Carol’s POV’s
Anteriormente
Depois de ter jogado o Jack no porão eu subi para meu quarto e tentei dormir. Mas querem saber um fato curioso? Eu sou péssima em controlar os meus poderes...Não é como se eu quisesse ficar daquele “jeito”, surgia naturalmente, como que em um estado de raiva eu libertasse aquele lado obscuro.
Demorou cerca de 20 minutos para os tentáculos voltarem a minha pele, e enfim consegui dormir.
Na manhã seguinte
Fiz panquecas e como de costume as levei para o porão.
Não sou uma master chef mas dava pro gasto! Ficou um pouco queimadas mas...quem se importa?
Subi as escadas para um banho matinal, quando cheguei a porta do banheiro um enjôo subiu queimando pela minha garganta e vomitei imediatamente no vaso sanitario e quando olhei para minha barriga notei que estava crescendo um pouco...
”Já é hora de tomar uma atitute”
—————-
ATUALMENTE
- Malu...- Abri a porta do porão lentamente e mirei meus olhos para ela ignorando a existência do Jack. Ela aparentemente não queria me olhar, não sei se era por ódio ou...foda-se, quem se importa ? Vamos acabar logo com isso.
- C-carol?! - Ver a testa dela franzindo foi preocupante e me deixou muito insegura...
- Então...Vem comigo...Eu vou te explicar tudo...- Vi a mesma se levantando sem dar uma palavra até ela sair do porão e eu o trancar, e que por um milagre o Jack não tentou escapar e apenas me olhou com uma cara de julgamento mas isso eu poderia aguentar.
Pude ouvir ela dar uma longa respiração e eu não esperava boa coisa disso. Vocês vão entender porque !
- COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COMIGO? ME TRANCAR NESSE PORÃO IMUNDO SEM TOMAR BANHO! IMAGINA SE EU TIVESSE FICADO MENSTRUADA! EU IA ESFREGAR MEU SANGUE NA SUA CARA!
- .... - Que reação vocês esperavam de mim? Eu nem sabia por onde começar. Pedir desculpas talvez seria uma boa iniciativa ?
- Eu posso explicar ...- Falei em um tom calmo para tentar amenizar as coisas.
- EU NEM SEI PORQUE ESTOU AQUI, EU DEVERIA APENAS CRUZAR AQUELA PORTA E NUNCA MAIS OLHAR NA SUA CARA, E PRA ME FAZER MUDAR DE IDEIA EU ESPERO QUE SUA EXPLICAÇÃO SEJA DIGNA!
- Eu só...espero que me entenda...Senta no sofá por favor...- Me sentei junto à ela e fiz aquela cara de séria que ela conhecia bem.
- Ah não...Quando você faz essa cara lá vem coisa...
- Olha...Eu vou preparar uma comida ótima para você e um banho maravilhoso e quentinho, e então vamos voltar para casa e eu te garanto que tudo vai fazer sentido mas eu não posso esperar mais tempo pra te contar isso se não eu vou perder minha coragem.
- Claro, é o mínimo que você pode fazer. Mas quem vai fazer as perguntas aqui sou eu.
- Mas....
- Sem mais nem menos...Eu começo e depois você explica.
- ... - respirei fundo e olhei para ela com olhar de aceitação. Afinal eu não tinha escolha ...
- Aquele cara...O Jack...Ele me disse coisas e eu só vou acreditar se eu ouvir da sua boca e tiver provas, depois do que eu vi ali dentro eu não duvido de mais nada.
- O-o que ele te disse?
- Ele disse que você o jogou na dentro...E que você era filha do...- por um segundo ela travou, como se o nome não saísse da boca dela, como algum bloqueio. Decidi completar a frase.
- Slenderman....- Naquele momento um vento forte se formou ao nosso redor, eu não esperava diferente.
- Então...É verdade isso? - Ela me olhava como uma criança que pergunta para a mãe se o Papai Noel existe, com a maior inocência do mundo mas que mesmo assim, nesse universo paralelo a mãe diz que sim e sem mais nem menos a criança acredita, mas que de nenhuma forma a mãe mentiu ....
- É...E é sobre isso que precisamos conversar...
- PORQUE ESCONDEU ISSO DE MIM?
- Eu não podia te contar...Você é tão parte disso quanto eu..
- O que quer dizer com isso? - Os olhos negros dela se arregalaram, o que mostrava sua surpresa.
- Há quase 18 anos atrás...Uma mulher deu a luz à uma garotinha, um ano depois ela ficou grávida e mais uma vez deu a luz a outra garota. Ela e seu marido decidiram enviar as filhas para uma família que pudesse cuidar delas e dar a elas a educação que eles não poderiam dar...Em um dia chuvoso, eles as colocaram em uma cesta e as deixaram em frente a um grande prédio, a mãe delas se despediu das garotinhas e o pai carinhosamente as acariciou pela ultima vez...Tocaram a campainha e logo a recepcionista do prédio pegou a cesta surpresa em ver dois bebês, olhou para os dois lados na expectativa de ver um dos pais e então entrou. Uma das moradoras do prédio, de 28 anos, decidiu que acolheria uma das meninas, e pegou a mais velha, outro morador, de aproximadamente 35 anos, e sua esposa, tomaram a recém nascida para cuidar. Dois anos de pois, a jovem mulher que tomou a bebê mais velha havia se casado, e agora a garotinha tinha um pai, já a outra família, havia se mudado do prédio e decidiram viver em uma casa um pouco longe dali. Assim... As duas irmãs foram separadas...Enquanto elas iam crescendo, o pai verdadeiro delas tentou contato, mas ele era... Diferente, por isso só a mais velha conseguia respondê-lo sem medo, a outra tinha crises, grande parte disso por causa do envolvimento religioso que ela tinha na família. O contato entre a mais velha com o pai ficou mais forte, tempo depois eles já tinham um laço afetivo de pai e filha, porém...Pouco antes disso, a mãe das garotinhas havia falecido...Eu não sei o motivo...O pai delas fez de tudo para unir as duas e esperou o momento certo para pedir a sua filha mais velha para contar tudo a sua irmã mais nova...E esse momento chegou...
- Quem são essas garotas?
- Somos nós, Malu.
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