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História The btch girl next door - Capítulo VII


Escrita por: Soier

Notas do Autor


Oi migs desse Brasel, como estão? Eu estou com calor, e isso não é necessariamente um estado de espírito muito bom, enfim

Como prometido o capítulo saiu essa semana, meu computador está precisando aposentar gentes, por isso esse horário, porque ele tá brincando com minha face.

Enfines, boa leitura seus lindos :3

Capítulo 7 - Capítulo VII


Fanfic / Fanfiction The btch girl next door - Capítulo VII

“–O SENHOR NÃO SABE COMO ESTOU ME SENTINDO – urrou Harry – O SENHOR... FICA PARADO AI... SEU...

Mas as palavras já não eram mais suficientes, quebrar coisas já não adiantava; ele queria fugir, queria fugir sem parar, sem nunca olhar para trás, queria ir para algum lugar em que não via aqueles olhos azul-claro encarando-o, aquele rosto velho odiosamente calmo. Ele correu para a porta, tornou a agarrar a maçaneta e puxou-a com força.

Mas a porta não abriu.”

–Harry Potter e a ordem da fênix

 

JiYong não sabia para onde olhar, Kiko percebera o quão surpreso ele ficou quando Chaerin se assentou à mesa, mas com certeza não comentariam aquilo tão cedo. Ele sentia o olhar de Chaerin queimar seu rosto em um desafio desnecessário, entretanto o olhar gelado de Kiko era o mais difícil de lidar.

–Amor, essa é Chaerin amiga de Yongbae – ouviu a entonação diferente na voz de Kiko e logo conseguiu somar tudo. YongBae e Chaerin estavam se pegando, era óbvio.

–Ah, sim... Nós... É. – ele se sentiu um estúpido enquanto dizia, mas do que ele tinha medo afinal? De Kiko? De estragar o possível relacionamento do cunhado? – Eu e Chaerin já nos conhecíamos.

–De onde? – a voz de Kiko pareceu não apenas surpresa, mas desconfiada, o olhar crítico passou do noivo para a mulher platinada que olhava para ela com um sentimento desafiador diferente de tudo o que Kiko já teve de enfrentar. YongBae olhou para Chaerin e com um olhar ele pareceu entender que aquilo era assunto para outra hora.

–Daqui – Chaerin tomou as rédeas da conversa levando o uísque aos lábios lentamente apenas para ver a ansiedade de Kiko consumi-la. – Eu, como você está interessadíssima em saber, já morei nessa cidade. Nasci aqui e JiYong era meu vizinho.

–Entendo – ela olhou mais uma vez para Chaerin e para JiYong e pelo suspiro seguido de um tímido sorriso escondido pelo copo que encaminhava para os lábios carnudos, concluiu que a loira definitivamente não era alguém com quem gastar sua preocupação.

Aos olhos de Kiko além de feia, acima do peso, Chaerin era como um cão de estimação ao receber visitas pela primeira vez em casa. Inofensivo, mesmo que lata um pouco. JiYong já estava emaranhado de mais em sua teia de encantos para trocá-la por tão pouco.

–E vocês eram amigos? –Kiko repousou o queixo sobre a mão livre encarando Chaerin com um cínico interesse.

–Acho que sim, quem deve se lembrar melhor é JiYong – Chaerin devolveu o sorriso cínico.

–Claro que éramos – JiYong olhou incrédulo para Chaerin e as palavras saíram antes mesmo de passarem pela cabeça. – Crescemos juntos... Éramos amigos.

–E por que nunca fiquei sabendo dela antes? – YongBae sorriu divertido tentando aliviar o clima tenso que se apossara da mesa.

–Ela não esteve aqui durante esse tempo não é mesmo, querida? – Kiko sorriu – A vida continuou... Ah por falar nisso, amor, devemos chamá-la para o casamento.

–É... isso ai...

 

SeungHyun Choi não sabia onde tinha deixado os sapatos.

Estava confuso com tudo o que acontecera na noite anterior, acordou no banheiro de uma casa que não era dele, deitado na banheira branca com os cabelos sujos de algo que não conseguiu identificar o que era, mas que os deixaram duros e colados no couro. A ressaca era o de menos, ele já tinha se acostumado com ela há tempos atrás, o complicado mesmo era descobrir onde deixara os sapatos. Saber como tinha chegado àquele banheiro era simples, ficara bêbado fora de casa, encontrara alguém e foi com a pessoa para a casa dela.

Pelo estado em que estava sabia que não tinha feito sexo, pois estava devidamente vestido, apesar da camisa aberta e a falta dos sapatos. O que o aliviou um pouco, mas não se lembrava mesmo onde estava. A única coisa que lhe faltava era abrir a porta do banheiro e enfrentar o que e quem quer que fosse.

Assim que seus pés tocaram o corredor uma onda de alivio provocada pela familiaridade o atingiu em forma de suspiro e por fim, desde que acordara desesperado, se deixou relaxar. Caminhou pelo corredor em direção à cozinha guiado pelo cheiro de ovos e café e encarou os cabelos castanho chocolate parado de frente para a cafeteira elétrica sobre a bancada.

–Finalmente você acordou – a voz de DaeSung tentava deter o riso, num tom de fraterna preocupação. – o que quer saber primeiro? – ele se virou para SeungHyun com uma xícara enorme de café preto nas mãos. Como sempre, apesar do tom amável, não encarava Seung no rosto.

–Por que me deixou na banheira. – Seung sentiu o estômago saltar e evitou olhar para Daesung.

–Você é pesado... E queria tomar banho, não consegui convencer você de se deitar.

–O que aconteceu ontem para eu vir para cá? – viu o rosto de DaeSung se contrair levemente antes de responder.

–Antes de você me ligar eu não faço ideia... Mas quando você... Você me ligou dizendo coisas estranhas eu soube que tinha que levar você para algum lugar antes de fazer alguma bobagem.

–O que eu...

–Beba seu café Seung, vá quando quiser, é domingo não precisa ter pressa. – dizendo isso o homem limpou as mãos na calça de moletom e saiu do cômodo.

SeungHyun suspirou sentindo um desconforto no estômago, mas sabia que não tinha nada a ver com ressaca ou o quer que fosse. Sabia perfeitamente que fora um babaca com ele quando conheceu Sandara, mas mesmo assim Daesung continuara sendo um bom amigo. Ele aguentou muita coisa em segredo, mas Seung nunca tivera tato o suficiente – ou era coragem? – para conversar, terminar, ajudar.

Apertou os olhos e um flash da noite anterior surgiu em sua cabeça. Algo com YongBae e uma loira rindo em um canto de uma boate e uma garrafa de tequila. Abriu os olhos e viu luzes azuis dançando a sua frente. A loira olhando para ele e cumprimentando. Uma frase babaca como “Você, Chaerin fodeu com JiYong. Fodeu com ele em vários sentidos”. Uma risada escancarada e Chaerin afagando seus cabelos. “Eu amo você, você...”, um limão na boca de uma ruiva de seios grandes. “Eu amo o gosto que você tem”, a ruiva dançando. Um Bom sexo no banheiro. Choro. Uma garrafa de uísque, onde estava a ruiva de bochechas grandes? “DaeSung eu amo você... Enquanto amava Sandara eu amava você”

–Ai porra – ele apertou os olhos com as pontas dos dedos. Tinha medo de se lembrar de mais coisas e sentir mais vergonha do que sentia no momento. Queria fingir que não se lembrava de nada do que tinha feito na noite anterior, mesmo que tudo o que soubesse estivesse separado em vergonhosos trechos. Logo o café em sua xícara acabou e ele teve de decidir se sairia da cozinha ou ficaria ali até sua carne apodrecer.

Optou pelo menos demorado. Empurrou a xícara dentro da pia e saiu para sala encontrado Daesung debruçado sobre um projeto desenhado e cheio de anotações sobre a mesa de centro. Ele coçava a cabeça lendo e relendo, analisando escalas e buscando erros. Seung se lembrou de todas as manhãs que acordou e se deparou com a mesma cena, das vezes que ele cismava em opinar e recebia apenas um olhar piedoso do companheiro em troca.

–Terminou? – a voz de Daesung cortou o silêncio de maneira muito mais digna do que Seung jamais conseguiria.

–Me desculpe. – a voz saiu tão baixa, que Seung duvidava que poderia ser ouvido. Era também tão intensa a forma com que falava, que o pedido poderia facilmente ser estendido para eras atrás.

–Pelo que, Seung? – Daeseung parara de olhar os papeis e encarava de forma investigativa para Seung, que sentia ter a alma lida pelos olhos castanhos.

–Por... Ontem, ter atrapalhado você... – Daesung riu pelo nariz, seria aquilo... Sarcasmo? Ele estava mesmo debochando de Seung?

–Esse é seu maior problema, Seung. – começou de maneira suave, como uma mãe que reclama do filho com uma colega – Você nunca fala o que realmente pensa, não sem um incentivo alcoólico. Te conheço por tempo o suficiente para falar isso.

Seung sentia que a voz tinha simplesmente feito as malas e ido embora, levando consigo sua capacidade de raciocinar. Era apenas um vazio interno.

–Seria tão mais fácil se eu não me importasse – Dae começou a enrolar os papeis e se encaminhou calmamente corredor à dentro.

Seung tentava entender o que estava acontecendo, seu cérebro parecia descongelar aos poucos até que percebeu que, mesmo implicitamente, estavam tendo a conversa que nunca tiveram. Estavam colocando tudo para fora lentamente.

–Eu queria que as coisas fossem fáceis – disse sem se mover – mas parece que nuca serão... Eu sou uma bagunça, a ruína em forma de gente, acho que você não precisa lidar com isso.

–E eu não lidava antes? Sempre soube que você era problemático, Seung, mas nunca me importei. Sempre soube suas fraquezas e frustrações, mas escolhi ficar não foi? Decidi trazê-lo e cuidar de você. – Daesung tinha um equilíbrio e uma calma ao falar que Seung invejava, e o deixava com raiva ao mesmo tempo.

–Eu... Nunca fui corajoso, nunca...

–Eu sei, Seung, e compreendi bem quando Sandara apareceu e você a preferiu, mas não posso negar que fiquei feliz quando se separaram. Fiquei em um dilema interno entre... Entre felicidade e angústia por ver como você estava... e culpa. Kiko jamais teria arrumado aquelas fotos se eu não estivesse bêbado e deixado o celular aberto perto dela.

–As... Foi culpa sua? Eu fiquei um ano me perguntando de onde ela tinha tirado aquilo e...

–Seung... – Daesung tremia, apesar de seu rosto denotar calma – Eu tinha bebido muito, muito mesmo, como nunca bebi antes e Kiko pegou meu telefone, me desculpe...

Ouvir Daesung se desculpar foi como deixar uma bigorna enorme cair sobre a própria cabeça, sentia que se tentasse correr apenas adiaria o inevitável, ambos tinham uma enorme bomba na mão que a todo instante estava prestes a explodir.

–Eu amava você.

–Mas amava Sandara, eu entendo.

–Você não entende eu...

–Deixe isso, é melhor. Estaremos sempre nesse impasse, eu amava os dois, mas a escolhi e a perdi, e tudo caiu ao mesmo tempo. É um problema sem solução. Nunca fomos de fato um do outro, não é mesmo? Nossas únicas testemunhas éramos nós mesmos, mas ela era público. Sei que a amava o suficiente para ser fiel, e me amava o suficiente para não me sujeitar a seu amante. Mas acabou. – Dae se assentou novamente no chão parecendo extremamente agoniado. Seung queria fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas nenhuma delas parecia apropriada. Correr, gritar, chorar, beber, todas elas extremamente atrativas.

Mas apenas se assentou ao lado de Daesung.

 

–Como assim não pode ir? – a voz de Kiko saiu manhosa pelo autofalante do celular.

–Tenho muito trabalho para por em dia, tenho ido com você em todos os lugares que você precisa, e isso tem atrasado meu trabalho... E não venha falar que eu não amo mais você, é só uma questão de ter dinheiro para bancar todo esse casamento.

–Tudo bem... Passo todos os detalhes para você assim que acabar de olhar tudo, vou ver se Yongbae pode ir comigo... Em falar de Yongbae, você e aquela mulher...

–O que tem? – Jiyong sentiu a garganta secar.

–Eram realmente amigos?

–Sim, por que? – JiYong jogou um arquivo extremamente detalhado de um caso sobre a mesa da sala e caminhou para a cozinha.

–Nunca vi você falando dela, achei estranho.

–Ah, perdemos o contato, não tinha muito do que falar mesmo.  – Kiko respirou fundo.

–Entendo... Vu ligar para Yongbae agora, até mais tarde. Amo você.

–Até mais – JiYong colocou o celular na mesa e encarou o caso do cliente grande que contratou sua firma nos últimos meses, estava tomando coragem para ler todas aquelas páginas, abriu a cerveja e se assentou.

Estava preso há alguns minutos na página três, em uma clausula extremamente complicada em que tentava achar em alguns de seus livros como trabalhá-la, e se lembrou que esse tipo de caso era Seung quem sempre assumia e se dava bem. Detestava pensar no antigo amigo, principalmente depois de ter roubado dinheiro dele. Qualquer uma das acusações de que ele e Daesung estariam tendo um caso não lhe importavam nem um pouco, para falar a verdade ele sempre suspeitou de algo entre os dois, mas como não era de sua conta nunca disse nada, nem quando viu Dae sair da garagem de Seung alguns anos antes, com os cabelos desgrenhados e uma expressão satisfeita e feliz no rosto. E ter dado em cima de Kiko era complicado, não por ela ou a possibilidade de ser traído por ela, mas pela quebra de confiança.

Ainda hoje era difícil assimilar tudo que caíra tão de repente em seu colo. Até hoje não teve coragem de se desfazer dos documentos que Kiko lhe dera comprovando a fraude cometida por Seung ao roubar a firma.

JiYong não fazia ideia de quanto tempo passara pensando nisso em vez do grande processo que tinha nas mãos. Pensar em Seung, seu provável mais antigo amigo era complicado.

Em um ponto de seus devaneios, ele não sabia exatamente como Chaerin brotou em sua mente, ela estava tão mais madura que antigamente, as feições não tinham mais aquele tom infantil e gorducho de antes, mas ainda sim estava bonita, talvez mais do que imaginava.

O olhar permanecia o mesmo. Isso ele não podia negar, e a forma com que ela conversava com Kiko era tão inédita para ele que parecia que teria o mundo nas mãos se quisesse. E ela ainda morava no mesmo prédio que ele. Tinham tanto o que conversar, ou será que não tinham?  Ele estava realmente nervoso por causa dos fantasmas do passado?

Acabou concluindo que o nervosismo era normal, afinal era fora seu primeiro amor, ela sempre teria um valor, um peso diferente para ele. Realmente lavaria a pena aparecer tão de repente para conversar sobre os muitos anos que passaram sem se ver? Ele empataria a foda do cunhado? Mas a mãe disse que ela era casada. Por que isso causava um desconforto tão grande nele? Pensar que Chaerin estava casada era incomodo de fato, mas era egoísta não é? Se dentro de alguns meses ele também estaria?

JiYong amassou sua lata de cerveja e caminhou até o interfone e chamou a portaria.

–Pois não, senhor Kown? – a voz do porteiro soou preguiçosa pelo gancho.

–George, você pode me falar o apartamento... – ele não sabia o novo sobrenome de Chaerin – de uma mulher, Chaerin o nome, se mudou para o prédio tem pouco tempo...

–Claro, 1002, do lado do seu, senhor. Quer que eu transfira para o apartamento dela?

–Não, obrigado.

Coincidência já não era a palavra exata para definir o que acontecia na vida de JiYong, definitivamente era tudo muito mais que isso. Ele abriu a porta do apartamento e olhou para a própria porta. Na plaquinha de metal presa ao portal lia-se 1001, caminhou um pouco corredor a dentro e a próxima porta era a dela.

E então apertou a campainha.


Notas Finais


Eita migs, que? Gdrogas tomou coragem de falar com CL? E o que foi esse pseudo pedido de desculpas/conversa nunca feita Todae?

To confusa migs, o que vcs acharam? Que tá acontecendo?


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