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História The Coven - MiMo (Twice) - Toda a verdade


Escrita por: Taetae_Nutella

Notas do Autor


LEIAM AS NOTAS FINAIS QUANDO ACABAREM PELAMOR

Boa leitura, rs

Capítulo 19 - Toda a verdade


Fanfic / Fanfiction The Coven - MiMo (Twice) - Toda a verdade

Acordei sem nenhuma noção do que havia acontecido. Minha visão estava turva e eu estava em um lugar frio, escuro e úmido, lembrava muito uma caverna.

Não demorou muito para que eu notasse que estava amarrada com correntes em uma cadeira, correntes muito fortes que contiam minha capacidade de fazer qualquer magia. Tentei me remexer para me livrar delas, mas estavam muito apertadas, quase me impossibilitando de fazer qualquer movimento.


Aonde eu estava?


Logo vi uma figura masculina se aproximando de mim, não era tão mais alto que eu, mas por eu estar presa na cadeira, tive que olhá-lo de baixo. Ele tinha cabelos negros e curtos, uma pele muito clara e estava segurando um taco de baseball. Foi aí que lembrei da pancada que havia sentido em minha cabeça, provavelmente havia vindo dele.

— Aonde estou? — Perguntei um tanto confusa. Eu sabia que aquele ser era uma ameaça, sendo bruxo ou humano, estava em posição se poder, já que eu estava presa e impossibilitada de me defender — Quem é você?

— Uma pergunta de cada vez, bruxa. — Disse ele em um tom alto, como se tivesse brigando comigo — Meu nome é Suho, você está em uma caverna bem longe da cidade, então pode gritar o quanto quiser... Ninguém vai lhe socorrer.

— O que você quer comigo? — Perguntei — Eu não fiz nada pra você.

— Não é exatamente com você, é com sua laia. — Outra figura masculina pareceu.

Este era mais alto e tinha orelhas salientes, usava uma camisa preta que marcava muito seus músculos. O mesmo segurava um livro que demorei um pouco para identificar o que havia escrito em sua capa, mas logo consegui ler a palavra "Bíblia".


Puta merda.


Uma luz acendeu em minha mente e logo percebi que aqueles dois eram caçadores de bruxos. Eu estava ferrada, não podia correr para me defender, estando em menor número; nem podia matá-los, pois eles estavam em maior número e eu estava presa.

— Por favor, me deixem ir. — Comecei a me desesperar — Eu não sou completamente bruxa... Sou metade mortal.

— Uma metade mortal! — Os dois falaram em uníssono, se olhando e arregalando os olhos.

Eles cochichavam algumas coisas, o que me deu esperanças de ser liberta.

— Agora mesmo que não podemos deixá-la ir, Chanyeol. — Disse Suho para o mais alto — Ela é mais que uma abominação para Deus!

— O próprio fruto do pecado entre um homem e uma mulher... — Disse Chanyeol, me olhando com nojo — Você é uma vergonha para os humanos.

Aquele discursinho já estava me enojando, eles não podiam me matar antes de começar a falar de religião e blá blá blá?

— Se vocês vão me matar, andem logo com isso. — Eu disse a eles.

— Por que? É muito mais divertido ver você morrer de fome e gritando de sofrimento. — Disse Suho.

— Você só tem uma saída. — Sugeriu Chanyeol — Aceite a salvação divina, então você irá para o céu e daremos a você uma morte mais rápida.

— Aceitar a salvação divina? — Perguntei, fingindo interesse. O que fez Chanyeol se aproximar de mim com a bíblia.

Entendi que eles queriam me "evangelizar" por vontade própria. Aquilo era uma vergonha, eu não sabia muito sobre a bíblia, mas sabia que os cristãos não deveriam matar, certo?

Eu tinha dias opções, fingir acreditar em algo que não era real pra mim, desmerecendo o que acreditem durante toda minha vida apenas para ter uma morte rápida ou mandar eles irem para o inferno, sem fingir acreditar em uma crença que para mim, era falsa.

— Se aceitá-lo como seu Salvador, prometemos dar a você uma morte indolor, meia-bruxa. — Disse Chanyeol, se aproximando de mim com a bíblia.

Minha ironia não me deixou fazer outra coisa a não ser cuspir em seu rosto.

— Chupa minha pepeca, otário. — Eu disse a ele, com um tom de voz irônico.

— Imunda. — Ele limpou meu cuspe com nojo de seu rosto com a própria camisa.

Em seguida, ele deu um tapa forte em minha face. Sua mão era pesada e aquele tapa tinha ardido muito, mas pelo menos eu continuava firme com minha crença.

— Irá passar seus últimos dias aqui, presa e passando fome. — Disse Suho, enquanto o outro se distanciava de mim.

— Tenha paciência! — Eu revirei os olhos — Minha família virá atrás de mim.

— Sua família? Por Deus, estamos fazendo um favor para eles, tirando a vida de uma abominação como você. — Disse Chanyeol — E depois, iremos matar todos que você ama.


Todos que eu amo.


A primeira pessoa que lembrei, foi minha namorada. Eu havia deixado ela alí na floresta quando saí correndo, foi aí que me desesperei. O que eles teriam feito com ela?

— Espere aí... Onde está minha namorada? — Perguntei em um tom alto — Ela estava comigo na floresta, o que fizeram com ela!?

Vi os dois caírem na gargalhada. Não entendo aquilo, o que só me fez ficar com mais raiva.

— Sua namorada, é isso mesmo? — Suho perguntou — Talvez queira vê-la... Venha aqui, Momo! Sua namorada quer ver você.

Logo a loira apareceu alí. Diferente de mim, ela não estava presa nem nada, estava andando livremente por livre e espontânea vontade, entretanto, carregava uma expressão de preocupação, o que me fez pensar que eles estavam fazendo-a de refém.

— Diga a sua garota o que aconteceu. — Disse Suho, dando uma risada e dando um tapinha no ombro de Momo.

— Tire as mãos dela, seu babaca! — Eu disse a ele.

— Por que eu tiraria? Sou eu quem está bancando ela nessa cidade. — Disse ele, arqueando uma sobrancelha.

Continuei sem entender nada. Aquilo fez parecer que, de alguma forma, Momo estava trabalhando para ele.

— O-o quê? — Perguntei, com meus olhos cheios de lágrimas.

— Iremos deixar vocês duas terem uma discussão de casal antes de sua morte, meia-bruxa. — Disse Chanyeol.

Os dois logo saíram dali, sumindo da minha vista e me deixando a sós com Momo, que permanecia a um metro de distância de mim.

— Momo, por favor me diga que você não trabalha pra eles... — Eu implorava a ela com os olhos marejados.

Os olhos de Momo também encheram de lágrimas, o que só afirmava o que eu acabara de insinuar.

Naquele momento, me senti traída. Como se Momo tivesse entrado na minha vida, me feito amá-la e planejar um futuro com ela apenas para me entregar para aqueles caçadores de bruxas.

— V-você me traiu! — Comecei a sentir as lágrimas escorrerem pelo meu rosto — Eu sabia que tinha algo de errado! Por que fez isso? Eu estava amando você... Você foi a primeira pessoa que amei de verdade...

Eu soluçava de tanto chorar, logo vendo Momo também começar a chorar. Senti um ódio grande em meu coração, não por ela ter sido isca daqueles caçadores, mas por eu ainda amá-la mesmo tendo feito tudo aquilo.

— M-Mina, eu... — Ela soluçava de tanto chorar — Eu não tive escolha... Não tinha dinheiro para me manter na faculdade e nem meus pais... Quando cheguei aqui, vi que talvez passaria fome apenas para estudar naquela universidade... Que era meu maior sonho.

— Vá à merda! Então por que fingiu me amar e até transou comigo? Você sabia que eu era bruxa? — Perguntei — Eu fui contra todas as leis dos bruxos para ficar com você, porque a amo! Fiz até um sigilo apenas para ninguém saber que estávamos juntas, e doeu pra um caralho!

— Por favor, me deixa explicar! — Ela gritou, fazendo com que eu me calasse para ouvir o que ela tinha a dizer — Quando cheguei na faculdade e virei sua amiga, tudo isso realmente foi de verdade... Mas pelo visto, aqueles dois estavam vigiando você faz tempo, então quando viram que me aproximei de você, me pediram para atrair você para eles... Eu estava sem dinheiro e sem condições até mesmo de comer... Eles prometeram um dinheiro muito alto.

— Então você me seduziu por dinheiro? — Perguntei, ainda mais incrédula.

— Mina, eu estava passando fome! — Ela chorou ainda mais — Isso não foi o pior... O pior foi que eu me apaixonei por você de verdade... Sermos namoradas não estava nos planos de Suho e Chanyeol, no início era apenas atrair você... Mas aí eu me apaixonei de verdade. — Ela fez uma pausa — Eu tentei sair dessa quando vi que o que tínhamos era sério, mas eles ameaçaram matar a mim e aos meus pais.

As palavras de Momo me fizeram chorar ainda mais. Não acreditava como ela tinha me levado para aquela armadilha mortal de caçadores.

— Você sabia esse tempo todo, não era? — Perguntei — Que eu era bruxa.

A mesma ficou com muita vergonha de admitir a verdade.

— Descobri um dia depois que transamos.

— Eu teria dado casa, comida para você. — Disse a ela, incrédula por tudo que ela tinha feito — Eu estava disposta a fazer tudo por você... E você me trouxe para eles.

Momo enxugava as lágrimas, mas elas ainda escorriam. Naquela altura do campeonato, eu preferia morrer sem saber que Momo era quem havia causado tudo aquilo.

— Eu amo você, Mina. — Disse ela, enxugando de uma vez seu rosto e parando de chorar — Por isso não vou deixar isso acontecer.

Momo foi até aonde eu estava e tirou as correntes de mim, liberando meus braços e fazendo meu sangue voltar a fluir por eles. Por uma parte, eu estava grata por ela ter me libertado, agora só me restava matar aqueles malditos que diziam ser filhos de Deus.

O Suho não demorou muito para aparecer de volta aonde eu estava, arregalando os olhos ao me ver solta.

— Momo, ouvi barulho de correntes e... — Disse ele, antes mesmo de me ver livre — Puta merda! Ela está solta!

Chanyeol logo chegou aonde estávamos também, o mais alto teve a mesma expressão de susto ao me ver de pé.


Eles sabiam que eu era uma ameaça.


A raiva subiu em mim mais que tudo naquele momento, não fui capaz de controlar meus poderes. A terra começou a tremer e todos perderam o equilíbrio, caindo no chão, exceto apenas eu.

Os dois tentavam ao máximo ficar de pé para me atacar, mas eram fracos mortais, não tinham chances contra mim.

— Acabe com eles, Mina! — Disse Momo, atrás de mim, também no chão — Você é mais forte que os dois juntos.

Suas palavras apenas serviram de combustível pra mim. Assim como fiz na festa com Soleil e Jongin, fiz na caverna com Chanyeol e Suho.

— Fixa in pariete! — Eu vociferei enquanto levantei minhas duas mãos para o ar.

Juntamente com o movimento das minhas mãos, Suho e Chanyeol foram presos contra as paredes da caverna. Eles eram mais fracos que Soleil e Jongin, então ao serem enforcados pelos meus poderes, os dois não conseguiam falar, apenas sufocavam, tentando buscar ar. Foi muito prazeroso para mim ver aqueles dois caçadores tendo uma morte lenta, como os próprios haviam me prometido ter. Se não fosse pelo ódio que eu sentia, somado com a tristeza pelo que Momo havia me feito passar, eu estaria gargalhando da situação deles.


Agora eu não tinha Jackson para me impedir de terminar aquilo.


Em um movimento rápido e preciso, fechei minhas mãos com força, Momo encarava assustada e no chão o que estava prestes a acontecer. Os olhos dos dois caçadores começaram a brilhar uma luz branca, como se estivesse mantando-os de dentro para fora. A luz logo começou a sair também pelas bocas dos dois e por todos os orifícios. Aquilo parecia doer muito, pois eles gritavam como se estivessem sendo fritos por dentro, e eu estava adorando.

— Ictu in caput capitis off! — Eu vociferei alto, com pondo toda a minha raiva para fora.

Assim que declarei o feitiço, as cabeças dos caçadores explodiram, derramando sangue por todo lugar como uma melancia ao ser esmagada. Seus corpos desalmados logo caíram no chão como frutas podres. Assim que eles caíram, eu também caí, pois havia usado toda a minha força e estava esgotada.

— Mina! Você está bem? — Momo se levantou quando a terra parou de tremer. Ao ver que minhas narinas sangravam, Momo se preocupou e me ajudou a levantar.

Eu ainda estava magoada com o que ela havia feito, então assim que ela me ajudou a levantar, eu saí de perto dela imediatamente.

— Me mostre a saída. — Fria e fraca, ordenei a garota.




[...]




Fomos em um silêncio constrangedor para a saída da caverna, que dava acesso à floresta DewDrop, quem diria que era tão perto assim se onde o meu Coven se reunia.

Paramos afrente da saída da caverna. Momo me encarava como se estivesse esperando eu dizer alguma coisa, algo que soasse agradavelmente em seus ouvidos.

— Mina, me perdoe por tudo isso... Eu te amo muito...— Ela me abraçou com força, deixando algumas lágrimas derramarem.

Eu estava ferida não só por fora, mas como por dentro. Talvez um simples feitiço fizesse eu esquecer aquilo tudo e curasse minhas feridas, mas seria injusto comigo mesma. Eu precisava curar minhas feridas emocionais e físicas do jeito certo, do jeito mortal.


E Momo não iria ajudar.


— Eu também amo você... E a perdôo. — Eu disse à garota.

Ela tentou me beijar, mas eu a separei de mim quando se encontrava com os braços envolvidos no meu corpo. Ela criou esperanças com minhas palavras, mas logo foram destruídas pelas próximas.

— Mas não posso continuar com você... Você mexeu com algo muito sério e me feriu muito. — Tentei me segurar para não chorar. Eu encarava o além para não olhar nos olhos e no rosto angelical da minha amada, senão eu acabaria desmoronando.


Ela era minha fraqueza.


— M-Mina... Por favor... — Ela chorava intensamente, mais do que há alguns minutos atrás na caverna — Eu não conseguiria viver sem você...

— Deveria ter pensado nisso antes de me entregar para os caçadores. — Eu respondi, com o nó na garganta mais doloroso que eu já havia sentido.

— Mina... — Ela sussurrou, ainda em prantos. Aquilo estava sendo difícil tanto pra mim quanto pra ela.


Eu precisava ser mais direta.


— Saia daqui. — Eu disse friamente — Ou então vai acontecer com você a mesma coisa que aconteceu com os caçadores.

Aquilo foi suficiente para Momo dar alguns passos para trás enquanto me olhava com uma expressão cabisbaixa. Eu não sabia identificar se ela estava triste ou com medo de mim... Aquilo me machucou tanto... Mas foi necessário. Momo logo virou de costas para mim e saiu correndo no meio da floresta, sumindo entre as árvores.

Assim que perdi a garota de vista, caí de joelhos no chão, desabando em lágrimas e soluços. Momo era a pessoa que eu mais amava naquela mundo, agora eu estava deixando ela partir.

Naquele dia, eu não soube fazer outra coisa a não ser chorar e chorar. Nem no seguinte, nem no seguinte. Momo sempre invadia minha mente quando eu cogitava ficar feliz e destruía meu cérebro.

Talvez esses eram os perigos que Jeong tentava me alertar. Talvez desfrutar de sentimentos mortais não era tão bom quanto eu pensava. Sim, os positivos eram perfeitos e vinham com força, te faziam rir e querer viver mais.

Entretanto, os negativos eram ainda mais fortes, te massacravam e queimavam cada pedacinho da sua alma, deixando restar apenas sua carcaça.


Notas Finais


EU CHOREI ESCREVENDO ESSE CAPÍTULO, SOCORRO
mas calmem, toda história tem um final meio que feliz sz


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