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História The Coven - MiMo (Twice) - Feriado tedioso


Escrita por: Taetae_Nutella

Notas do Autor


Oiii gente <3
Fiz uma capinha nova, vocês já devem ter enjoado da outra q
Aah, esse capítulo e o próximo eram para ser apenas um, mas achei que ficaria mais dinâmico se eu dividisse em dois.

Boa leitura!

Capítulo 11 - Feriado tedioso


Fanfic / Fanfiction The Coven - MiMo (Twice) - Feriado tedioso

Era uma tarde de sexta-feira quando eu estava na escola de bruxaria, sendo treinada por Soleil. Pela aparência infantil da garota, eu pensava que ela no mínimo pegaria leve comigo, mas pelo contrário, mesmo sendo feriado, ela fazia questão de me fazer treinar as mesmas coisas: pular em uma bacia cheia de água sem deixar nenhuma gotícula de água escapar e sem que as luzes dos pisca-piscas se alterassem. Aquilo era um saco.

Parecia impossível e minha vontade maior era desistir, ter os poderes descontrolados não era algo tão ruim, certo?


Errado


Sempre que eu pensava em desistir, lembrava que não podia ficar perto de Momo sem perder o controle dos meus poderes. Agora que eu estava decidida a me declarar para ela, tinha que aprender o mais rápido possível controlá-los, ou então meu plano de fingir ser uma garota normal perto dela iria por água abaixo.

Por falar nisso, o sigilo que minha prima tinha feito em minha nuca já estava cicatrizando. Aquilo iria deixar uma cicatriz bem chamativa, mas nada que o meu cabelo solto não resolvesse. Aquele sigilo iria impedir que minha tia me enfeitiçasse para falar a verdade ou qualquer outro tipo de feitiço contra a minha vontade, me permitindo, quem sabe, namorar um mortal sem que ela saiba.


Nesse caso, Momo.


— Se concentre, Mina... Sua cabeça está em outro lugar. — Disse Soleil.

A garota estava sentada no chão com as pernas cruzadas enquanto chupava um pirulito, como se aqueles concelhos dela fossem os melhores.

— É muito fácil dizer, acho que isso não vai me ajudar em nada. — Eu reclamava.

Eu já estava cansada daquilo. Já faziam quatro semanas que treinávamos da mesma forma e aquilo não fazia nenhum resultado em mim. Já começava a me perguntar se o erro estava comigo ou com Soleil, talvez com as duas.

— Ser pessimista apenas vai piorar, tente respirar fundo e livrar sua cabeça de negatividades.

Se a garota não estivesse me treinando, eu com certeza teria estendido o meu dedo do meio para ela naquela mesma hora. Contudo, talvez ela estivesse certa. Talvez ser pessimista não iria me ajudar e eu precisava concentrar minha mente no que me fazia bem, no que me trazia positividade.


Momo.


Momo era a pessoa que apenas de pensar nela, eu já me sentia nas nuvens. Era uma sensação fora do normal, como se ela fosse meu amuleto da sorte e eu finalmente tivesse o encontrado. A presença de Momo era mais poderosa que qualquer pedra preciosa, qualquer runa ou sigilo de proteção, qualquer feitiço poderoso. Sentia que era a única coisa que eu precisava para me sentir bem.

Preenchi minha mente com a imagem de Momo, com os diversos momentos que tivemos juntas mesmo não nos conhecendo há tanto tempo. Ela era uma garota mais que especial, pensar tanto nela me fez sentir sua falta.

Apenas fechei os olhos e sorri dos meus pensamentos. Em seguida, pulei com vontade sobre a bacia cheia de água, ainda com olhos fechados e sem fazer nenhum esforço para manter a água dentro da bacia.

O resultado daquilo foi incrível. Assim que abri os olhos, notei que o chão não estava molhado e as luzes dos pisca-piscas permanecia a mesma. Eu finalmente havia conseguido passar aquela prova, não tive outra reação a não ser ficar surpresa e orgulhosa de mim mesma.

Ao olhar para trás, vi que Soleil se encontrava em pé e com de boca aberta, quase que seu pirulito caiu da mesma. Acho que ela esperava que eu nunca passaria daquele teste.

— Você conseguiu... — Ela abriu um sorriso orgulhoso e bateu algumas palmas para mim, enaltecendo o meu ego.

— Talvez ser mestiça não me faça diferente das outras bruxas. — Eu sorri, saindo da bacia de água e secando os meus pés.

— Quem te disse isso? Ser diferente não te faz pior do que ninguém. — Disse ela — Talvez até te faça melhor.

As palavras de Soleil me fizeram rir. Talvez ela não fosse tão chata assim e aquele fosse o início de uma amizade. Ela quem havia me ajudado a controlar meus poderes, eu só tinha a agradecer.

— Obrigada por isso. — Me curvei a ela como sinal de respeito.

Antes de Soleil me responder, senti meu celular vibrar em meu bolso, sinal de que havia recebido alguma mensagem.

Ao ver de quem era a mensagem, abri um sorriso de orelha a orelha. Era a bela Momo.




Momo: Feriado tedioso.


Momo: O que acha de passar no meu dormitório? Minha companheira viajou e só irá voltar no domingo ^u^


Me: Estarei aí em meia hora ;)




Seria aquilo sorte? Pelo visto, o destino estava de bem comigo, consegui passar naquela prova e visitar Momo em seu dormitório em um único dia.


Era pura sorte.


Me despedi de Soleil, que me deu o resto do dia para aproveitar o feriado, já que eu tinha concluído a prova com sucesso.





[...]





Demorei um pouco para chegar no dormitório de Momo, talvez até mais que o esperado por não terem tantos ônibus na rua durante o feriado. Aquilo não me abateu em nada, eu estava muito feliz por estar indo visitá-la, não tinha pressa para nada.

Inclusive, não tinha pressa nenhuma para me declarar para a garota.

Chegando lá, dei algumas batidas em sua porta. Ela não demorou nada para abrir, logo me recebendo com um sorriso e uma sobrancelha arqueada.

— Meia hora? — Ela perguntou — Talvez você tenha errado nos cálculos.

Aquilo me fez rir e ficar sem jeito, tentando me explicar para a loira de alguma forma.

— Culpa dos ônibus. — Eu disse a ela.

Momo também riu e deu de ombros, me deixando entrar em seu dormitório e fechando a porta logo em seguida. Assim que entrei no cômodo, notei que era bem pequeno, mas ao mesmo tempo, bem organizado. A loira havia pedido pizza para nós duas, o que me fez ficar animada. Eu colecionava todos aqueles momentos que tinha com ela e não esquecia nunca, talvez parecesse coisa de psicopata, mas eu até que achava fofo.

— Bem, não é tão grande quanto a sua casa... Mas tem um banheiro. — Momo riu sem jeito, sentando sobre o chão onde se encontrava a caixa da pizza e dando tapinhas ao seu lado, indicando aonde era pra eu sentar.

— Não ligue pra isso, seu dormitório é mais organizado que toda a minha casa. — Eu sentei ao seu lado.

Nós duas começamos a comer e a conversar como duas amigas normais. Talvez essa fosse a sensação que eu sempre desejei ter em minha vida, ser normal.

Sempre que eu estava com Momo, eu me sentia nas nuvens, ela era tão simpática e tão divertida. Eu tinha um certo frio na barriga quando pensava em como me declararia pra ela, tinha medo da garota não me aceitar ou achar que isso atrapalharia nossa amizade.

Fora isso, também tinha medo de acabar envolvendo Momo no mundo bruxo, assim como minha mãe envolveu o meu pai. Minha tia e prima sempre me alertaram dos perigos que vinham de brinde quando se namorava um mortal, mas no momento eu não me preocupava com isso, pois só conseguia pensar em estar com Momo para todo o sempre.

Talvez de eu tivesse cuidado e nunca falasse para Momo o que eu realmente era, poderíamos ser um casal normal, que nossas preocupações fossem apenas bobagens do mundo humano.

— Estou cheia, para mim já deu. — Momo reclamou, após comer duas fatias da pizza.

— Eu também, não aguento mais. — Eu tinha comido duas fatias e meia, sem conseguir terminar essa última.

Assim que terminei de comer, senti um pouco de calor. Então decidi prender meu cabelo em um coque frouxo no alto da cabeça.

Ao terminar de fazer o penteado, notei que Momo me encarava fixamente. Aquilo me deixou sem jeito, será que ela estaria sentindo atração por mim ou algo assim? Acabei ficando vermelha, não vendo outra saída a não ser perguntar a ela o motivo de estar me olhando daquela maneira.

— O q-que houve? Algo errado? — Eu perguntei a ela, desviando o olhar para que ela não notasse minhas bochechas rúboras.

— Não é nada... — Ela pareceu tentar disfarçar — Só achei legal sua tatuagem.


Tatuagem?


Eu tinha esquecido por completo do sigilo que Jeongyeon tinha feito em minha nuca, como pude cometer um deslize daqueles? Bem, para minha sorte, Momo pensava que aquela cicatriz era apenas uma tatuagem tribal ou algo assim.

Suspirei fundo de alívio por não ter que dar uma explicação sobre o que era aquilo.

— Bem... Está ficando tarde. — Eu disse, vendo pela janela que o sol já estava se pondo — Muito obrigada pela pizza, acho que já vou indo.

— O que? Não! — Ela me repreendeu rapidamente — Não passamos nem duas horas juntas, você já vai me deixar? Por que não dorme aqui?

Momo fez um biquinho fofo que fez o meu coração disparar. Talvez fosse perigoso passar a noite com Momo sem que meus poderes se descontrolassem e eu acabasse me entregando. Mas ao olhar pela janela, vi que a reação que tive com a expressão da garota não tinha causado nada no céu, nem na terra. O sol ainda estava se pondo lentamente e o chão não tremia.


Talvez eu tivesse aprendido de vez a controlar meus poderes.


Não vi motivos para não aceitar passar a noite com Momo, afinal, era feriado e havia uma cama livre para eu dormir. Nada poderia dar errado.

— Está bem, eu fico. — Eu dei de ombros.

Vi a loira vibrar e comemorar por eu ter aceitado, aquilo foi muito fofo. Pelo visto, ela gostava da minha presença, assim como eu também gostava da sua.

Não seria tão ruim passar uma noite com a pessoa que sinto mais atração no mundo, certo?



Continua...



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