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História The Crown - Sob o luar.


Escrita por: Whyyminsuga

Notas do Autor


Depois de tantos erros aqui estou para vê se acerto, bem, de qualquer forma espero deixar algumas coisas mais claras rsrs :3

Capítulo 5 - Sob o luar.


Eu te amei, então chamei estas marés dos homens em minhas mãos e escrevi minha vontade através do céu em estrelas. – T. E. Lawrence                                                       

 19h00min


Estou na mesa junto com a família real, usando tudo que aprendi à tarde, mas alguns desses talheres ainda me são estranhos. Para que tantos? De onde venho comemos com as mãos a maioria das refeições, para economia de água. Debi está ao meu lado comendo de cabeça baixa, totalmente ao contrário dos outros nobres arrogantes que fazem questão de empinar o nariz cada vez mais. Sinto que a qualquer momento a rainha pode ouvir um estalo, seu pescoço tem forte tendência a se quebrar.

 

Fitei Jimin ao longe, este nota meu olhar sobre si, então me manda sorriso amigável sem mostrar sua arcada. Apenas balancei a cabeça tentando corresponder de maneira discreta, mas acabei sorrindo fraco.

 

— O que acha da nova lei que Jungkook propôs meu pai? — Taehyung chamou a atenção de todos ao se direcionar ao genitor.

 

— Acho desnecessária — ralhou rude. — Acredito que algo assim não seria aceito pelo parlamento.

 

— Mas como saberemos sem tentar? — Jungkook tomou a frente da conversa.

 

— Acha que os outros nobres aceitariam dar mais comida para os inferiores? — desdenhou.

 

Estou atônita, não imaginava que poderíamos ser vistos por alguém da nobreza, mesmo que de maneira mínima. Fui tão pega de surpresa que quase gritei, sinto as palavras em minha garganta, mas as repreendo.

 

— Seja mais inteligente, como futuro rei é o seu dever tomar decisões sabias. — O rei praticamente zombou do próprio filho.

 

— Não me diga o que fazer! — Jungkook rebateu, seu rosto expressa totalmente sua raiva.

 

Olhei para os demais sentados à mesa, fitei cada expressão. Parei em Taehyung, este está tomando vinho se deliciando com o liquido e a discórdia que plantou. Poderia jurar que o mesmo está sorrindo, não fosse pela taça, que toma boa parte da minha visão sobre seus lábios.

 

Fitei o irmão do meio, diferente do mais novo, esse aparenta preocupação. Jimin está se segurando para não interferir, mas seria apenas um peixe pequeno no meio de tubarões. Ele fitou a mãe e se pronunciou alto o suficiente para tirar a atenção dela do filho mais velho.

 

— Mãe, os faça parar. — Recorreu à mulher, que pareceu pensar por segundos.

 

— Chega! — esbravejou acatando ao pedido do filho. — Estão agindo como selvagens.

 

Os dois homens se calaram, se olhando com uma raiva gigantesca. A mesa foi tomada por um silencio absurdo, então tudo ficou ainda mais tenso, como se as farpas continuassem, mas de maneira silenciosa. Debi parece estar em estado de choque, acredito que por conviver pouco com eles não está acostumada com esses desentendimentos. Toquei suas mãos por baixo da mesa tentando conforta-la.

 

— Obrigada. — Sussurrou apenas para que eu ouvisse.

 

Assenti com suavidade, mas minha atenção foi tomada pelo ato do filho mais velho, este limpou a boca com um guardanapo e levantou-se com rapidez. Jungkook simplesmente abandonou o jantar real com uma desculpa fajuta.

 

— Estou sem fome. — Saiu sem olhar para trás.

 

O rei olhou para a rainha, enraivecido, sinto que isso ainda vai causar alguns conflitos, quem sabe até futuros desentendimentos. Quando o filho mais velho sumiu de vista a voz rigorosa retornou.

 

— Vão para seus quartos. — O rei ordenou, levantando-se lentamente pelo excesso de gordura presente em seu corpo.

 

— Mas já? — Taehyung perguntou com falsa inocência.

 

— Temos estar bem descansados para a caçada, não se esqueça que é amanhã cedo. — O rei respondeu ao mais novo com um tom diferente, diria que é sua forma de ser agradável.

 

 

Todos estão voltando para os quartos, mas eu continuei sentada comendo, obviamente é uma forma de disfarçar. Os nobres não notaram que fui deixada para trás, então permaneço quieta fazendo-me de invisível. Ao sumirem totalmente de vista levantei-me com pressa e segui em direção as duas grandes portas que levam ao salão lateral. Ao passar pelo salão avistei um vaso quebrado no chão, os cacos de cerâmica estão estilhaçados para todos os lados, enquanto o chão está marrom pela terra derramada.

 

É uma pena que algo tão bonito e caro seja desperdiçado com algo tão banal, como a raiva do homem que o quebrou sem pensar duas vezes. Quantas famílias poderiam ter se alimentado com o dinheiro da venda desse jarro? Nunca saberei, pois não há mais volta e certas coisas não podem ser concertadas.

 

Andei depressa até o jardim, que está iluminado graças à luz natural da lua. Fitei uma silhueta masculina ao longe, logo notando de quem se trata, caminhei em sua direção com cautela. Sentei-me no banco ao seu lado, por sorte tem apoio para as costas. Seus olhos que até então estavam focados em uma rosa, voltaram-se para meu rosto.

 

— Que família em. — Falei suspirando alto.

 

— Acha que sabe de alguma coisa? — perguntou sarcástico.

 

— Acho que vi o suficiente para tomar minhas próprias conclusões. — Respondi firme.

 

— Então me diga o que você viu? — questionou arqueando uma sobrancelha.

 

— Você e seu pai se odeiam. — Despejei.

 

— Colin, ele não é meu pai — riu sôfrego. — Nunca vai chegar nem aos pés dele.

 

Agora tudo faz sentido, o ódio do rei sobre Jungkook é porque ele não é seu filho, mas vai assumir o trono, pois é o herdeiro legitimo e isso intensifica a relação da família. Ainda atônita perguntei:

 

— M-Mas como? — gaguejei desconcertada.

 

— Meu pai era o rei legitimo de Nemey, mas faleceu quando eu tinha cinco anos. Minha mãe casou-se com Colin para se manter no trono, e em compensação lhe deu o principal.

 

— Então seus irmãos são...

 

— Sim, eles são filhos de Colin.

 

— Sua relação com Taehyung é diferente da que tem com Jimin.

 

— É porque Jimin não quer o trono que me pertence. Mas Taehyung como preferido de Colin deseja tomar o que é meu por direito para satisfazer seu pai.

 

— Realmente é maior do que posso ver. — Admiti.

 

— Suporto as indiretas de Colin desde garoto, sempre dizendo que vou ser um péssimo rei. — Confessou.

 

— Sinto muito... 

 

— Não preciso da sua pena.

 

— Não estou com pena. — Me levantei pronta para ir embora, mas meu braço foi levemente puxado.

 

— Ainda não — levantou-se. — Viemos aqui para eu te ensinar a dançar.

 

— Você não está falando sério, não é? — ri. — Ou não...

 

— Vai ter uma festa aqui, então tem que aprender isso ou vão desconfiar que você não é nobre. — Cruzou os braços, quebrando sua pose de príncipe. 

 

— Mas não tem música nenhuma aqui. — Disse óbvia.

 

— É só imaginar. — Bufou impaciente.

 

— Certo, mas tenha paciência. — Concordei.

 

Ele assentiu e se aproximou colocando uma das minhas mãos por cima de seu ombro. Ele colocou a sua ao redor da minha cintura e juntou nossas duas mãos soltas. Respirei fundo e olhei para baixo.

 

— Olhe para os meus olhos. — Pediu tranquilo.

 

Assim o fiz e, então ele começou a me guiar na dança real com música imaginaria. Seus passos cautelosos e firmes me faz ter uma sensação de estar flutuando, pois estou fazendo isso como se já soubesse. Os olhos de Jungkook parecem ter ganhado brilho sobre a luz do luar, e sua franja negra levemente caída sobre a testa o deixa charmoso.

 

Aos poucos nossos passos ficaram mais lentos, porém contínuos, pois não paramos por nenhum segundo sequer. Mantive meus olhos focados nos olhos do mais alto, mas falhei por poucos segundo quando fitei sua boca avermelhada, que está levemente aberta.

 

Ele lambeu seu lábio inferior, então foquei novamente em suas orbes escuras. Nossos corpos estão ainda mais próximos, quase como se fosse apenas um. Sinto algo esquisito em meu estômago, acho que a comida não me fez bem. Talvez meu estômago não esteja adaptado a digerir tantas refeições por dia. 

 

— Estou indo bem? — perguntei num sussurro.

 

— Sim...

E então nossas respirações foram se mesclando, sinto que essa dança está fugindo do nosso controle. Antes que pudesse fazer algo muito errado os irrigadores começaram a rodar liberando água para todos os lados. Soltei-me de Jungkook bruscamente, o fazendo também se tocar. Estamos ficando encharcados, mas isso não parece lhe incomodar, pelo contrário acho que lhe agrada ter o liquido cristalino sobre sua pele.

 

— Vamos entrar. — Corri em direção as imensas portas.

 

— Oh, sim. — Seguiu-me.

 

                                                                                                      (...)

              

08:00                             

 

Ao me levantar essa manhã Liana me trouxe o café e uma notícia um tanto peculiar, disse-me que terei que ir a caçada com a família real. Sabia que isso aconteceria, mas não tinha ideia que eu iria junto. A rainha também vai, então perguntei se Debi também iria, mas Liana negou obviamente achando um absurdo. Realmente é mais fácil exibir uma nobre falsa do que uma filha adotiva, a qual esconderam durante anos.

 

No momento estou sentada em um veículo muito excêntrico; é um carro sem a parte de cima. Este é aberto para que as pessoas que estiverem sobre ele apreciarem a viajem. No meu caso a única coisa que aprecio é o carro mesmo.

 

As duas portas foram abertas revelando aos poucos a família, a rainha que subiu com a ajuda do motorista. Os outros se acomodaram sozinhos, Jimin e Jungkook sentaram-se ao meu lado e, Taehyung ficou em nossa frente. O rei se junto ao seu filho mais novo, enquanto sua esposa obviamente ficou ao seu lado. Ela está com um vestido branco extremamente volumoso, e o leque em sua destra é da mesma cor.

 

Os homens vestem azul marinho e branco, que pelo que sei é a cor da nossa bandeira. São políticos, e demonstram isso exibindo medalhas acima do bolso esquerdo de seus trajes bem alinhados. Traje esses que com certeza passaram por mãos de colheres de madeira, assim como eu. Pelo que sei uma senhora idosa pode ter costurado para sustentar seus netos, e em algum momento durante a costura a agulha espetou seus dedos calejados, mas a necessidade fala mais alto do que a dor.

 

O veículo deu partida quando a destra do rei foi levantada, permitindo que o motorista procedesse com sua função. O homem acelerou dando a volta no monumento em forma de katana e, ao contrário do que pensei não saímos pelos portões principais. Passamos pelos portões que ficam atrás do palácio, até então não conhecia essa entrada, obviamente. Desde quando uma prisioneira tem autorização para explorar o lugar onde está trancafiada? Quase sorriu com meu pensamento irônico.

 

O veículo adentrou na mata, mas seguindo uma trilha, obviamente sabem exatamente aonde ir para essa caça. As arvores são enormes e tingem a maior parte da floresta de verde escuro.

 

— Vou pegar o maior dessa vez pai, onde quer pendurar a cabeça? — O mais novo dos irmãos fitou seu pai com empolgação.

 

— No salão principal, quero que nossos convidados vejam o que fazemos com o inimigo. — O rei respondeu com um sorriso horrendo.

 

— Lembro-me de quando era mais jovem, eu era a mais rápida entre as guerreiras da minha idade. — A rainha gabou-se fazendo um movimento com o leque para se abanar.

 

— Ainda deve ser a mais rápida mãe. — Jimin elogiou, mas ganhou apenas um olhar vago da parte de sua progenitora. 

 

— Não tenho mais a mesma idade que antes, então devo estar enferrujada — fitou o filho mais velho. — Mas sei que Jungkook herdou meus dons, incluindo a minha velocidade.

 

— Não exagere, mãe. — Jungkook se pronunciou fitando a mulher com serenidade.

 

— Ora não seja modesto querido, é difícil ver um guerreiro como você — esticou-se tocando o ombro do moreno. — De quem mais herdaria tanto talento?

 

— Talvez do meu pai. — Jungkook soltou calmo.

 

Todos olharam para ele como se tivesse dito a coisa mais pecaminosa do mundo, como se fosse de fato um criminoso. Será que é um crime nesse país falar de um rei morto?

 

— Ora, não comece! — Taehyung se intrometeu. — Poderia não estragar algo pelo menos uma vez na vida?

 

— Não se meta. — Jungkook bufou impaciente.

 

De repente o carro freou fazendo meu corpo ir para frente, mas não muito porque o cinto não permite que me mova muito. Olhei para o motorista que desceu e veio em nossa direção. Seu rosto demonstre tensão, então tento não estremecer.

 

— Vorks, estão por aqui. — Falou em forma de sussurro.

 

Um arrepio me subiu a espinha, só de imaginar tais criaturas. Enfrentei apenas uma na vida e ganhei por sorte, então não sei como me sairia caso enfrentasse outra.  Os príncipes desceram do veículo com cautela, não carregam nada em suas mãos, somente seus poderes peculiares. Acredito que isso é o que basta para eles, pois são treinados e sabem controlar. 

 

Fitei o rei e a rainha de cenho franzido, pois os dois permaneceram imóveis. Aparentemente ela notou minha confusão então resolveu se pronunciar antes que eu mesma perguntasse.

 

— Iremos ficar aqui, apenas os mais jovens participam disto. — Disse me olhando de soslaio.

 

— Então posso participar? — questionei fazendo os dois nobres se entre olharem.

 

— Eu não acho apropriado... — foi cortada.

 

— Deixarei que vá dessa vez. — O rei cedeu.

 

Era uma piada...

 

Certo, eu não contava com essa autorização. Na verdade perguntei apenas para provocar a soberania deles, mas pelo visto isso deu errado. Agora estou autorizada a ir nessa jornada perigosa. Fitei os príncipes, que estão se distanciando do veículo a cada passo. Eles estão indo pelo mesmo caminho, então apresso meus passos até alcançar Jimin. Seus olhos negros se direcionaram a mim, e um misto de surpresa e preocupação denunciou seu humor.

 

— O que está fazendo? — questionou chamando a atenção dos outros.

 

— Estou indo caçar. — Falei dando de ombros.

 

— Não acho uma boa ideia. — Jimin usou sem tom macio.

 

— Volte para o carro. — Jungkook disse ríspido.

 

— Não — sorri incrédula. — nunca pense que pode me dar ordens.

 

— Essa não é a questão aqui... — foi cortado por um barulho.

 

Corremos mata adentro perseguindo o barulho. Sinto minha respiração ficando cada vez mais acelerada, enquanto meu corpo esquenta liberto meu extinto de sobrevivência. Os príncipes correm na minha frente, obviamente porquê são mais rápidos e bem treinados, mas estou me esforçando para não ficar para trás. Fito o terreno limpo a frente, onde logo chegamos. O lugar é totalmente aberto, livre de qualquer árvore, pois elas ficam em volta. Existe aqui apenas uma espécie de grama selvagem com areia e algumas pedras.

 

— Para onde foram... — sussurrei.

 

De repente às criaturas saíram de detrás das árvores e correram em nossa direção, são cinco Vorkquiz em diferentes tamanhos, mas a cor de suas peles gosmenta é a mesma: marrom. Jimin levantou seus braços fazendo um movimento brusco, então a terra subiu do chão e foi lançada em direção à primeira criatura, essa foi lançada para longe gritando de forma macabra e alta.

 

Isto pareceu ter deixado às outras ainda mais furiosas, pois elas gritaram enfincando às garras no chão sem diminuir a velocidade. Jungkook levantou os braços fazendo o movimento anterior do irmão, porém de forma mais rápida e precisa. Um jato forte de água foi a ruína da criatura que correu sedenta pelo sangue do príncipe herdeiro.

 

A terceira veio na direção de Taehyung, logo sendo morta de forma brutal, pois foi esmagada por uma porção de terra enorme. Antes que pudesse raciocinar as outras duas pularam em minha frente grunhindo alto e agudo. Levantei os braços sentindo a adrenalina pulsar em cada parte do meu corpo, e concentrei tudo na palma das mãos, então o fogo se fez presente. Com dificuldade de controlar as labaredas joguei tudo na primeira Vorquiz, quase acertando Jimin.

 

O príncipe se jogou no chão assustado com a quentura que passou perto de si. Mas ele está claramente bem, diferente da criatura que está agonizando no chão. Minhas chamas também não foram piedosas com a próxima criatura, pois teve o mesmo destino que sua gêmea.

 

Outras Vorks surgiram em nossas vistas, mas essas são maiores e mais rápidas. Ainda com as chamas vermelhas escorrendo por minhas mãos as direcionei as criaturas, que desviaram como se tivessem alguma inteligência. Apenas uma foi atingida em cheio.

 

— Jogue a terra Jimin! — Jungkook gritou lançando jatos de agua em direção as criaturas.

 

— O que pretende fazer? — O outro perguntou retirando a terra do chão.

 

— Lama seu idiota. — Taehyung riu, pegando outro pedaço da terra com sua força magnética.

 

— Mas isso vai apenas derruba-las. — Jimin falou confuso.

 

— Exatamente, quando caírem a Ízia as torra. — Jungkook respondeu fazendo muito esforço para manter o fluxo d´agua.

 

E assim os três príncipes uniram seus poderes, fazendo uma lama marrom viscosa se espalhar pelo chão inteiro. As duas criaturas começaram a escorregar indo ao chão de maneira brusca. Tratei agir da forma mais rápida possível, puxei o ar com força e deixei vir tudo.

 

Lancei as chamas na direção das Vorquiz sanguinárias fazendo as mesmas gritarem em agonia. Mas uma delas mesmo em chamas levantou-se berrando, não se rendeu até o último momento. Que se acabou instantaneamente ao ser acertado por um golpe de terra final vindo de Jimin.

 

Os gritos bizarros foram cessando aos poucos, aliviando as batidas fortes do meu coração. Abaixei as mãos tentando controlar minha respiração com pensamentos bons. Mas é uma tentativa falha, pois coisas boas não lhe vêm à mente com uma cena como esta; um banho de sangue escuro e espesso.

 

— Droga! — Taehyung praguejou chateado. — Esqueci-me da katana.

 

Para que você usaria uma? Pensei, mas o mesmo respondeu a minha pergunta interna sem ao menos ter lhe questionado algo. 

 

— Queria levar essa cabeça para meu pai. — Chutou uma das criaturas carbonizadas.

 

— Quem sabe outro dia. — Jimin o consolou dando uma batidinha no ombro do mesmo.

 

— Leve um dos chifres. — Jungkook desdenhou.

 

— Ideia esplêndida. — Taehyung sorriu ladino.

 

O irmão mais novo abaixou e segurou o maior chifre da Vorquiz morta, fez uma força e arrancou seu troféu. Apenas virei o rosto fitando o irmão do meio. Minha repulsa está exposta, pois não consigo evitar.

 

—Está na hora de irmos. — Jimin começou a anda na direção em que viemos.

 

Seguimos o mesmo caminho, voltando pela trilha, porém sem correria desta vez. As arvores não aparentam terem sido afetadas pelo que fizemos para deter as criaturas, os galhos estão inteiros e preservados. Creio que os poderes naturais não afetariam a natureza a tal ponto, exceto pelo meu. Eu poderia ter queimado a floresta inteira se não tivesse conseguido controlar minhas chamas.

 

Finalmente chegamos ao carro, e o rei aparenta satisfação. O rosto do mais velho se iluminou ao ver o chifre gigantesco nas mãos de seu filho predileto. Juntou suas mãos e soltou um elogio estranho:

 

— Isso não é uma cabeça, mas estou satisfeito — elogiou. — Da próxima tragam-me um dente.

 

— Foi fácil conseguir, pai. — Taehyung gabou-se.

 

Obviamente ele vai levar o mérito. Não que eu queira ser conhecida como uma matadora de Vorquiz profissional, mas não irei deixar esse arrogante levar o crédito sozinho, pelo que fez em grupo. Ergo minha cabeça com ousadia e então me pronuncio tranquilamente:

 

— Nós matamos juntos — falei encarando-o. — Jimin destacou-se mais que seu caçula.


Notas Finais


Oie, algo a dizer sobre o capítulo? Comentem se possível babe's! @Whyyminsuga


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