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História The Coven - MiMo (Twice) - Tivemos um zing


Escrita por: Taetae_Nutella

Capítulo 20 - Tivemos um zing


Fanfic / Fanfiction The Coven - MiMo (Twice) - Tivemos um zing

Era uma manhã de quarta-feira feira, mais um dia que eu faltava a faculdade. Desde que descobri o que aqueles malditos caçadores haviam armado para mim e feito minha Momo como isca, não conseguia mais ser a mesma.


Quer dizer, não mais minha Momo.


Quando soube que ela tinha feito parte de todo aquele plano para me capturar, meu mundo desabou. Senti que depositei toda minha confiança em alguém que não merecia, que havia me traído. Eu já não tinha mais ânimo para ir para a faculdade, e provavelmente eu não ia comparecer ao treinamento de Soleil pela noite.

Minha vida estava uma merda. Eu nunca tinha me decepcionado tanto por gostar de alguém, talvez o meu lado humano não estava me ajudando a superar aquilo. O pior de tudo era que eu ainda amava Momo e não suportava lembrar dela, ver ela, olhar suas fotos em meu celular... Tudo isso me fazia querer chorar, então eu acabava quase sempre chorando, pois tudo me fazia lembrar a garota.

Até o momento, Jeongyeon era a única pessoa que sabia do que tinha acontecido e tentava me ajudar a superar. Eu tinha certeza que meus amigos bruxos não entenderiam o motivo de eu ainda estar triste e com saudades de Momo, se fosse outro em meu lugar provavelmente explodiria a cabeça da loira e no dia seguinte já estaria em uma orgia.


Pena que eu não tinha essa capacidade.


A única coisa que eu desejava era que tudo isso não tivesse acontecido... Que eu não tivesse entrado naquela faculdade, não tivesse conhecido Momo e não tivesse incluído ela em minha vida. Agora isso tudo já tinha acontecido e eu não sabia quanto tempo levaria para que eu esquecesse dela por completo. Provavelmente nunca.

— Vamos lá, sorria. — Jeongyeon tentava me animar — Eu não gosto de ver você assim...

Minha prima tinha faltado seu trabalho para passar o dia comigo, tentando me colocar pra cima. Pena que nada que ela tentava funcionava. No momento, nós duas estávamos deitadas em minha cama, comendo mini marshmallows.

— Não consigo, Unnie... — Eu brincava com um cubinho de marshmallow, até que o calor dos meus dedos começasse a desfazê-lo e eu comesse o mesmo logo em seguida — Não acredito que fui tão trouxa.

Desde o momento que aceitei meus sentimentos por Momo, desde que vi a quantidade de boas energias que ela trazia para mim e como ela era capaz de descontrolar meus poderes só com um toque, pensei que tínhamos sido feitas uma para a outra, como se o tempo parasse quando eu estivesse com ela.


Sentia que nunca iria achar alguém assim novamente.


— Ya, você logo irá gostar de outra pessoa. — Disse Jeongyeon, enquanto enfiava vários marshmallows em sua boca.

— Eu não quero achar outra pessoa, Jeong... Juro que tive um Zing ela. — Reclamei.

Zing era como os personagens de nosso desenho favorito, "Hotel Transilvânia", chamavam a sensação do tempo parar quando você estava com a pessoa que foi feita para você, como se tivessem uma ligação.

— Isso não existe, Mina. — Disse ela — Você sempre vai achar que teve um Zing quando gostar de outras pessoas.

— Isso machucou, Unnie. — Eu a encarei fixamente — Em todos esses anos, nunca senti nada com outras pessoas como senti com Momo.

— Desculpe... — Ela se desculpou por ter jogado todas as minhas experanças no lixo — Eu só acho que a pessoa da sua vida não iria aparecer assim pra você, você ainda é tão nova.

— A maioria das pessoas acha a pessoa da sua vida por volta da minha idade, sabia? — Eu perguntei, mas foi mais uma afirmação — Provavelmente eu nunca vou esquecer Momo, eu até queria, mas tenho certeza que nunca vai acontecer.

— Você precisa esfriar um pouco a cabeça, pequena. — Disse ela, pegando o pacote vazio de marshmallows e se levantando da cama — Tente dormir um pouco, o que aconteceu com você foi muito pesado e você teve sorte de escapar viva... Talvez precise de tempo para colocar os pensamentos no lugar.

Jeongyeon me cobriu com o edredom e deu um selar em minha testa, não contestei, talvez ela estivesse certa. Talvez eu precisasse de tempo para colocar meus pensamentos no lugar, até porquê eu explodi a cabeça de dois caras no mesmo dia em que terminei meu relacionamento.

Eu acabei dormindo, mesmo não tendo feito nada produtivo naquele dia, eu estava mais que cansada de tudo, só queria morrer. Nem meus próprios sonhos colaboraram comigo.



Sonho on.


Eu estava em um lugar com grama verde e brilhante, flores de cores vibrantes e um céu azul lindo. Estava correndo, meus pés estavam descalços e eu podia sentir a textura da grama fazer cócegas neles; usava um vestido branco, longo e com alguns babados, era necessário que eu o segurasse para não pisar em sua barra. Diferentemente do que eu pensava no início, não estava correndo de algo que me perseguia, e sim atrás de algo. Eu gargalhava como uma criança enquanto corria atrás de duas luzes brilhantes, que ofuscavam minha vista. Uma delas era vermelha e a outra era branca, ambas do mesmo tamanho e se cruzavam algumas vezes, mas na maioria do tempo, andavam lado a lado.

— Venha me pegar! — Uma voz de sexo indeterminado parecia sair da direção das luzes.

Uma coisa que eu não entendia no sonho era o motivo de eu estar rindo tanto. Antes de dormir eu estava tão triste, e no sonho tão alegre. Sempre que eu me aproximava das luzes, soltava meu vestido e tentava agarrá-las, o que quase me fazia cair. Em uma das vezes que me senti mais próxima de uma das luzes, soltei meu vestido e tentei pegar uma delas, sem sucesso. Assim que soltei o vestido, tropeçei sobre o mesmo e acabei caindo em uma possa de lama, que deixou o vestido manchado. Quando vi o estado das minhas vestes, comecei a chorar, eu sabia que não era real, mas podia sentir as lágrimas gélidas escorrerem pelo meu rosto. Tentei me levantar inúmeras vezes, mas eu caí em todas elas, o que só piorava o meu estado. Assim que elevei minha visão mais uma vez para cima para tentar me levantar, vi a pessoa que mais amava naquela vida, estendendo sua mão para mim.


Momo.


Sua face estava luminosa e ela carregava um sorriso no rosto, como se estivesse muito feliz ao me ver; ela usava uma roupa colorida, para variar. Agarrei sua mão, finalmente conseguindo levantar e ficar frente a frente com ela, sem soltar sua mão. Meu vestido ficou parcialmente limpo; cerca de um palmo da sua barra ainda estava sujo de lama, mas eu não me importava. Ao ficar frente a frente com Momo, nós duas rimos ao mesmo tempo, senti meu coração bater forte e vi uma luminosidade azul em volta da loira. Um segundo que pisquei e voltei a olhar para era, um dos seus olhos escorreu uma lágrima, mas não uma lágrima comum, era puro sangue.

— Está tudo bem? — Eu perguntei, minha voz ecoou.

Apesar de um dos seus olhos ter chorado sangue, ela permanecia sorrindo, aquilo me assustou. Eu larguei a sua mão ao me assustar, naquele exato momento, seu sorriso se desmanchou. Mais lágrimas sangrentas começaram a escorrer de seus olhos, aquilo me fez dar dois passos para trás. Momo esticou sua mão para mim, para que eu voltasse a segurá-la, mas não fui capaz.

Em questão de segundos, uma flecha atingiu suas costas, o que fez Momo sufocar e toda sua roupa na parte da frente ficar manchada de sangue. Mas não foi só isso, no momento que ela recebeu a flechada, eu também recebi em minhas costas, o que doeu bastante. O que nos diferenciou, foi que Momo não aguentou a flechada, ela caiu no chão e começou a agonizar, como se não estivesse suportando aquela dor.

Apesar de vez aquilo tudo, eu não a ajudei. Ainda sentia a dor e a pontada da flecha em minhas costas, não tendo como reagir. Em questão de segundos, todo meu vestido branco ficou manchado se sangue, aquilo me desesperou. Ao olhar para o chão novamente, Momo ainda permanecia agonizando, como se aquilo estivesse a matando, mas sua dor nunca parasse.

Ao olhar para o céu, estava cinza, a grama no chão havia secado e virado terra e as flores haviam murchado e caído sobre o solo. Eu não soube o que fazer naquele momento, então apenas gritei alto, mesmo não resolvendo.


Sonho off.



Acordei em um pulo, me sentando sobre a cama, ofegante e assustada. "Foi apenas um sonho..." Pensei, enxugando uma gosta de suor que escorria de minha testa.

Meu coração estava a mil e minha respiração desordenada. Logo consegui me acalmar, mas o sonho havia ido embora.

Já estava escuro, então peguei o meu celular que estava na mesa de cabeceira ao lado de minha cama. Ao desbloquear o mesmo, sua luminosidade incomodou meus olhos, levou tempo para que eles se acostumassem com a iluminação. Vendo o relógio, eram 20:34, pelo visto eu havia dormido por muito tempo.

Havia uma ligação perdida de Soleil há cinco minutos atrás, provavelmente ela estava me esperando para ser treinada. Também tinham algumas mensagens de Momo, mas decidi ignorar.

Eu não tinha nada para fazer e estava sem sono, então finalmente decidi que iria para o treinamento, talvez até me fizesse esquecer um pouco daquele pesadelo.



Momo on



Era mais um dia que Mina não tinha ido à faculdade. Eu estava em meu dormitório sozinha, me sentindo culpada pela mancada que eu tinha feito com a garota. Meus olhos estavam inchados de tanto chorar e minha maior vontade era voltar para a casa dos meus pais e abandonar a faculdade. Agora eu estava sem grana, com obrigações da faculdade para fazer e sem o amor da minha vida.

Quando aceitei trabalhar para os caçadores, eles não deixaram claro de primeira que Mina era uma bruxa, apenas que eu precisaria me aproximar mais dela por uma boa quantia em dinheiro. Eu estava precisando e meus pais já tinham muitas contas para pagar, seria uma boa ter meu próprio dinheiro. Não imaginei que ia me apaixonar tão perdidamente pela garota, assim que me dei conta dos meus sentimentos e, finalmente, fizemos sexo, vi que já não tinha mais volta.

Foram dois dias antes da nossa primeira vez que eu descobri que a garota era uma bruxa.

Fiquei um pouco chocada e incrédula, pois pensava que bruxaria na vida real não envolvia magia ou esse tipo de coisa, muito menos que era passada de geração em geração. Eu quis desistir do meu "trabalho" depois disso, vendo que eu já estava nas mãos de Mina... O problema foi que os caçadores não só me ameaçaram como ameaçaram matar minha família. Fiquei duvidosa se a vida de Mina era mais importante que a dos meus pais.

"É só entregar ela e deixamos você em paz, com uma grande quantia em dinheiro, claro" eles disseram. Pensei que seria fácil entregar Mina para os caçadores e tentar conseguir esquecer isso depois, afinal, teriam muitas garotas no mundo ainda, certo?


Errado.


Já fui para aquele piquenique com a maior insegurança da minha vida, não queria perder Mina e estava perdidamente apaixonada. Foi depois de ouvir o seu "Eu te amo" que vi que eu não iria conseguir fazer aquilo, não iria conseguir viver com o sangue da pessoa que mais amei em minhas mãos. Dinheiro nenhum valia aquilo.

Tentei mandar Mina correr, mas era tarde demais. Eles a pegaram e deu a maior confusão da minha vida. Acabou que ajudei minha namorada a se libertar e ela matou os safados, fazendo com que eu não me preocupasse mais em perder minha vida ou a dos meus pais.


Pensei que no final, tudo se resolveria, mas ela terminou comigo.


Já faziam quatro dias que eu não via Mina e estava acabada. Desde que ela passou a ser presente em minha vida, percebi que não seria mais capaz de viver sem ela. Estava sendo difícil e doloroso.

Lembrar aquilo naquela noite de quarta-feira me fez chorar. Queria quebrar tudo à minha volta. Teria sido tão fácil se eu recusasse esse trabalho desde o início.

Logo ouvi a porta do meu dormitório se abrir e minha companheira de quarto aparecer, Dahyun. A mesma estudava bioquímica e aparentava ser a pessoa mais responsável do mundo.


Quem via nem imaginava que era festeira.


— Olá, Momo. — Disse ela, entrando no quarto e jogando sua mochila em cima da cama.

— Olá... — Eu respondi, enxugando minhas lágrimas e tentando disfarçar minha cara vermelha de choro.

Aquilo nem foi preciso. Ela apenas chegou no quarto, tirou seu casaco e calça jeans ali mesmo na minha frente e vestiu uma saia bem colada, uma blusa cropped de renda e um casaco de couro por cima, soltando seus cabelos e arrumando-os. Ela mal tinha chegado e já ia sair.

Para o meu azar, naquele dia, Dahyun olhou em meu rosto, notando que eu estava vermelha e de olhos inchados.

— Ya... O que houve? — Ela perguntou.

Dahyun nunca aparentou se importar muito comigo e sempre foi rígida com regras em relação ao nosso quarto, como manter ele limpo, não levar ninguém pra lá e nunca deixar restos de comida alí, o que ela aguentava muito bem, pois a maioria eu quebrava. Justo naquele dia, ela foi como uma irmã pra mim e pareceu se importar comigo, tentando me fazer melhor.

Não consegui responder sua pergunta, pois assim que tentei e lembrei de novo de Mina, acabei chorando mais e mais, desta vez na frente de Dahyun.

— Hey, não chore... — Ela sentou sobre minha cama e acariciou meus pés — Não sei o que está havendo, mas vai ficar tudo bem.

Passamos um tempo em silêncio enquanto eu chorava, até que fui capaz de me controlar e segurar minhas lágrimas.

— Desculpe... Não estou passando por um momento nada fácil. — Enxuguei meu rosto mais uma vez.

Ela serrou os lábios e largou sua bolsa de sair em cima da sua cama, indo direto ao nosso armário e revirando a minha parte.

— O que está fazendo? — Eu perguntei, não entendendo o motivo de ela estar bagunçando logo a minha parte.

— Hoje eu vou dançar muito em uma balada aqui perto, jogar todos os problemas para fora e beijar muitas bocas. — Disse ela, selecionando uma roupa minha mais neutra - o que não era nada fácil, já que a maioria era colorida — E você vai comigo, está precisando.

Acabei me enrolando em meu lençol novamente. Eu não queria ir para balada nenhuma, eu só queria a minha garota. Por impulso, acabei apertando o colar com uma pedra verde que ela havia me dado, eu nunca tinha o tirado.

— O que está fazendo aí parada, vamos! — Ela me puxou pela mão, fazendo-me levantar a força.

— Eu não quero... — Resmunguei — Eu sou uma idiota... Tudo que eu quero é minha Mina!

— Sabia que estava assim por amor... — Ela bufou e revirou os olhos — Já passei muito por isso, nada que uma balada não resolvesse.

Contra a minha vontade, eu coloquei aquela roupa que Dahyun havia selecionado para mim. Ao me olhar no espelho, me senti incompleta, sem vida, como se não visse mais ânimo em me vestir daquele jeito.

— A comida é por minha conta. — Disse ela.

Eu acabei aceitando ir, já estava vestida mesmo. Estava com a cara mais feia do mundo, mas minha barriga roncava e eu precisava beber pelo menos um litro de álcool para tentar esquecer tudo que eu tinha feito.


Tudo isso em uma quarta-feira.


Talvez o álcool me ajudasse a esquecer Mina pelo menos por uma noite. Entretanto, nunca iria apagar da minha história a mancada que fiz com ela.


Notas Finais


Obrigada por lerem ❤ qualquer insatisfação ou sugestão deixem nos comentários que eu estarei tentando melhorar ;)

Dêem uma olhadinha nas minhas outras fics 👇👇👇

Fic Twice, zumbis e apocalipse: https://www.spiritfanfiction.com/historia/something-out-there-15997319

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