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História The Boyfriend - Love of lie - 33


Escrita por: jesslimaa

Notas do Autor


Demorei mas aqui está o novo capítulo.
E como uma manteiga derretida que sou, escrevi boa parte desse capítulo chorando shuifvfagsfhbd Acontece gente.
Espero que gostem.
Boa leitura.

Capítulo 33 - 33


Fanfic / Fanfiction The Boyfriend - Love of lie - 33

O pequeno papel em minhas mãos já estava ficando gasto de tanto que eu o apertava. Minhas mãos suavam e eu nunca me senti tão nervosa do que estou nesse momento, nem mesmo a minha primeira vez me deixou tão nervosa assim, e eu já estava começando a amarelar. O que eu deveria fazer? Eu não queria ficar nervosa e me sentir assustada outra vez, mas eu precisava enfrentar isso de uma vez.

Respiro fundo e entro no táxi que me espera a quase cinco minutos. Alguns minutos depois paro em frente ao hotel e saio do carro mas hesito na porta. O que eu estou fazendo? Por que eu estou aqui? Não, não, não. Eu preciso ser corajosa e entrar de uma vez por todas. Entro depois de vários minutos conversando comigo mesma em frente ao hotel e vou até a recepção, onde pergunto se o Elijah está. Infelizmente eles não podem me passar a informação e eu acabo no lobby do hotel, sentada em uma das poltronas esperando pelo Luke para me ajudar.

- Você deveria ter me dito que viria, assim eu não teria ido embora da sua casa. - ele fala quando me encontra minutos depois.

- Eu sei, eu... resolvi vir de última hora.

- Eu entendo... Você conseguiu falar com ele?

- Não. O cara da recepção disse que não podia me dar informações de hóspedes. - falo, bufando e cruzando os braços.

- Tudo bem, vem comigo. - diz e eu me levanto, o seguindo até a recepção. - Oi, boa noite.

- Boa noite. - o homem responde.

- Eu preciso da sua ajuda, cara. - Luke começa - Você está vendo essa moça do meu lado?

O homem assentiu, mas ficou em silêncio.

- Pois bem... ela está aqui para ver o pai que está hospedado nesse hotel, é uma longa história, mas resumindo... ela não ver o pai a anos por causa de uma briga familiar, e agora, ele está morrendo e ela quer conversar com ele pela última vez. Você pode nos informar se ele está no quarto e nos deixar subir?

Encaro o Luke boquiaberta com a sua mentira deslavada. Como foi que eu não pensei nisso? Meu namorado sempre me salvando.

- Eu não posso dar informações dos hóspedes, eu informei isso a ela. Mas me parece uma situação de extrema urgência, então desde que o meu chefe não descubra eu posso deixá-los subir. Qual o nome do hóspede?

- Elijah Jones Taylor. - falo e ele digita no computador.

- Sim, o senhor Taylor se encontra aqui sim. Quarto 181 no oitavo andar.

- Você poderia por favor, não anunciar que estamos subindo? - pergunto.

- Tudo bem. Sinto muito pelo seu pai.

- Obrigada. - falo, meio sem jeito e vamos em direção ao elevador.

- Não precisa ficar nervosa, eu estou aqui. - Luke diz, entrelaçando nossos dedos e eu suspiro.

- Eu sei, mas é quase impossível não ficar.

- Já sabe o que vai dizer?

- Na verdade não... - falo e o levador para no oitavo andar.

Minhas mãos começam a suar e Luke inicia a nossa busca ao quarto 181.

- É aqui... Vou bater na porta, ok?

Assenti. Segundos depois que ele bate na porta, ela se abre o um Elijah completamente surpreso aparece.

- Oi, Emily, aconteceu alguma coisa? - pergunta, quando se recupera da surpresa.

- Sim, quer dizer, não... Eu vim conversar com você.

- Ohh... Entre, por favor. - ele fala. nn

Dou um passo pra frente e Luke me para.

- Eu vou esperar você lá no lobby.

- Luke....

- É uma conversa entre pai e filha e eu não posso me meter, baby. - fala e beija minha testa. - É só você me ligar que eu subo em dois tempos.

- Tudo bem... - falo e ele me beija.

- Estarei te esperando. - encara Elijah e acena com a cabeça. - Até logo Senhor...

Logo ele vai embora e em passos pequenos entro no quarto do Elijah.

- Você quer alguma coisa? Água? Suco? Refrigerante?

- Não, obrigada. - falo e me sento no sofá. Ele assente e senta numa cadeira que estava próxima, ficando de frente pra mim.

Não sei por onde começar, ou o que dizer, por isso acabo ficando em silêncio, deixando o ambiente com um clima tenso e desconfortável. Elijah pigarreia, tirando a minha atenção que estava em minhas unhas, e o encarando. Respiro fundo e decido por fim, falar.

- O detetive Cordero me ligou hoje e descobriram quem me atropelou, ele também me disse que você conseguiu identificar o Daniel, mesmo que fosse preciso do meu reconhecimento. E por causa disso, um mandato de prisão foi pedido mais rápido do que o normal e bem... eu... eu gostaria de te agradecer por isso.

- Não precisa me agradecer, fiz o meu trabalho. Como detetive, policial e seu pai.

- Eu sei. - falei, acenando.

- Era só isso?

- Não... eu acho que eu te devo uma conversa. - falo - Eu fui embora naquele dia e não ouvi tudo o que você tinha pra dizer... acho que agora é uma boa hora pra falar.

- Ok... - fala, assentindo e se encostando na cadeira. - Eu acredito que você sabe de praticamente tudo... Eu era um idiota com quase dezenove anos que recebeu a notícia que iria ser pai e fiquei assustado, a minha primeira reação foi fugir e eu sabia que não era a coisa certa a fazer. Eu fui egoísta e não pensei em como assustada sua mãe ficaria, mas quando voltei para dizer que estava arrependido e que passaríamos por aquilo juntos, já era tarde demais. Eu fui um idiota maior ainda por ter aceitado o que seu avô disse. Eu deveria ter lutado por você e sua mãe, principalmente por você. Mas eu dei um jeito e estive por perto quase sempre, mesmo que você nem a Angelina soubessem. Eu me arrependo muito por não ter participado do seu dia a dia, de não ter levado você pra escola no primeiro dia de aula, de não estar perto pra ouvir você me chamar de papai, de não ter protegido você do seu ex, de tudo. Eu me arrependo todos os dias de não estar lá pra você e eu sei que voltar agora, depois de anos não vai concertar as coisas e não vou ter seu perdão assim tão fácil. Eu só queria me desculpar com você, pedir perdão e quem sabe, um dia, podemos ter uma boa convivência. Eu não espero que você entenda os meus erros e as escolhas que fiz, só quero que saiba que se eu pudesse e tivesse a chance de mudar o passado, eu mudaria tudo e ficaria presente em sua vida. - ele suspira e encara as mãos, mas rapidamente volta a me encarar - Eu sei que você me odeia, sei que provavelmente não sou bem vindo em sua vida, não agora que você tem quase dezoito anos, mas eu quero que você saiba que não houve um único dia em que eu não amasse e pensasse em você.

Sem me dar conta, lágrimas molham as minhas mãos, que até então estavam em meu colo, e minha blusa. Elijah me encara e percebo seus olhos brilharem, talvez ele esteja segurando a emoção, não sei. Levo minhas mãos até meus olhos e enxugo as lágrimas que ainda caem, fungo e dou um sorriso triste.

- Bem.... eu não esperava que isso aqui acontecesse. - falo, apontando para meus olhos. - Eu nem sei porque estou chorando, sabe? Você não estava por perto, não tínhamos uma convivência, mas ainda assim aqui estou eu, chorando como uma garotinha qualquer.

Ri sem humor e ele ainda não desgruda os olhos do meu.

- Ódio é uma palavra forte demais. Eu não odeio você, acho que deveria saber disso. Eu passei boa parte da minha infância achando que não era boa o bastante, porque eu simplesmente não tinha um pai como todas as minhas colegas da escola. Eu lembro que teve uma vez em que eu perguntei a minha mãe se ela algum dia não me amaria e iria embora como você foi... - fungo, chorando outra vez. - Eu lembro de ouvir minha mãe chorar aquela noite sem parar e eu só queria ir até ela e abraçá-la pra que seu choro parasse, mas eu não consegui porque também estava chorando pensando em como uma pessoa que estava longe poderia estar nos fazendo chorar tanto daquele jeito. Eu tinha apenas oito anos naquela época.

Respiro fundo e continuo a falar.

- Eu cresci sem uma presença masculina em minha vida... algumas vezes, na falta de um pai, eu conversava com um desenho que fiz aos cinco anos de um homem que eu queria que fosse meu pai, porque eu me sentia sozinha. - encaro minhas mãos e respiro fundo, levantando a cabeça e olhando para Eljah que agora tinha lágrimas molhando o seu rosto. - Eu perdi a conta de quantas vezes chorei escondido da mamãe porque eu queria um pai. Eu perdi a conta de quantas vezes eu me senti excluída quando tinha uma festa do dias dos pais na escola e eu era a única sem um pai lá. Eu perdi a conta de quantas vezes ouvi garotas maldosas me dizendo que eu era indigna de amor e por isso meu pai foi embora. Perdi a conta de todas as vezes que caí e apenas precisava de um colo de pai mas você não estava lá. Eu perdi a conta de quantas vezes eu chorei por sua causa, Elijah... E mais uma vez, estou chorando.

Respiro fundo, tentando organizar as minhas ideias e controlar a minha emoção mas parece que não da muito certo.

- Eu gostaria muito que você tivesse lutado por mim, gostaria mesmo. Eu realmente não entendo as suas ações, e seus motivos que nos mantiveram longe. E eu não sei se no momento eu quero entender, porque eu ainda estou tão magoada, tão chateada que... Eu não sei se estou pronta para perdoar você...

- Eu entendo. Eu realmente não esperava por menos. - diz, enxugando suas lágrimas.

- Ainda bem que você não foi decepcionado. - falo, enxugando as minhas próprias lágrimas.

Ele fica em silêncio e eu resolvo voltar a falar.

- Jordan e Connor. - falo, querendo mudar de assunto e ele abre um pequeno sorriso.

- Seus irmãos....

- Como eles são? - pergunto, animada e curiosa para saber mais sobre eles.

- São garotos incríveis, inteligentes, espertos, carismáticos, assim como você. - diz sorrindo.- Você já deve saber que eles querem muito conhecer você.

- Sim, eu sei. - falo, sorrindo um pouco. - Eu quero saber mais sobre eles.

- Eu imaginei que você iria querer... Sua mãe me disse que você sempre desejou ter um irmão.

- Sim. Era o que eu mais queria desde pequena. - falo, sorrindo igual uma boba.

- Agora você tem dois... Jordan tem quase dezenove anos. - fala e eu sinto enrugar minha testa com esse detalhe. Como ele pode ser mais velho que eu? Como se lê-se minha mente, Elijah volta a falar. - Aposto que você está confusa, então deixe-me explicar.

Assenti.

- Eu e minha esposa Farrah o adotamos quando ele tinha cinco anos....

- Ela não podia engravidar?

- Ela tinha um pequeno problema e não conseguia engravidar, foi então que adotamos o Jordan. Ele teve uma vida difícil antes de nos conhecer, mas no momento em que o vimos sabíamos que deveríamos adotá-lo. E adotamos. Depois de quase cinco anos a Farrah engravidou e o Connor nasceu, ele tem quase 14 anos agora.

- Então só o Jordan é adotado?

- Sim.

- Ele sabe disso? - perguntei, mesmo que a resposta fosse óbvia.

- Sim, ele sabe isso desde sempre. Mas também sabe que o amamos como se fosse do nosso sangue.

- Okay...

- Quer saber mais?

- Sim. - falo.

- Espere... deixe-me mostrar uma foto deles. - diz, e tira o celular do bolso. Alguns segundos depois ele se levanta e senta ao meu lado no sofá. - Esse é o Jordan.

Fala e me mostra a foto de um garoto - se é que posso chamar assim - com o que parecer ter um metro e oitenta e cinco. Cabelo castanho claro, talvez loiro, com os olhos cor de avelã e uma pele bronzeada.

- Esse aqui é o Connor.

A próxima foto é de um garoto mais novo. Cabelo um pouco claro, talvez da mesma cor que o meu, a pele mais clara que a minha, e um sorriso enorme, que se reparar bem é quase idêntico ao meu.

- Ele tem os mesmos olhos que o seu, talvez o sorriso também. - Elijah fala, sorrindo e me encarando.

- Eu percebi isso também. O cabelo e a pele são mais claros que o meu.

- Sim, mas ainda assim vocês são um pouco parecidos.

Assenti.

- Você gosta de basquete?

- Sim, muito.

- Os garotos também. São fanáticos. Vocês vão se dar bem com isso.

- Onde eles estão?

- Estão em casa, onde moramos.

- Ah...

- Quando você quiser conhece-los é só dizer, porque se fosse por eles vocês já teriam se conhecido a dias.

- Ok, tudo bem. - falo sorrindo e ficamos em silêncio.

- O rapaz que veio com você... - fala, algum tempo depois. - ele parece um cara bom.

- Ele é. - falo, com um sorriso maior ainda.

- Da pra notar o quanto ele te ama. O quanto vocês se amam. Eu estou feliz que você tenha encontrado alguém que te faz tão bem assim...

- Eu também. - falo e encaro minhas mãos - Eu sou muito sortuda por tê-lo, sabe? Mesmo nos momentos em que acho que ele vai me deixar, ele fica comigo. Ele é incrível e eu o amo de todas as formas.

- É um amor muito bonito. - Elijah fala e eu o encaro - Poucas as vezes nos deparamos com um amor desse em nossa vida. A sua mãe foi o meu... - suspira - você é bastante sortuda por poder sentir esse amor.

- Eu sei....

- Peça para ele subir. Acho que ele já ficou tempo demais no lobby, tenho certeza que está entediado.

Assenti e peguei meu celular, ligando pro Luke logo em seguida.

- Hey baby, tudo bem? - pergunta, assim que atende.

- Sim, sim. Será que você pode subir?

- Ok, ok. Eu já estou indo, chego em um minuto.

- Tudo bem. - falo e ele desliga.

Pouquíssimo tempo depois ouvimos baterem na porta e o Elijah se levanta para atender.

- Cadê a Emily? - pergunta, já entrando e me encontra no sofá. - Ta tudo bem com você? Ele te fez alguma coisa?

- Não. - falo e ele me inspeciona como pode. - Eu to bem, Luke. O Elijah que me pediu pra você subir.

- Ah... Hum... bem... boa noite, senhor. - Luke diz, quando Elijah se senta na cadeira que estava tempos atrás.

- Boa noite. Luke, certo?

- Sim, senhor.

- Me chame por Elijah, por favor. A palavra senhor me faz sentir um velho. - Elijah diz e Luke assente.

- Sem problema, Elijah.

- Vocês fazem um casal muito bonito.

- Obrigada. - eu agradeço e Luke faz o mesmo.

- Eu estava mostrando a Emily a foto dos irmãos, você quer ver? - Elijah pergunta.

- Sim, é claro. - Elijah se levanta e mostra as fotos do Jordan e Connor. - O mais novo parece um pouco com você, baby. - Luke fala, me encarando.

- Eu sei, ele parece uma graça. - falo, sorrindo.

- Eu posso te passar a foto deles, se você quiser. - Elijah diz e eu o encaro.

- Sim, por favor. - falo e pego meu celular. Instantes depois eu tenho uma foto em que Jordan e Connor estão naquele típico abraço masculino. Eu sorrio.

 

POV'S Luke

 

A Emily se mostra tão empolgada vendo a foto dos seus irmão, que é quase impossível não ficar alegre também. A sua felicidade se torna a minha felicidade no momento.

Elijah parece um cara legal, apesar de tudo que ele fez - ou que não fez, melhor dizendo, ele tem se mostrado bastante interessado na vida da Ems, demonstra querer participar da sua vida e isso é ótimo porque a Ems não precisa de mais decepções em sua vida. Eu espero que ele continue assim e que não a faça sofrer ainda mais. O que me faz pensar que preciso ter uma conversa com ele.

- Ems baby, será que você pode sair por alguns minutos? - pergunto e ela e Elijah me encaram.

- Porque? - ela me encara arqueando a sobrancelha e com um olhar desconfiado.

- Eu queria conversar um pouco com o Elijah... será que você pode esperar lá fora por uns minutos? É jogo rápido, não vai demorar.

A Emily continua me encarando com uma expressão do tipo "seja o que for que você vai fazer, você me paga", olha para Elijah e se levanta ainda relutante assentindo.

- Ok. - é a única coisa que ela diz antes de sair do quarto.

- Eu já esperava que você quisesse falar comigo. - Elijah diz e eu o encaro.

- Tão nítido assim?

- Pela forma que você demonstra amá-la sim.

- Eu vou ser direto então... - ele assentiu - Eu realmente estou muito feliz pela Emily ter finalmente conhecido o pai... eu sei o quanto ela sofreu por não ter uma figura masculina presente todos os dias, e sei o quanto isso a deixou mal...

- Mas...

- Você tem que concordar comigo que foram anos sem ela saber nada sobre você, só o básico que a Angelina contou, e a sua volta de uma hora pra outra tem mexido com ela em níveis que ela não vai me dizer porque simplesmente não quer que eu me preocupe. - falo e suspiro - Eu estou feliz por você demonstrar que quer participar da vida dela, que quer o bem pra ela, então eu vou te dizer só uma vez... Se você machucar o coração e ferir os sentimentos dela, você vai se ver comigo. Eu não me importo se você é ou deixa de ser policial e que pode me prender se quiser, eu estou pouco me importando com isso. Eu dou o meu jeito e acabo com você, entendeu?

Ele cruza os braços em frente ao peito e continua em silêncio apenas me encarando.

- Eu não espero que goste de mim, como também não espero que me trate bem depois do que eu disse. Eu só quero que se você for estar presente seja o pai que ela merece ter.

- Eu estou surpreso... Definitivamente eu não esperava por essas palavras.

- Alguém tem que protegê-la. - falo

- E você faz isso muito bem.

- Eu tento.

- Fico feliz que ela tenha alguém para protegê-la. - ele fala e descruza os braços - Eu sei que você e todo mundo estão preocupados por eu ter aparecido, e eu entendo, eu realmente entendo. Mas eu não vim para machucar os sentimentos da minha filha, eu vim tentar recuperar o tempo perdido mesmo que pareça ser tarde demais. Eu vim fazer o que é certo, algo que eu deveria ter feito a anos atrás. Eu sei que levará tempo para ela me perdoar e eu aceito isso porque não posso e nem tenho o direito de exigir nada dela... Eu quero fazer parte da vida da minha menina e farei o possível para isso acontecer.

Assenti, sem saber ao certo o que eu deveria falar depois disso. Eu deveria dizer um "isso vai demorar muito tempo para acontecer" ou só devo ficar em silêncio? Felizmente, a minha dúvida foi resolvida quando Elijah voltou a falar.

- Estou surpreso pela sua coragem... e isso só me deu a certeza de que você é o homem certo para a minha menina. Eu torço pela felicidade de vocês dois. Eu espero que se um dia vocês vierem a ter filhos juntos, que você seja o pai que eu nunca fui pra ela. - fala e eu assenti - Eu admiro você por ter tido a coragem de conversar comigo, de dizer o que pensa e o que pode fazer. E eu agradeço por você cuidá-la tão bem. Obrigado.

 

POV'S Emily

 

Eu sinceramente vou matar o Luke. Sério.

Como ele pôde não me deixar participar da conversa? O que ele poderia estar conversando com o Elijah que eu não posso estar perto? Será alguma coisa relacionada ao Daniel? Será que o Luke está sabendo de algo que eu não sei?

Elijah é policial e desde que Luke tem raiva, talvez até ódio pelo Daniel, ele pode muito bem falar com o Elijah para aprofundar e acelerar as investigações e da um jeito de prender o Daniel e o Miguel mais rápido do que o normal. E se for esse o caso, tenho certeza que Elijah dará um jeito e isso me preocupa de certa forma, porque Daniel pode descobrir e isso acabará respingando no Luke.

Céus... o que tanto eles conversam?

Coloco minha orelha na porta com a intenção de ouvir algo, mas eu não escuto absolutamente nada e fico incomodada com isso. Suspiro frustrada e pego meu celular, olhando outra vez para a foto dos meus irmãos. Eles parecem legais, o que só me da mais vontade de conhece-los.

Cansada de ser deixada de lado da conversa, bato na porta e a abro logo em seguida.

- Posso entrar, não é?

- É claro, eu e o seu namorado já acabamos. - Elijah diz e eu entro, sentado ao lado do Luke, que rapidamente entrelaça os nossos dedos e beija minha testa. Eu fecho os olhos ao sentir o seu carinho e sinto um sorriso crescer em meu rosto.

- Você quer ir embora? - Luke pergunta logo depois.

- Eu acho que sim, está ficando tarde. - falo e ele assente.

Nos levantamos e Elijah também.

- Vocês vieram de táxi? Por que eu posso chamar um se quiserem. - Elijah diz.

- Eu vim de carro. Obrigado, mas não precisa. - Luke diz e Elijah assente.

- Obrigado por ter vindo essa noite, Emily. Eu espero que possamos conversar outras vezes. - Elijah diz quando já estamos fora do seu quarto.

- Eu gostaria disso, quero saber mais. Principalmente sobre os meus irmãos.

- Você tem meu número, pode me ligar sempre que quiser.

- Ok. - falo

- Eu... hm... posso ganhar um abraço? - ele pergunta me encarando.

Fico surpresa com o seu pedido e encaro o Luke rapidamente. Ele assente minuciosamente e eu suspiro.

- Pode. - falo e Elijah vem em minha direção me abraçando fortemente.

Eu inspiro o seu perfume e meus olhos ardem. Fecho os olhos e o abraço de volta, sentindo aquele calor que eu desejei por anos.  (imagem da capa). Nos separamos logo depois e vejo lágrimas caírem e molharem o seu rosto. Respiro fundo para não deixar as minhas lágrimas caírem e volto para o lado do Luke.

- Até mais, Elijah. - falo e ele assente, parecendo incapaz de falar. O vejo respirar fundo e dar um pequeno sorriso.

- Até logo minha menina.

Eu e o Luke vamos em direção ao elevador, mas paro no meio do caminho e olho para trás encontrando Elijah parado no mesmo lugar.

- Esse final de semana será perfeito para conhecer dois irmãos. - falo e o vejo sorrir ainda mais.

Voltamos a andar e logo entramos no elevador. Suspiro profundamente e encaro Luke que tem seus olhos em mim.

- Eu abracei meu pai. - sussurro e só então as lágrimas caem.


Notas Finais


Capítulo postado, alguém um pouco emocionado?
Notem que a palavra "minha menina" está ''destacado" e quero que vocês guardem essas palavras com vocês, vai ser muito útil para entender um desfecho de um personagem, então não esqueçam.
O próximo capítulo a Emily encontra seus irmãos pela primeira vez. Alguém aposta que ela estará surtando? Espero que estejam tão ansiosos como eu estou para o próximo capítulo. Farei o possível e o impossível para postar terça-feira.
Obrigado por lerem, até o próximo capítulo.

~beijos de luz


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