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História The challenge. (Clexa G!P ) - 29


Escrita por: wanheda102

Capítulo 30 - 29


Clarke parou o BMW na frente da casa, e, sem nem desligar o motor, saiu em disparada para a porta da frente.

— Vovó!

— Clarke! — Ela saiu correndo pela porta de entrada, segurando a bolsa. — Me leve para o hospital!

Clarke parou. Ela parecia muitíssimo bem. Na verdade, estava com um belo macacão branco e os enormes óculos de sol pretos. Vovó passou depressa por ela e abriu a porta traseira do carro.

— Oi, bebê guaxinim. — Vovó bateu a porta atrás de si.

E então Clarke viu a fonte do problema da avó sair pela porta da casa a passos firmes atrás dela.

Petunia.

Pela expressão tensa no rosto da mulher, ela percebeu que não tinha sido um encontro agradável. Petunia vestia um cardigã rosa e exageradamente grande por cima de uma blusa de gola rulê, embora fosse verão. Por baixo da saia jeans comprida, meia-calça cor da pele. Sapatos ortopédicos completavam o visual.

— Ah, Clarke! — Petunia deu uma risadinha. — Senti falta da minha garota!

Ela deu um abraço apertado na tia-avó.

— Tia Petunia, você ainda parece ter 50 anos!

— Ora, sua boba! — Ela dispensou o elogio com um gesto.

O cabelo branco estava preso em um coque no topo da cabeça e os óculos grandes demais escorregavam pelo nariz. Ela os endireitou e botou as mãos nos quadris.

— Ela não está morrendo, aliás.

— É, eu percebi. — Clarke olhou para o carro, onde vovó acabara de passar batom e agora apertava os lábios.

— Ela só não tinha um carro. — Petunia olhou além da sobrinha-neta. — O restante do pessoal saiu para resolver coisas do casamento e eu e Indra ficamos sozinhas.

— Preciso limpar alguma mancha de sangue? — Clarke olhou para a casa. — Pratos quebrados? Alguma coisa?

— É claro que não. — Petunia fungou com desdém. — Eu estava apenas tendo uma boa conversa com Indra sobre essa roupa escandalosa.

— Mas ela está de branco. — Clarke coçou a cabeça, confusa. — Você não gosta de branco?

— Não é por causa da cor, querida — explicou a senhora. — Aquela mulher está usando sapatos de salto vermelhos com spikes. E, quando ela me mostrou os saltos, sabe o que vi?

— O quê?

— Uma tatuagem! — uivou Petunia, fazendo o sinal da cruz e agarrando o terço.

— Deve ser falsa — mentiu Clarke. Vovó provavelmente fez a tatuagem só para irritá-la.

— Não é! Eu perguntei! — Petunia voltou com o terço para dentro da blusa e suspirou. — Eu só não quero que ela vá para o inferno. É pedir muito?

— Ninguém vai para o inferno por causa de uma tatuagem.

— Você tem razão. — Petunia se endireitou. — As pessoas vão para o inferno porque Deus as manda para lá, e, assim que Ele vê tatuagens, elas perdem a chance do céu! — Bufando, ela se virou e voltou para a casa.

Esfregando a nuca, Clarke foi até o carro e bateu na janela. Vovó a baixou, mas se recusou a fazer contato visual. Apenas fez biquinho e olhou para a frente.

— Bem, estou esperando. — Ela umedeceu os lábios. — Pode começar o sermão.

— Vovó, não vou fazer um sermão — respondeu Clarke, perplexa. — Mas por que é que você não tenta se dar bem com ela?

— Eu estou de branco! — Ela apontou para a casa. — E aquela mulher disse que eu era uma abominação!

— É. Você devia ter escondido a tatuagem.

— O sr. Casbon me deu esta tatuagem de presente no Havaí, no inverno passado. Não se pode recusar um presente!

— O sr. Casbon? — perguntou Lexa, no banco da frente.

— Nosso vizinho — grunhiu Clarke. — Melhor não perguntar.

— Ele agora usa andador — acrescentou vovó. — Está difícil se locomover, mas ele ficou muito mais criativo. — Ela deu uma risadinha. — Você vai conhecê-lo no casamento.

— Estou ansiosa. — Lexa abriu um sorriso.

— Está bem. — Clarke abriu a porta do carro. — Deixe eu ver.

— Não tenho a menor ideia do que você está falando.

— Levante a perna da calça. Me deixe ver essa tatuagem. — Ela apontou para a perna da avó. — Se não deixar, vou anunciar no semanário da igreja.

Vovó engasgou.

— Você não faria isso!

— Ah, tenho certeza de que faria — respondeu Lexa. — Pode acreditar, vocês são farinha do mesmo saco.

Vovó sorriu.

— Esta é a minha garota.

— Mostre. — Clarke ergueu uma das mãos, ignorando o elogio.

— Está bem. — Vovó levantou a perna da calça. A tatuagem era bem colorida. Na verdade, seria até muito bonita se a havaiana de roupas tradicionais não estivesse quase pelada.

Quando Lexa engasgou, vovó respondeu:

— É um clássico! Ora, um monte de gente usava durante a guerra!

— Sendo guerra ou não, ainda assim ela está nua — retrucou Clarke.

— Está sem blusa. — Vovó deu de ombros. — Não pelada. Não é como se eu tivesse feito também uma...

— E chega de papo — interrompeu Clarke. — O que vamos fazer? Eu e Lexa temos que planejar essa festa que você decidiu fazer de última hora, e você não quer nem chegar perto da tia Petunia.

Com um suspiro dramático, vovó saiu do carro.

— Está bem, vou me comportar. Só faça aquela... aquela mulher ficar longe de mim.

— Vovó — Clarke beijou a mão dela —, sabia que chegaríamos a um acordo.

— Sua safada! — Ela piscou. — Você sempre foi minha favorita.

— Que engraçado, eu a ouvi dizer a mesma coisa a Octavia não faz muito tempo.

Ela a dispensou com um gesto.

— Sim, sim. Mas agora ela está na minha lista negra.

Lexa, que estava atrás das duas, caiu na gargalhada.

Vovó olhou para ela por trás de Clarke.

— Sei que parece drama, mas é verdade. Ela andou escapulindo do quarto! Muito mal, na verdade. Aquela mocinha vai me agradecer depois da noite de casamento. Isso é, se não morrer primeiro. Mas, se isso acontecer, vai morrer pura, não uma pecadora.

— Acho que ela é a Raven já...

— Shhh, tudo bem. Vou procurar um pouco de vodca. Vou precisar de algo bem forte se vou ter que respirar o mesmo ar que Petunia, a beata.

Lexa saiu do carro e foi atrás delas.

— Vovó, são dez da manhã.

— Minha querida... — Vovó se virou e olhou para Lexa. — Quando você tiver 86 anos e já tiver vivido uma vida longa e feliz, a última coisa em que prestará atenção será na hora. E daí que são dez da manhã? Em algum lugar já são cinco da tarde! — Com isso, ela foi embora a passos firmes.

— Hum — murmurou Lexa.

— Que foi? — Clarke passou o braço pelo dela.

— Estou tentando descobrir o que me deixa mais preocupada.

— Hã? — Clarke parou de andar.

— Se é vovó ouvir Jimmy Buffett ou o fato de estar bebendo nove horas antes da Festa do Prazer.

— Talvez ela se fantasie de abajur — concordou Clarke. — Mas você a ouviu, e a palavra dela é lei.

— Então ter 86 anos talvez não seja tão ruim. — Lexa riu.

— Se você viver de acordo com as regras dela... — Clarke apontou para a cozinha, onde vovó se servia de uma bebida — ... tenho certeza de que não será.

--


Notas Finais


Mais um capítulo quentinho... Espero que tenham gostado, não esqueçam de curtir e comentar bastante. Nós vemos mês que vem, talves antes. Bjinhossss


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