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História The btch girl next door - Capítulo II


Escrita por: Soier

Notas do Autor


Primeiramente desculpa a demora! Era pra ter postado sexta feira, mas foi simplesmente impossível, espero que me perdoem.

Segundo, o dia de postagem vai mudar se sexta pra domingo, mas não vou parar de postar

Agora, bom capítulo :3

Capítulo 2 - Capítulo II


Fanfic / Fanfiction The btch girl next door - Capítulo II

“No primeiro dia pensei em me matar. No segundo, em virar padre. No terceiro, em beber até cair. No quarto, pensei em escrever uma carta para Marcela. No quinto, comecei a pensar na Europa e no sexto comecei a sonhar com as noites em Lisboa. Em seis dias Deus fez o mundo e eu refiz o meu”

–Brás Cubas

 

Em dez anos muitas coisas mudam. Definitivamente nada poderia ser a mesma coisa em dez anos. O tempo apesar de variar sua intensidade de acordo com a perspectiva, tem uma característica interessante de fazer as coisas se mexerem. Para uma flor, dez anos é mais que uma vida de uma enorme linhagem de florezinhas. Para uma árvore dez anos é um belo período de crescimento e maturação. Para um vinho dez anos não são nada. Para JiYong, dez anos foram uma vida.

A partida de seu primeiro amor aos dezessete anos parecia tão distante que mal conseguia se lembrar durante a correria de sua vida. E por falar em correria estava encarando uma naquele dia normal, tinha marcado com alguns amigos em um bar no centro da cidade e estava preso em um trânsito absurdo. “Quando foi que essa cidade cresceu tanto?” pensava irritado enquanto batucava no volante.

Pegou o paletó e o jogou no banco de trás após estacionar e puxou as mangas da camisa social ao entrar no bar. Se direcionou para Lee SeungHyun no balcão e tomou o copo das mãos do amigo que o encarou indignado.

–Você podia aprender a pagar suas próprias bebidas. – murmurou olhando para um ponto a sua frente.

–Você podia parar de reclamar das ações dos mais velhos, está olhando o que? – seguiu o olhar do amigo se detendo na morena de longas pernas despidas debruçada sobre a mesa de sinuca no centro do bar.

–Aquela obra da natureza.

–Bonita não é? – JiYong sorriu encarando o rosto oval da bela morena de corpo bem delineado que acabara de se virar para eles sorrindo.

–Absolutamente.

–Pena que é comprometida. – ouviu SeungHyun rir enquanto olhava para a mulher que agora caminhava em direção a eles dois. Ela parou tão perto de JiYong quanto se era possível, passou os braços em torno do corpo magro do homem e ergueu a cabeça com os olhos fitando o rosto cansado do homem.

–Tem que descansar – e então selou os lábios nos de JiYong.

–Tem que ter energias para – então SeungHyun começou a movimentar o quadril para frente e para trás.

–Por favor, coloque uma coleira no seu amigo.

–Irei – JiYong bateu na cabeça de SeungHyun antes de se virar novamente para a mulher – Quer uma bebida?

–Pode deixar que eu pego. – dizendo isso a mulher voltou a caminhar se distanciando deles.

SeungHyun suspirou e pegou o copo das mãos de JiYong novamente, ele, ao contrário do amigo, não gostava em nada da mulher. Desde que começaram a namorar percebeu que JiYong ganhava menos liberdade a cada dia e até mesmo parte do grupo de amigos que estavam juntos há anos fora dividido, já que ela não se agradava de alguns dos amigos.

Que ela era deslumbrante, não podia negar, mas que era uma grande manipuladora isso também era incontestável. SeungHyun percebeu que JiYong o encarava sério.

–O que é? – perguntou entre um gole de sua bebida destilada.

–Faz quanto tempo que eu e Kiko estamos juntos? – Seung parou para pensar por um segundo ou dois.

–Sei lá, dois, três anos? – e então ao perceber que o amigo não parava quieto temeu ouvir a ideia maluca que lhe veio à cabeça. – Por que isso tão de repente?

–Esse é meu relacionamento mais longo não é?

–Sei lá... É a sua vida, você é quem deve saber...

–Estava pensando... Tenho 27, quantos anos ela tem? 25... Não seria correto eu... Parar de enrolar?

–Como assim, JiYong? – o mais jovem encarou o amigo com o pânico crescente dentro do peito.

–São três anos, eu tenho uma vida feita, ela tem uma vida feita... Não seria correto... Pedir a mão dela? – Lee SeungHyun encarou o rosto confuso de JiYong e começou a trabalhar com afinco uma maneira de dizer o amigo o que fazer sem parecer com que ele estivesse impondo a própria vontade ou deixar claro o desgosto pela namorada alheia.

–Você a ama? – perguntou lentamente olhando a volta para ter certeza de que Kiko não estaria de volta para surpreendê-los. JiYong não parava de pensar e pensar. Ele a amava? Realmente? A ponto de trazê-la para mais perto ainda?

–Mas não é só de amor que vive um casamento, não estou falando que não a amo, porque é claro que amo, caso contrário não estaríamos juntos até hoje, mas são vários fatores que influenciam não é?

–Vários fatores influenciam, mas este é determinante. Claro que estabilidade e maturidade também contam muito, mas isso sei que você tem... Você ama Kiko?

–Já disse que sim...

–Pense bem, JiYong, há coisas mais sérias envolvidas que a moral nesse caso. Se casar com uma mulher apenas porque o relacionamento está longo não é o suficiente. – Lee suspirou virando sua bebida de uma só vez, queria que o amigo tivesse entendido bem o que ele queria dizer.

–Falando de mim? – como uma assombração que aparece do nada Kiko surgiu com dois copos de liquido âmbar nas mãos e um sorriso nos lábios.

–Sempre – JiYong pegou um dos copos da mão da namorada e a aconchegou em um abraço íntimo. – quero falar com você mais tarde. – JiYong sussurrou no ouvido de Kiko recebendo um olhar curioso e assustado em troca.

–Tudo bem.

A noite voou, também não era como se tivessem todo o tempo do mundo, JiYong precisava dormir cedo, pois teria uma audiência na manhã seguinte e ainda Kiko parecia querer ardentemente fazer sexo com ele de uma hora para outra. JiYong suspeitava que ela estava nervosa pelo que ele dissera mais cedo e tentava compensar uma possível briga com sexo, o que não era nada ruim para ele, obviamente, mas ficou intrigado pelo medo repentino, já que até onde ele sabia, ela não tinha feito nada.

Assim que estacionou seu carro na garagem de seu apartamento Kiko o atacou com um beijo voraz e apenas pararam para se despir na sala de estar do décimo andar do prédio. Eles eram uma confusão de mãos línguas e membros, e tão cansados de tanta atividade se deixaram relaxar sobre o tapete.

A mente de JiYong ainda funcionava direcionada a bela transa que tivera e quando abriu a boca apenas falou o que há dias estava lhe atormentando a cabeça, sem nem mesmo hesitar.

–Quer casar comigo, Kiko? – disse em meio um suspiro enquanto encarava o teto da sala com a cabeça da namorada repousando em seu ombro.

–O que disse? – sentiu a cabeça de Kiko se virar com velocidade para ele e um sorriso enfeitar-lhe o rosto pálido e suado.

–Casar... – dessa vez a mente já funcionava perfeitamente e todas as hesitações voltaram à tona, não seria mais fácil se ela tivesse dito sim logo de uma vez? Assim ele não precisaria pensar a respeito mais uma vez – Você sabe, aliança, papel assinado, morar na mesma casa...

–Claro que sim! ­ – ela passou a perna nua pelo corpo do namorado e se assentou novamente sobre o membro, agora inativo, com o maior dos sorrisos no rosto. – Com toda a certeza do mundo eu quero ser sua mulher – e com um olhar sedento e mãos habilidosas rendeu mais uma vez JiYong naquela noite.

 

Olhar através da janela do avião era o hobby favorito da mulher platinada que se deleitava de sua bebida em um voo até então tranquilo. Quando se viaja constantemente, coisas que passam despercebidas por outras pessoas se tornam rituais para outras e aquela mulher já tinha diversos desses.

Apesar do olhar estar focado nas nuvens pintadas de rosa e alaranjado pelo por do sol, a mente dela vagava por um passado tão distante quanto se era possível lembrar. Retornar às raízes depois de quase dez anos distante era uma tarefa um tanto quanto difícil, ainda mais quando ela não sentia que pertencesse ao local que nascera. Chaerin já morara em tantos países e tantas cidades que perdia a conta, dez anos de sua vida foram dedicados apenas a conhecer lugares novos, pessoas novas e aprender o máximo possível sobre a vida, mas depois de tanto tempo precisava voltar à sua cidadezinha natal.

Nunca nem pensara em retornar, por isso não fazia ideia do que encontrar, não havia expectativa nenhuma em seu peito, pelo contrário, a angústia de encontrar o local que a consumira por tanto tempo a atormentara a viajem inteira. Olhou para o lado e Sonny ainda dormia tranquilamente com seus fones colados aos ouvidos e os óculos quase caindo da ponta do nariz. Ao menos tinha ele ao seu lado para poder suportar esse tempo que teria de estar de volta.

–Senhores e senhoras, estamos sobrevoando a cidade destino, em instantes iremos pousar. – Chaerin colou o rosto no vidro para analisar a cidade abaixo deles e não encontrou nada do que se lembrava. Alguns prédios subiam majestosos pelos ares, além de algumas grandes construções. A cidade havia crescido, isso não podia negar, porém continuava pequena ao seu ver e tinha medo de que apenas a arquitetura tivesse mudado.

Assim que o avião pousou, Chaerin e Sonny pegaram suas malas e se enfiaram no primeiro táxi até o endereço indicado pela mãe da mulher que se dera ao trabalho de procurar um apartamento para que eles pudessem morar e ter ali para que sempre que voltassem tivessem um local. Chaerin não permitiu que a mãe pagasse, e por isso teria que assinar alguns papéis de transferência de capital e toda a burocracia envolvida na compra de um imóvel.

–A cidade não é tão ruim quanto você disse – Sonny comentou enquanto o táxi rodava a cidade prosseguindo para o endereço indicado no GPS.

–Ela realmente mudou, mas antigamente costumava ser horrível.

–A senhora já morou aqui? – o taxista se intrometeu na conversa – de uns sete anos para cá tudo têm mudado, por causa de uma grande empresa que criou sede na cidade vizinha, sabe? Aqui era mais barato para se viver, então o governo começou a modernizar e dar uma estrutura para que os empresários tivessem condições melhores de morar aqui.

–Entendo...

–Tem quanto tempo que a senhora mudou? – Chaerin já estava de saco cheio da intromissão do homem e Sonny percebendo apenas riu silenciosamente.

–Dez anos, por ai. – murmurou sem vontade.

–É de que família?

–Dos Lee, mas não do SeokMin Lee, do KiJin Lee.

–Chaerin? Você é Chaerin Lee? – Chaerin encarou o rosto do homem pelo retrovisor tentando ardentemente reconhecê-lo, mas não conseguiu. Eles pareciam ter quase a mesma idade, talvez fosse mais velho que ela puçá coisa, mas o rosto nada lhe dizia – Você mudou tanto, quase não a reconheço, na verdade se não tivesse dito quem era seu pai... Ah lembra-se de mim não é?  Você e eu nos beijamos, fui seu primeiro beijo...

Chaerin tentou puxar na memória, mas seria impossível, sempre dizia aos garotos que eles eram seu primeiro beijo e pedia confidencialidade total. Apenas... Bem apenas JiYong sabia da verdade. Pensar em JiYong fez com que o estomago de Chaerin se contorcesse, não sabia se estava pronta para revê-lo depois de tanto tempo, eles costumavam estar sempre juntos e de alguma forma aquele laço que eles tinham jamais se rompera dentro dela.

–Dreak? – perguntou insegura.

–Sabia que se lembraria, bem não sou difícil de se esquece. Desculpe o seu marido... – ele riu e Chaerin preferiu não render o assunto.

–Já estamos chegando? – ela olhou para Sonny que estava roxo de tanto rir silenciosamente daquela conversa constrangedora que o homem começara. ­– Eu vou matar você – disse apenas mexendo os lábios à Sonny.

–Sim, sim, apenas mais um quarteirão.

 

Chaerin entrou no apartamento vazio exceto por um colchão grande no meio da sala e um pedaço de papel sobre os lençóis. Bufou cansada da viajem e só em pensar que ainda teria de mobiliar o apartamento inteiro ainda uma onda de desanimo passava por todo seu corpo. Sonny, que havia dormido todas as 20 horas de voo até aquela cidade não dava traços de estar nem um pouco cansado e a contrário da mulher estava disposto a conhecer a cidade.

Sem dar ouvidos à Sonny, Chaerin largou suas coisas ao lado da porta e se direcionou para o colchão pegando a folha de caderno dos lençóis e passou os olhos para o recado de sua mãe.

“Filha, bem vinda de volta! Trouxe este colchão para que tivesse um lugar para dormir quando chegasse. Duas ruas do seu apartamento há uma loja de decoração, a mais completa da cidade, e na mesma rua há um ótimo restaurante de comida local. Talvez você estranhe a cidade por um tempo, ela mudou muito, mas logo você vai se acostumar. Seu pai está melhorando e aguarda sua visita o mais cedo possível.

PS. Deixei o telefone de uma tele entrega pregado na porta da cozinha.

PS2. Sua irmã está perguntando se você trouxe o secador dela que você pegou da última vez que ela te visitou.

PS3. Espero que tenha gostado do apartamento, sei que décimo andar pode ser ruim para locomoção, mas é mais seguro.

Amo você, mamãe”

Chaerin sorriu para o bilhete escrito na caligrafia corrida da mãe e apressou-se em pegar o celular e pedir algo para comer.

–O que tinha no bilhete? – Sonny abraçou Chaerin por trás repousando a cabeça no ombro da mulher, eram quase da mesma altura, mas isso não incomodava a nenhum dos dois.

–Alguns recados da minha mãe... Você sabe se eu trouxe o secador de cabelo da Harin?

–Eu trouxa, sabia que você esqueceria – ele sorriu ajeitando os cabelos que não paravam de entrar nos olhos. Os cabelos de Sonny eram cumpridos, negros e enfeitavam apenas um lado de sua cabeça branca, Chaerin tinha certeza que ele fazia isso para que pudessem ver o alargador enorme em sua orelha.

Sonny não fazia a linha do discreto, também pudera, sendo um famoso produtor musical e também DJ. Tinha grandes alargadores, tatuagens por todo o corpo e um estilo nada básico. Chaerin se divertia com ele, todas as vezes que insistiam em sair como rockstars pelas noites de Los Angeles ou quando faziam barulho em Dubai. Eles eram uma dupla dinâmica e inseparável.

–Amanhã temos um dia cheio, melhor dormirmos cedo – murmurou Chaerin sendo respondida por uma risada debochada.

–Dormir cedo Chaerin? Dia cheio? Tem certeza que não fez quarenta anos? Onde está a mulher que virou três dias em Xangai?

–Você não vale nada – ela riu abraçando o homem – Mas estou com fome e com sono e não há nada para fazer nessa cidade, então eu vou dormir e peço encarecidamente que você me acompanhe.


Notas Finais


Então gente, que tácoteseno? Tô entendendo nada, JiYong casar?
Veremos as próximas cenas


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