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História The Cure - Jikook - 11


Escrita por: AP_Moura

Notas do Autor


Tô gastando meu 3G pra postar, se sintam especiais <#

Capítulo 11 - 11


  Eu nunca me importei com o Jimin, nunca. Morávamos na mesma casa, tomávamos café juntos, "conversávamos", íamos para a mesma escola, mas eu nunca me importei com o que ele fazia, ou sentia. De verdade, eu acho que nunca me importei com ninguém. Até o ver chorando por minha causa. Algumas pessoas dizem que não sabem quando foi que começaram a se importar ou gostar de outra pessoa. Eu soube naquele instante que limpei as lágrimas dele. Em três segundos ele conseguiu se tornar uma pessoa que eu levaria para o resto da minha vida, ao meu lado ou nos meus sentimentos, se ele quisesse ou não. 

  Já disse antes que quero mostrar o mundo para ele, mas no momento eu queria o trancar nos meus braços e não deixá-lo sair mais nunca, o mundo iria machucar ele se eu o soltasse. 

  -Jiminie. -sussurrei e ele murmurou em resposta. -Não se sinta mal por isso, ok? Se tiver que acontecer alguma coisa, vai acontecer e não vai ser sua culpa, vai ser minha ou do mundo.

  -M-Mas... eu não quero decepcionar. -fungou se afastando minimamente de mim. 

  -Você vai me decepcionar se ficar muito preocupado com isso. -acariciei seus cabelos e ele suspirou. -Não tem problema nenhum sentir alguma coisa por mim.

  -Para o meu pai tem.

  -Se você viver pensando nele, você não vai fazer nada na sua vida. E daí se ele acha errado? A vida é sua. -ele levantou o rosto me encarando muito próximo. 

  -Você não se importa com o que os outros pensam?

  -Só você. -eu ri e ele retribuiu.  -Está melhor?

  -Estou.

  -Quer voltar para lá ou... podemos ir nesse café aqui. -apontei para a parede de tijolinhos e ele parou pensando. 

  -Lá dentro está chato. -eu ri e o puxei pela mão até a porta do café.

 Ele entrou lá como uma criança, de boca aberta e quase pulando de alegria. Ele lia as frases nas paredes e me sussurrava o nome do filme, e continuou fazendo isso até que sentamos perto da janela. 

  -Gostou? -perguntei rindo da reação dele. 

  -Muito. Eu assistia esses desenhos, nos sábados. -ele olhou mais e descobriu que nas mesas haviam miniaturas do Michelângelo das Tartarugas Ninja. -É o meu favorito! -disse apontando para o boneco que enfeitava o porta guardanapo.

  -Você é uma criança de dez anos. 

  -Com prazer. -ele continuou mexendo no boneco, até a garçonete vir pegar nossos pedidos. Eu disse a ela oque queríamos, no caso eu sugeri para ele, e quando voltei a olhá-lo ele estava emburrado. 

  -O que foi? 

  -Machuquei o dedo. -ele mostrou o mindinho com uma linha de  beliscão. -Eu prendi o dedo na mesa. 

  Eu tentei não rir, como alguém prende o dedo no espaço mínimo entre a mesa e borda metálica? 

  -Não ria de mim! -ele cruzou os braços e bufou. -Doeu.

  -Ok. Ok. -eu segurei o riso e ele se esticou para me bater. Aquele dia estava tendo pontos altos e baixos, e seguindo a regra, depois do bom vinha o ruim, e foi nesse momento que o celular dele tocou.

  Eu o assisti atender a ligação e parecer aflito, ele arregalou os olhos para mim e não parava de responder 'sim'. Quando desligou, ele se levantou e respirou fundo.

  -Temos que ir.

  -Por que? -eu já esperava oque ele disse em seguida.

  -Meu pai sabe que saímos do Museu. Ele está nos esperando no carro. 

  -Ok. -fui no balcão cancelar o pedido e de qualquer jeito eu paguei. Voltei e Jimin parecia muito nervoso. -Ei, calma. Jimin, ele só vai reclamar, como sempre. Só falar. -eu segurei seus ombros e ele assentiu, mas torcia as mãos de nervoso.  

  -M-Mas...

  -Foi minha culpa, certo? Você só veio comigo para não me deixar sozinho. Estávamos andando e eu fiquei com alergia a poeira das coisas lá. - Se aquilo fazia parte do meu plano? Não, mas iria me servir para mais um ponto na vida dele. Jimin arregalou os olhos e sussurrou.

  -Quer que eu minta? Jungkook!

  -Faz isso por mim? Eu odeio ouvir ele reclamando com você. Se quiser eu mesmo falo isso. 

  Ele suspirou e parou pensando, quando voltou a me olhar, ele riu de nervoso e passou as mãos no rosto.

  -Só você para me fazer mentir. -eu sorri e o levei para fora do café. 

  Lá fora, avistamos longe o carro do Sr. Park. Ele nos esperava com os braços cruzados. Eu podia sentir o nervosismo de Jimin, queria poder segurar a mão dele, mas isso levaria mais uma hora de reclamação. Cruzamos a rua quase correndo e chegamos do outro lado, a medida que nos aproximávamos, o Carcereiro parecia mais raivoso.

  -Antes de começar a reclamar. -eu disse. -Jimin não teve nada a ver com isso. 

  -Não? Então o que ele estava fazendo lá?! -perguntou, as narinas dilatadas, parecia um touro, se bem que um touro é mais bonito. 

  -Eu tive um ataque alérgico a poeira lá de dentro, o Jimin me ajudou saindo do Museu. 

  -Entrem no carro. -apontou com para a porta do carro. -Agora! 

  -Ok. -olhei para o lado e Jimin estava encarando o chão e nao demorou a entrar no carro. -Vai lá. -eu disse pondo uma mão nas costas dele. Jimin me olhou confuso. -Entra no carro. -ele foi, mas Ainda meio apreensivo sobre aquilo. -Eu quero conversar com você. 

  -Comigo? -riu o Sr. Park, então parou e me olhou como se fosse um coisa absurda. -Entre no carro. 

  -Você pode deixar ele assustado, mas você não é nada meu, então eu vou ignorar oque você diz. -me aproximei dois passos e ele fechou as mãos, se ele me batesse, seria um ponto para mim ou para ele? Para mim. -Pare de nos tratar como crianças, eu não sou criança e muito menos o Jimin. -eu havia dito o contrário mais cedo, mas ele não tinha ouvido. -Você atormentar a vida dele desse jeito vai arruinar ele. Jimin é paranóico com você e isso é errado. 

  -Ele vive perfeitamente bem. -ele rosnou para mim. -Você não tem que se meter nisso! Quem você pensa que é? 

  -Creio que o único amigo dele! -eu queria bater nele, como eu me segurei naquele momento para não espanca-lo ali. Dizer que o meu Jiminie vivia bem com aquela coisa, era terrível. -Você não deixa ele respirar! Saímos do Museu para o outro lado, e você fica com raiva?! Ah, por favor, deixe de ser ridículo! 

  Eu não senti na hora, mas ele me deu um soco no rosto, e eu só realmente cai na real quando duas portas do carro abriram. De uma eu vi os saltos da minha mãe correr até o Carcereiro e sim eu estava no chão, da outra eu vi os sapatos de Jimin enquanto ele vinha até mim. Eu me sentei e ele se abaixou do meu lado. 

  -Jungkookie. -ele sussurrou segurando meu rosto para ver onde havia sido o soco. -Você não devia ter feito isso. 

  -Eu odeio ele. -sussurrei de volta, não importava se ele estava ouvindo ou não. 

  -Vamos para casa, acho que você já entendeu. -disse o Sr. Park, mas eu ri, mesmo o queixo dolorido e acho que eu mordi a boca na hora, com a pancada eu podia sentir o sangue. 

  -Sim, eu entendi. Você não consegue deixar de ser patético. -eu me levantei com ajuda de Jimin e o olhei, minha mãe ao seu lado, como se não pudesse fazer nada. Entrei no carro e esperei que eles entrassem também. 

  Não demorou muito. Enquanto ele cuspia veneno dentro do carro, eu pus meus fones e ignorei ele com um volume alto de Mamacita. Eu odiava ele. Infelizmente, isso não me impedia de estar quase apaixonado pelo Jimin.


Notas Finais


Eita Jungkook.... esse ano tá um Jikook tão lindo!


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