História The Cupid - Goodbye, cupid.

Amanda Hathaway POVS

Stassie havia ido embora e eu fui me deitar em minha cama. Julia veio atrás de mim.

— Vamos dormir de conchinha. — Ela disse me abraçando.

— Sai. — Disse me distanciando dela. — Vou fazer uma muralha de travesseiro.

— Chata. — Ela disse se deitando do outro lado da cama e começou a me encarar. — Então...

— Então? — Perguntei.

— Você se decidiu? — Ela perguntou. — Qual das duas opções você irá escolher? — Ela perguntou e eu suspirei baixo.

— Sim. — Respondi. — Nenhuma delas. — Falei e Julia me encarou confusa. — Eu escolho a felicidade dele, mesmo que não seja ao meu lado.

— Então, se ele escolher partir...

— Se partir for faze -ló feliz, então eu irei apoia-lo. — Respondi.

Sammy Wilkinson POVS

— Você se decidiu? — Emily perguntou. — Qual das duas opções você irá escolher?

— Sim. — Respondi. Meu pai me encarou. — Eu quero seguir meus sonhos. — Falei e meu pai abriu um sorriso. — Mas eu quero terminar meu trabalho antes. Eu não suportaria ir embora e deixa- lá aqui, infeliz. Eu vou terminar o que comecei.

(...)

Toquei a campainha e esperei que ela atendesse.

— Ahm, oi. — Julia disse abrindo a porta. — Você quer entrar ou quer que eu chame a Amanda? — Ela perguntou.

— Não. — Respondi. — Na verdade, eu quero falar com você. — Falei e ela me fitou curiosa. — Podemos ir tomar café?

— Claro, mas estou de pijama, então vamos no meu apartamento, eu preparo café da manhã pra gente. — Ela disse e sorriu.

Adentramos o elevador e descemos para o andar de Julia. Minhas mãos suavam frio. Ela destrancou a porta de sua cada e entrou. Eu entrei logo em seguida. Ela colocou a água no fogo para fazer o café e foi para o seu quarto, acredito que para trocar de roupa. Me sentei em um banquinho na cozinha e esperei por ela. Quando a água do café estava começando a evaporar, ouvi seus passos em direção a cozinha.

— Então sobre o que você queria falar comigo? — Ela perguntou enquanto fazia o café e colocava uma frigideira no fogão.

— Eu estou confuso e queria muita uma opinião. — Falei.

— Sem querer ser grossa, mas você não tem amigos pra isso não? — Ela perguntou.

— Tenho. — Disse sorrindo. — Mas eles não conhecem a Amanda do jeito que você e eu conhecemos.

— Entendi, mas você já não tinha escolhido ela? Aquele papo de " eu te escolho, ruivinha ". — Julia perguntou.

— Sim. — Respondi. — Mas eu soube que a Stassie veio falar com a Amanda, algumas coisas aconteceram na minha casa e comigo também e eu repensei minhas decisões.

— Você vai embora? — Ela perguntou enquanto colocava café em uma xícara para mim e colocou ovos e bacon em um prato.

— Não está decidido ainda, mas acho que sim. — Respondi.

— Então.... Onde eu entro nisso? — Ela perguntou se sentando ao meu lado para comer.

— Você já teve um sonho? Tipo, um sonho mesmo? Que você sonha desde a barriga da sua mãe? — Perguntei.

— Sim. — Ela respondeu. — Mas o que isso tem haver?

— Pense nele. — Pedi. Ela assentiu. — Se você pudesse realiza-lo, você realizaria?

— Claro que sim. — Ela disse óbvia.

— E se o amor da sua vida estivesse impedindo isso? — Perguntei.

— Eu ficaria dividida. — Ela disse apontando um pedaço de bacon para o meu rosto e logo em seguida o mordendo. — Mas acho que se ele se importasse comigo, ele me deixaria ir, pois além dele me amar e me querer ao lado dele, ele também iria querer minha felicidade. — Ela respondeu. Suspirei.

— Então....

— Eu filosofei demais, não? — Ela perguntou me interrompendo.

— Um pouquinho. — Respondi fazendo uma careta.

— Sabe, eu quero ir, mas não quero deixa-la aqui, infeliz. — Falei.

— E qual é o seu grande plano? — Ela perguntou.

— Voltar a ser cupido e juntar ela e Frank. — Respondi.

— Você é retardado? Você vai juntar a mulher que você tanto ama a outro cara? — Ela perguntou.

— Sim, se for faze-la feliz. — Falei. — Se ela sofresse, eu não aguentaria isso. Não aguentaria ser o motivo da tristeza dela, sabendo que eu poderia ter feito algo para reverter isso. — Respondi. — Frank pode faze-la feliz, ele vai cuidar dela.

— Você.... Sei lá, podia ir e depois voltar. — Julia respondeu.

— Eu não sei se irei voltar e como irei voltar. E se eu, mesmo sem querer, parar de ama-la? Ela ficaria esperando a volta de um cara que não a ama mais.

— É só você não parar de amar ela. — Julia respondeu.

— É muito arriscado, você não acha? — Perguntei.

— Não. — Julia disse dando de ombros. — Ok, é bem grande a probabilidade. — Ela disse e suspirou. — Então.... Você vai virar cupido de novo?

— Acho que sim. — Respondi. — Eu só quero a felicidade dela.

— E ela, a sua. — Julia respondeu. — Meu Deus, esse assunto está fazendo com que eu queira chorar.

— Eu sei. - Respondi e ri. — Eu chorei a noite inteira.

— Tadinho. — Ela disse e me abraçou. — Ei, vai ficar tudo bem, ok? Vocês dois vão ser felizes, mesmo que essa felicidade não seja com vocês dois, lado a lado.

(...)

Decidi almoçar e depois ir para a casa de Amanda. Toquei a campainha e não demorou muito para ela atender.

— Oi, ruivinha. — Falei e sorri.

— Oi. — Ela disse com um sorriso triste. — Você está melhor? Stassie me ligou e disse o que aconteceu na sua casa. — Ela disse e deu passagem para mim entrar. Me sentei no sofá.

— Sim, estou melhor. — Respondi e ela se sentou ao meu lado.

— Julia também me ligou. — Ela falou triste. Meu coração se apertou.

— Amanda, eu...

— Eu entendo, Sammy. — Ela disse com um sorriso triste. — Amar uma pessoa é também querer a felicidade dela, e se você vai ser feliz seguindo seu sonho, então vá. — Ela disse. — Eu irei entender. Sim, eu sentirei sua falta, eu chorarei por você, mas vou estar feliz por você.

— Você é maravilhosa, já te disseram isso? — Perguntei sorrindo.

— Não. — Ela disse e riu.

— Você é maravilhosa. — Disse acariciando seus cabelos ruivos, as lágrimas já desciam pelo seu rosto que estava um pouco rosado. Ela sorriu em meio as lágrimas.

— Mas você tem que me prometer uma coisa. — Ela disse chorando, senti as lágrimas se formarem em meus olhos. — Prometa-me que vai ser um dos caras mais felizes desse mundo, prometa-me que não vai deixar com a tristeza te abata com facilidade. Prometa-me que irá ser feliz. — Ela disse segurando minha mão.

— Eu prometo. — Disse sorrindo.

— E se você se apaixonar outra garota... Pelo amor de Deus que não seja uma ruiva, se for uma ruiva, você faz ela pintar o cabelo. — Ela disse e riu fraco.

— Você é a única ruivinha que eu amo e sempre amarei. — Disse secando uma de suas lágrimas com meu dedo indicador.

— Sammy Wilkinson. — Ela disse me encarando e sorriu. — Obrigada por ter me amado enquanto ainda tínhamos tempo, obrigada por ter me feito uma das garotas mais felizes desse mundo.

— Você está me fazendo querer chorar. — Falei e ela sorriu. — Você sabe que não precisamos nos despedir agora, certo?

— Sim, nós precisamos. — Ela disse. — Precisamos dar adeus um ao outro, para que não nos distraíamos e foquemos no que realmente deve ser feito, que é juntar eu e Frank.

— Então... Adeus? — Perguntei e ela riu. — Me desculpa, eu não sou muito bom com despedidas.

 — Não, você foi bem. — Ela disse sorrindo. Me incline para beija-la e ela se afastou. — Se você me beijar, eu juro que você não vai pra lugar nenhum.

— Sua cama, talvez. — Respondi sorrindo.

— Provavelmente. — Ela respondeu sorrindo.

— É um bom lugar para se estar com você. — Disse sorrindo.

— Não quando estamos no meio de uma despedida. — Ela respondeu sorrindo.

— Só um selinho? — Pedi.

— Só um selinho. — Ela disse e eu a beijei.

Lhe dei um selinho demorado, e não consegui conter o sorriso e também não me contentei com apenas um selinho. Beijei seus lábios carnudos com delicadeza e acaricie seus cabelos ruivos. Subi por cima dela com delicadeza e ela não protestou. Era difícil beija-la, pois ela não parava de sorrir e minha situação não era diferente. Eu só queria que o tempo congelasse ali, onde seus lábios macios e carnudos encontravam os meus, onde eu acariciava seus cabelos ruivos e macios, onde meu corpo estava por cima do seu e nada importava além de nós dois. Eu temia abrir meus olhos e encarar a realidade, temia que quando eu os abrisse a realidade me alcançaria e me afastaria dela. Eu apenas queria viver aquele momento. Eu apenas queria viver aquele momento para sempre, aquele momento onde eu estava com a minha ruivinha e ela estava comigo.

— Acho que você deveria ir. — Amanda disse.

— Nossa, você está tão desesperada pra se livrar de mim, assim? — Perguntei sorrindo.

— Não. — Ela disse rindo. — Isso é o que eu menos quero. Eu só quero que você saiba que se você não for agora, nem o papa ou qualquer homem nesse mundo vai te tirar de mim.

— Isso soou meio psicopata. — Brinquei.

— Idiota. — Ela disse me dando um tapa de leve. Relutante, me levantei e me dirigi até a porta, Amanda me seguiu.

Me virei para me despedir dela e só tive tempo de ver um vulto ruivo, em seguida senti Amanda me abraçar. A abracei de volta com força e envolvi uma de minhas mãos em seus cabelos, fazendo um cafuné gostoso. Seu perfume era tão bom, seu abraço, tudo nela era tão bom que eu me sentia tele transportado para outra dimensão, uma dimensão onde existia apenas eu e ela. Me sentia em uma bolha, isolado de todos os problemas e preocupações e apenas o sentimento que tínhamos um pelo outro prevalecia ali.

— Você sempre estará no meu coração, Sammy. — Ela disse chorando, mas ela sorriu no final. Envolvi seu rosto com minhas mãos e fitei seus olhos verdes.

— E você sempre estará no meu, ruivinha. — Respondi sorrindo e a beijei pela última vez. Depositei um beijo em sua testa e saí do apartamento, não ousei olhar para trás, pois se eu olhasse, tenho certeza que vacilaria.

Hoje eu dei adeus a minha ruivinha, e amanhã darei olá a futura namorada de Frank Walter.