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História The Bitch - Norminah - Betrayal.


Escrita por: norminahanonimo

Capítulo 48 - Betrayal.


Fanfic / Fanfiction The Bitch - Norminah - Betrayal.

 

 

      POV NORMANI 

 

                 12 de Maio de 2015

 

 

:- Me desculpe invadir sua casa, mas eu precisava ver se isso era realmente verdade. 

 

Continuei estática encarando-o. Era inacreditável saber que depois de anos, olhá-lo por segundos e ouvir sua voz ainda me balançava. 

 

Eu precisava pensar em Dinah. Ela sim é minha namorada. 

 

Eu preciso tratá-lo como Scarlet trataria. Fria. Com pouca importância. 

 

Vamos lá, Normani... Tente! 

 

:- Como você conseguiu me encontrar? 

 

Cruzei os braços e ergui a cabeça para observá-lo com uma sobrancelha erguida. Agora sim, eu era a Scarlet. 

 

:- Zendaya me deu seu endereço alguns meses atrás. Ela me disse que você estava sozinha, na miséria e precisava do meu carinho. Bom, eu sinto sua falta e me arrependo de tudo e também preciso do seu carinho. 

 

Comecei a rir irônica. Caminhei até a parte do meu quarto acendendo a luz e virando em meus calcanhares para vê-lo andar em passos lentos atrás de mim. 

 

:- Arin, faça me o favor. Você realmente acreditou naquela pirralha mentirosa?! Para a sua informação, nesse exato momento, Zendaya está presa em um quarto de um manicômio. 

 

:- Mas eu vim para te ver.— Andou em volta de mim e soltou uma risada cafajeste.— Pelo jeito, continua sendo a mesma Normani de sempre. 

 

:- Não! Eu mudei, mudei muito. 

 

:- Será?— Se aproximou rapidamente. Ficando com o rosto próximo ao meu. Olhei para sua boca e segurei a respiração sentindo seus braços me envolverem com força.— Eu sei que você não me esqueceu.

 

Fechei meus olhos ouvindo aquele sussurro. Aquela voz rouca e grossa ao pé do meu ouvido fazendo até minha alma se arrepiar. 

 

Dinah. Dinah. Dinah. Dinah. Dinah. 

 

Droga

 

Abri os olhos quando meu subconsciente me alertou sobre minha namorada. 

 

O empurrei com força, fazendo-o se afastar confuso. Mexi em meu cabelo e suspirei totalmente perdida. 

 

:- Porque você quis aparecer justo agora, Arin?!— Andei de um lado para o outro. Meu coração não parava em meu peito e minha barriga embrulhava à todo instante. 

 

Porque ele tinha que voltar? Porque meu sentimento por ele estava reaparecendo? 

 

:- Eu pensei que, como você virou prostituta, poderíamos ter uma noite maravilhosa.— Mordeu os lábios enquanto caminhava até mim novamente. Pousei minhas mãos em seu peitoral totalmente malhado empurrando-o e suspirei. 

 

:- Não... Com você não... 

 

:- Não sabia que você escolhia seus clientes. 

 

:- Pois eu escolho. 

 

:- Vai me dizer que você esqueceu de tudo nosso?— Tocou meu rosto com a ponta dos dedos.— Dos beijos?— Aproximou seu rosto. Mordi os lábios controlando meu peito que inflava à cada respiração forte que ele disparava em meu rosto. Fechei os olhos lentamente. Senti sua mão pesada puxar minha cintura mais pra perto e seus lábios tocarem os meus aos poucos. 

 

Pousei minhas mãos em sua nuca o arranhando. Retirei meus saltos com os próprios pés e fui levada até a cama, sendo deitada lentamente. Ele parou de pé dando-me à visão de vê-lo retirar a blusa. 

 

O mesmo puxou meu vestido para cima retirado-o. Fechei os olhos e o que vinha na mente era o sorriso de Dinah. O beijo. A forma como ela me amava. O jeito que ela cuidava de mim. 

 

:- Prometo não te machucar!— Dispersei meus pensamentos ouvindo a voz de Arin perto do meu ouvido. Seu corpo pesando sob o meu, onde percebi que ele usara apenas cueca. Seu membro totalmente duro roçava por cima da minha calcinha, fazendo-me não responder pelos meus atos e quaisquer pensamentos sumirem da minha mente. 

 

Ele começou a distribuir beijos por todo o meu pescoço. Puxou meu sutiã branco, deixando à mostra meu seio direito. 

 

Abri a boca e fechei os olhos sentindo seus lábios quentes tocarem o bico do meu seio. Passei minha unha lentamente por suas costas e abri minhas pernas, fazendo-o encaixar seu corpo e seu membro roçar ainda mais em minha intimidade. 

 

Tentei me livrar daquele pano em meus seios, para deixá-lo livre e ele poder apreciar mais ainda. O mesmo arqueou o corpo retirando sua cueca aos poucos e começou à distribuir beijos molhados por minha barriga. 

 

:- Deixa eu fazer agora o que não pude quando namorávamos?— Perguntou. Senti a ponta de seus dedos tocarem as ligas da minha calcinha retirando-a aos poucos. 

 

Ele abriu minhas pernas para se ajoelhar no meio, senti sua respiração pesada em minha entrada e sua língua me invadir bruscamente. Fazendo meu corpo arquear automaticamente e meus olhos revirarem. 

 

 

 

 

            

 

                          .  .  . 

 

 

 

 

:- Droga!— Levantei em um solavanco vendo-o deitado ao meu lado. Corri para o banheiro pegando meu roupão, pois estava nua. Voltei para observá-lo dormir de bruços. 

 

O sol forte pelas frestas da janela marcavam algumas partes de seu corpo nu. Já havia amanhecido. A gente passou a madrugada transando. E o pior, me lembro de cada detalhe do que aconteceu. Fazendo meu coração inflar de dor e arrependimento.

 

Pude perceber notas de cem dólares emboladas ao lado da cabeceira da cama e alguns pertences de Arin. 

 

Corri para a sala procurando meu celular e olhei três mensagens de Dinah. Suspirei e ajeitei meu cabelo atrás da orelha para poder ver a tela melhor. 

 

 "Me desculpe pelo ciúmes"

 

"Eu amo você. Mesmo você não falando a resposta de volta" 

 

"Bom dia. Já estou com saudades. Vim para a escola feliz por saber que tenho uma namorada."

 

Suspirei totalmente derrotada e sentindo a culpa atormentar minha mente. Eu me deixei levar. Eu deixei Normani tomar à frente. 

 

Eu mal comecei à namorá-la e a traí. Traí com meu ex namorado. O mesmo que eu prometi à mim mesma não enfraquecer. 

 

Mordi a mandíbula irritada e joguei o celular no sofá com raiva. 

 

Porque as coisas só aconteciam comigo? Porque essa peste veio aparecer justo agora? 

 

Eu amo Dinah e enfraqueci diante de Arin. Eu o deixei me tocar, sendo que, apenas quem faria isso era ela. Eu estava evitando de ir para avenida para deixá-la segura. 

 

Sentei no sofá e afundei meu rosto em minhas mãos. Que péssima namorada. Que droga de pessoa. 

 

Como irei olhar aquele rostinho franzino depois de tudo?

 

:- Ahm... Perdeu o sono?— Ergui a cabeça para encarar Arin encostado na porta. Apenas de cueca. O raio do sol batia em seu rosto, fazendo seu castanho criar vida. 

 

:- Você precisa ir embora!

 

:- Aconteceu algo? 

 

:- Todos! Você é meu ex namorado, não sei porque fomos pra cama.— Levantei em um solavanco. O empurrei para o quarto na intenção de fazê-lo pegar suas coisas e sumir daqui. Pra sempre. Quem sabe, morrer no meio do caminho. 

 

:- Porque eu te paguei?! A gente não teve algo amoroso, foi coisa do seu trabalho. 

 

:- Eu sei, mas você precisa ir. São normas. Depois do programa, rua!— Apontei para a porta. Ele que estara com suas coisas nos braços, começou a caminhar até a sala. Jogou as peças em cima do sofá e voltou à se vestir. Em uma lentidão extremamente irritante. 

 

Tornei à olhar para o nada enquanto acariciava minha nuca que suava de nervoso. 

 

Como iria contar sobre isso à ela?! 

 

Não... Eu não iria contar... 

 

Neguei com a cabeça várias vezes andando de um lado para o outro. Aquele sentimento de culpa estava me enlouquecendo. O medo de perdê-la apertava meu peito e a vontade de chorar só me deixava ainda pior. 

 

:- Até a próxima!— Arin se aproximou para dar-me um beijo na boca. Rapidamente, virei o rosto e fechei os olhos sentindo seus lábios molharem minha bochecha. 

 

Ele caminhou até a porta, virou o rosto para me encarar novamente e saiu às pressas.

 

 Corri para cozinha trancando aquela porta e olhei para o pote de camisinhas em cima da geladeira. 

 

:- Puta que pariu!— Fechei os olhos com força e praguejei à todos por ter esquecido de usar a droga da camisinha.

 

Droga! 

 

Andei pela casa de um lado para o outro. Agora eu estava mais do que ferrada. E se eu engravidasse de Arin? Se eu pegar alguma doença? Ele não veio aqui por livre espontânea vontade, ele veio para fazer algo. Eu o conheço! 

 

Olhei o relógio na parede indicando quase onze horas. Dinah ainda estava na escola. Então, dava tempo de me arrumar e arrumar aquele quarto. Retirar aquele cheiro de perfume masculino dos meus lençóis. 

 

Caminhei apressadamente até o quarto e puxei com toda força o lençol branco que cobria meu colchão. Retirei as fronhas e joguei dentro do sexto do banheiro. Abri o armário para pegar uma roupa de cama nova. De outra cor. 

 

Arrumei tudo de qualquer jeito para mostrar que eu ainda estava deitada. Não podia dar muito na cara. Ela não podia saber agora. Não. Por favor.  

 

Não...

 

Ouvi a campanhia tocar. Automaticamente, meu coração começou à pular em meu peito só de pensar nela. 

 

Andei até a cozinha receosa, fiquei na ponta dos pés para olhar pelo olho mágico minha melhor amiga tocar novamente a campanhia impacientemente. 

 

:- O que foi?— Tentei perguntar naturalmente enquanto abria a porta. Ally praticamente me empurrou e parou em minha frente. Fazendo-me virar nos calcanhares e olhá-la confusa. 

 

:- O que deu em você, Normani?! 

 

:- O que deu do quê? 

 

:- Porque diabos chamou Arin para a sua casa?!— Perguntou enfurecida. Fechei a porta atrás de mim e balancei a cabeça em negativo tentando entender. 

 

:- Eu chamei?! Ele quem apareceu aqui ontem. Para a sua informação, a porta estava aberta, porque alguém entrou aqui e a largou assim, e ele praticamente invadiu. 

 

:- Oh!— Soltou uma risada irônica.— Eu vim pegar alguns filmes para assistir com Troy e ele surgiu dizendo que você havia ligado para ele e pediu para deixá-lo aqui, pois você estava chegando. Eu estranhei, claro. Fiquei o tempo todo subindo para ver se realmente era verdade e quando chego, você está gemendo dentro do quarto e agora surge de roupão. Irônico. 

 

:- Ei, calma aí! Eu não sabia de nada, ainda pensei que você estivesse aqui dentro e não ele. Eu levei um susto. Estou de roupão... Porque... Porque... 

 

:- Ah não, Normani! Eu pensei que você fosse menos otária.— Esbravejou. Ally praticamente gritava comigo. Parecendo uma mãe chamando atenção de sua filha que acabara de chegar tarde de uma festa.— Como você pôde? Como você conseguiu transar com esse idiota? 

 

:- Ally, eu... 

 

:- Normani, foi por culpa dele que você foi expulsa de casa. Ele te traía na cara dura. Quantas vezes você prometeu para mim que se o visse seria tudo diferente? 

 

:- Me desculpa. Eu deixei ser levada pelos sentimentos da Normani. Eu não queria. Juro que não queria. 

 

:- Se não quisesse não teria deitado com ele. Você têm noção do que fez? E Dinah? Enquanto você transava com ele, ela passou pelo menos uma vez na sua cabeça? Bom, ela é sua namorada. Ontem vocês oficializaram o namoro e hoje?! 

 

Abaixei a cabeça totalmente derrotada. Ally tinha razão em chamar minha atenção. Porque eu fui fazer aquilo? Porque eu aceitei?! 

 

:- Eu não sei o que aconteceu, Ally. Me desculpe. Ele só foi me levando e acabou acontecendo. 

 

:- Você tem boca, braços e pernas. Podia pará-lo e dizer que não podia, mas você fez?— Respirou fundo e cruzou os braços abaixo dos seios. Senti meus olhos arderem e algumas lágrimas descerem lentamente pelas minhas bochechas.

 

:- Eu nem sei como irei falar isso para ela. Eu estou morrendo de medo de perdê-la e minha barriga embrulha só de pensar nessa possibilidade. Mais uma pessoa me odiaria, Ally. 

 

:- Ela te odiaria com razão, Normani. A garota se rastejou para te ter, quando conseguiu, foi traída em menos de 24 horas de namoro oficializado. 

 

:- Não me deixe pior.— Afundei meu rosto em minhas mãos. Eu sentia vergonha pela atitude. Até ontem, disse para seus pais que era uma mulher de 22 anos e hoje fiz algo de uma garota sem juízo de 12. 

 

:- Sou sua melhor amiga, mas também não acho justo o que fez. Você praticamente está fazendo com ela, o que Arin fez com você. Imagine o sofrimento da garota quando souber?! Você acha isso justo? 

 

:- Não.— Sussurrei e comecei à chorar ainda mais. Estava mentindo meu nome para ela e agora essa traição idiota.— Ally, a gente não usou camisinha. 

 

:-O QUÊ?! 

 

Fechei os olhos e tampei o ouvido quando ela começou a gritar e brigar comigo. Afundei ainda mais no sofá por medo. Ally estara vermelha de raiva. 

 

:- Cadê o juízo que você tanto criou? Você é tão forte perto de tantos homens e justo por ele, ELE, você enfraquece, Normani?! Porra! 

 

:- Ally, eu... 

 

:- Porque você não enfraquece assim pela garota? Ela arrastaria o mundo pra te ver assim, mas não. Você prefere se entregar pro paspalho que bem transou e saiu andando como se não te conhecesse. NORMANI!— Ally falava tudo de uma vez. Ela não me daria chance de contestar nada. Mesmo que eu não tivesse o que contestar, mas... Saco!— E se você estiver grávida, o que vai fazer? 

 

:- Cuidar da criança? 

 

:- Normani, você não cuida nem de si mesmo, imagina de um bebê. 

 

:- Ally, você está me deixando pior!— Levantei em um solavanco e joguei a almofada que eu apertava com medo.— Eu não estou grávida! 

 

:- Como tem tanta certeza? 

 

:- Porque sim. Eu sei o que fiz ontem. 

 

:- Oh, tenho certeza que tem, agora quero ver falar isso na frente da sua namorada.— Sorriu irônica. Ela deu passos largos até a cozinha e começou à mexer na geladeira. 

 

:- Ally, pelo amor de Deus, me dê uma luz. 

 

:- Diga à verdade. Chega de mentiras. Você vai acabar se afogando em toda essa mentira!— Se virou para morder um pedaço de queijo. Cruzei os braços abaixo dos seios e encostei o ombro na porta observando-a devorar meus queijos. Quando ela ficava irritada, brava e nervosa, praticamente devora tudo o que vê pela frente. 

 

:- Eu tenho medo... 

 

:- Medo? Você é prostituta, anda na rua de madrugada e tem medo de dizer a verdade para alguém que diz te amar?! 

 

:- É diferente, Ally. Eu também gosto dela e não me vejo mais sem ela. 

 

:- Eu não sei. Não te entendo. Se gosta dela, porque foi se enfiar no quarto com Arin?! 

 

Olhei para o teto procurando ar puro e suspirei. Nem eu sei como fiz isso. Que bosta! Como fui me enfiar nisso? Porque não continuei sendo uma mísera prostituta sem sentimentos? Porque fui ver quem estava naquele beco? 

 

 

 

                       [...]

 

 

Depois de Ally praticamente atacar minha geladeira, resolvemos comprar aquele teste de gravidez de farmácia. Não sei se são confiáveis, ela disse que não confia muito nisso e que o mais correto era eu ir para um hospital, mas quem disse que irei retirar sangue novamente? Nem morta! 

 

:- E aí?— Perguntou sentada no sofá. Eu carregava aquele pequeno plástico nos dedos e tentava decifrar o que significava.

 

:- Eu não sei... 

 

:- Dá isso aqui!— Caminhei até ela que puxou meu braço para olhar a cor. Franziu o cenho e continuou o encarando. Mordi os lábios e engoli seco com medo do que ela poderia falar.— Negativo, ou seja, você não está grávida. 

 

Respirei aliviada e sorri. Nunca fiquei tão feliz em ver um plástico com cor neutra em toda a minha vida. 

 

Ouvimos a campanhia tocar impacientemente. Ally deu um salto e eu corri para o banheiro jogando aquele plástico no lixo. Sacolas e qualquer coisa que fosse de farmácia. 

 

:- Oi, Ally. Scarlet está?— Respirei fundo ao ouvir a voz de Dinah na porta.  

 

Porque estava aqui tão cedo? 

 

:- Entra, Dinah! Ela já está vindo. 

 

Arrumei meu short e puxei a barra da blusa. Caminhei lentamente até a sala, onde a mesma estava sentada usando uma roupa comum. Sem ser aquela de seu treino.

 

Ela não foi para o treino? 

 

:- Oi... 

 

:- Oi!— Levantou em um solavanco. Tocou minhas mãos e me deu um selinho. Fechei os olhos sentindo aquele contato. 

 

Que droga de remorso! 

 

:- Porque não está no treino? 

 

:- Bem, Sophia nos deu o dia de folga e eu pensei em vir te ver. Não gostou? 

 

Mirei Ally me encarar por cima dos ombros. Tentei dar-lhe um sorriso e toquei seu rosto macio. 

 

:- Cla-aro que gostei.

 

:- Eu estava pensando da gente sair pro shopping, sabe? Lauren e Camila também vão e eu não queria ficar de vela.— Deu-me um sorriso torto e sem graça. 

 

Meu coração doía só de imaginar aquele sorriso sumir de vez ao saber a verdade. 

 

:- Tudo bem, a gente pode ir. 

 

:- Eu te espero se arrumar!— Tocou minha bochecha com o polegar e me deu mais um selinho. Fazendo-me suspirar de susto e me afastar bruscamente.— O que foi? 

 

:- Na-ada, eu só... Me assustei. Eu já venho! 

 

Chamei Ally pelos dedos e saímos apressadamente até meu quarto. Fechei a porta com força e virei em meus calcanhares para olhar Ally com as mãos na cintura. 

 

:- Dá pra pelo menos agir naturalmente na frente da menina?! 

 

:- Eu não consigo. Toda vez que ela me beija eu sinto culpa por ter beijado-o. 

 

:- Segura essa culpa. Você não pode tratá-la de qualquer forma por pura burrice. Agora aguenta!— Me jogou uma calça jeans preta. 

 

Retirei o short que usara e comecei à colocar a calça. Iria ficar com a mesma blusa, acabou combinando. Peguei meu tênis embaixo da cama pondo-o e entrei no banheiro para fazer minha higiene. Arrumei o cabelo e passei uma maquiagem leve. 

 

:- Pronto!— Apareci na sala chamando sua atenção. Ela que estara de costas olhando a enorme janela, virou para me olhar com um enorme sorriso. 

 

:- Está tudo certo?! 

 

:- Si-im.

 

Dinah caminhou até mim dando um beijo em minha testa e entrelaçando nossos dedos. Mirei Ally nos olhar com meio sorriso nos lábios percebendo que eu não estava me sentindo bem com aquilo. Eu não conseguia sorrir. 

 

 

 

 

:- Você dormiu bem?— Perguntou. Eu estava o caminho todo olhando para janela do carro e ela batendo os dedos no volante. 

 

:- É... Dormi... E... Você? 

 

:- Muito bem! Estou tão feliz em saber que estamos namorando. Eu não estava nem conseguindo pregar o olho.— Me olhou rapidamente. Dei uma risada amarela e tornei à olhar para fora. 

 

:- Eu também não... 

 

:- Você parece desanimada, aconteceu algo? 

 

:- Não! Não... Eu só... Oh! Estou morrendo de sono... Passei a madrugada conversando com Ally sobre nosso namoro. 

 

:- Sério?! 

 

:- Sim...— Enfiei meus dedos em meu cabelo jogando-os para trás. Ainda a vi sorrir feito idiota por eu ter dito aquilo. Ela realmente estava empolgada pelo nosso namoro e isso só me deixava pior. 

 

:- Acho que chegamos.— Olhamos em volta da grande entrada do shopping "Miami beach". Ele era enorme e de frente à praia, fazendo aquela brisa salgada invadir todo o local e deixar um ar maravilhoso. 

 

Saí do carro primeiro e fiquei esperando-a pegar o celular. Olhei para todos os lados daquele enorme shopping. Eu nunca havia vindo aqui. Ele era lindo, todo em creme e a parte da frente em vermelho e azul claro. Deveria ter muitos andares e lojas. 

 

Dispersei meus pensamentos sentindo seus dedos entrelaçarem os meus e me puxar para a entrada do shopping. 

 

O ar gelado do lugar arrepiou todos os pêlos do meu corpo, fazendo Dinah tocar meus braços preocupada.

 

:- Está com frio? 

 

:- Não. Foi só de momento. Diferença de temperatura. 

 

Ela ia falar algo, mas acabou sendo cortada por Camila que correu para abraçá-la de uma forma tão... Estranha?!

 

 Ela praticamente se grudou na garota e começou à falar algumas coisas. Sorri para Lauren que se aproximava aos poucos com um sorvete na mão. 

 

:- Cheechee!— Camila falava ainda grudada no pescoço dela. 

 

:- Chancho, já está bom. Nos vimos uma hora atrás. 

 

A garota desceu de seus braços e ajeitou sua saia de pano preto e sua minúscula blusa de manga comprida. Senti as mãos de Lauren tocar minha cintura e sua bochecha pesar na minha com um estalo no fim. Seu cabelo era cheiroso. Ela usava uma blusa branca escrita "nerd", um short azul claro desfiado e all star nos pés. Totalmente diferente de sua namorada.

 

:- Sky!— Grudou seus braços em meu pescoço e me abraçou fortemente. 

 

:- Chegaram agora?— A garota de óculos perguntou. Dinah tirou os braços de Camila dos meus ombros e pousou os seus em uma forma protetora. 

 

:- Sim. 

 

Camila pegou seu sorvete da mão de Lauren e começou à lambê-lo com vontade enquanto olhava uma loja de roupas. 

 

Se eu não soubesse que ela estudava com Dinah e que tivesse 17 anos, acharia que ela tivesse 12 anos, mas sua puberdade foi forte e seu corpo havia evoluído demais. 

 

:- Vamos para a praça de alimentação.— A garota de olhos claros puxou Camila pelas mãos e começamos à caminhar atrás delas pelo enorme corredor de piso branco. Não estava tão cheio, mas havia muitas pessoas perambulando e olhando algumas vitrines. 

 

 

Meu olhar fixou em uma loja de roupas, com uma pessoa parada ali. A última pessoa que eu queria ter encontrado hoje. Arin. 

 

Sim, ele mesmo. 

 

No mesmo instante, parei de andar e olhei para qualquer lado tentando disfarçar meu desespero. 

 

:- O que foi?— Dinah tocou minha cintura e me encarou duvidosa. Franzi o cenho e lhe dei um sorriso falso.

 

:- Nada. Eu só queria me afastar mais um pouco e ficar aqui com você. 

 

Ela sorriu e jogou uma parte do meu cabelo para o lado, deixando meu pescoço à mostra. 

 

Olhei por cima de seus ombros vendo-o caminhar com uma sacola nas mãos. A puxei rapidamente para selar nossos lábios em um beijo demorado. Tão demorado ao ponto dele sumir de vez. Pra sempre. Quem sabe sumir da terra?! 

 

:- Nossa! O que deu em você?— Perguntou ofegante. 

 

:- Nada. Só queria beijar minha namorada. 

 

:- Sua namorada, é?— Começou à fazer cócegas em minha cintura, fazendo-me afastar e correr rindo. 

 

Parei no meio do caminho e virei em meus calcanhares vendo-a se aproximar com um sorriso divertido. Mordi os lábios sem graça e todo aquele sentimento de culpa sumiu por segundos vendo seu semblante calmo. 

 

Aquela garota me dava paz. Mesmo o meu mundo estando em guerra e todas as armas apontadas para mim. 

 

:- Dá pra vocês pararem de fazer ceninha de namoradas de tumblr e virem comer?!— Camila reclamou sentada na mesa. Dinah rolou os olhos e sentou na frente delas. 

 

:- Lauren, beija a boca da Camila e faça esse favor para o universo. 

 

Comecei a rir baixinho por conta da feição ofendida da Camila e Lauren que ria feito uma hiena. 

 

Olhei em volta daquele lugar e engoli seco vendo Arin sentado de frente para nossa mesa e me encarando. Como um leão olha para um pedaço de carne. 

 

Deitei minha cabeça no ombro de Dinah e senti suas mãos pousarem em minha coxa apertando-a levemente. 

 

:- Você vai querer o quê?— Sussurrou. 

 

:- Qualquer coisa que você escolher. 

 

:- Ok.— Ergui minha cabeça para que ela pudesse se levantar.— Podem vir vocês duas, eu não vou carregar tudo.— As duas garotas em minha frente, levantaram indispostas e sumiram ao lado de Dinah em meio à algumas pessoas. 

 

Não deveriam ter me deixado sozinha. Socorro

 

Tampei meu rosto com as mãos e suspirei. A vida gostava de me foder. Sempre. Não tinha jeito. Minha sorte era inexistente. 

 

:- Anda me perseguindo?— Bufei ainda com o rosto enfiado nas mãos percebendo quem era. 

 

:- Arin, me deixa em paz! 

 

:- Pensei que tivesse gostado de ontem. 

 

:- Aquilo foi trabalho. Não tenho porque gostar.— Esbravejei. 

 

:- Então quer dizer que aqueles gemidos fazem parte da encenação?! 

 

:- Cala a boca! Em momento algum eu gemi.— Levantei bruscamente batendo as mãos na mesa e o encarando com ódio.

 

:- Oh, não?! Tens certeza? 

 

:- Some daqui!— Gritei totalmente irritada e nervosa. 

 

:- Aconteceu algo aqui?— Arregalei os olhos vendo-a parada com uma bandeja. Minha respiração falhou diversas vezes e meu coração disparou ao olhá-la atrás de Arin.  



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