, obrigado. - Ele coloca os braços na mesa enquanto me olha. – Então, me fale de você. Sobre sua família.

– De mim? Ah, não tenho muito o que dizer… Eu ainda moro com os meus dois pais. Eles são um casal homossexual. Minha irmã é casada como meu melhor amigo. - Ele come um aperitivo enquanto me analisa, esperando que eu continue. – Meus pais são muito bons comigo. Minha irmã é uma estilista muito adorada e impressionante. - Eu exibo um fraco sorriso ao falar dela. – Ela é incrível.

– Você também é incrível. - diz Nat.

– Não, eu não sou. - rio fraco. – Eu sou um poço de grandes talvez.

– Grandes “talvez”? - repete ele, sem entender.

– É. Talvez eu consiga terminar o meu curso e trabalhar no que quero. Talvez eu consiga sair da casa dos meus pais um dia. Talvez eu seja audaciosa o bastante para fazer algo realmente louco. Talvez o amor não seja algo tão complicado para mim. Eu sou apenas isso. Pensamentos de “talvez”.

– Bem, você sabe o que eu acho? - perguntou ele, se aproximando um pouco mais de mim. – Eu acho que você definitivamente vai conseguir realizar todas essas coisas da sua lista. Mas você não precisa realizar elas para provar o quão incrível você é. Quando você começar a acreditar mais em si mesma você vai perceber isso.

 Eu sorrio para Nat. Com certeza ele era um homem bom que me faria feliz, se eu ao menos desse uma chance para que nos tornássemos algo a mais.

 Mas eu sabia que não conseguiria fazer isso. No fundo, eu sabia.

 A pior coisa de estar apaixonada por alguém, é que você sabe que até conseguir tirar aquela pessoa do seu coração, você não consegue se aproximar verdadeiramente de mais ninguém.

 Eu estava feliz nesse momento. Me sentia leve com Nat, longe de todos os meus problemas.

 Mas bastou apenas um olhar para todo esse momento acabar.

 Pensei que fosse desmaiar quando olhei para a mesa da frente. Senti aquela impressão de que alguém está te olhando, e lá estava ele, olhando para mim, de uma forma intimidadora.

 Eu me encolhi na cadeira mas também o encarei. Justin. E meu deus, como ele era lindo. Estava de azul e jeans, seu cabelo um pouco bagunçado como sempre, sua boca perfeita, mas seus olhos não estavam amigáveis.

 Comecei a sentir uma tristeza tomar conta de mim, aquilo estava acabando comigo. Por que eu estava triste afinal? Por que ele me olhava de forma tão julgadora?

– Eu fiquei feliz que pudemos realizar esse encontro. - disse Nat, retomando a conversa. – Eu sempre quis te conhecer melhor.

 Eu não tinha muita experiencia em relacionamentos levando em conta de que só tive encontros com três pessoas em minha vida. E Ethan era uma delas. Mas sabia que quando uma pessoa dizia “eu sempre quis te conhecer melhor” era como se ela já tivesse pensando em você mais de uma vez.

 Nat nunca esteve realmente em meus pensamentos. Estaria mentindo se dissesse o mesmo agora. Apenas virei para ele e dei o meu melhor doce sorriso.

– Também estou feliz por esse encontro. Você é melhor do que eu imaginei.

 Talvez eu tenha dado a resposta errada. Ou talvez ele quem interpretou errado.

 Mas foi tarde demais. Ele levou isso como uma brecha e aproximou mais seu rosto do meu.

 Ele iria me beijar. Tinha certeza que sim. Meu estomago se revirou com a possibilidade, ainda mais por Justin estar bem a nossa frente, observando cada pequeno detalhe.

 Eu senti quando a mão de Nat tocou em minha nuca. Nossos lábios se roçaram, mas, antes que ele pudesse me beijar, a voz de Justin nos interrompeu, grossa e amedrontante:

– Fique longe dela. Vai ser melhor para você.

 Ambos de nós olhamos para Justin. Nat ficou sem reação por um minuto, antes de declarar:

– O que você tem a ver com isso cara?

– Ele é só um melhor amigo muito protetor. - tentei dizer, mas o olhar de raiva que Justin me mandou me fez ter um pouco de medo dele.

– Um melhor amigo muito protetor? É isso que eu sou agora? Serio, Selena?

 Nat passou a me olhar.

– Vocês dois tem alguma relação? Achei que ele era casado com a sua irmã.

– E ele é. - digo rapidamente. – Eu não sei o que ele está fazendo aqui.

– Eu vim te levar para casa. - respondeu Justin, de um modo cortante e frio. – Levante-se. Você vai embora.

 Nat se meteu no meio.

– Ela pode tomar as próprias decisões dela, cara.

– Selena. - o tom de voz do meu amigo foi como um aviso raivoso. – Você vem comigo ou vai ficar com ele?

 Pensei nas minhas possibilidades. Se eu fosse, poderia magoar Nat. Mas se eu ficasse, além de Justin ir embora puto comigo, o clima do meu encontro com Nat já não seria mais o mesmo, já estava tudo arruinado.

– Eu vou embora. - digo, me levantando. – Mas vou sozinha. - afirmo, e pego minha bolsa. Olho para Nat. – Me desculpe por isso. Nos vemos no curso, tudo bem? - Tento soar o mais sutil possível. Ele apenas assente, sem dizer nada.

 Me sinto mal por ele, então exibo um sorriso triste antes de sair da praça de alimentação. E eu ando rapidamente para fora do shopping, mas assim que saio consigo sentir o aperto de Justin em volta de meu braço. Sou obrigada a virar e olhá-lo.

– O que você quer? Eu não entendo!

– Entender o quê? O que você quer entender, Selena Gomez? Que eu sou louco por você? Que não suporto ver outro homem perto de você? Que se eu pudesse estaria te beijando agora mesmo? Achei que você tivesse entendido ao menos o básico.

 Eu tento me soltar dele e tento impedir que suas palavras causem algum efeito ou impacto dentro de mim. Mas é difícil. Ele sempre sabe o que dizer para me tocar.

– Pare com isso. - murmuro, fraca. – Só pare de dizer tantas coisas e me iludir.

– Eu não estou te iludindo. - ele toca em meu rosto. – Eu te amo.

 Eu nego com a cabeça.

– Não, você não ama.

– Eu amo. O que preciso fazer para te provar isso?

– Eu não sei… - solto um suspiro triste enquanto um nó se forma em minha garganta. – A única coisa que eu sei agora é que você precisa me deixar ir. Eu tenho que seguir com a minha vida, Justin. - Eu me solto dele, mas o mesmo volta me segurar no mesmo segundo.

– Não, não… Eu não posso fazer isso. Você sabe que eu não posso.

– Você só está dificultando as coisas para ambos de nós. - eu o encaro. – Principalmente para mim.

 Dessa vez, consigo me soltar dele e continuar andando. Começa a chover, mas não me importo de me molhar na chuva. Atravesso a rua, mas ainda consigo ouvir os seus passos atrás de mim.

– Selena, espere!

 Em poucas passadas ele está ao meu lado, voltando a segurar em meu pulso debaixo da chuva que começa a ficar cada vez mais forte.

– Você vai voltar a se fechar de novo? Vai voltar a me excluir da sua vida?

 Eu me viro o olhando, um quê de mágoa cruza o seu roto.

– Nós não somos mais o que costumávamos ser. Não podemos mais ser melhores amigos. Dói ficar perto de você, sabendo que você não é meu.

– Mas eu sou seu! - ele pega em minha mão e a leva até o seu peito. – Eu juro que sou. Cada batida do meu coração é sua e de ninguém mais.

– Pare. - digo, controlando as lágrimas que querem cair de meus olhos. – Eu estou cansada dessa nossa dança. É sempre como se fosse um passo á frente e dois para atrás. Estou cansada de pensar em você todos os dias, estou cansada de te amar, estou cansada da dor que sinto toda vez que te olho e lembro que você está casado com a minha irmã.

 Eu começo a chorar. Porque toda a dor que eu disse sentir é verdadeira. Está dentro de mim e me engole a todo momento. Eu não estava perdendo apenas a pessoa que eu mais amava, o homem pelo qual eu estava terrívelmente apaixonada como nunca fui antes… Estava perdendo também o meu melhor amigo. A pessoa que esteve sempre ao meu lado nos momentos bons e ruins. A pessoa que sempre me incentivou a seguir em frente. A pessoa que me dizia que eu era especial e que eu valhia a pena. A primeira pessoa que fez eu não me sentir como um nada e me enxergou de um jeito totalmente diferente. A pessoa que me salvou dos abusos de Ethan e me mostrou como recomeçar.

 Eu estava perdendo o meu melhor amigo. O ser que me completava e que se unia a minha alma.

 Eu estava perdendo uma parte de mim.

– Você uma vez me disse que eu encontraria alguém que me amasse e que me faria feliz. Mas essa pessoa não é você. - murmurei baixo, passando a mão livre pelo meu rosto afim de afastar as lágrimas. – Eu esperei coisas de você que não deveria esperar. Eu queria romance, namoro, intimidade, que vem muito mais de beijos escondidos e pegações momentâneas. Que deveriam vir de muito mais do que momentos de erros e dores. Eu queria poder contar aos meus pais, a minha irmã e aos meus amigos que o homem pelo qual eu sou apaixonada é você. Queria tanto poder dizer isso sem que soasse errado, e sem que você estivesse com ela… Mas eu não posso. E agora eu sinto raiva de mim mesma. Eu me sinto a pessoa mais idiota do mundo porque você nunca vai me dar o que eu preciso, e eu devia saber que não devia esperar isso de você. Não é tanto sua culpa. É minha. Fui eu quem começou tudo isso. Fui eu quem abri essa porta para a gente. - Tiro a água do meu rosto, odiando a sensação dela correndo por minhas bochechas. – E agora serei eu quem vai fechar essa porta. - murmuro e fungo baixinho. – Então, se você me ama como diz, me deixe ir. Porque eu não aguento mais sentir essa dor.

 Pelo o seu olhar é como se eu estivesse acabado de quebrar uma grande parte de si. Ele parece mais machucado e desolado do que nunca.

 Mas, lentamente, ele me solta. E ele não precisa me dizer o que já estava óbvio no momento. Na verdade, sei que ele não conseguiria por em palavras a sua decisão, mas ele já havia cedido.

 Ele me deixaria ir.

 Eu lhe dou as costas e me afasto com passos pesados como chumbos enquanto tudo se revira em meu estomago. Quando pego o caminho da minha casa, olho para trás.

 Justin ainda está parado lá, onde eu o deixei. Suas mãos estão presas na nuca, pressionando sua cabeça para baixo. Tenho uma vontade doentia de correr de volta e dizer a ele para ignorar tudo o que acabei de falar. Que aceito qualquer parte dele que ele queira me dar.

 Mas não posso fazer isso. Seria uma mentira. A dor que eu sinto estava aqui presente em meu ser para me lembrar disso.

 Então eu sigo para a minha casa, destranco a porta com as mãos trêmulas. Subo para o meu quarto, tiro a roupa e sigo para o banheiro, determinada a ficar sob uma ducha quente e esperar até que a compulsão de voltar para ele vá embora.

 Para a minha tristeza, quando a água esfria uma eternidade depois, eu ainda estou esperando.

 

 


Notas Finais


Provavelmente, essa a minha primeira fic que tem quase 99% de drama. Me desculpem por isso. Preciso rever os meus conceitos shjshs
Mas espero que estejam gostando. Até o próximo.
Amo vocês <33


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