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História The Blue Eyes - Happy Anniversary Mommy


Escrita por: _whrismyghost

Capítulo 8 - Happy Anniversary Mommy


(Lottie)

A semana passou como uma lesma gosmenta (ou até um caramujo asqueroso) e os dias pareciam durar anos, ainda mais por que Taylor estava ocupado a maioria do tempo pois decidiu que ia queimar seu estoque inteiro de bugigangas dele e os professores passavam um conteúdo atrás do outro, sem nem dar tempo para respirarmos direito. Eu também tive que começar a estudar mais em casa se quisesse ir bem nas provas.

E além de tudo, a sexta-feira se aproximava e eu não conseguia parar de pensar nela e me abalar.

Só por causa deste dia maldito, Drake está ficando em casa essa semana inteira e, apesar dele fingir que não é por minha causa e eu fingir que não sei que é, esse dia é difícil para nós dois.

Drake sofria na mão da minha mãe desde que meu pai nos abandonou e só teve sossego quando foi para a faculdade. Faltando um ano para ele acabar, nossa mãe sofreu um acidente de carro e, o sofrimento que tinha sido largado agora somente nas minhas costas, acabou.

Minha mãe nos torturava de formas diferentes, mas ambas psicologicamente. Eu odeio lembrar do último ano do ensino fundamental, que foi quando as coisas ficaram difíceis de verdade e a tortura estava afetando totalmente o meu psicológico e o meu físico, trazendo consequências que eu não sei se um dia vou superar. Como o meu medo infantil do escuro.

Eu lembro completamente do dia em que minha mãe morreu. Eu estava na escola quando ligaram para avisar do acidente e que minha mãe havia morrido na hora, eu lembro exatamente do meu sentimento de angústia, tristeza e alívio totalmente misturados com o da perda. Agi como um robô no funeral e eu e Drake mal falamos sobre, mas ambos choramos por tudo o que passamos até que finalmente acabasse.

E, afinal, eu estava triste. Era a minha mãe, mesmo sendo uma pessoa horrível.

No verão do ano seguinte, eu estava acabada, esgotada psicologicamente e fisicamente por todos os danos que minha mãe causou e eu causei a mim mesma também. Eu precisava da ajuda que eu nunca tive a chance de ter. Drake me deu isso e eu não poderia ser mais grata ou ama-lo mais por isso.

Enfim, o que tenho que manter em mente é que tudo passou e não vai voltar. Nunca mais.

(...)

Corri para meu quarto assim que o maldito alarme tocou. Eu pensei que tinha desligado-o, mas não, e agora Drake apareceria em segundos pra ver se eu estava bem e se me encontrasse fugindo do quarto dos meus pais...o pau ia quebrar.

-Lottie?- ele abriu a porta assim que me enfiei dos pés a cabeça em baixo da coberta. -Levanta, preguiçosa, você tem escola.- disse me batendo com uma almofada ou travesseiro.

Abaixei o cobertor até meu pescoço e o olhei feio.

-Já estou acordada.- disse me sentando na cama e esfregando meus olhos remelentos. Eu podia sentir o buraco das olheiras.

-Que bom, vou fazer o café.- disse me dando um tapa na cabeça sorrindo com cara de "vai se trocar".

Revirei os olhos caindo na cama novamente, mas fui obrigada a levantar pois Drake jogou da porta uma almofada em mim e saiu correndo.

Aff. Meu dia podia ser definido como um grande aff.

Eu não estava com vontade de me arrumar. Eu não estava com vontade de fazer nada. Tudo o que eu queria era ficar na cama e tentar fazer esse dia passar o mais rápido possível.

Mas não podemos ter tudo o que queremos.

Depois de enrolar por longos minutos, levantei e me despi, jogando meu pijama amassado na cama desarrumada. Fui até o meu guarda-roupa e puxei meu uniforme e um moleton cinza com capus para poder esconder o meu cabelo desbotado.

Como bônus nesse dia merda, consegui bater meu dedo do pé na quina da cômoda ao lado da porta enquanto saía do quarto.

Puta que pariu!

Desci as escadas, sentada como uma criança que os pais tem medo de deixar descer normalmente pois sabem que ela vai tropeçar e rolar escada a baixo, e encontrei Drake sem camisa, de meias e calça social fritando ovos.

-Que ótimo jeito de cozinhar.- disse enquanto fazia uma trança no meu cabelo para amenizar a feiura.

-Cala a boca, eu sou o irmão mais velho mais sexy que já passou na terra.- ele disse passando a mão pela sua barriga malhada.

-Você é o mais nojento, isso sim! Vai falar isso para a Sierra, não para mim!- fiz cara de nojo prendendo o final da trança com um elástico.

-Coma ou vai ter que passar minha camisa com aquela merda elétrica!- ameaçou me empurrando o prato com ovos fritos e um copo de suco de laranja industrializado.

-Você é muito chato.- disse revirando os olhos.

-Vou buscar minha camisa e meu paletó, tenho uma reunião suuper chata hoje.- bufou enquanto ia até a lavanderia.

Comi metade do ovo e olhei Drake com uma cara de "vamos logo", que o fez entender o recado e me dar a cápsula do remédio.

Ele ficou me olhando com uma cara de "engole" e eu revirei os olhos, tomando um gole do suco para fazer o comprimido descer.

-Vamos madame.- ele estendeu o braço eu entrelaçar o meu no dele e o ignorei. -Milady, você é mal educada.

-Oh, que pena.- disse colocando minha mochila em um só ombro e saindo em direção ao carro.

-Vou sair com a Sierra amanhã. Acho que estamos ficando sério.- Drae disse animado e dançando no banco do carro quando já estavamos no caminho.

-Vocês se conhecem há tão pouco tempo e você já está apaixonado.- neguei com a cabeça. Deus me livre ser assim!

-É porque eu sou normal.- me deu um cutucão sorrindo e eu revirei os olhos. -Você não escutou quando eu disse que era pra você parar de ser chata e ir beijar umas bocas? Pode ser de garotos ou garotas, você que escolhe.- completou e eu gargalhei.

-Você é o irmão mais estranho que já habitou a Terra.- disse e ele riu. -Que tipo de irmão mais velho manda a irmã ir beijar?- completei fazendo uma careta. -Você devia estar morrendo de ciúmes só de eu usar uma mini saia.

-Você não usa mini saia, e eu gosto de não ser convencional.- respondeu ainda dançando no banco do carro.

Demorou, no máximo, uns dois minutos para chegarmos na escola e Drake me deixar na frente da escola. Ele ainda buzinou e virou de costas para mim se abraçando fingindo que estava se pegando com alguém.

Respondi com uma cara de nojo e passei pelo portão.

Entrei na escola vendo as mesmas pessoas de sempre e Taylor encostado em uma das colunas de estruturação vendendo alguma coisa para alguém. Assim que ele me viu, correu até mim.

-Lottieeee!- disse me dando uma quadrilzada.

-Oi Taylor.- disse esperando ele começar a falação enquanto iamos para o meu armário.

-Então, nós vamos sair hoje, ok?- disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.

-Nada ok.- disse parando e me virando para ele. -Hoje eu não tô afim de fazer nada, sério mesmo Taylor.

-Mas você vai e sem essa de "eu sou a Charlotte e não tô afim".- disse me imitando e cruzando os braços. -Essa semana foi corrida e nem deu tempo de eu te contar os babados sobre a prima da amiga da minha mãe que casou com um famoso e tomou um pé na bunda.

-Não ligo para essa prima da amiga da sua mãe, eu quero e vou pra casa hoje.- disse abrindo meu armário e jogando os livros que eu iria precisar em cima do Taylor, enquanto jogava os inúteis dentro do armário.

-Lottieeeee.- choramingou. -Ok então, eu vou pedir para o meu motorista te seguir e descobrir onde você mora.

-Boa sorte com isso.- ironizei batendo a porta do meu armário.

-Quer apostar? Eu aposto meio dedo do pé.- arqueou uma sombrancelha, me desafiando.

-Que nojento, Taylor.- fiz uma careta e ele deu de ombros. -Aposto meu sexto filho.

-Charlotte!- Taylor me olhou horrorizado. -Você me dá medo.

-Eu sei.- sorri dando de ombros enquanto iamos até a nossa sala.

(...)

-Pare de me seguir, Taylor.- disse tentando empurra-lo para longe de mim.

-Eu estou treinando para ser detetive.- disse abaixando o óculos escuro que antes estava em sua cabeça e apertando sua jaqueta de couro no corpo.

-Você parece um motoqueiro de uma gangue falsa.- disse e ele me olhou indignado abaixando os óculos.

-Você só me ofende.- me olhou feio e eu rolei os olhos me sentando na mesa.

-É merecido.- disse jogando minha mochila em cima da mesa e ajeitando para deixa-la o mais parecido possível com um travesseiro.

-Você não vai dormir comigo aqui do seu lado.- disse cruzando os braços.

-Sim eu vou, porque eu estou morrendo de sono e o barulho é bom pra dormir.

-Tá brincando? Isso aqui parece uma feira! Eu nunca conseguiria dormir no meio disso.- ele disse me olhando como se eu fosse um alien. -Você é estranha.

-Você também e eu não disse nada.- rebati me deitando em cima da mochila. -Taylor, eu tô morrendo de sono, me deixa dormir.- reclamei e ele bufou.

-Nessa vida só me desprezam.- dramatizou.

Taylor ficou sentado ao meu lado durante o intervalo todo, mas ele me deixou dar uma cochilada e só me acordou segundos antes do sinal tocar.

Só restavam mais duas aulas e depois eu poderia ir para casa, não aguentava mais ficar encarando a cara do professor de sociologia.

O sinal finalmente tocou exatamente 2h e 20 min da tarde, o que me deu vontade de pular feliz e saltitante por estava livre da escola.

Quando saí da sala, Taylor simplesmente sumiu do mapa e eu não o encontrava em lugar nenhum, então fui embora sei me despedir mesmo.

Andei rápido, mas sem correr, até minha casa e encontrei Drake na cozinha vestindo um avental com o corpo de um cara musculoso. Meu Deus.

-Lottieeeee!- me chamou assim que me viu na porta da cozinha. -Adivinha o que eu fiz?

-O quê?- perguntei jogando minha mochila em uma das banquetas e me sentando na outra.

-Lasanha!- disse sorrindo e abriu o microondas.

-Mentiroso, você nem fez!- ri dele todo produzido pra cozinhar e o mesmo me olhou ofendido.

-Eu fui no mercado, fiquei numa fila gigante, coloquei no microondas e você ainda diz que eu não fiz nada?- disse fazendo uma pose com o avental que quase me fez fazer xixi na calça de tanto rir.

-Vou me trocar e já desço, antes que você invente de ir lá fazer um furacão no meu quarto.- avisei puxando minha mochila da banqueta para me levantar.

-Eu não ia fazer um furacão no seu quarto.- Drake se fez de desentendido e eu revirei os olhos. -No máximo um redemoinho.

-Sei.- saí da cozinha rindo baixo e fui pra o andar de cima.

Entrei em meu quarto e joguei minha mochila na cadeira da minha escrivaninha. Tirei meu uniforme o jogando para longe e coloquei uma leggin e um moleton, só para ficar no mínimo decente.

Deitei na cama por alguns minutos e fiquei encarando meu teto preto. Péssima cor para se pintar um teto, eu sei, mas até que eu gosto. Meu quarto parecia uma caixa preta e roxa.

A lasanha demorou uma eternidade para ficar pronta e só levantei (meio tonta) quando escutei uma música do One Direction ecoar da caixinha de música do meu irmão na cozinha e fui para a mesma de novo. Ele estava dançando e fingindo que uma colher de pau era um microfone.

Um machão mesmo!

-Você perdeu o espacate que eu abri aqui!- disse rindo e eu gargalhei.

-Você? Abrir um espacate? O máximo que você conseguiria é abrir três centímetros e ainda deslocar o joelho.- disse cruzando os braços. -De novo.

-Olha aqui, Charlotte, você me respeita que eu nasci para ser um bailarino!- rebateu.

-Sim, claro, mas você não precisava abrir um espacate na sua primeira aula.- disse lembrando de quando ele resolveu entrar no balé.

Estavamos nos sentando na mesa quando a campainha tocou.

-Você está esperando alguém?- perguntei a Drake, que negou com a cabeça. -Então não vou abrir não.

-Que isso Lottie!? Vai logo.- disse e eu escorreguei na banqueta.

-Drae, vai você, por favor!- choraminguei.

-Eu não. Eu trabalho.

-E daí?

-E daí que eu trabalho, estou velho e cansado. Você vai!- disse apontando para a porta e eu bufei.

Andei até a porta e virei a chave, tomei um susto ao ver quem era:

-Taylor?- franzi as sombrancelhas ao vê-lo ali, com um carro de luxo estacionado na minha calçada.

-Oi, eu falei que ia te achar!- ele sorriu vitorioso e eu estava paralisada, com os olhos arregalados.

-Como você descobriu onde eu moro?

-Eu te segui até aqui, John foi meu cúmplice.- ele apontou para o senhor no banco do motorista no carro e eu o olhei assustada, fazendo-o gargalhar. -Mentira, eu descobri hoje que você é vizinha do Cam e vim aqui.- ele riu e eu continuei olhando assustada.

-E o que você veio fazer aqui?- disse me encostando no batente da porta.

-Te buscar para o nosso rolê.- disse simples e eu ri da cara dele.

-Perdeu o seu tempo.- cruzei os braços e ele me olhou entediado.

-Vamos, Lottie, por favor!- choramingou e eu revirei os olhos.

-Eu já falei Tay, hoje não.

-Embora eu esteja derretido por você ter me chamado de Tay, não posso aceitar isso.- disse cruzando os braços. -Ou você vai comigo por pura e espontânea vontade, ou eu vou te carregar.

-Boa sorte.- disse pronta para fechar a porta na cara dele, mas então, a pior coisa que poderia acontecer, aconteceu.

Drake viu Taylor.

Por que a pior coisa, Lottie? Porque Taylor e Drake vão virar melhores amigos assim que trocarem as primeiras cinco palavras.

Eu tô ferrada.

-CHARLOTTE!- Drake berrou e eu quase caí pelo susto. -Quem é ele?

Fiquei morrendo de vontade de rir. Ele estava engrossando a voz mas continuava com o avental de um cara musculoso. Olhei para Taylor e o mesmo estava olhando-o divertido.

-Ele é o Taylor, meu amigo da escola que estava no boliche com a gente aquele dia.- respondi querendo morrer.

-Ahh! Verdade! Oi Taylor!- Drake mudou totalmente sua face de "irmão mais velho bravo" para "irmão mais velho idiota", dando um sorriso. -Entra aí, cara, estavamos indo almoçar agora.

-Desculpa interromper, Drake. Eu já almocei, mas aceito entrar sim.- disse e eu o olhei feio, o mesmo me olhou malicioso. -Já volto, John!- gritou para o motorista e entrou em casa quase saltitando com Drake.

Fiquei parada na porta, respirando fundo e contando até dez.

Jesus.

Fechei a porta da sala e fui para a cozinha, encontrando os dois sentados no maior papo.

-Então, a Lottie apronta muito na escola?- Drake perguntou me olhando desconfiado.

-Ela não para de falar um minuto.- Taylor respondeu e os dois me olharam decepcionados.

-Eu? Você que não para de falar da prima da amiga da sua mãe que casou com um cara famoso e tomou um pé na bunda!- disse ofendidissima.

-Mas essa é uma história super interessante!- respondeu e começou a contá-la para Drake. Eu só conseguia rir dos dois conversando empolgadíssimos.

-Então, Sr.Newsome.- Taylor disse. -Tudo bem a sua irmã sair comigo hoje? Juro que não tenho interesses amorosos nela.- ele cruzou os dedos, jurando.

-Nesse lugar tem drogas?- meu irmão perguntou.

-Acho que não.

-Então pode levar, me dê um pouco de paz!- Drake respondeu me provocando e o olhei indignada.

-Eu vou me retirar, vocês só me ofendem.- cruzei os braços e eles riram. -E eu não vou.

-Como assim, não vai? Vai sim, ele é um moço decente, veio até aqui pedir pra mim! Estou me sentindo mais adulto.- disse arrumando seu avental.

É claro...

-Ele é tudo, menos um moço decente.- respondi olhando para Taylor.

-Eu sou um anjo.- Taylor disse juntando as duas mãos e fechando os olhos.

-Lottie, não faça essa desfeita.- Drake disse. -Vai se arrumar, tu vai sim.

-Me obriguem.- cruzei os braços e Drake arqueou uma sombrancelha para mim e sussurrou algo para Taylor.

Os dois me olharam com a cara que sempre os vejo fazer em ocasiões diferentes; a cara de "vou aprontar".

Eles se levantaram da mesa e eu tombei um pouco a cabeça para o lado, estranhando-os.

-JÁ!- Drake disse e os dois correram até mim, me fazendo arregalar os olhos assim que os dois me pegaram, um de cada lado, e me levantaram.

-Ai meu Deus! PAREM! PAREM!- disse me debatendo.

Eu não consegui acreditar quando os dois subiram as escadas me carregando e depois me jogaram na minha cama.

-Se você quiser de volta, vai ter que se arrumar.- Drake disse dando meu celular para o Taylor. Ele provavelmente tirou do meu bolso enquanto eu me debatia.

-Eu odeio vocês dois!- disse tentando pegar meu celular da mão de Taylor, mas eu parecia uma tosca tentando pular e alcançar a mão dele no alto.

Desisti quando os dois começaram a rir e fui derrotada me trocar, batendo a porta na cara deles. Idiotas!

Somente troquei minha calça leggin por uma jeans e coloquei meu all star roxo, logo saí do quarto.

-Boa garota.- Taylor sorriu para mim quando desci as escadas. -Solta esse cabelo.- disse puxando o elástico que ainda segurava minha trança.

Olhei-o feio. Minha trança estava linda.

-Aff, Taylor, quem disse que era pra soltar?!- reclamei cruzando os braços enquanto ele soltava as mechas onduladas num roxo bem bem claro pelo tanto que estavam desbotadas.

-Você tá uma gata assim, se não fossemos amigos, eu te pegava.

-Como se eu fosse te pegar.- revirei os olhos e ele me olhou ofendido. -Anda, me devolve meu celular e vamos logo para seja lá onde você vai me levar.

Taylor me deu meu celular e descemos as escadas com ele bem falante e eu bem chatante.

-Prometo trazer sua irmã inteira.- Taylor disse ao meu irmão e os dois fizeram um toque.

-Eu agradeço, cara.- disse e os dois se despediram.

Passei reto por Drake mandando Taylor ir logo e Drake me olhou indignado.

-Não vai dar tchau pro seu irmão, não?

-O irmão que só me põem em fria?- perguntei arqueando uma sombrancelha e enfiando minha chave de casa no bolso. -Não.- sorri falsamente para ele e o mesmor riu, me puxando para dar um beijo na minha bochecha.

Fechei a porta da sala e Taylor me apresentou para o senhor simpático e motorista dele, John, para depois entrarmos no carro chique dele.

-Onde vamos?- perguntei colocando o cinto e ele fez o mesmo.

-Surpresinha!- sorriu malicioso e eu bufei.

-Você é patético.- disse me abraçando. Seu carro de luxo era espaçoso até demais.

-Obrigada, Lottie.- Taylor ironizou e viu algo em seu celular. -Pode me emprestar seu telefone?

-Você vai confisca-lo de novo?- perguntei o olhando desconfiada.

-Não, só me dê e te devolvo quando chegarmos lá.- disse e eu franzi as sombrancelhas.

-Por quê?

-Porque preciso te enviar uma coisa e você não pode ver.

-Então, por que vai me mandar?

-Porque preciso que você tenha isso no seu celular!

-Por quê?

-Pare de perguntar o porquê, Charlotte.- ele disse revirando os olhos.

-Você me pede meu celular e eu não posso saber o motivo exato?- cruzei os braços e ele deu um sorrisinho.

-Você é idiota. Preciso fazer isso antes que o sinal pare de pegar, então me dê logo, você sabe que vou te devolver!

Olhei-o desconfiada mas entreguei meu celular.

Olhei para a janela e vi que estávamos saindo da cidade e minha internet do celular estava perdendo o sinal. Só consegui pensar em uma coisa...

SEQUESTRO.

Pulei em cima de Taylor para pegar meu celular de volta e tentar me jogar do carro o mais rápido possível.

-Charlotte! O que foi?- ele estava me olhando assustado.

-Eu sei que você quer me sequestrar e eu não vou morrer assim, Taylor!- disse enfiando a mão no bolso dele e puxando meu celular, mas ele segurou-me pelas mãos e me fez sentar como uma pessoa normal.

-Lottie, você tá louca? Eu não vou te sequestrar!- ele disse e eu me debati.

-Eu sabia que você não era confiável!

-Você é neurótica.- concluiu e eu o olhei feio, percebendo que era verdade. Taylor não é um sequestrador com essa cara de bobão.

-Ugh, acho que sou mesmo.- bufei me afundando no banco chique de couro.

-John, aumenta o som!- Taylor disse para o motorista, que obedeceu e uma música da Britney Spears começou a tocar bem alto.

Taylor cantava desafinadamente olhando para mim e eu dei meu máximo para segurar o riso, mas dois segundos depois eu estava gargalhando.

Esses dias eu estava tentando entender por que Taylor e eu nos damos tão bem. Talvez seja porque o jeito dele me lembra meu irmão...talvez porque ele é uma pessoa muito animada e feliz tentando alegrar uma pessoa chata que nem eu, ou talvez porque somos opostos perfeitos, só que não romanticamente. Eca.

Por meio segundo me imaginei beijando Taylor. Em seguida, soltei uma gargalhada, fazendo o mesmo me olhar com uma sombrancelha arqueada.

-Estranha.

-Você.

-Nós.- sorriu sacana e eu ri.

-Estamos chegando?- perguntei.

-Não.

-E agora?

-Não.

-E agora?

-Não.

-Humm...e agora?

-Charlotte!

(...)

-Taylor!- disse quando o mesmo abriu a porta onde eu estava escorada. -Eu quase caí por culpa sua!

-Anda logo, Lottie!- disse animado e eu saí do carro me ajeitando. Tenho certeza que eu estava amassada.

-Agora você pode me dizer onde estamos indo?- perguntei. -Ou ao menos onde estamos?

-Não.- disse sorrindo e eu revirei os olhos. -Relaxa, você vai descobrir logo. E vai odiar.

Arregalei os olhos.

-Calma, calma.- disse rindo e eu o olhei feio. -Vai ser legal, eu prometo.

-De dedinho?- perguntei estendendo meu mindinho.

-Você é um bebê, Charlotte.- ele disse rindo, mas estendeu seu dedinho. -Eu juro.- entrelaçou o seu mindinho direito no meu. -De dedinho.- completou.

-Se você não cumprir sabe que posso cortar seu dedinho fora, né?- disse o olhando maliciosa, fazendo o mesmo arregalar os olhos e olhar para sua mão.

-O que foi que eu fiz?- perguntou e eu gargalhei.

-Estou brincando, não vou fazer isso.- disse ainda rindo deixando-o aliviado. -Se você cumprir, claro.- disse fazendo o mesmo ficar nervoso de novo.

-Eu tenho medo de você.- Taylor disse enquanto nos aproximavamos de um...estádio?

-Você já disse isso.

-Porque é verdade.- respondeu e eu ri.

Começamos a nos aproximar mais do tal lugar e pude ver mais nitidamente.  Era um estádio.

-Taylor, eu espero que você não tenha me trazido para ver um jogo de futebol.- alertei e ele riu.

-Óbvio que não, boba. Anda mais rápido!- disse pegando minha mão e me puxando pelo amplo espaço.

Chegando no estádio, Taylor nos levou até uma entrada estranha que não tinha fila e, finalmente, me deu meu celular e me mandou abrir meu e-mail.

"Ingresso tipo meia entrada - TAKE ME HOME TOUR: ONE DIRECTION."

-Que droga é essa, Taylor?- perguntei e ele começou a rir.

-Eu sabia que você ia amar.- disse entregando os celulares para uma segurança, que escaneou-os com sua máquina que fazia um "bep" a cada ingresso.

-Você é louco!- disse ainda abismada. -E rico.

-Você está certa.- disse dando de ombros e eu caí na gargalhada.

-O último lugar que eu me imaginaria seria no show do One Direction.

-Você vai amar!- disse. -Eu prometi, né?

-Você é um homem sem palavra.- disse rindo enquanto nos enfiavamos no meio das pessoas.

-Ei, Lottie! Assim você me magoa.- disse colocando a mão no coração e eu revirei os olhos.

-Eu nem sei como me portar aqui, Taylor! Isso vai ser um desastre.

-Olha, se você se sentir perdida, pula!- Taylor me intruiu.

-Pode deixar, directioner!- disse rindo enquanto as luzes se apagavam e cinco sombras apareciam no palco, seguidas de milhares de gritos.


Notas Finais


GENTEEEEEEEEEEEE
eu amo esse capítulo, espero q vcs tenham gostado tanto quanto eu.
seguinte, ta gigantesco então se tiver algum erro perdão pq é difícil corrigir essa bagaça inteira.
É ISTO! ATÉ SEMANA Q VEM MEU POVO!
beijos beijos beijos beijos💙💙💙


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