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História The Bitch - Norminah - Our Family.


Escrita por: norminahanonimo

Capítulo 90 - Our Family.


Fanfic / Fanfiction The Bitch - Norminah - Our Family.

    

 

            POV NORMANI 

 

                  23 de Dezembro de 2027

 

:- Parabéns, meu pequeno.— Sussurrei contra o rosto amassado de Norman que dormia calmamente ao meu lado na cama. Ergui a cabeça para admirar minha esposa dormir na mesma posição que ele e sorri. Até nisso eram iguais. Voltei minha atenção para o pequeno resmungão e tracei todo seu rosto com a ponta do nariz, fazendo-o contrair os ombros e mexer as mãos.— Ei, garotão, vamos acordar.

Ele resmungou novamente, enquanto virava para o outro lado, passando as perninhas por cima dos ombros de Dinah e jogando as mãos no cabelo emaranhado da loira. Ri na tentativa fracassada de acordá-lo e levantei com cuidado caminhando até o banheiro. Precisava arrumar algumas coisas que faltavam para viajarmos para o Havaí. Céus! Eu estou tão empolgada para voltar. Resolvemos ir no aniversário de Norman para comemorarmos em família, além de levá-lo para conhecer o lugar onde as mamães começaram à namorar com aliança e tudo.

Bem, todos pensaram que faríamos uma grande festa de uma ano, mas preferimos levá-lo para fora de Miami. Seria bom. O único problema é que minha mãe veio do Texas para tentar nos convencer sobre a festa. Além de dona Milika que está louca para fazer, mas nada mudará nossa idéia.

Terminei de fazer minha higiene matinal e caminhei até o outro lado do quarto para terminar de arrumar as bolsas. Coloquei o necessário nas duas bolsas. Afinal, estamos levando uma criança conosco e não sabemos o que pode acontecer amanhã, não é mesmo?! Pois bem. Ser mãe me deixou mil vezes mais cuidadosa e em alerta sobre tudo o que existe ao nosso redor. Dinah que é a mãe liberal, deixa ele se sujar na lama, bagunças as roupas dele e toma banho gelado com ele. 

:- Uh, bom dia?!— Aquela voz rouca pairou sobre meus ouvidos, fazendo-me sentir um arrepio descomunal na espinha e fechar os olhos para me concentrar nas roupas. Suas mãos passearam por minha camisola, subindo-a um pouco antes de depositar um beijo em minha nuca descoberta.

:- Bom dia, amor...

:- Se aprontando para viajarmos? 

:- Sim.— Suspirei pesadamente ao sentir sua mão subir em meu abdômen.— Você deveria estar fazendo o mesmo. 

:- Prefiro ficar te admirando.

:- Oh, definitivamente não. Você vai tentar acordar Norman e dar banho nele antes que nos atrase. 

:- Mas eu pensei que pudéssemos fazer algo de diferente antes de sairmos do quarto.— Virei em seus braços, podendo ver o bico que havia se formado em seus lábios. 

:- Minha mãe está dormindo no quarto ao lado. Acho que não quer traumatizar sua sogra dessa forma, né?! 

:- Mas para ela te ter foi preciso fazer sexo, e deve ter demorado horas, porque olha...— Suspirou alto.— Ela fez muito bem.— Puxou minha camisola, vendo minha coxa descoberta e mordendo os lábios com aquela cara safada que tanto fazia.

:- Você não existe.— Rolei os olhos e tentei esquivar de seus braços. 

:- Vai me dizer que você não se acha gostosa?!— Beijou o canto da minha boca.

:- Eu não sei.— Retirei suas mãos sobre meu bumbum e avancei dois passos. Virei o rosto, olhando-a por cima dos ombros e sorri.— Ainda não me experimentei para saber. 

:- Deveria. Te garanto que irá gostar, pois você é a coisa mais gostosa que existe.— Gritou divertida. Ela que ria maliciosamente mudou a feição, franzindo o cenho e negando com a cabeça.— Não faça isso. Irei morrer de ciúmes. 

 

                        .  .  . 

 

:- Tem certeza que não fará festa?!— Minha mãe perguntava visivelmente decepcionada. Ela carregara uma bolsa ao lado, pois estava de saída para voltar ao Texas. Ela havia chegado à dois dias atrás, achando que realmente faríamos a festa.

:- Não, mamãe. Eu e Dinah achamos melhor viajarmos para desfocar um pouco de Miami e levá-lo para conhecer outro ambiente.— Cruzei meus braços abaixo dos seios e observei por cima de seus ombros Dinah o carregando pelo aeroporto. 

:- Tudo bem.— Suspirou.— Me ligue quando chegar.

:- Claro! 

:- Meu vôo é daqui vinte minutos e o seu? 

:- Daqui meia hora. Ainda dá para aproveitar Norman.— Sorri tentando animá-la, mas era nítido ver a tristeza em seus olhos por não fazermos uma festa como todos faziam. 

:- Eu dei um presente à ele. Abram quando estiverem por lá, pois sei que se abrir aqui, ele nunca mais irá largá-lo. 

:- Tudo bem.— Observei novamente por cima de seus ombros. Onde Dinah conversava com seus pais que acabara de chegar afobados para dar uma breve despedida. Não que fiquemos para sempre por lá, mas iremos passar uns dois dias ou mais.— Não fique triste por não fazermos a festa. Prometo que quando for os dois aninhos montaremos tudo, ok?!

:- Eu espero mesmo.— Torceu a boca. Sorri antes de beijar sua bochecha e alisar seus ombros calmamente.

:- Espere um segundinho.— Avancei alguns passos até Dinah e meu filho. Dona Milika e Regina encaram-me com um sorriso e prontamente a "pequena" correu para me abraçar.

:- Mani, não acredito que você irá viajar e não me levará.— Fez um bico e cruzou os braços. 

:- Não fique assim, Gina. Daqui a pouco você poderá viajar sozinha. 

:- Por favor, Mani, não dê essa idéia à ela.— Observei a senhora se aproximar para dar-me dois beijos em cada bochecha. Pisquei para Regina e sorri. 

:- Quero lhe apresentar uma pessoa. 

:- Quem?!— Arqueou uma sobrancelha. Bem, dona Milika ainda não havia visto minha mãe de perto, e eu sei que não seria uma boa idéia, pois a senhora é como uma leoa protegendo suas crias. E colocar a senhora que tanto me protegeu de frente para a senhora que me evitou metade da minha vida seria a mesma coisa de colocar um Americano em solo Iraquiano. 

Apenas sorri para ela, entrelaçando nossos dedos e puxando-a até onde minha mãe estava. Pigarrei, fazendo a senhora se virar e arquear as sobrancelhas para nos encarar.

:- Dona Milika, quero que conheça minha mãe. E mãe, quero que conheça dona Milika.— Falei enquanto apontava uma para a outra. 

:- Oh!— Observei Milika fazer uma careta e abrir a boca algumas vezes.— Finalmente tomou vergonha na cara e apareceu para ver realmente como é a vida de sua filha. 

:- Perdão, mas como?!— Olhei para minha mãe com os olhos arregalados e em seguida para a senhora que mantinha um sorriso irônico no rosto. Eu pensei que Milika estivesse brincando quando disse que se encontrasse com a minha mãe diria algumas verdades. Ok, sabemos que o gênio dela é forte. Forte não, pesado. 

:- Não se faça de desentendida.— Negou com a cabeça.— Você não sabe o quão preciosa sua filha é. Mãe que é mãe mesmo com as dificuldades não excomungaria a filha daquela forma. 

:- Eu entendo que foi um erro meu, mas não preciso ouvir seus sermões.

:- Ah, você precisa sim.

:- Dona Milika... 

:- Não, Mani, ela precisa ouvir poucas e boas sim.— Avançou um passo, ficando de frente para minha mãe e eu no meio sem saber o que fazer e muito menos falar.— Foi eu quem estive ao lado dela dando um ombro materno por ela sentir a sua falta. Você deve se lembrar muito bem como é a dor de um parto, não?! 

:- Claro que me lembro. 

:- Pois tenha certeza que a dor de ver uma filha se prostituindo por culpa da própria mãe doeria mais. Muito mais.

:- Dona Milika, por favor...— Tentei contestar totalmente preocupada. Estava com medo de sair briga ou algo do tipo. 

:- Relaxa, Mani, só não bato nela por respeito à você. Mas quero que ela tenha uma mente aberta dessa vez. Pois eu estive ao seu lado o tempo todo e sem lhe julgar, você lembra muito bem.— Umedeceu os lábios.— Eu me preocupo com você. Normani é como uma filha para mim e não quero vê-la chorando por infantilidade de certas mães. 

:- Espere aí! A senhora não tem direito algum de dizer o que devo ou não fazer da minha vida. Ela é minha filha, saiu de mim e tem o meu sangue. 

:- Saiu de você, mas eu quem cuidei. Tem o seu sangue, mas carrega o meu sobrenome. É sua filha mas eu não ouvi chamarem seu nome para acompanhá-la na formatura. 

:- Ei, acalmem vocês duas.— Toquei o ombro de dona Milika que se aproximava cada vez mais. Aquela mulher realmente era um leão defendendo suas crias.— Mãe, espere um pouco, preciso conversar com ela. 

:- Se aquela mulher disser um fio sobre você, eu parto a cara dela em três.— A senhora dizia enquanto carregava-a em uma área mais afastada. Mesmo que ela estivesse uma senhora, tinha força de dois leões e eu amava esse lado protetor que ela tinha. Não importava se era da família ou não, apenas defendia o que estava certo. 

:- Fique calma, dona Milika.— Toquei sua mão, o que a fez suspirar.— Mesmo com tudo ela é minha mãe. E também reconheceu seus erros e pediu perdão. 

:- Mesmo pedindo perdão ainda tenho vontade de dar uns tapas nela por ter te expulsado com quinze anos. Meu Deus! Você era uma criança, Normani. 

:- Eu sei, eu sei.— Suspirei.— Mas sou uma mulher formada, casada com a sua filha e mãe de seu neto. Tudo aquilo já passou. 

Seus ombros relaxaram, fazendo suspiros saírem por suas narinas dilatadas e os lábios entreabertos.

:- Me desculpe... Eu não quero estragar a sua viagem, eu só...— Negou com a cabeça e jogou o cabelo para o lado.— Eu cuidei de você como uma filha. Te vi crescer, mesmo sendo de maior quando já te conheci, mas você cresceu internamente e profissionalmente. Foi eu quem lhe entreguei aquele canudo na sua formatura e foi eu quem saí como sua mãe em tudo.

A senhora falava gaguejando e gesticulando com as mãos em nervosismo. Sorri me lembrando do dia da minha formatura. Ela estava tão nervosa, inclusive muito mais que eu que iria me formar. Ela praticamente furou o chão de tanto andar e passou horas escolhendo um vestido.

:- Está com medo?! 

:- É!— Confessou, jogando a cabeça para trás e suspirando.— Você é como uma filha para mim, e do nada aparece essazinha que lhe tratou tão mal e pode fazer sua cabeça para você se esquecer de mim. 

Ri baixinho, negando com a cabeça. Era impossível esquecer uma pessoa tão importante na minha vida. Se não fosse por Milika Hansen eu nunca teria segunda chance em ter Dinah. Aquela mulher me ajudou muito, não só com o namoro, mas em meu estado interno. 

:- Te esquecer é uma coisa impossível de acontecer.— Continuei rindo. Ela apenas me encarava com o cenho franzido.— Foi a senhora quem me ajudou em tudo. Por favor, dona Milika, retire esse medo, eu nunca sairei de sua vida. 

:- Mesmo com ela aqui, você nunca deixará de me visitar aos domingos para me ajudar no almoço e nem deixará de ficar horas e horas conversando comigo?! 

:- Claro que não.— Avancei um passo para envolvê-la em um abraço.— Se dependesse de mim, estaria todos os dias lhe perturbando.— Ri contra seu peito. Ela respirou mais aliviada, tornando seus braços em meus ombros e sorrindo. 

:- Espero mesmo, mocinha. 

:- Eu te amo, eterna mãe. 

:- Não fale assim, ainda estou brava.— Falou com a voz embargada. Fechei os olhos apreciando seu abraço materno por alguns minutos.— Eu também te amo, filha.     

Senti mãos geladas tocarem minha coxa coberta apenas por um vestido, obrigando-me à abaixar a cabeça e observar Norman nos admirar com aquele sorriso radiante. 

:- Mã-Mã! 

:- Oi, pequenino.— Abaixei para pegá-lo pelos braços, levando-o até dona Milika que beijou o topo de sua cabeça.— Cadê mamãe Dinah?

Ele apenas apontou para a loira conversando com minha mãe. Regina correu até nós totalmente preocupada, provavelmente Dinah havia deixado-o com Gina e a garota se distraiu e achou que tivesse perdido Norman. 

:- Meu Deus! Como você corre, garoto.— Disse ela ofegante. 

:- Ou você que se distraiu e perdeu ele de vista, cabeça de vento.— A senhora deu-lhe um tapa na cabeça, onde a garota pousou as mãos na região e gemeu de dor. 

:- Mani!— Virei em meus calcanhares ao ouvir a voz da minha esposa. Caminhei com Norman inquieto em meu colo até Dinah e minha mãe. 

:- Sim?! 

:- Sua mãe já está indo. 

:- Oh, verdade.— Desci Norman do meu colo, fazendo-o correr de volta para dona Milika. Avancei dois passos para cair sobre os braços da senhora com os olhos marejados.— Sentirei saudades.

:- Eu também, filha. Não esqueça de me ligar. 

:- Não esquecerei.— Fechei os olhos apreciando aquele simples toque.— Eu te amo. Boa viagem e não se esqueça do que prometemos. 

:- Oh, sim.— Suspirou.— Irei na casa da sua avó aproveitar um tempinho juntas e ligarei para o seu pai.

:- E?— Me separei para analisar seus olhos. 

:- E iremos conversar sobre todo esse tempo que ficamos longe. Sem mágoas. Sem brigas. Sem ódio. E muita compreensão de ambas as partes. 

:- Muito bem.— Arrumei a alça de sua blusa enquanto um sorriso vitorioso surgia em meus lábios.— Norman, venha se despedir da vovó. 

:- Vó-Vó.— O garoto se debateu nos braços de Regina, obrigando-a à descê-lo e correu até nós com um pouco de dificuldade. 

   

                          [...]

 

:- Céus! Ele irá comer areia, Dinah.— Falei totalmente desesperada ao mirar Norman correr pela areia animadamente. Dinah riu divertida pelo meu desespero e pelo pequeno cair o tempo todo em nossa frente. 

:- É anticorpos, doutora.— Virei o rosto para admirar seus olhos entreabertos por conta do sol que já estava indo embora. Estávamos na parte da frente da casa dos familiares de Dinah. Sim, aquela mesma casa onde vim pela primeira vez para conhecer Havaí. 

:- Eu apenas não quero que ele se machuque. 

:- Ele não vai.— Olhou rapidamente para onde o garoto estava e tornou à me encarar.— Esse lugar me lembra tanta coisa. 

:- Não só a você. 

:- Valeu a pena viver tudo isso, não valeu?!— Se virou para frente, voltando a observar o garoto ainda brincando com a areia. Entrelaçamos nossos dedos e voltamos à caminhar sobre a fina areia aquecida.

:- Muito. Eu simplesmente não me arrependo de nada. 

:- Até do dia em que se mordeu de ciúmes?! 

:- Ciúmes?— Fingi não entender. 

:- Oh, sim. Aquele ciúmes horroroso que você sentiu quando viu Briannah massageando minhas pernas.— Riu divertida. Rolei os olhos e bufei por ela ainda lembrar daquilo. 

:- Agora é horroroso?

:- Você estava me traindo? Eu vi aquela garota massageando sua bunda de um jeito diferente.— Afinou a voz como se me imitasse. Larguei sua mão bruscamente e estreitei os olhos enquanto ela corria para onde Norman estava. 

:- Você me paga, Dinah Jane Hansen. 

Larguei meu salto e corri o máximo que pude até os dois. Ela tentou pegar Norman, mas viu que não daria tempo, então começou à se afastar desesperadamente. No meio do caminho ela caiu, onde o garoto correu e se jogou por cima de seu corpo. Gargalhei gostosamente vendo-a se levantar com dificuldade e segurar os braços do menino, girando em seu eixo e gritando. 

:- Mã-Mã!— O menino cheio de areia esticou seu bracinho para que eu pegasse em sua mão. Ficando Dinah de um lado, eu de outro e ele no meio. Andamos assim até a beira do mar. Ele começou à gritar cada vez que as pequenas ondas batiam contra seu pé descoberto. 

Começamos à dar mais passos à frente, fazendo com que as ondas batessem mais alto, obrigando-nos à erguê-lo cada vez que a onde chegasse mais perto. Senti meu peito inflar de felicidade ao escutar sua gargalhada gostosa quando Dinah se jogou na areia, jogando respingos de água nele. E como eu tinha razão, nada melhor do que estar em família com as duas pessoas mais importantes de toda a minha vida. Nenhuma festa ou jantar com toda a família para comemorar seu aniversário seria melhor do que isso. E tenho certeza que esse será o melhor presente de todos, pois ele nunca havia ido em uma praia e suas mães fizeram questão de levá-lo onde se juntaram oficialmente, mas agora com nossa família feliz e completa. Graças à Deus. 


Notas Finais


Nos veremos no último capítulo de The Bitch. Até o próximo. :(


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