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História The Bitch - Norminah - Oh no.


Escrita por: norminahanonimo

Notas do Autor


Obrigada pelos comentários e favs. Quero agradecer aos mais de 1800 exibições. 🎉

Enjoy!

Capítulo 13 - Oh no.


Fanfic / Fanfiction The Bitch - Norminah - Oh no.

 

        POV NORMANI 

 

                              8 de Abril de 2015 

 

 

Deixei Dinah sozinha no estacionamento. Garota mal agradecia, além de estar ajudando quis fazer graça pra mim? Ela sempre dá um jeito de me irritar, parece que gosta. Eu nem fazia idéia de que horas eram, saí andando pela rua sozinha. Já estava acostumada mesmo. 

 

:- Mani? — Virei em meus calcanhares reconhecendo aquela voz. Thomas estava parado na frente de uma boate onde eu passava na frente.— O que faz por aqui? 

 

:- Eu estava passando. 

 

:- Veio ver o que eu estava fazendo? 

 

:- Não. O pai de Dinah não está bem, eu vim doar sangue.

 

:- Seu Gordon?! 

 

:- É. 

 

:- Quer que eu te leve pra casa? Estou de carro hoje e creio que você está cansada.

 

:- Eu não vou negar uma carona, você me conhece.— Ele enfiou as mãos no bolso de sua calça jeans e saiu na minha frente. O segui até um carro preto de rodas brilhantes. 

 

:- Essa tal de Dinah é aquela doida?

 

:- É sim. Ela me tira do sério!— Passei o cinto em meu corpo e ele começou a rir.

 

:- Ela parece não bater bem da cabeça. 

 

:- Só agora você percebeu? — Ele deu uma gargalhada e eu virei meu rosto olhando para a janela. Soltei um suspiro me lembrando de seu beijo. 

 

:- Pensando em que? 

 

:- Em nada. 

 

:- Bem, está entregue. 

 

:- Obrigada, Thomas.— Quando fui abrir a porta, ele puxou minha mão para que eu o olhasse. 

 

:- Eu posso te beijar? — Fiquei o encarando alguns segundos. Lhe dei um sorriso e me aproximei dando-lhe um selinho rápido. 

 

:- Isso é o suficiente? 

 

:- Não, né?! 

 

:- Eu já beijei muito hoje, estou cansada. Até a próxima.— Saí as pressas do carro antes dele contestar algo. O ouvi arrancar com o carro e eu entrei no prédio. 

 

Mal entrei em casa e me joguei no sofá. Estava morrendo de sono, com os pés cansados e fraca por causa de ter perdido quase um litro de sangue. Pra depois, aquela idiota fazer graça. Eu só não neguei de ir naquele hospital por causa do pai dela. Olhei o relógio ao lado da tv que marcavam quase três da manhã. Não é atoa que eu estava quase caindo no chão de sono. Entrei no banheiro vendo o vestido de Dinah caído no chão. Abaixei pegando aquela peça um pouco molhada e elevei até o meu nariz. Fechei meus olhos inalando seu inconfundível cheiro. 

 Imediatamente me lembrei do nosso beijo que, certamente sempre mexia comigo. Beijá-la era totalmente diferente, não na questão de ser uma garota. Não sei explicar, parecia que nos encaixávamos perfeitamente.  Logo quando me lembrei dela me irritando, joguei sua peça no chão e balancei a cabeça na tentativa de esquecer seu cheiro.

Retirei minha roupa e entrei debaixo do chuveiro. Fechei meus olhos para deixar a água quente molhar meu rosto, me veio a imagem de Dinah semi nua em meu quarto. Respirei fundo, encostei minhas costas na parede sentindo o azulejo gelado e olhei pro chão. Isso não podia estar acontecendo! Eu não posso me apegar à ninguém. Sempre que nos apegamos, as pessoas resolvem partir e sempre ficamos sofrendo. Sofrer não é comigo, ainda mais por uma criança mimada. 

Fechei o registro rapidamente, puxei a toalha me enrolando nela e saí para o meu quarto. Vesti um sutiã e uma calcinha, coloquei um blusão de manga cumprida mais confortável, peguei a toalha do chão e comecei a secar meu cabelo.  Engatinhei minha cama toda até chegar à cabeceira e me jogar ali. 

 

 

                         . . . 

 

 

:- Você deveria trancar a porta da sua casa.— Acordei assustada com Ally jogada por cima de mim. Puxei a coberta cobrindo meu rosto e ela subiu mais em cima de mim.— Qualquer um pode entrar aqui e te levar embora. O que seria um favor pra mim.— Retirei a coberta do rosto encarando-a incrédula.

 

:- Seria? 

 

:- Acho que consegui te acordar. 

 

:- Sério, Ally. Eu preciso dormir mais um pouco. 

 

:- Não! Você pode acordar. Preciso da minha melhor amiga para me ajudar a procurar uma roupa. 

 

:- Roupa? Pra que? — Me sentei na cama e ela se ajeitou me olhando. Ally coçou a testa e olhou para o lado. Ela estava aprontando! 

 

:- Eu vou sair com Troy hoje. Ele me chamou pra um jantar. Não é nada tão sério. 

 

:- Ele deve estar gostando de você, Ally. Não acha que deveria parar de dar corda pra esse cara, você não po..

 

:- Você também não deveria dar corda pra Dinah. Ela está gostando de você e você está autorizando isso.— Suspirei e virei meu rosto olhando o relógio. Oito horas da manhã, ela não poderia ter me chamado mais tarde?! 

 

:- Mas ela sabe muito bem que eu não quero nada. 

 

:- Não, ela não sabe. Se realmente soubesse, não viria te procurar tanto. Mani, ela está gostando de você e você está deixando esse sentimento fluir. 

 

:- Ally, eu não tenho culpa disso! — Me levantei em um pulo ficando de pé na frente dela. A mesma estava com as pernas cruzadas e me olhava com uma carinha de sono.— Eu não a forcei à estar gostando. Nem sempre as coisas são correspondidas dos dois lados. 

 

:- Não é correspondido mesmo?! Se você não quisesse levar isso à diante, não teria beijado-a. Mani, você está mexendo com o sentimento de uma criança. 

 

:- Mas foi você que me deu a idéia disso.— Cruzei os braços e a olhei indignada. Ally que falou para eu aproveitar disso e agora está defendendo-a. 

 

:- Não, eu dei uma idéia de você ganhar o dinheiro mais rápido sem fazer NADA e não pegar o dinheiro e beijá-la. 

 

:- Eu vou acabar com isso, ta bom? Ela também só me irrita, o pai dela está mal, não tenho dinheiro pra pagar Theodor. Vou sentar e esperar minha morte até domingo. 

 

:- Para de drama! Espere o pai dela melhorar e você conversa no particular com ele. 

 

:- O cara está desacordado, deve estar fazendo cirurgia. Nem sei como irei pedir. 

 

:- Pensa positivo, vai dar tudo certo. 

 

:- Estou tentando, juro que estou! — Sentei na cama e afundei meu rosto em minhas mãos. Estou levando esporro da pessoa que me deu a idéia, irônico. 

 

:- Você foi no hospital ontem? 

 

:- Fui doar sangue pra ele. Temos o mesmo tipo sanguíneo. Dinah chegou aqui no desespero e eu falei que era desse tipo. Fiquei super sem graça com a mãe dela me olhando. 

 

:- Conheceu a sogra? 

 

:- Sogra? Não viaja, Ally. Você é bipolar? Porque até agora estava me dando esporro. 

 

:- Eu só estou brincando. Não posso nem falar da garota que você fica toda irritadinha, eu hein.— Se levantou da cama indo até a sala. Fui atrás dela e me joguei no sofá, me enrolei na manta e fiquei olhando-a de pé mexendo no celular. 

 

:- Ela gosta de me irritar e quando fala o nome dela, automaticamente eu já fico irritada.

 

:- É isso ou você fica nervosa em ouvir esse nome? Você tem medo de gostar das pessoas, Mani? — Depositou as mãos na cintura e ficou esperando eu responder. Mordi meus lábios e desviei meu olhar do dela. 

 

:- Eu tenho medo delas me deixarem, Ally. 

 

:- Todo mundo tem esse medo, mas isso não é motivo de você bloquear o que sente. 

 

:- Ally, você melhor que ninguém sabe que eu não sou de dizer que amo alguém facilmente. Na verdade, eu só digo isso para você e dizia para minha mãe. Nem para Thomas eu falava. 

 

:- Mais um motivo para você abrir esse coração de pedra. Você nunca amou alguém de verdade. Precisa ter sua primeira vez nisso, ter a sensação de saber que outro alguém faria tudo por você, ir para a cama e ter uma noite de amor e não de sexo.— A olhei com repulsa enquanto ela falava toda empolgada depositando as mãos no coração. 

 

:- Você está amando? Credo! 

 

:- E se eu estiver? Algum problema? 

 

:- Sem partir para a agressividade. Só fiz uma pergunta. 

 

:- Eu acho que estou gostando dele.— Olhei para o chão e depois a encarei, lhe dei um sorriso simpático. A única vez que ela gostou de alguém, o cara era casado. Ela sofreu por um tempo, mas nada que não passasse, ninguém morre de amor, não é mesmo? 

 

:- Não tem como resetar isso de você, né?! — Ela negou com a cabeça e eu soltei um suspiro. Sinto que ficarei sozinha na avenida quando Ally começar a namorá-lo. 

 

Olhamos para a porta quando a campanhia foi tocada. Existe um porteiro lá embaixo? Porque ele nunca avisa se alguém está subindo. Como Ally disse, eu preciso começar a trancar minha porta antes que algo ruim aconteça. Andei até a cozinha, fitei rapidamente o olho mágico. Respirei fundo vendo Dinah com a cabeça baixa. Poderia ser uma má/boa notícia ou ela veio me tirar do sério. Se for a segunda opção eu vou meter uma cadeira na cara dela até fazê-la desmaiar. 

 

:- Obrigado!— Logo quando abri a porta, Dinah veio me abraçar. Continuei imóvel esperando-a se pronunciar e me contar o que houve. 

 

:- Pelo o que?  

 

:- Meu pai está vivo. A cirurgia correu bem, obrigada por doar seu sangue. 

 

:- Oh! Por nada.— Dinah se separo. Cruzei meus braços ainda demonstrando raiva. Ela percebeu, pois mordeu os lábios e suspirou. 

 

:- Preciso te pedir desculpas. 

 

:- Não, você não precisa. É sempre a mesma coisa. Pede desculpas e depois faz a mesma merda. Você não tem consideração por mim. Eu cuidei de você enquanto estava bêbada, te acolhi aqui dentro, acordei de madrugada para doar sangue, para você sempre jogar brincadeirinhas na minha cara. 

 

:- É uma forma de.. 

 

:- De quê, Dinah?! De sempre me lembrar que você é um nível a mais que eu? Pelo o que eu saiba, estudei na mesma escola que você, sei contar, sei ler, tenho uma casa, tenho dinheiro para me alimentar, não sou diferente de você. 

 

:- Não... Eu... 

 

:- Você sempre faz questão de fazer uma brincadeira em questão de eu ser uma prostituta, já percebeu? 

 

:- Eu estou gostando de você, Scarlet. É isso! Eu não queria, mas rolou. Eu nem sinto atrações por mulheres e estou aqui falando que eu gosto de uma. Nessas horas, era pra eu estar ao lado do meu pai que está descansando de uma cirurgia, mas estou aqui para te pedir desculpas. Eu sempre faço burrada, sou uma idiota, eu sei! Sei também  que uma das maiores burradas que fiz foi subir nesse prédio e vim te procurar. Agora não te tiro da cabeça! 



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