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História The Boy Next Door - Dumbass.


Escrita por: thatredfeeling

Notas do Autor


Eu jamais na minha vida imaginei ganhar 145 favoritos em um capítulo só. Obrigada por isso e pelos comentários, fiquei muito feliz mesmo.

Espero que gostem e boa leitura! (:

P.S.: Leiam as notas finais.

Capítulo 2 - Dumbass.


Fanfic / Fanfiction The Boy Next Door - Dumbass.

Nash’s poit of view:

— Anda logo, a gente tá atrasado de novo, Matt! – disse empurrando-o para dentro do carro. Seus pais já tinham saído para trabalhar e para variar, perdemos a hora.

— Cara, eu não posso chegar depois do horário, o Sr. Finnegan vai me comer vivo! – falou nervoso.

— Então pisa fundo! – exclamei.

Ele pôs o pé no acelerador da Ferrari vermelha (1) e saiu da garagem cantando pneu. Assim que adentramos o colégio, Matt estacionou o veículo na mesma vaga de sempre. Era a segunda semana de aula e já tínhamos lugar marcado. Esse é um dos lados bons de ser popular: sempre conseguimos o que queremos.

Descemos do carro apressados em direção aos nossos armários. Quando cheguei no corredor, olhei novamente ao número anotado em meu caderno. 202. Por que então outro garoto estava o utilizando? Encarei Matt, confuso.

— Ei! – gritei e puxei seu casaco pelas costas. Ele me encarou assustado.

— Que foi?! – perguntou com os olhos arregalados.

— Esse aí é o meu armário! – disse irritado.

— Não é não – respondeu – é o meu. Tá vendo? 202 – o garoto me mostrou um papel com o mesmo número anotado.

— Ah, mas que droga! – falei arrancando a folha de sua mão.

— Sr. Grier e Sr. Espinosa! – escutei uma voz masculina atrás de mim.

— Sim, Sr. Diretor? – perguntamos em uníssono ao nos virarmos e nos depararmos com a presença do homem de terno e gravata.

— Venham comigo. Nós transferimos suas coisas para o lado Norte – disse.

— O quê?! – falei surpreso – Lado Norte?!

— É.

...

— Aqui, número 103 e 104 – o homem nos entregou novas chaves ao pararmos em frente aos nossos novos armários – não façam perguntas, apenas aceitem – disse rígido.

Queria revirar meus olhos, mas me contive. Matthew parecia querer fazer o mesmo. Assim que o diretor se afastou, esbravejei.

— Por que nos trocaram de ala?! – perguntei – E a Faith? Ela tava quase na minha!

Matt riu.

— Calma, Nash. Não é o fim do mundo – ele deu batidinhas em meu ombro esquerdo – e olha ao seu redor, existem dezenas de outras gatinhas.

Passei meu olhar pelo corredor com lokers na cor azul. Talvez a ala Norte não fosse tão ruim assim. Tinha muito mais meninas do que a ala Sul. Peguei meus livros e os joguei dentro da mochila, me preparando para mais um dia de tortura em Mooresville High School.

— Nash Grier? – uma garota baixinha de cabelos loiros, pele branca e olhos verdes parou ao meu lado, escorada em outro armário – O que faz na ala azul? – perguntou enquanto mascava seu chicle de menta e enrolava as madeixas com os dedos.

— Oi Lexi – sorri cafajeste – fui transferido.

— Ah é? – ela se aproximou de mim – Quer dizer que vou poder te ver todos os dias? Gostei disso. – falou ao pé de minha orelha.

Matt pigarreou.

— Que foi? – me virei para trás.

— O sinal tocou – respondeu.

— Tá, valeu Lexi, mas preciso ir – ela me deu um beijo estalado na bochecha e eu pisquei em sua direção.

— Eu falei, você já esqueceu a Faith, viu? – Matt deu um sorriso malicioso e eu apenas revirei os olhos quando nos afastamos em direção à sala de aula. Pus as mãos nos bolsos e retirei um papelzinho lá de dentro com um número de telefone.

A garota era rápida.

— Ei! – protestei assim que senti alguém esbarrando em meu ombro.

Uma menina de cabelos castanhos, um pouco escondidos pelo capuz preto, passou como um foguete ao meu lado e nem se quer virou-se para pedir desculpas.

Melissa’s poit of view:

Desci da bicicleta e a acorrentei um uma das barras de ferro do bicicleteiro. Coloquei a mochila nas costas, o celular no bolso e continuei com os fones de ouvido. Adentrei o colégio e os corredores estavam lotados de gente. Não era nada parecido com o que eu via no Brasil. As pessoas eram esquisitas e gostavam de encarar. A maioria vestia-se de forma simples, mas muitas meninas pareciam estar indo a um desfile de moda. Assim como em toda escola americana, estava muito na cara que havia grupinhos que separavam as pessoas de acordo com seus gostos. E eu não sei onde me encaixo dentro deles.

Procurei por meu armário na ala Norte. Número 345. Pois é, o lugar era tão grande que estava separado em quatro lados distintos. Cores azul, laranja, vermelho e amarelo.  Abri o mesmo e comecei a colocar meus livros e cadernos lá dentro, deixando na bolsa apenas aqueles que precisaria para a primeira aula: biologia. Ótimo. Já dá pra tirar uma soneca.

Quando fechei a porta, dei de cara com o diretor conversando com dois garotos atrás de mim. Não me importei muito e continuei cantarolando minha música, até sentir um dedo me cutucar. Virei de costas e ali estava ele.

— Você deve ser a senhorita Melissa Campbell – disse com um sorriso um tanto quanto falso.

— Melissa Arantes, por favor – pedi com uma certa irritação. Ainda não estava acostumada a ouvir o sobrenome da minha mãe.

— Sim, a menina que veio do Brasil. Seja bem-vinda à Mooresville High School!

Revirei os olhos, mas ele pareceu não notar. O sinal tocou.

— As aulas já iniciaram a duas semanas, mas acho que você vai se adaptar logo. Caso precise de alguma coisa, posso mandar alguém para lhe mostrar a escola e ajudar com a matéria perd...

— Não precisa – o interrompi – eu me viro.

— É mesmo? –fez uma expressão de surpresa – Bom, então tudo bem.

— Tá. Posso ir agora? – perguntei impaciente.

— É claro. Espero que goste das aulas – continuou ainda sorridente – passe em minha sala depois para pegar o resto de seus materiais.

— Tanto faz – murmurei para mim mesma.

Saí correndo, procurando pela sala de biologia. Os corredores continuavam lotados então tive que ir desviando de algumas pessoas. Bati em alguém, mas continuei meu caminho.

...

— Bem-vindos a mais um ano! – o professor Higgins disse assim que todos adentraram a sala e se acomodaram – Esse é o terceiro e penúltimo ano de vocês na escola, então aproveitem ao máximo – continuou.

Todos murmuram baixinho, não muito animados.

— Vamos começar com alguma coisa simples hoje, que tal? – perguntou – Vou fazer a chamada e cada um de vocês terá que falar algo sobre si para a turma. Como não conheço muitos de vocês, acho que vai ser interessante.

Revirei os olhos, assim como muitos. Eu definitivamente estava determinada a não falar naquela manhã, principalmente para um bando de gente desconhecida.

— Ah não, professor! – alguém reclamou e todos começaram a conversar um com o outro, fazendo um grande barulho.

— Tá legal, tá legal! O problema é de vocês – ele tentou falar em meio à bagunça – mas eu vou fazer a chamada mesmo assim. – Disse colocando os óculos de grau na ponta do nariz e encarando sua prancheta – Alexis Turner.

A garota levantou a mão.

— Audrey Smith.

Uma ruiva sentada na primeira fileira repetiu o gesto, assim como o resto dos alunos que vinham e seguida.

— Hamilton Nash Grier.

Risadas se alastraram. Um garoto a umas duas fileiras de onde eu estava rolou os olhos extremamente azuis, irritado.

— Calem a boca – esbravejou com a expressão séria e o maxilar travado.

— Melissa Ara...Aran... Arantes Campbell – o homem fez uma cara de interrogação ao terminar meu nome.

Ergui a mão em silêncio.

— Uma novata! Quer nos dizer um pouco sobre você? – perguntou sorrindo – De onde veio, quantos anos te...

— Não – neguei e fechei a cara, cortando-o.

Murmúrios se espalharam pela sala.

— Tem certeza? Vai perder a chance – ele me encarou, assim como toda a turma.

— Tenho – respondi e voltei a afundar o corpo na cadeira enquanto ele terminava a chamada.

Eu realmente não sou boa com as palavras.

— Matthew Espinosa.

— Presente!  – um loirinho perto do tal Hamilton respondeu. Um sorrisinho se formou em seus lábios e seu olhar cruzou com o meu, que rapidamente foi desviado. Virei o rosto para a janela, prestando atenção no movimento lá fora outra vez.

...

— Senhorita Campbell – alguém disse. Eu ainda encarava os carros que passavam apressados pela rua quando percebi que estava sendo chamada.

— Hm? – me virei rapidamente para frente.

— Perguntei se a senhorita notou que o sinal tocou ou simplesmente gosta de ficar olhando para fora da janela durante o intervalo – o homem respondeu ironicamente.

— Ah, não. Desculpe – limpei a garganta um pouco envergonhada pelo acontecido – eu me distraí. Já estou de saída.

Comecei a arrumar minha mochila, ainda atordoada. Estava tão perdida em meus pensamentos, que nem me dei conta de que todos os alunos já haviam saído da sala e eu era a única remanescente.

— Tudo bem, mas gostaria que estivesse mais atenta à aula na próxima vez. Ou será que já aprendeu algo sobre ecologia em sua antiga escola? – perguntou.

— Eu não... ecologia? – disse confusa – Achei que fossemos aprender plantas no primeiro semestre.

— Plantas?

— É. Na minha antiga escola esse era o primeiro conteúdo do terceiro ano – respondi.

— E de onde você veio mesmo?

— Do Brasil.

— Ah, mas é claro! – o homem exclamou – Agora eu me lembro! Você é a estrangeira. Como pude não perceber?!

— Eu não...

— Acho que vamos precisar recuperar algumas coisas. Não me parece que você tenha sido introduzida ao conteúdo. Na próxima aula vamos arranjar alguém para lhe ajudar...

— Olha, não precisa. Eu consigo pegar a matéria sozinh... – mas não pude terminar a frase porque o professor voltou a me interromper.

— É claro que precisa! Não se preocupe, nós vamos recuperar tudo o que for necessário – ele disse convicto – vejo você semana que vem?

Fiz que sim com a cabeça e saí da sala bufando. Não quis brigar com o cara, mas eu não precisava de alguém para me ajudar. Em primeiro lugar, eu odiava biologia. Em segundo lugar, eu não queria aprender. Simples assim.

— Ei! – escutei alguém protestar quando algo colidiu sobre mim.

— Ai! – resmunguei assim que senti meus joelhos arderem de dor com o impacto de meu tombo repentino. Meus livros se esparramaram pelo chão do corredor junto de alguns papeis que eu carregava em mãos. Assim que comecei a recolhê-los, alguém se abaixou e fez o mesmo. Queria matar o desgraçado que me fez tropeçar.

Me levantei do piso gelado e o garoto à minha frente também. Ele esticou as coisas em minha direção, que peguei tudo rapidamente sem nem encará-lo e abri minha mochila outra vez, socando tudo lá dentro.

— Tudo bem conti... Espera, você de novo? – perguntou franzindo o cenho.

— O quê? – perguntei sem entender. Ergui meu rosto e então o reconheci. O menino dos olhos azuis.

— Você esbarrou em mim hoje cedo – respondeu com uma expressão irritada.

— Hum... esbarrei? – semicerrei os olhos em sua direção – Foi mal então.

— Tá, vê se olha pros lados enquanto anda da próxima vez – disse em um tom de voz grotesco e virou as costas.

Abri a boca em um completo “O”.

— Ei! – caminhei em sua direção e o puxei pela gola da camisa – Não fala assim comigo, não, hein! Você que deixou o pezão bem no meio da porta, para início de conversa.

— Agora a culpa é minha?! Quem deveria prestar atenção onde coloca o pé é você, não eu! – retrucou.

— Ah é? Então se liga nisso – disse e coloquei toda a força possível na perna direita, pisando com tudo bem em cima de seu pé esquerdo, já sujando seu tênis branco, que deveria ser recém comprado.

Ele ficou confuso no início, mas quando sentiu o impacto, sua cara ficou vermelha de dor e ele teve que morder a língua para poder conter os resmungos.

— VOCÊ É MALUCA, GAROTA! – esbravejou.

— Será que eu olhei bem para onde estava pisando dessa vez, imbecil? – perguntei em um tom de voz provocativo enquanto encarava-o com os braços cruzados — Se essa palhaçada continuar, na próxima o chute vai ser um pouco mais em cima!

— MALUCA! – repetiu – NÃO CHEGA PERTO DE MIM!

— Porra, vem Nash – o mesmo Matthew da aula de biologia o ajudou a apoiar o braço ao redor de seus ombros e a encaminhá-lo até a próxima sala (ou até à enfermaria), enquanto o garoto mancava e reclamava do pisão que acabara de levar.

— MARIQUINHA! – gritei de raiva. Todos à nossa volta nos encaravam atentamente, o que me deixou mais brava ainda – O QUE ESTÃO OLHANDO? CUIDEM DA VIDA DE VOCÊS!

Antes que eu pudesse dar meia volta e ir embora percebi que o loiro me lançava um sorrisinho travesso nos lábios, rindo da situação. Fuzilei-o com o olhar, mas ele manteve a expressão divertida. Eu até queria retribuir o gesto, mas só pioraria a minha situação. Virei as costas e comecei a procurar pela sala da próxima aula do dia.

Idiotas.

(...)


Notas Finais


(1): http://falandodecarro.com/wp-content/uploads/2013/01/Ferrari-California-Wallpaper.jpg

Como puderam ver, eles não serão os melhores amigos do mundo e a Lissa nem sempre vai ser tão simpática, assim como o Nash.

No próximo capítulo, parece que o Grier vai pagar uma “visitinha” para ela.

E então, devo continuar? Não esqueçam de comentar a opinião de vocês, é extremamente importante para mim!

Xoxo

Qualquer coisa estou no twitter: @thatredfeeling

Se quiserem dar uma olhadinha, tenho outra fanfic com o Nash e com o Shawn: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-magcon-forbidden-love-2962426

E também outra com o Sammy e com o Gilinsky (que particularmente é meu xodó): https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-jack-jack-a-shot-in-the-dark-3328187

E então, o que será que vem por aí?


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