História The city of the dead - O começo

~~autora on~~
Aqui estou eu em frente de meu computador conversando no bate-papo com meus amigos virtuais... Já era noite e estava um dia chuvoso lá fora, vez ou outra eu escutava umas trovoadas, mas estava mais concentrada em teclar em meu notebook com meus amigos enquanto ria de algumas palhaçadas que eles escreviam. Tudo isso ao som de um bom rock e acompanhado de um belo saco de batatas e um copo enorme de coca-cola em cima da cabeceira onde ficava meu notebook... 
Vocês devem estar se perguntando:quem deve estar a narrar? Pois bem, eu me chamo Anne kisaragi, tenho 16 anos e tenho longos cabelos pretos e lisos. Alguns dias atrás conheci alguns amigos pela internet mais precisamente por uma rede social chamada facebook. Desde então, fomos conversando dia após dia nos conhecendo um pouco a cada dia e em outros dias fazíamos algumas zoações em um grupo que eu fiz no facebook. Conversamos a respeito de marcarmos um dia para nos encontrarmos  finalmente e planejavamos algumas coisas para fazer quando nos encontrassemos. 
Clara:tia, a janta está pronta.-dizia minha sobrinha anna clara de 8 anos entrando no quarto 
Anne:mas já não lhe disse para bater a porta antes de entrar clara?-eu disse rindo brincalhona colocando a mão no topo de sua cabeça 
Clara:desculpa, é que sempre me esqueço.-disse fazendo uma expressão triste
Anne:tudo bem pequena. Vamos...-disse dando um tapinha de leve em sua cabeça saindo do quarto indo para a cozinha 
Marie:até que enfim vocês chegaram... Achei que ia ter que subir lá em cima.-disse uma de minhas irmãs mais velhas zombando 
Anne:muito engraçada. Mas bem, vamos á parte que me interessa...-disse esfregando as mãos e com os olhos brilhando com tanta comida gostosa á mesa 
Clara:lave as mãos antes titia.-disse colocando uma mecha atrás da orelha e se sentando á mesa 
Anne:sim, sim eu sei.-disse rindo e andando até o banheiro pra lavar minhas mãos 
Sylvia:antes de comermos, vamos fazer as preces né?-perguntava minha mãe oferecendo a mão para mari e clara 
Anne:ótimo. Quando eu dou as costas já querem fazer as coisas sem mim...-digo secando minhas mãos 
Marcel:ah, para de draminha kisaragi!!!-meu irmão mais velho disse olhando para mim 
Anne:cala a boca seu imbecil!-digo indo partir para cima de meu irmão, mas fui impedida pela minha mãe que dera um soco na mesa e sabíamos bem oque aquilo significava
Sylvia:sua irmã sempre foi uma dramática Marcel, e quanto a você anne, tente controlar suas emoções. Se não fosse por mim, você estaria agarrada ao pescoço de seu irmão...-disse olhando séria para mim
Anne:valeu hein mãe...-digo colocando uma mecha pra trás da orelha e sentando-me na mesa 
Sylvia:disse algo?-pergunta olhando para mim novamente com uma expressão séria 
Anne:não...-digo abaixando a cabeça meio aborrecida 
Sylvia:bom mesmo...-disse fechando os olhos e respirando fundo.-agora sim, com todos aqui vamos iniciar nossas preces...-disse pegando na mão de mari 
Mari:Jesus, obrigada por esta comida que coloca em nossa mesa diariamente e pelo teto que nos deu... E peço que nos proteja de qualquer male que venha a ser jogado para nossa familia... Amém!-disse por fim abrindo os olhos e soltando as mãos 
Sylvia, anne, clara e Marcel:amém!-dizemos também e soltamos as nossas mãos abrindo nossos olhos 
Clara:sempre vale lembrar pessoal... Não conversaremos durante a refeição por costume, certo?-diz olhando para nós esperando que confirmemos com a cabeça
Os outros:certo!-dizemos pegando nossos talheres e começando a comer 
Já eu, não conseguia me concentrar na refeição deliciosa que estava ali em minha frente por algum motivo... Desde que completei meus 16 anos, minha família vem me tratando com indiferença. Meus irmãos não se preocupavam ou pegavam no meu pé como antes. E isso de certa forma me incomodava, pois eles pegavam no meu pé por preocupação e agora nem isso fazem mais. Já a minha mãe não era como antes... Sentia falta dos seus mimos e das horas em que ficávamos acordadas até tarde vendo algumas séries e até maratonando algumas. E de quando não se importava de eu ter ou não amigos virtuais, mas agora... Ela não poderia nem sonhar que tenho alguns... 
Marcel:algum problema kisaragi?-perguntava-me olhando para mim 
Anne:não é da sua conta!-digo me levantando com raiva e batendo na mesa saindo da cozinha e indo para meu quarto
Sylvia:filha...-escuto minha mãe me chamando mesmo que tenha sido baixo, mas não dou muita importância. Eu só queria ficar em meu quarto trancada e descontar minha raiva em meus travesseiros molhando-os com minhas lágrimas 
Chego em meu quarto e me jogo em minha cama agarrando-me ao meu velho e bom amigo travesseiro e desconto todas as minhas lágrimas nele apertando-o forte enquanto deixava mais lágrimas nele 
Anne:"por que?, por que minha família está tão mudada comigo? Eles nem ligavam para esses tais costumes do nosso clã... Por que agora?"-me pergunto em meus pensamentos ficando de cabeça pra cima observando o teto com as mãos atrás da cabeça enquanto dava um pequeno suspiro de cansaço 
Clara:tia...?-estava tão concentrada em meus pensamentos, que não percebi minha sobrinha entrando 
Anne:como entrou aqui?-pergunto me assustando e arregalando os olhos 
Clara:bom, você deixou a porta aberta, então... É meio óbvio que eu conseguisse entrar não?-disse olhando para mim dando um sorriso pequeno 
Anne:pensei que eu tinha trancado.-digo rindo e me levantando.-então, o que aconteceu? 
Clara:eu vi sua reação na cozinha tia...-diz mudando completamente o sorriso para uma expressão séria em poucos segundos 
Anne:ah, não foi nada...-digo rindo e coçando a cabeça tentando disfarçar 
Clara:eu não sou burra tia. Eu percebi e vovó também... Mas eu me preocupei e vim falar com você.-disse olhando para mim permanecendo com o olhar sério 
Anne:eu não sei oque está acontecendo com essa família...-digo dando um suspiro e colocando uma mecha atrás da orelha cruzando os braços
Clara:eu também não sei... Eles nos tratam como crianças, não podemos fazer nada.-disse abaixando a cabeça aparentando estar entristecida um pouco
Anne:acha que isso pode ser coisa do nosso clã?-pergunto olhando para ela 
Clara:eu não sei. Pode ser...-disse ainda com a cabeça baixa
Marie:meninas, vamos dormir...-disse escorada na porta segurando a mesma olhando para nós 
Ambas:sim!-dizemos em uníssono e sorrindo 
Minha irmã veio até nós e deu um beijinho nas nossas testas e sorrio cobrindo-nos e apagando as luzes do abajur saindo e fechando a porta 
Clara:tia?-chamou-me
Anne:sim?-digo olhando para o teto já cobrida
Clara:não podemos deixar este clã. Talvez a gente seja a esperança de que ele pode voltar a ser melhor... Temos capacidade, só não a descobrimos ainda
Não falo nada, apenas fico com os olhos abertos refletindo no que minha sobrinha falou... Será que éramos mesmo a esperança desse clã? Teríamos nós a capacidade de fazer ele voltar a ser como era antes? Eram essas as dúvidas que rondavam pela minha cabeça não me trazendo o sono. Sem contar que eu tinha alguns pensamentos ruins que pudessem acontecer no dia seguinte, não sei o porquê. Naquela noite, não consegui pregar os olhos... 
~~to be continued!!!~~