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História The Better Side Of Darkness - Pequenos Desentendimentos


Escrita por: Derby_

Notas do Autor


Apareci!! *desvia das pedras*

eu tava em crise. eu to em crise. falta de idéias somado à mais duas fics que eu estou (tentando) escrever.
mas vão ler vão :)

Capítulo 18 - Pequenos Desentendimentos


Aquele dia e os outros se arrastaram de uma forma que beirava o surreal. Eram anos dentro de cada hora que se passava, todos com um pesar, um sentimento estranho. Pelo que Karyu me disse aquilo nunca havia acontecido antes entre eles, embora Sumaya e Kyo frequentemente tivessem algumas discussões que nunca passaram de trocas de palavras mais ríspidas. A aceitação dela na casa havia sido boa, mesmo por ele que sempre queria beber o sangue de qualquer humano que se aproximasse. Nunca ninguém havia imaginado que isso poderia acontecer. Karyu dormia profundamente naquele final de tarde, e por mais que eu estivesse começando a me adaptar com a rotina de passar noites acordada e dormir quase o dia todo mesmo ainda sendo uma humana, tinha vezes que o sono me abandonava e eu não conseguia descansar meu corpo e muito menos a minha mente. Passeei os olhos pelo quarto grande e aconchegante de Karyu. Cabiam três do meu quarto ali dentro, cabia o meu apartamento todo da cidade dentro daquele cômodo grande e muito bem decorado. Meu apartamento. Minhas coisas, minhas roupas. Minha vida. O que será que havia sido feito daquele lugar? Os jornais já não noticiavam o meu desaparecimento, nem o de Yelena e Danika. Provavelmente a sociedade já havia esquecido de nós. Provavelmente já havíamos sido consideradas mortas.

Me levantei da enorme cama de Karyu sem fazer nenhum tipo de barulho. Ele dormia de uma forma calma, a boca de lábios cheios e bem desenhados, curvada em um sorriso quase imperceptível. O que será que ele estava sonhando? A pele branca, o corpo nu, esguio e muito bem desenhado, coberto apenas por um lençol. Fazia calor naquele meio de primavera e então percebi que estava aqui há mais tempo do que imaginava. Era quase verão novamente. A chuva caía forte lá fora, estava quase escurecendo e eu saí para perambular pelo castelo mais uma vez. Não que agora eu pudesse ver algo que me impressionaria. Acredito que já havia visto de tudo ali dentro. O corredor daquela ala era silencioso. Muito diferente de dormir no mesmo corredor do quarto de Sumaya. Eu havia praticamente me mudado para o quarto de Karyu desde que Sumaya havia se transformado em vampira. Se antes o barulho que aqueles dois faziam dentro de um quarto já era alto, depois de ser transformada, aquilo se tornou uma coisa praticamente insuportável.

Mas ainda assim eu ouvia gemidos pelo corredor. Gemidos vindos do quarto do pequeno Kyo. Gemidos que pareciam ser dele. E como sempre a minha curiosidade me vencendo, falando mais alto. Me aproximei lentamente do quarto do pequeno, a porta antiga, alta, de madeira maciça fechada. Mas as frestas entre a porta e a parede de pedra permitiam uma visão privilegiada de tudo o que acontecia dentro dos quartos. Só não via quem não quisesse. O pequeno em sua cama, Danika ajoelhada no chão à sua frente. A pele branca, os cabelos longos e castanhos da garota cobrindo quase toda a parte de suas costas, e os movimentos que demonstravam claramente que ela se deliciava com o membro dele em sua boca e em suas mãos. Ele jogava a cabeça pra trás, deixando escapar gemidos roucos, mas até que bem audíveis. A olhava com ternura, com amor, com tesão, com um instinto animal. Kyo era uma mistura de tudo isso quando a pegou pelos cabelos e a fez se deitar na cama. Beijou-a dos pés até os seios, explorou seu corpo todo com a língua e a fez se contorcer de desejo ao dedicar mais tempo em sua intimidade. A pequena gemia o nome dele, cada vez mais embriagada de prazer, até que ele se afundasse em seu corpo, estocando seu membro no corpo da pequena que parecia frágil, mas que agora se mostrava muito capaz de prolongar essa noite com Kyo em muitas outras mais. Estocadas fortes, gemidos roucos do pequeno e gritinhos de prazer da morena. E a garota que parecia frágil fez com que ele se submetesse a suas ordens. O fez deitar na cama, e cavalgou seu corpo enquanto ele passeava com as pontas de seus dedos por todo o corpo dela, acariciando seus seios. Ela se colocava sobre ele para beijá-lo, e ele se aproveitava disso para beijar os seios dela. Os acariciava com a língua e logo ela se voltava, seu corpo ereto novamente para que ele a visse cavalgar sobre seu membro enquanto gemia baixo, tomado pelo prazer que ela lhe proporcionava.

Saí da minha posição de voyeur e caminhei até a varanda. A chuva caía forte e o céu estava cada vez mais escuro. Eu precisava era de uma boa caneca de leite quente, porque embora a primavera estivesse sendo quente esse ano, a chuva sempre fazia com que a temperatura caísse. Me dirigi até a cozinha, sem nenhum tipo de receio de ver Kaalia e Shiroyama mais uma vez. Mas o que eu encontrei lá, foi um tanto quanto assustador.

Kouyou e Shiroyama discutiam ferozmente na varanda da cozinha. Na duvida entre sair correndo dali e chamar Karyu ou ficar e assistir à discussão, optei pela segunda. Eu queria muito saber o que estava fazendo com que eles discutissem daquela forma. Me escondi atrás da parede do corredor, olhando pela passagem onde um dia houve uma porta.

- Não me interessa o que você pensa Shiroyama. Eu estou bem assim, se não está feliz, vá embora.

- Não é tão simples assim. Eu pertenço ao clã.

- Clã? Desde quando você se preocupa com o clã? Sua única preocupação é se sentir superior.

- Nós somos superiores!

- NÃO! Não somos! Somos malditos que foram contaminados com essa merda toda! Sabe quanto eu daria da minha vida para poder ser normal de novo? Você tem idéia?

O moreno passou as mãos pela cabeça, bagunçando os longos fios negros e molhados. As gotas de chuva caíam por seu rosto e seus cabelos, ensopava suas roupas. A camisa branca, totalmente aberta, colada ao corpo, quase nem se fazia notar, por a pele de Yuu ser igualmente branca. Kouyou tinha os cabelos molhados, a regata preta se moldava às suas formas e mostrava como seu corpo era esguio e bem desenhado.

- Você não pode estar falando sério! Primeiro porque somos sim, seres superiores a esses humanos medrosos. Outra que... Yuuka era a nossa salvação se você quisesse ser salvo. Você não bebeu o sangue dela porque não quis.

O loiro deu um rosnado alto, como se quisesse amedrontar o moreno.

- Diga isso de novo. E eu arranco sua cabeça.

- VOCÊ NÃO VOLTOU A SER QUASE HUMANO POR SER FRACO! POR SE APAIXONAR POR UMA HUMANAZINHA!!!

O movimento de Kouyou foi rápido, e quando vi, Shiroyama estava prensado na parede, com sua garganta perto demais dos caninos afiados do loiro. Ele sempre tão ponderado e sensato, havia perdido a compostura pelas duras palavras de Shiroyama, que tinha agora um machucado na testa, fazendo com que sua pele branca tivesse um filete de sangue passando por ela, se misturando às gotas da chuva.

- Kaalia também foi uma humana. Não é porque você a conheceu vampira, que significa que ela sempre foi uma. Você era um humano. Kaalia era uma humana. Vocês não são melhores que ninguém, Shiroyama.

- Me desculpe Kou. Me desculpe.



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