História The Boy From The Past - Jikook - Chapter IX

Jimin - Point Of View
 

Quando senti os lábios de Jeon pressionados contra os meus, automaticamente meu corpo reagiu de uma maneira estranha e complexa. Minhas mãos gelaram de uma vez, todavia curiosamente - ao mesmo tempo - elas suavam como se estivessem no fogo alto de uma fornalha. Meu coração acelerou tão rápido quanto nunca, era como se uma descarga elétrica houvesse tomado cada átomo de meu corpo, eletrizando-o. Não houve movimentos a mais, fora um simples toque, um toque singelo.

Jungkook se afastou lentamente, seus olhos se abriram com uma lerdeza quase palpável - diferente de mim, que nem ao menos consegui fechar os meus -. Ele fitou meu rosto por um longo período de tempo, analisando-o com olhos astutos, atentos. Soltei o ar dos pulmões de forma trêmula, o ar parecia rarefeito para mim e por algum motivo, ter os olhos de Jeon fincados em minha face me fazia piorar.

- Kookie, acho que eu não estou muito bem... -  Coloquei minha mão sobre meu rosto, sentindo-o quente como o próprio inferno. - Certo, eu preciso urgentemente ir a um posto de saúde... Acho que posso desmaiar a qualquer segundo.

Foi um pouco engraçado ver os olhos de Jungkook arregalando-se, e devo admitir que sua cara de preocupação foi a coisa mais fofa que nunca imaginei ver. Suas mãos repousaram sobre meus ombros de forma protetora, meio trêmulas ainda pela situação anterior - o desabafo dele, acho eu -. 

- O que sente exatamente? Eu disse que seu corpo era frágil! Por que você insistiu em dormir em uma cadeira? - Ele me ajudou a levantar. Jeon não estava errado, na verdade. É perigoso para mim usar meu pouco tempo de descanso... Não descansando.

- O que sinto...? - Perguntei confuso, recostando meu corpo melhor contra o seu, usando-o como apoio físico. A cada segundo aquela sensação parecia piorar, e meu peito parecia querer se abrir para poder liberar meu coração inquieto. - E-Eu... Eu não sei. - Ditei sincero, vendo-o arquear uma das sobrancelhas. Jungkook ajudou-me a sentar na ponta da cama, e meu corpo agradeceu por estar em um local macio. - É muito confuso, na verdade. Meu coração está batendo rápido demais, minhas bochechas e orelhas estão queimando como se fogo corresse por minhas veias e mesmo geladas, minhas mãos estão suando. - Expliquei da melhor forma que consegui, fitando minhas mãos por um tempo. - Ah! - Tampei os lábios horrorizado. - Será que peguei alguma doença com esse toque de agora? Eu sabia que isso era errado, maldito tabu... - Passei as mãos pelos cabelos, aquela sensação não parecia querer cessar. - Eu não quero morrer, sou muito jovem ainda... - Choraminguei alto.

Pensei que Jeon se preocuparia comigo e com ele mesmo também, mas ele apenas riu.

Riu alto, muito alto.

- Qual a graça?! - Gritei alto sentindo-me estranho com a situação. - Acha graça em morrer, é?

- Não, Jimin! Nós não... - Ele ria tanto que precisou de um momento para respirar, e então findar sua frase. - Nós não vamos morrer, seu idiota. 

- Não vamos? - Virei meu olhar para seus olhos, estes que possuíam um brilho divertido.

- Não vamos não, pelo menos não agora. E não, você não está doente... - O silêncio retornou para o quarto, por mais que fosse desconfortável aquilo pareceu apaziguar a situação. - Você... Bem, seu corpo apenas pareceu reagir ao selinho.

- Selinho? - Perguntei confuso.

- Esse contato com os lábios. - Jungkook respondeu em um tom óbvio. - Vai me dizer que você não sabe o que é beijo? Vocês não tem contato afetivo com outras pessoas não?

- Ah sim... - Minha mente pareceu se iluminar e eu sorri. - Também não é assim, eu recebia muitos beijos da minha mãe quando eu era pequeno, eu apenas não sabia que beijos também eram dados nos lábios dos outros. E aliás, selinho? Que tipo de nome é esse? Se é um beijo, então por que não o chama assim simplesmente?

- Que pergunta sem noção. - Jungkook retrucou envergonhado por parecer idiota aos olhos do outro. - Se todas as coisas comestíveis são "comida", por que todas elas não são simplesmente chamadas assim? É a mesma lógica. - Ele riu baixinho, fazendo eu me encolher por vergonha. - Se tudo possuir o mesmo nome, então não vai dar para identificar.

- Então como é o beijo de verdade? Quer dizer, existem quantos tipos de beijos? - Eu estava realmente curioso quanto o assunto. Jungkook pareceu ponderar um pouco sobre o assunto.

- Existem vários tipos, para falar a verdade. Por exemplo, tem o beijo de esquimó, que é quando você esfrega a ponta do seu nariz no nariz de outra pessoa. É basicamente um carinho de narizes.- O encarei confuso, pendendo a cabeça para o lado.

- E como isso funciona? Nem os lábios são usados para isso! - O encarei indignado. Jungkook riu baixinho, encarando-me com certa brincadeira no olhar.

- Feche os olhos. - Ele pediu-me com a voz serena. O encarei por um tempo, a desconfiança exalando de minha pessoa.

Me remexi sentado sobre a cama, era apenas um pedido simples. Fechei meus olhos devagar - ainda desconfiado - e senti as palmas de Jeon segurarem meu rosto - uma de cada lado-. Elas eram macia e quentes, traziam-me um certo nervosismo na verdade. Quando dei por mim, uma respiração quente batia contra minha bochecha, serena e morna. Todas as sensações que senti anteriormente apoderaram-se de meu corpo mais uma vez, fazendo-me encolher o corpo como resultado. Ouvi o riso baixinho de Jungkook e logo depois senti algo gelado em contato com meu nariz, esfregando-se devagarinho e leve. Abri meus olhos devagar, deparando-me com um Jeon de olhos fechados e sorriso ladino nos lábios.

- Isso nem é um beijo, nem usa a boca para nada... - Sussurrei descrente. Céus, de onde eles tiraram que isso é um beijo?

- Então você queria usá-la? - Jungkook arqueou uma das sobrancelhas em desconfiança, sorrindo de canto. O encarei por um tempo, a expressão dele não condizia com a própria frase.

- Claro. - Dei de ombros, beijos são coisas naturais. - Beijos são coisas normais, Jungkookie. 

Observei o moreno se engasgar levemente com a saliva, pareceu por um momento aflito com a situação. Ele por acaso é louco?

- Certo, certo. - Ele limpou a garganta levemente. - Bom, eu não quero citar todos, então se contente com os poucos que eu falar. - Balancei a cabeça, assentindo. -  Tem o beijo frânces, o beijo demorado, beijo molhado, beijo borboleta.- Ele ficou em silencio por um tempo. - Beijo grego...

- E como eles são feitos? - Pendi a cabeça para o lado levemente, fitando um Jungkook nervoso. Ele respirou profundamente e me encarou.

- Não está satisfeito apenas com os nomes? - Choramingou alto como uma criança birrenta, fazendo-me revirar os olhos. Que garoto teimoso e desnecessário.

- Kookie, não custa nada falar. - Segurei seu braço, empurrando-o para frente e para trás. Ele bufou alto.

-  Detalhar tudo e correr o risco de demonstrar todos como fiz com o Esquimó? Não, obrigado. - Sua voz esbanjava humor, todavia aquilo não teve sequer um pingo de graça para mim.

Senti meu peito arder em raiva.

- Por que, Jeon? Por acaso seria tão ruim assim me beijar? Ou será que não sou suficiente para seus "lábios de ouro, raros e diferentes"? - O fuzilei com o olhar, apertando minhas mãos em punhos. 

Qual era o problema dele?!

Sua feição tornou-se aterrorizada conforme ele via minha fúria aumentar a cada segundo, seu olhos arregalaram-se e sua boca abriu-se em espanto.

- Não, eu não quis dizer isso! - Ele levantou as mãos em rendição. - Você sabe que não quis dizer isso, você entendeu errado.

- Entendi errado, foi? Ou você só está tentando me acalmar? - Me levantei rápido sentindo meu corpo protestar, mas não fraquejei. Ele me encarou preocupado, levantando-se em seguida.

- Não vamos brigar por conta disso, por favor. Eu só quis dizer que não quero fazer isso, entende? Não é por ser você, é porque não quero mesmo. E também, foi apenas uma brincadeira. Eu não quis ofender você...

Travei o maxilar sentindo meu corpo esquentar com a raiva. Eu sei que eu não deveria estar assim e que eu deveria parar, o único problema é que eu sequer sei o que estou sentindo. 

- Se eu fosse Taehyung, você me beijaria? - Perguntei baixo sem o encarar. - Aposto que você amaria fazer isso com ele se estivesse vivo!

- O que você disse? - Ele perguntou, rindo sem humor.

- Você sabe bem o que eu disse, Jungkook. - Aquele ponto eu nem ao menos sabia mais de quem eu estava me referindo ou o que eu estava falando. Eu apenas queria entender a frustração que se alastrou em meu peito, e a melhor forma que encontrei - mesmo sendo egoista- foi descontar em Jeon.

- Você quer a droga de um beijo? Então eu vou te dar essa merda de uma vez. - Seus passos foram duros em minha direção, e seus olhos eram assustadores. 

Eu não consegui reagir muito bem, aquilo estava me assustando. Ele segurou meus rosto com as duas mãos - elas pareciam tão frias agora - e aproximou meu rosto do seu em um solavanco único, chocando nossos lábios de forma agressiva. Ele sugou meu inferior com volúpia, seus dentes prenderam-no entre si, puxando-o de uma forma levemente dolorosa. Aquilo não foi bom como o primeiro ou o segundo, aquilo era assustador. Ele mordeu minha bochecha com força, fazendo-me grunhir baixo, e seus lábios arrastaram-se por minha tez até encontrar meu pescoço. Seus dedos seguraram-me o queixo entre eles, eu podia sentir suas unhas cutas raspando em minha pele. Sua boca sugou meu pescoço com força mais de uma vez e, ao sentir a pressão, minha única reação foi respirar trêmulo.

Aquele não era Jeon.

Quando aquilo enfim se findou, eu me afastei assustado. Ele estava diferente, parecia tão raivoso que seus olhos eram irreconhecíveis.

- Não meta Taheyung nos seus problemas idiotas... - Ele apontou para mim de forma intimidadora. - E pensando melhor... Eu não deveria ter desabafado com você. - E então se virou, retirando-se do quarto.

Deixei-me cai sentando na cama, ainda espantado e em choque com a cena anterior.

Me merda eu fui fazer? 

[. . .]

Já era noite e Jungkook estava sentado próximo a janela, observando o céu noturno - pelo menos a reprodução dele, já que não era de fato real-. Eu me sentia mal apenas por observar sua silhueta na sala escura. Eu não devia ter citado o amigo dele de forma tão vaga, mesmo sabendo do que aconteceu entre os dois.

Eu sou realmente idiota, muito idiota.

Que merda anda acontecendo comigo, afinal?

Meus pés moviam-se contra minha vontade, passos silenciosos e leves. Algo engraçado era que, quanto mais eu me aproximava de Jungkook, mais eu sentia que estava distante dele. Quando me aproximei o suficiente, decidi me sentar ao seu lado. Ele não disse nada, não fez nada.

Continuou parado como se eu não estivesse ali.

Eu juntei todo o ar que eu pude, segurando-me para não chorar. Eu estraguei tudo tão rápido que minha mente ainda dava voltas insanas e complexas. 

- Me desculpe... Por citar Taehyung de uma forma tão leviana. Eu me arrependo de verdade... - Encolhi minhas pernas, abraçando meus joelhos e escondendo o rosto em minhas coxas. Eu me sentia muito burro e idiota, irritado também com o que ele fez. Jungkook limpou a garganta, seu queixo apoiou em um de seus braços e ele fechou os olhos. Ele começou a cantar baixinho em sua própria língua, e surpreendentemente sua voz era melodiosa. 

Eu apenas fechei meus olhos, banhando-me em culpa.

- O nome dessa música é "Nothing like us"... - Ele ditou baixinho, seus olhos vidrados no céu estrelado. - Tae gostava de me ouvir cantar ela, ele dizia que minha voz se encaixava perfeitamente.

- Ele estava certo... - Deitei meu rosto de lado para poder o encarar melhor. 

Eu não consegui quebrar aquele silêncio depois de minha última frase, e Jeon também não pareceu disposto de o fazer. Me encolhi um pouco mais, escondendo meu rosto por vergonha e sentimentos negativos a mais. Queria poder voltar no tempo.

- Jimin... - Chamou-me baixinho, num sussurro que mal perturbou a calmaria da noite. - Me desculpe por ter feito aquilo também, eu agi feito um babaca. Desculpe se acabei machucando você, ou sei lá... Te assustando. - Eu podia sentir sua sinceridade. Queria o responder algo, todavia minha garganta estava apertada. - É que falar de Tae ainda é delicado demais, tudo ainda é fresco na minha cabeça. Quando você falou daquela forma eu me senti realmente irritado...

- Se pudesse, eu nunca teria feito aquilo. - Eu e Jungkook dissemos em uníssono, causando certa tensão da parte dos dois.

Não demorou muito para chiados baixinhos tomarem o quarto seguidos de gargalhadas altas e escandalosas. Fiquei feliz por perceber que o clima estava um pouco menos tenso. Jungkook jogou-se para trás, recostando sobre o chão, a cabeça apoiada sobre os antebraços. 

- Que merda aconteceu naquela hora? - Ele perguntou ainda risonho. - Tipo... Que merda de situação foi aquela? Foi uma coisa totalmente aleatória e sem sentindo.

- Penso a mesma coisa. - Eu segui seu tom bem humorado, deitando-me ao seu lado. - Acho que foi porque senti meu orgulho ferido, algo como "oh meu Deus, eu realmente não sou suficiente?". - Imitei uma voz engraçada no fim da frase, fazendo-o sorrir largo. - Pensei que eu era muito ruim para você, acho que isso me deixou com raiva.

- Você sabe que não é isso, certo? Sabe que eu nunca pensaria algo assim e que aquilo foi uma simples brincadeira. - Ele se virou melhor para mim, deitando-se de lado. - Vamos fazer um trato?

O fitei confuso.

- Trato? - Indaguei baixinho, chegando um pouco mais perto.

- Se brigarmos mais uma vez, antes de virar algo sério vamos dizer algo que achamos legal ou bonito no outro. Sabe, uma qualidade. - Ele sugeriu. - Meus pais faziam isso, entende? É algo que funciona e distrai da discussão.

- É algo interessante para se fazer. - Mostrei-lhe meu sorriso mais sincero. - Mas não sei se é uma ideia muito boa, imagina só. Lá estava eu, te xingando de todos os nomes possíveis, quando de repente eu grito "seu desgraçado! Seus olhos são muito bonitos, seu bastardo! Espero que sua personalidade maravilhosa continue com você para sempre, seu retardado!" - Fingi gritar, ainda sussurrando, e o observei rir ainda mais alto.

- Jimin, não estrague meu plano infalível. 

- Okay, me desculpe.

Depois disso, o silêncio que se instalou foi confortável, e até mesmo me permiti aceitar o braço que Jungkook ofereceu como travesseiro.

O corpo dele é quente.

- Se falar daquela forma, relacionada ao meu passado, mais uma vez... Eu não vou te perdoar. - Ele sussurrou baixinho, sorrindo estranho logo em seguida.

- Sim... - Soltei um riso sem graça.

Lembrete: medir as palavras quanto a Jungkook.

[...]

Como eu estava agora morando com Jeon, decidi desabilitar o modo "ocultação de cômodos", pois era ruim para ele me chamar toda a hora para poder ativar algum quarto. Me incomodava um pouco pois, com todos os móveis sempre nos mesmos lugares, a desorganização era inevitável. Depois de nossas estranha discussão e rápida reconciliação - que foi rápida demais, estou ainda estranhando- decidi tomar um banho para relaxar do dia corrido que tive. 

Ajustei minha pulseira para poder encher a banheira com água morna e sais de banho, adorava o cheiro doce e perfumado daquelas coisinhas. Outra coisa muito interessante também eram os hologramas de peixinhos que eu sempre fazia questão que me acompanhassem em meus banhos, era menos entediante e solitário.

Retirei toda minha roupa - peça por peça, com uma calmaria invejável -, e rumei para as águas mornas que me aguardavam. Logo na parede ao lado havia um espelho e, por mais que eu não queira admitir, sou demasiado vaidoso. Eu parei frente ao meu reflexo, analisando toda minha fisionomia. Meus cabelos escuros dessa forma estavam me enjoando já.

- Que cor eu deveria colocar? - Murmurei baixo enquanto segurava uma madeixa entre dois dedos. - Talvez eu devesse pedir a opinião de Jeon? Eu não sei, talvez eu dev-

E então um pânico anormal tomou conta de mim, fora pior que o dia em que Namjoon se colocou em minha frente. Meus olhos se arregalaram como nunca e, num ato súbito, eu só pude gritar horrorizado.

Aquilo era feio e estranho, eu só conseguia pensar na minha morte. E aquilo piorou meu pânico.

- Jungkook, eu vou morrer! - Gritei o mais alto que pude, sentindo minha garganta arranhar. - Meu Deus, eu estou morrendo! Jungkook!

Sua voz chamou meu nome de uma forma desesperada, eu podia ouvir seus passos contra o chão.

A porta se abriu em um único solavanco, e de dentro dela surgiu um Jeon Jungkook ofegante e assustado. Ele correu até mim sem cerimônias, suas mãos seguraram-me pelos ombros como se eu fosse cair.

- O que aconteceu? O que está sentindo?! - Ele gritava mais do que eu, nunca o vi tão aflito quanto agora. - Está passando mal por ter dormido naquela cadeira? Ou pior, está passando mal por não ter descansado corretamente seu corpo esta semana?!

Choraminguei alto, pousando uma de minhas mãos contra a sua.

- Não, Jungkook... Eu estou apodrecendo de dentro para fora...- Jeon arfou em espanto, sua face estava tão aterrorizada quanto eu.

- Vista suas roupas! Precisamos ir ao hospital agora mesmo! - Ele começou a juntar minhas roupas em um bolo só, jogando-as em meu colo em seguida.

Eu balancei a cabeça em negação, ele era tão inocente em pensar que isso resolveria.

- Não há mais tempo, Kookie... - Suspirei trêmulo.- Veja só, meu pescoço já está apodrecendo. - Apontei para a marca roxa e esquisita no local. - Eu pensei que morreria tarde como meus avós, mas parece que... O legado de Park Jimin está chegando ao fim.

Um silêncio perturbador reinou no banheiro.

- Jimin...- Ele chamou-me entredentes.

- Não precisa dizer o quão está ruim, sei que não vai demorar para meu pescoço apodrecer e minha cabeça cair e-

- Isso é só um chupão, Jimin. Fui eu que fiz isso. - Ele deu um tapa leve na própria testa, indignado. - Você não vai morrer, seu babaca. Você me assustou atoa, eu pensei que você realmente estava morrendo.

O fitei por longos segundos.

- Isso é uma doença? - Indaguei curioso.

- Não... Digamos que é apenas mais alguma das formas de beijos.