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História The Bucket List - Its me, Holly, but you already knew that


Escrita por: ThisIsUs

Notas do Autor


Hey amorecos, estou de volta! Meu muitíssimo obrigada aos quase 40 favoritos com um capítulo, vocês não sabem como isso me faz feliz <3

Eu posso tentar postar outro amanhã, mas não prometo nada, certo?

Comentem, please, e me façam feliz.

Um capítulo um pouquinho chato e (meio) triste.

Ps: eu sei que Louis e Eleanor não namoram mais, mas eu gosto dos dois juntos e fanfic é minha hahahaha

Capítulo 2 - Its me, Holly, but you already knew that


Charlie pegava nossas malas na esteira e colocava no carrinho com dificuldades.

- Vem Holly, já acabei. – Comecei a caminhar ao seu lado e nós passamos pela imigração como vínhamos fazendo há três meses. Mas dessa vez foi diferente, nós não éramos estrangeiras.

Eu sempre achei que quando voltasse pra casa eu me sentiria liberta, pronta pra começar de novo a velha vida só que sem minha avó. Porém, tudo o que eu sentia era mais confusão. Eu não queria estar ali, não era hora de voltar ainda.

- Holly! – Charlie batia palmas na minha cara. – Eu estou falando com você!

- Diz.

- Você vai pra sua casa? – Neguei com a cabeça.

- Eu preciso ir pro hospital. – Ela concordou.

- Vamos então. – Ela ia dar um passo pra chamar um taxi quando eu puxei seu braço.

- Não. Eu vou pro hospital e você vai pra casa.

- Holly, eu não vou deixar você ir até o hospital e ver sua irmã quase morta sozinha. – Ela dizia como se estivesse falando com uma criança.

- PARA! – Algumas pessoas me encararam. – Para de dizer que ela está quase morta. Ela está viva, ok? E você nem a conhecia direito. Vai pra casa que é melhor. Eu ligo pros meus pais.

- Certo, eu sei que ela está viva. – Charlie revirou os olhos. – O lance é o seguinte: eu posso ter conversado com a Tina duas vezes na minha vida, mas ela é importante pra você e você é importante pra mim, então, eu quero tanto quanto você que ela sobreviva. – Concordei com a cabeça. – Sobre ligar pros seus pais: você já devia ter feito isso! – Concordei de novo. – Você liga e eu chamo um táxi, ok? – Não respondi, apenas virei de costas e peguei meu celular.

O telefone chamou duas vezes antes que meu pai atendesse:

- Alô?

- Oi, pai. É a Holly. – Tentei fazer com que minha voz parecesse normal.

- Oi, filha! Liv, é a Holly! – Ele gritou do outro lado para que minha mãe ouvisse. – Holly, espera só um pouco que eu vou colocar no viva-voz.

- PAI! – Gritei antes que ele fizesse qualquer coisa. Seria mais fácil contar só pra ele do que pros dois. – Será que eu posso falar só com você?

- Ahn... Claro. O que aconteceu, princesinha? – Sorri ao ouvir meu apelido de infância. Meu sonho era ser princesa da Inglaterra e meu pai dava corda.

- Pai, eu estou em Londres.

- Oh! Mas isso é ótimo, você quer que eu te pegue no aero... Espera aí! Não era pra você estar na Grécia?! – Suspirei percebendo que seria mais difícil do que eu imaginei.

- Era, mas... Pai... – Fechei os olhos. – Eu voltei pela Tina...

- O que? Vocês voltaram a se falar?

- Pai! Não faça perguntas. Só me deixa falar, ok? – Seu silencio foi minha confirmação. – O namorado da Tina me ligou... Ela sofreu um acidente. – Respirei fundo. – E está em coma. – Fechei os olhos esperando sua resposta, mas ele não disse nada. – PAI! Pai, você tá ai?

- Ahn... É muito pra processar. – Sua voz estava mole. – Por que você não me ligou antes?

- Eu só não consegui. Mas eu liguei agora e eu estou indo pro hospital. – Segurei as lágrimas. – Vejo vocês lá?

- Claro. Eu só preciso achar um jeito de contar pra sua mãe. – Concordei com a cabeça mesmo sabendo que ele não veria.

- Pai?

- Oi?

- Eu te amo.

- Eu também te amo, princesinha. Até daqui a pouco. – E ele desligou.

Coloquei o celular de volta na mochila e me virei para ver Charlie dentro de um taxi com a porta aberta. Fui até lá, me sentei ao seu lado e me deitei em seu ombro sentindo as lágrimas escorrendo. O caminho até o hospital foi silencioso.

Paguei o motorista e agradeci-o por tirar as malas do porta-malas. Comecei a puxar duas malas gigantescas enquanto Charlie puxava mais duas, a cena podia até ser cômica pra quem visse de fora, mas não pra mim.

Charlie sentou-se em um dos bancos da recepção com todas as malas ao seu lado e eu me dirigi até a recepcionista.

- Boa tarde! – A recepcionista me olhou sorridente.

- Olá. Meu nome é Holly Parsons e minha irmã está internada aqui. – Ela assentiu. – O nome dela é Valentina Parsons. – Ela voltou o olhar para o computador.

- Ela está na UTI. Você não pode vê-la, o quadro dela ainda é instável demais. – Ela me encarou com um olhar de “me desculpe”. – Mas eu vou pedir pra um médico vir falar com você sobre o quadro dela, certo? – Concordei com a cabeça, agradeci e fui me sentar ao lado de Charlie.

- Eu não posso vê-la. – Informei Charlie e ela concordou voltando sua atenção para o celular.

Fiquei brincando com os botões da minha blusa até que um menino loiro se aproximou.

- Você é a Holly, não é? – Ele se dirigiu a mim.

- Sim e você é...?

- Niall. Eu te reconheci das fotos. Essa não é exatamente a situação que eu queria te conhecer, mas... Muito prazer.

- Eu também não esperava conhecer o cara que finalmente fez minha irmã desencalhar assim, mas... A vida não gosta muito de mim. – Ele deu um sorrisinho, mas antes que pudesse responder um médico se aproximou.

- Como vai, Niall? – Ele perguntou simpático.

- Um dia de cada vez, Dr. Fields. – Ele concordou. – Essa é a Holly, a irmã da Tina. – O médico pareceu finalmente me notar.

- Oh, claro. Eu precisava mesmo conversar com você. Pode me acompanhar até meu consultório? – Me levantei e comecei a segui-lo. Ele entrou em um consultório com as paredes em um verde claro, uma estante de livros na parede dos fundos e na frente uma mesa com duas cadeiras de couro que pareciam muito confortáveis. Ele se sentou e apontou o assento a sua frente. – Como anda, senhorita Parsons?

- Holly. E eu estava bem até saber que minha irmã está em coma. – Eu não queria que ele fizesse perguntas pessoais, eu queria saber da minha irmã. Fim.

- Certo. O quadro de sua irmã é instável, sem previsão dela acordar. E, caso ela acorde, as chances de sequela são enormes. Os exames dela não estão muito bons e ela precisa fazer uma cirurgia para a retirada de um coagulo que se formou em seu cérebro. – Ele vomitou as palavras e eu quase vomitei em sua mesa. Ele apoiou os óculos em sua mesa e voltou a me encarar. – Holly, eu sei que não é fácil ouvir essas coisas, mas você precisa aguentar por ela, certo?

- Certo. – Disse sabendo que eu provavelmente não aguentaria. Não sem ela ali pra me acalmar.

- Muito bem. Como eu disse, é muito importante que ela faça essa cirurgia o mais rápido possível, mas nosso neurocirurgião está em um congresso na Austrália e nós não podemos fazer uma cirurgia assim sem o consentimento de um familiar. – Concordei tentando processar todas as informações. – Eu preciso que você assine esses papeis para permitir a cirurgia e eu ligo imediatamente para o meu neurocirurgião para que ele venha e a opere.

- Mas você não disse que ela precisava da cirurgia o mais rápido possível?

- Sim, as chances de ela acordar são muito maiores se ela tirar esse coágulo.

- Então por que caralhos vocês ainda não transferiram ela para um hospital que tenha um neurocirurgião disponível? – Eu estava me controlando pra não gritar.

- Peço que a senhorita se acalme. Primeiro: como eu disse antes, eu não posso fazer nada com a paciente sem a autorização da família e Niall, infelizmente, não se enquadra nesse quesito. Segundo: ficar movendo sua irmã pode danificar sua medula espinhal e deixá-la paraplégica ou pior, tetraplégica, afinal, nós não sabemos como sua espinha está até que ela acorde. Terceiro: eu até poderia chamar outro médico pra operá-la, mas eu tenho plena confiança de que minha equipe é a melhor. Agora que você está aqui, cabe a você decidir o que fazer. – Fiquei parada e não disse nada.

Após pensar um pouco assinei o documento e disse:

- Acho bom você ligar pro seu neuro logo. Eu espero dois dias, depois eu quero outra pessoa pra operá-la, certo? – Ele pegou o telefone em cima da mesa.

- Susan, ligue imediatamente pro Styles e peça pra ele pegar o próximo voo. – Styles, esse nome não me era estranho, mas eu não me lembrava de onde. - Sim, sim é para fazer a cirurgia da senhorita Parsons... Ok, muito obrigada. – Me levantei e apertei sua mão assim que ele desligou.

- Se o senhor não se importa, eu vou esperar meus pais lá fora. Ainda preciso assimilar as coisas pra contar pra eles. – Ele concordou, mas antes de eu sair ele me chamou.

- Holly?

- Sim?

- Eu posso permitir uma visita de cinco minutos se você quiser. – Abaixei a cabeça e encarei minhas unhas comidas.

- Ahn... Eu posso pensar? – Eu não sabia se era melhor vê-la e ter a certeza de que estava viva ou se vê-la toda entubada me faria sentir pior.

- Claro. – Ele me deu um sorriso confortante. – Você sabe onde me encontrar. – Concordei com a cabeça e sai.

Andei até Charlie, que conversava com Niall, me joguei na cadeira ao seu lado, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa comecei a chorar.

Senti uma mão em meu ombro e me virei para encontrar minha mãe em um estado quatro vezes pior que o meu. Nós nos abraçamos e ficamos lá, chorando juntas. Meu pai se juntou ao nosso abraço e assim permanecemos quase dez minutos.

- Hey! Chega de chorar, vocês precisam se acalmar. – Charlie começou dizendo. – Eu sei que é um momento difícil, mas eu tenho fé, por vocês, de que ela vai sair dessa cem por cento, ok? Vocês só precisam acreditar.

- Ela... Está... Certa. – Minha mãe dizia entre um soluço e outro. – Nós deveríamos rezar.

A verdade é que ninguém na minha família era muito religioso. Nós acreditávamos em Deus e tudo mais, mas não frequentávamos a Igreja ou qualquer coisa do tipo. Só que como se diz por ai, na hora do desespero, Deus é a primeira pessoa em que você pensa pra te socorrer.

Niall se apresentou aos meus pais enquanto Charlie se despedia de mim, ela disse que levaria as nossas malas até nosso apartamento e que mais tarde voltaria para me obrigar a ir embora. Niall, que já vinha frequentando o hospital há alguns dias, nos encaminhou até uma capela e então nós quatro juntos rezamos. Quer dizer, tentamos, já que nenhum dos quatro conseguiu segurar o choro por muito tempo.

De volta a recepção, vi um rosto familiar pedindo informações a recepcionista. A menina de cabelos castanhos e quase enrolados parecia meio desesperada e a ponto de chorar.

- Els? – Me aproximei.

- Ah meu Deus! Holly! – Ela me abraçou. – A... A... Tina? – Concordei com a cabeça e como uma boa amiga de infância, Eleanor não precisou mais do que isso pra voltar a me abraçar e começar a chorar. – Holly, não, a Tina não. Ela é minha irmã. Vocês são minhas irmãs. Eu não posso perder vocês. Não, não, não. – Me separei dela e olhei em seus olhos.

- Ela vai ficar bem. Eu sei que vai. Nós não vamos perder ninguém, tudo bem? – Ela fez que sim e voltou a me abraçar.

Quando finalmente nos separamos, notei Louis ao seu lado. Louis e Els namoram desde o colegial e eles são um daqueles casais que você nunca imagina que vão se separar.

- Eu não queria atrapalhar o momento de vocês. – Ele me deu um meio sorriso e abriu os braços, entrei em seu abraço e percebi que era disso que eu sentia falta.

- Quem ligou pra vocês?

- Charlie. – Els respondeu. Arqueei a sobrancelha sabendo que as duas não se aturavam por muito tempo. – Eu sei, eu sei. – Ela quase riu. – Ela disse que nós conhecíamos melhor a Tina e que você ia precisar de toda ajuda possível pra ser forte. – Sorri percebendo o quão maravilhosa Charlie podia ser se ela quisesse.

Els e Louis foram falar com meus pais e depois disso eu lhes contei sobre o que eu e Dr. Fields tínhamos conversado e eles apoiaram as decisões que eu tomei.

Cerca de duas horas depois, Niall, Louis e Els tinham ido embora e meus pais estavam na cantina comendo, eles até tentaram me levar pra comer um sanduiche, mas eu recusei todas as ofertas. Cansada de ficar sentada roendo minhas unhas já inexistentes, me levantei sabendo qual era a coisa certa a se fazer.

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Dr. Fields me fez vestir uma roupa especial para a UTI e me lembrou que eu teria apenas cinco minutos. Respirei fundo e entrei na sala.

Lá estava ela. Deitada. Imóvel. Com inúmeros fios e tubos em seu corpo. Mas ainda era ela. Minha Tina. Aquela que prometia estar comigo toda vez que nossos pais viajavam.

Me sentei ao seu lado e peguei em sua mão. Eu já nem ligava mais pras lágrimas escorrendo.

- Hey, big sis. Sou eu, Holly, mas isso você já sabia. Você não esqueceria a voz da sua irmãzinha, certo? Espero que sim. – Fiquei alguns segundos em silencio, pensando no que fazer, o que falar. – Ai Tina, eu queria que isso fosse diferente. Eu queria que nós não tivéssemos brigado, eu queria que você me apoiasse ou eu até poderia mudar de ideia, ficar aqui e terminar a faculdade, mas nós duas sabemos que essa não sou eu e essa não é você. Você é a irmã controladora, que sempre pegou no meu pé pra estudar, que sempre me fez comer. – Comecei a rir. – O quão irônico isso é? Esse tipo de coisa é o que uma mãe deveria fazer e bom, na nossa ultima briga eu me lembro de deixar bem claro que você não era minha mãe. Mas acontece que eu estava com raiva, e eu só queria te machucar, porque no final das contas eu vou ser sempre a garotinha inconsequente que precisa da irmã mais velha pra dizer o que é certo e errado. Eu sinto sua falta. Eu queria apagar nossa briga, eu queria apagar seu acidente, mas como eu não posso fazer nenhum dos dois, eu só posso torcer pra você voltar pra mim, assim, eu te juro, que deixo meu orgulho de lado e te peço perdão. E seria muito bom se você também deixasse o seu também pra me desculpar. – Dr. Fields bateu no vidro pra me avisar que meu tempo tinha acabado. Levantei-me e beijei sua testa. – Fica boa logo. Não quebra sua promessa de ficar comigo não. Eu te amo.

Sai da sala e tirei aquelas roupas o mais rápido possível. Eu não vi ninguém, eu não falei com ninguém, eu só corri até chegar na porta do hospital, onde as lágrimas eram tantas que nem respirar eu conseguia. Sentei-me encostada na parede e gritei. Gritei até perder minhas forças e não conseguir mais levantar. Eu estava tentado ser forte, por mim e por ela. E eu seria. A partir daquele momento eu não choraria mais, todas as minhas ações seriam voltadas pra fazê-la melhorar.

Cerca de meia hora depois já tinha escurecido e eu ainda não tinha tido coragem de me levantar.

- Holly? – Ergui a cabeça pra encontrar Charlie. – O que você está fazendo aqui fora? – Eu queria responder, mas eu estava cansada demais, física e emocionalmente. – Vamos embora. Você precisa comer e descansar. – Ela me levantou e praticamente me carregou até seu carro, sentou-se no banco do motorista e dirigiu até em casa, sem dizer uma palavra.

Ela me levou até o banheiro e me colocou embaixo do chuveiro.

- Eu sei que você tá meio em choque. Mas você precisa reagir, certo? – A encarei e concordei. – Agora você vai tomar um banho, colocar seu pijama quentinho enquanto eu ligo pros seus pais e te faço um sanduiche. – E ela saiu.

Tomei banho, coloquei meu pijama e me deitei debaixo das cobertas. Charlie me levou um sanduiche, o qual meu estomago aceitou de bom grado. Depois de comermos ela se deitou ao meu lado e começou a mexer no meu cabelo até que eu adormeci, torcendo pra que minha noite fosse livre de pesadelos.

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Dois dias depois

Sentia-me mais conformada que dois dias atrás. Conformada não é a palavra, mas eu entendia que não teria Tina comigo. Pelo menos não por enquanto.

Estava doando o sangue que disseram que Tina precisaria para a cirurgia, enquanto conversava com Charlie e Els por mensagem. As duas tentavam me fazer sair pra algum lugar que não fosse o hospital e eu estava quase concordando para que parassem de me encher o saco.

Percebi que alguém andava em minha direção. Ele usava um jaleco e olhava pra baixo checando algo em sua prancheta. Ele parou em minha frente e antes de levantar a cabeça começou:

- Você deve ser Holly... – Então ele me olhou e parou de falar. Mas espera, eu conhecia esse cara.

- Harry?


Notas Finais


Lari acha vocês lindas. Beijos no core.


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