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História The Bitch - Norminah - Agora começou!


Escrita por: norminahanonimo

Notas do Autor


Obrigada pelos comentários e favoritos. <3

Capítulo 36 - Agora começou!


Fanfic / Fanfiction The Bitch - Norminah - Agora começou!

 

 

         POV DINAH

 

                    10 de Maio de 2015

 

Fiquei olhando Scarlet respirar super forte com as mãos cerradas. Algumas lágrimas escorriam em seu rosto, fazendo-me sentir-se mal pela forma que disse. 

Minha bochecha ardia e latejava. Eu havia recebido um tapa dela. Um tapa na cara. Nem minha mãe havia me batido e Scarlet fez isso. 

 Por mais que tenha sido rápido, doeu. Eu fui pega de surpresa. 

 

:- Porque você fez isso? 

 

:- Por suas palavras. Você diz estar apaixonada e vem dizer isso?! 

 

:- Eu falei da boca pra fora. 

 

:- Como sempre. Porque você não some de vez da minha vida? Eu estou cansada de sempre sentir isso quando te vejo. 

 

:- Sentir o que? 

 

:- Sentir ansiedade, medo e  falta de ar. Você não sabe o quanto eu me derreto em ver apenas o seu cabelo cabelo. 

 

Suspirou. Cocei a nuca tentando entender aonde ela queria chegar. 

Retirei minha mão da bochecha e a fitei fechar os olhos forçadamente.

 

:- Meu cabelo? 

 

:- Você inteira, satisfeita?! 

 

:- Eu acho que sim. 

 

:- Eu estou ficando louca. Eu to sentindo tudo de uma vez.

 

:- Onde você quer chegar com isso? 

 

:- Quero chegar...— Suspirou.— Eu te odeio, Dinah. Tudo o que eu fiz contigo, foi apenas uma brincadeira. Brincadeira não...  Um trabalho, talvez. Da minha parte não houve sentimentos. Eu não aguento mais tudo isso. Custa você entender que eu não estou apaixonada por você? Custa diferenciar o que é fazer amor e o que é uma simples foda? 

 

Balancei a cabeça piscando várias vezes e abri a boca para tentar melhorar minha audição. O que ela estava falando? 

 

:- Chega de fingimentos. Eu cansei de ter que ficar te aguentando. Você não pensa nas consequências das palavras. Olha a brincadeira que você fez junto com sua amiga. Sabe a gravidade? E se eu passasse mal de nervoso? Você não ligaria, pois não sou da sua família. Aliás, estaria gozando horrores nos dedos da minha prima e nem se lembraria de mim. 

 

:- Porque você está falando isso? 

 

:- Porque você é uma garota mimada. Não pensa em seus pais. Não pensa nem à si mesma. Cresça! Cresça bastante e conversaremos de mulher para mulher. Depois você vem com esse papo de apaixonada e se eu acreditar, te darei ouvidos. 

 

Scarlet passou por mim batendo em meu ombro. Abaixei a cabeça e soltei um suspiro. Aquele mal entendido não foi culpa minha. Eu nem sabia que era por isso que ela havia me ligado. Eu fui achando que ela tinha se tocado e iria admitir sentir algo por mim, dizer que me amava também, mas, não.

 

Eu não sou uma criança, eu sei diferenciar as coisas. Eu me importo com todos, eu não sou mimada...

 

 

Lágrimas começaram a rolar sob o meu rosto. Obrigando-me à passar as mãos para evitar que ela visse. Aquilo havia me magoado de tal forma que eu sentia meu coração se despedaçar em cada pedacinho. 

 

 

Virei em meus calcanhares vendo-a andar pela cozinha procurando algo. 

 

Eu sou uma completa idiota. Eu poderia estar conquistando-a aos poucos, mas sempre fico fazendo essa bricadeirinhas que devem machucá-la muito. Como da outra vez em LA. 

 

Ouvi meu celular tocar no bolsinho da minha saia. Obrigando-me a puxá-lo com dificuldade. 

 

:- Onde você está?!— Zendaya. Respirei fundo para não descontar minha raiva nela. A mesma não tinha culpa de tudo. De envolvê-la em algo tão complicado. 

 

:- Ainda estou na casa da minha amiga, lembra? 

 

:- Eu lembro, mas já está ficando tarde. Eu já saí do hospital e você ainda não chegou.— Retirei o celular do meu ouvido para ver as horas. 20:00PM. 

 

:- Ainda não é tão tarde. Daqui a pouco eu estou chegando. 

 

:- Vem aqui em casa? Eu vou pedir uma pizza. Meus pais não estão.— Engoli seco. De novo não. 

 

:- Eu não sei se vai dar, Zen. Eu preciso ir direto pra casa. 

 

:- Sério que você não vai dar continuidade naquilo? 

 

:- Não vai dar. Vamos tentar na próxima, tudo bem? 

 

Ela nem me deixou terminar, apenas desligou. Revirei os olhos e bufei. Ela só queria que eu fosse pra transar?! Zendaya às vezes parece ser bipolar ou louca. Sei lá. 

 

Acabei nem percebendo Scarlet passar porque eu estava de costas concentrada no celular. A mesma acabara de sair do banheiro usando uma micro saia jeans. Praticamente deixando metade do seu bumbum à mostra. Um top preto, apertando seus seios e o cabelo solto, apenas sendo segurado por um arquinho.

 

:- Onde você vai desse jeito?!— Ela ia passar por mim para pegar algo, mas aproveitei para puxá-la pelo braço e aproximá-la mais de mim. 

 

:- Não sabia que minha mãe era loira.— Debochou. Observei seus olhos vermelhos e a ponta do nariz também. Sua pele cheirava a sabonete. Totalmente macia. 

 

:- Onde você vai, Scarlet? 

 

:- Se eu estou vestida assim, festa infantil que não vai ser. 

 

:- Também acho, senão as crianças teriam pensamentos insanos com você. 

 

:- Tenho certeza que uma na minha frente está tendo agora.— Me olhou com a cara mais irônica do mundo. Dei uma risada torta e passei a língua no canto da minha boca. 

 

:- Com essa saia, quem não teria?! 

 

:- Eu trabalho com pensamentos insanos, então... 

 

:- Scar, por favor, não vai pra lá.— Minha voz saiu calma e manhosa. Eu não queria que ela fosse. Se isso acontecesse, adeus tudo o que a gente fez nessa semana e, olá prostituta fria sem tempo porque vive na cama alheia. 

 

:- Você não manda em mim. 

 

:- Por mais que eu não mande, eu não quero que vá. Me ouve?— Sussurrei. 

 

:- Não. Implore algo à sua namorada, talvez um sexo oral. Com certeza, ela irá aceitar!— Puxou seus braços de mim e voltou à se arrumar. Qual é?! Scarlet parece aquelas namoradas ciumentas que te mandam ir para todo o canto. 

 

Ciumenta? Ciúmes!  Scarlet está com ciúmes? 

 

:- Dá pra você parar quieta e me olhar? Eu não quero que você vá porque eu sinto ciúmes de você.— Ela se virou rapidamente para me olhar. Os sapatos de salto nas mãos e o cabelo jogado para o lado. Além dos olhos me analisando de canto.— Eu não consigo mais pensar ou te aceitar em outra cama. Eu te falei que estou apaixonada e não é pouco. 

 

:- Ok. Chega dessas histórias clichês. Vai para sua casa, chame sua namorada, vão para a cama e você nem irá perceber que eu estarei com outras pessoas.— Terminou de pôr seu sapato. Fazendo-a ficar um pouco maior que e eu e mais sexy. Pegou as chaves na mesa e o celular, indicando que estara prestes à sair e iria me expulsar a qualquer momento. 

 

:- Scarlet, dá pra você acreditar? Porra! Eu praticamente me arrastei por você. Quantas vezes eu vim na sua casa na intenção de mudar sua opinião sobre mim?! Você deve estar se sentindo a maravilhosa por ter sempre alguém se arrastando por você, mas uma hora eu irei cansar e não terá volta. Infelizmente. 

 

:- Sabe o que eu quero que você faça por mim? 

 

:- O quê? 

 

:- Suma! 

 

Damn

 

Aquelas palavras me furaram como agulhas. Tudo o que eu lhe falei, entrou em um ouvido e saiu pelo outro. 

Scarlet se virou naturalmente, caminhou até a porta abrindo-a, cruzou os braços e se encostou esperando eu andar até ela para sair. 

 

:- Sério isso?

 

:- É. Anda logo! Tenho muita coisa para fazer.— Falou sem ao menos me olhar. Passei por ela e quando me virei, dei de cara com a porta. Ela o fechou rapidamente para que eu não lhe dissesse mais nada. 

 

Dei um leve chute na parede e comecei a caminhar até o saguão de seu apartamento. Destranquei a porta do carro, antes de adentrar, olhei para sua janela com a luz acesa. Balancei a cabeça em negativo e entrei no carro. Jogando a cabeça no volante, comecei a me martirizar em pensamentos. 

 

Porque as coisas tinham que ser tão complicadas pra mim?! 

 

Porque não consigo conquistá-la? 

 

Porque eu estava amando uma vadia?! 

 

Quando ergui a cabeça para controlar meu nariz que estava escorrendo por conta do choro, ela estava parada nas escadas olhando para os lados. Linda como sempre. Os cabelos jogados para um lado, a maquiagem bem forte, aquela infeliz saia e o top. Ao seu lado, sua companheira e amiga de sempre. 

Coloquei as chaves na ignição e saí em disparada para a avenida. Chegaria primeiro, eu sei, mas eu tive uma idéia! 

 Estacionei totalmente desajeitada em um lugar mais afastado. Ajeitei minha roupa enquanto descia do mesmo e comecei a caminhar até onde ela sempre ficava atendendo os "urubus". 

 

Eu estava mais que decidida! 

 

 

NORMANI POV 

 

:- Eu estou destruída por ter dito aquilo para Dinah, mas era o único jeito dela se esquivar de mim. A coitada está sofrendo por duas e ficar comigo não será a melhor opção. 

 

Falei, enquanto andávamos debaixo da luz vermelha das ruas de Miami. Ouvíamos algumas bozinas soar. Ally caminhava me olhando atentamente e eu olhava para frente lembrando de tudo que havia dito para Dinah. Eu só vim para a avenida mesmo por sentir saudades, porque a vontade se estar na cama com outro era menos zero. Quem eu realmente queria, foi embora e, eu havia expulsado-a. 

 

:- Mas você pegou pesado, Mani. A culpa não foi dela se a amiga disse aquilo. 

 

:- Eu sei, Ally. Eu to chateada. Eu fiquei com ciúmes por ver aquelas marcas em seu pescoço.— Suspirei. 

 

:- Porque não lhe disse que estava com ciúmes? 

 

Olhei para os lados enquanto atravessávamos a enorme avenida. Paramos no lugar de sempre. O nosso. Aquele arbusto perto de um beco terrivelmente assustador. Retirei minha faquinha da bolsa, pondo-a dentro da minha calcinha. Guardei o celular no muro ali perto. 

 

:- É complicado, entende?! Depois de tudo que me aconteceu com Arin, eu não irei conseguir admitir as coisas logo de cara. 

 

:- Vocês que complicam demais. Já te disse, abre esse coração antes dela se cansar. Eu já venho.— Fiquei olhando-a se afastar aos poucos perto de um bar. Troy estava parado ali perto. Ally não veio para trabalhar ou algo tipo, ela apenas veio me acompanhar. 

 

Soltei um suspiro cansado e fiquei olhando a movimentação da rua. Adolescentes sentados nos bancos conversando, carros diminuindo a velocidade para me olhar e pessoas andando de bicicleta e me encarando como se eu fosse de outro mundo. 

 

Ouvi um estrondoso barulho dentro daquele beco. Hesitei de me aproximar, vai que era um nóia? Retirei a faca da minha saia e comecei a me aproximar daquela escuridão. Chutei alguns sacos de lixo em minha frente e tentei procurar o que era. 

 

:- Um gato!— Suspirei aliviada e comecei a rir. Me abaixei para alisá-lo. O bichano manhoso começou a se esfregar em minhas pernas totalmente manhoso. 

 

:- E uma gata.

 

Levantei rapidamente e virei para encarar Dinah com uma cara aflita e sem graça.

 

:- Uma gata totalmente idiota por você. 

 

Olhei para os lados procurando o bichano que havia sumido. Tornei a olhá-la. Respirei fundo e mordi os lábios pensando no que iria conversar. Porque ela não desiste de vez e para de sofrer?! 

 

:- Você pode não dizer nada, eu irei entender. Deve estar chateada pelo que te disse, mas eu sou uma criança que está aprendendo a lidar com os sentimentos. Me desculpe pelas perturbações. Você deve me odiar, né?!— Suspirou.— Foi aqui que eu te conheci e... Será aqui que irei desconhecer! 



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