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História The Cure - Jikook - 29


Escrita por: AP_Moura

Notas do Autor


Admito, gostei de escrever esse

Capítulo 29 - 29


  Eu podia ter me declarado para ele, várias vezes, com pequenas coisas ou com conversas como no dia do parque de diversões, mesmo assim Jimin parecia não entender que eu queria o bem dele acima de tudo. Quando nos calamos, ele se acomodou mais no meu peito, eu o abracei e apreciamos a companhia um do outro por quase dez minutos em silêncio. Ele escondia o braço machucado entre nós dois, não me deixava ver as marcas de novo, sabia que eu estava com raiva. Algumas pessoas já haviam dito que apenas em olhar para mim já se pode saber se estou com raiva ou não, Jimin sempre me conhecia mais do que o esperando, então ele também já devia perceber isso. Eu queria ver os hematomas de novo, mesmo que fosse para sentir raiva, queria que ele me olhasse e dissesse com convicção que estava machucado, que queria ajuda, que precisava de mim. Não o monte de mentiras que tentavam me convencer saindo da sua boca, eram lábios tão bonitos para palavras tão feias. 

  No momento em que eu quase adormecia, já ouvindo o barulho do vento longe como em um sonho, ele levantou o rosto sonolento e beijou meu pescoço. Arrepiei. Claro, ele tinha tanto efeito em mim quanto álcool, mas ele era melhor, Jimin me deixava feliz e afobado apenas um um olhar, um toque então... era a minha perdição aquele garoto. Não segurei o riso quando ele continuou por longos segundos pressionando os lábios, estava me acostumando com eles ali quando ele se afastou e me mordeu de leve onde havia beijado. 

  -Bom. -disse baixo, perto do meu ouvido. -Jungkook-ah, não fica com raiva de mim. -ele fez os dedos caminharem no meu peito, dedos curtos e adoráveis, eles fizeram um caminho do meu peito até a minha boca. -Yaegiya...

  -O que foi? -sussurro, ele afasta a mão apressadamente, eu solto uma risada e me viro de lado. Cara a cara com ele. -Eu estou com muita raiva, você não consegue nem ter ideia de como eu estou. 

  Ele abaixou o rosto, o lábio inferior saltando para fora, os cabelos castanhos desorganizados pelo sono, seus olhos encaravam os dedos. Segurei suas mãos, eram delicadas, ele era como um boneco, eu sentia. Minha mão esquerda pode segura-las bem. 

  -Sem bico. -reclamo. -Você sabia que eu ia ficar com raiva. 

  -Sabia. -sussurrou, Jimin jogou uma perna sobre a minha cintura, eu estava de lado, segurei sua perna. -Vamos esquecer isso.

  -Vamos apenas ignorar por algumas horas. -toquei seus nariz e ele o apertou como um gatinho. -O que? 

  -Nada. -ele soltou um suspiro trêmulo e eu me preocupei em chegar mais perto. -Eu sinto sua falta. -disse fechando os olhos.

  -Mas eu estou aqui. -ri e ele chegou mais perto ainda, o rosto a um palmo de distância.

  -É. Está. -ele abre os olhos, percebo então ao que ele está se referindo. Estou sendo muito sério com ele? -Mas parece que não. 

  -Jimin, eu não posso ser caloroso com você, quando você me esconde coisas como isso. -apontei seu braço encoberto por ele. Eu não briguei com ele, não falei alto, falei como alguém tenta explicar algo a uma criança difícil. -Entende? Não vou chegar te beijando e tudo o mais quando eu não estou bem com isso. 

  -Então só me abraça, não precisa de mais nada. Eu só... não quero me sentir sozinho. -disse baixo, a última parte mais baixa ainda. Ele mexia num fio solto da minha camisa, talvez pensando em como eu era idiota. Passei uma mão por baixo do braço dele e o puxei para perto pela lombar. Jimin deslizou até mim e se agarrou a mim, devolvi o abraço. Ouvi sua respiração aliviada, eu não estou furioso com você Jimin, eu ainda posso ceder abraços. - Obrigado.

  -Não me agradeça por te dar carinho. -ri, ele acompanhou. Passei uma mão nos seus cabelos, sentia-os nos dedos, finos e castanhos. 

  -Não sou acostumado em ter alguém que se importe com essas coisas. -disse, parecia estar confidenciando um segredo. -Na verdade, não estou acostumado a ter alguém, e ponto final. 

  -Mas agora você tem a mim. -respondi apertando-o mais contra mim. -Eu, os meninos. Eles gostam de você também, Taehyung quase te amassa quando te ver. -ele riu. -Yoongi Hyung não admite que gosta de alguém, mas só em ficar perto da pessoa sem nenhuma objeção, então ele está bem. Jin e Namjoon Hyung gostam muito de você, já me disseram isso. Você ganhou cinco pessoas que gostam muito de você e que se importam. 

  -É. É estranho. -ele riu, senti ele encolher o braço machucado para si. -Eu não fiz nada para ganhar ninguém. 

  -Você me fez feliz, eu não encontrei ninguém antes de você que me fizesse bem assim. -assim que terminei ele sorriu como se tentasse contê-lo. Realmente, antes de ter ele, nenhuma das pessoas com quem fiquei foi tão intensa quanto Jimin. Quando nos conhecemos eu estava com Yugyeom, me lembro dele quando o vi pela primeira vez, baixinho, bonito, automático. O achei chato e presunçoso, mas acho que eu só pensava isso porque eu já o conhecia da escola, ele era o melhor da turma, e eu era parte daqueles que faziam apenas o suficiente e por isso o achavam chato. Nos cumprimentávamos em casa, na escola mal nos víamos, eu me sentia triste porque sabia que Yugyeom não estava sendo tão fiel a mim, ele queria estar com outra pessoa, eu via isso. Então terminamos, mas eu comecei a desacreditar que eu merecia alguém, que talvez na minha vida passada eu tenha sido uma pessoa terrível, talvez tenha matado o amor da minha vida, e o carma estava me seguindo e me fazendo sofrer. Então eu o vi de pijama de Ursinho Pooh, foi o momento em que eu o vi de verdade, ele preocupado, ele cobrindo a boca por causa de um riso. Talvez eu não tenha sido uma pessoa tão ruim. 

  Jimin olhou para cima, sorriu e me beijou. Eu levantei a perna esquerda e a coloquei do outro lado dele, ficando sobre ele, eu já disse antes e repito; ele combinava perfeitamente estando debaixo de mim, ou as vezes em cima. 

  -O que está fazendo? -perguntou puxando um travesseiro para apoiar atrás da cabeça e me ver.  -Você nunca faz isso.

  -Verdade. -eu ri e me abaixei, apoiando o corpo com os braços. -Você deveria estar aqui, não acha? 

  Ele me agarrou pela cintura e nos girou, quase caímos da cama, mas ele ocupou meu lugar de antes. Estava em cima de mim, e eu estava rindo pela ousadia dele de quase nos dar uma queda. 

  -Jimin-ah.

  -Por que insiste em me chamar assim? Eu sou mais velho que você. -disse apontando um dedo no meu nariz. Eu puxei a sua mão e a beijei, cinco dedos curtos e adoráveis. -Assim eu me apaixono, não faça isso. -disse revirando os olhos e caindo em peso morto sobre mim. Eu ri o abraçando com toda força até que ele reclamasse. -Ai! -disse tentando me bater, eu o soltei e ele se sentou sobre mim de novo. 

  -Eu o chamo assim porque você não parece ser mais velho do que eu. 

  -Claro que pareço. -ele cruzou os braços e tentou parecer mais velho, claro, não funcionou. -Viu?

  -Você continua parecendo um bebê. 

  Ele riu e me bateu. 

  -Idiota. 

 

***

  Aquela manhã foi produtiva, passamos parte do tempo no quarto, ele me contou que havia vomitado logo cedo e deixou claro que havia escovado os dentes. Então nós descemos, enquanto eu estava deitado no sofá ele comeu alguma coisa na cozinha, e dez minutos depois veio para o meu lado. É, acho que não conseguíamos viver mais um sem o outro, precisávamos ficar juntos o tempo todo, eu me sentia vazio sem ele. Enquanto ele deitava, meu celular tocou no bolso, o peguei e vi uma mensagem do Taehyung na tela. 

  "Não fui à escola hoje porque estou doente. Cachorro quente infernal." 

  Agora eu podia entender o porquê do Jimin estar doente, ele foi obrigado pelo Taehyung, ele e o Namjoon Hyung, a irem comer cachorro quente numa barraquinha fora do parque. Eu não quis me arriscar, o Yoongi Hyung não estava com fome e o Jin Hyung disse que não era confiável. Os três comeram por insistência de Taehyung, ele queria paquerar o dono na barraquinha, era óbvio. Yoongi Hyung riu quando o viu dar seu número, e voltar inocentemente como se ninguém tivesse visto. Eu sabia que ele não trairia, era apenas para fazer ciúme, talvez nem fosse o seu número que ele passou, algum inventado ou aleatório. Talvez o homem ligasse para sua mãe ou até mesmo para mim. Ele nunca me traiu quando estávamos juntos, nem foi ruim comigo, me fez feliz por um mês inteiro, terminamos porque eu comecei a perceber que não o via como um namorado ou nada assim, o via como meu melhor amigo e beija-lo as vezes parecia estranho, ele era apaixonado por mim e então eu fui um idiota. Enfim, lá estava a explicação do meu mochi estar doente, culpa do meu ex e atual melhor amigo. 

  -Jimin-ah, Taehyung está doente também. -eu o avisei tocando seus cabelos, adorava fazer isso. 

  -Será que o Namjoon Hyung está? Eu não devia ter dito sobre a barraquinha. -ele cobriu o rosto com as mãos e reclamou algo que eu não ouvi. -Eu estava so mostrando o cachorro fofinho na placa. -disse com um bico e abaixando as mãos. Eu ri e o beijei, o beijei muito, até que perdêssemos o fôlego. -Por que isso? -perguntou quando nos afastamos arfando. 

  -Você é lindo. -respondi. Ele fez uma careta e virou de costas para mim para pegar o controle na mesinha de centro. -Vamos assistir um filme. -disse já ligando a TV e passando os canais. Ele lia os títulos e fazia caretas para as coisas que ele não gostava. Eu via de lado os músculos do seu rosto contraindo quando ele fazia uma das caretas e eu ria por acha-lo lindo. Papo de apaixonado de novo, eu sei. 

  Jimin parou onde passava um filme americano que eu não conhecia ainda, não prestei muita atenção também. Ele pegou minha mão e me fez o abraçar, o puxei para perto, mas também pousei minha mão na sua perna. Fiquei o cariciando por ali, vendo-o se arrepiar até a nuca, não devia mais entender nem oque assistia. Então eu subi a mão, deslizando pela sua coxa, até o quadril, e mais para o lado tocando a barriga. Ele estremeceu, segurou minha mão e a puxou mais para cima, eu ri. 

  -O que? 

  -Pare de me tocar assim, estou assistindo o filme. 

  -Estou assistindo você. -Beijei a sua nuca, e ele encolheu, péssima ideia, ele empinou demais encostando em mim e quando notou, se esticou novamente para afastar. 

  -Desculpa.

  -Não, tudo bem. -soltei minha mão da dele e voltei a desliza-la pelo corpo dele até a barra da calça onde apoiei o polegar. 

  -Jungkook... 

  -O que? Estou só apoiando. -meu dedo estava entre a pele dele, a cueca e a calça, eu o mexia para que ele arrepiasse. Até que Jimin de virou para mim e meu dedo também deslizou pela calça e parou na sua bunda, ele ruborizou quando eu coloquei mais da minha mão pela calça até poder aperta-lo. 

  -Você disse que estava só apoiando. -disse segurando meu braço, não me impedindo de nada. 

  -Agora não estou mais. -eu o apertei com força e ele gemeu baixinho, escondendo o rosto na minha clavícula. Devia estar vermelho como um tomate. Tadinho do meu mochi, ele é tão bonito e fica se escondendo. Trouxe minha mão de volta até o meio das costas dele, foi o tempo que eu ouvi a fechadura e praticamente pulei do sofá e me atirei no outro. Jimin não entendeu e ia começar a falar quando a porta abriu e minha mãe entrou. Ele ficou pálido, provavelmente imaginando a cena se eu não tivesse pulado dali. Voltou a deitar em silêncio. Ela veio até a sala franzindo a testa e variando o olhar de mim para ele. 

  -Jungkook, Jimin. -ela chamou, eu acenei e ele emitiu um barulho que eu não entendi, mas devia ser parte da atuação de doente. -Não foram para a escola hoje? Os dois? 

  -É, Jimin ficou doente e eu fiquei para ajudar. -sorri, ela cerrou os olhos. Gesticulou os dedos para mim me chamando para a cozinha, Jimin não via, então só podia ser algo que ele não pudesse ouvir e eu suspeitava oque fosse. Me levantei e ele me seguiu com o olho, contornei o sofá e fui com ela para a cozinha, seus saltos estralando na minha frente, carregava algumas sacolas nos braços e parecia nervosa. Talvez tivesse cansado de encobertar a mim e ao Jimin quando saíamos, mas só foram duas vezes.

  Quando chegamos na cozinha ela deixou as sacolas na bancada e voltou para fechar a porta. Eu me sentei numa das cadeiras à a mesa e fiquei esperando o sermão. Ela parou a poucos metros de mim, com as mãos na cintura, eu devia começar a falar.

  -Não foi nada demais, ele está doente. -tentei me explicar falando baixo. 

  -Jungkook, eu não quero nenhum envolvimento assim na minha casa. -então ela já suspeitava, ela apontou para a porta. -Se eu souber que está acontecendo alguma coisa...

  -O que? Vai me mandar embora? -antes eu diria que não deveria desafiar minha mãe daquela forma, mas já fazem uns anos desde que ela perdeu a moral comigo. Foi no tempo em que ela começou a se relacionar com o Carcereiro sem eu saber, mas eu ouvia quando ela o trazia para casa, especificamente para o quarto. Eu saia de casa daqueles dias, ficava vagando na rua até de desse tempo o suficiente para eu voltar e não presenciar nada. Uma vez ela ligou para a polícia, quando notou que eu não estava em casa, quando eu cheguei ela falava com um policial e uma viatura estava na frente da casa, ela chorou muito quando me viu bem. -Vai me mandar para onde? Para a casa da minha avó? Já sei, que tal meu pai? 

  -Jungkook, controle essa língua, ouviu? Eu não sei oque estava acontecendo antes que eu entrasse aqui, nem se estava acontecendo alguma coisa, mas se estiver e o ChungHo descobrir... -ela parou para respirar, já estava ficando vermelha, era sinal de que estava com raiva. 

  -Aí seria responsabilidade minha e dele, não é? -me levantei, ficar sentado ouvindo-a descarregar raiva em mim não era agradável, não sem poder revidar. -Se o seu marido maravilhoso descobrir oque quer que seja, vai ser culpa minha, só minha, e eu tenho mentalidade o suficiente para admitir isso, entendeu? 

  -Mas eu sou sua mãe, não tem isso Jungkook de "mentalidade o suficiente". Eu sou sua mãe, eu tenho que cuidar de você e eu tenho que tomar a responsabilidade por qualquer besteira que você fizer, então para prezar a paz, não faça nada. -ela estava a ponto de explodir comigo, tanto que suas palavras fluíram devagar e raivosas. 

  -Então você está pensando na sua paz, não na minha, se cada um pensa por si então eu também tenho que manter a minha paz, e é dessa forma que funciona. -devolvi a cadeira para o seu lugar encaixada sob a mesa e ia para a porta quando ela segurou meu braço. 

  -Não me deixe com mais raiva do que eu já estou Jeon Jungkook, porque se preciso eu o tiro daqui, e vai ser de verdade. -ela me soltou e voltou ao balcão.


Notas Finais


Pensou que ia ter Lemon? Muahahaha


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