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História The Dark Side of a Smile - ABO - É sobre o passado, e não tá tudo bem


Escrita por: Cristalian_M18

Notas do Autor


Oieeeeee😊

Nem acredito que deu as caras duas vezes no mesmo dia😅

Sim, eu tive essa pachorra😎

Estou bem motivada e consegui inspiração para os próximo capítulos. Não é um promessa, mas como estou no meio de uma crise de criatividade é possível que volte ainda essa semana - ou não -, vamos ver como iremos proceder😋

Quando sobrar um tempinho eu respondo os comentários do capítulos anteriores. Mas saibam que mesmo sem responder de imediato, eu leio todos e eles são um dos motivos pelo qual eu gosto de escrever😍

Espero que gostem do capítulo🥰

Capítulo 29 - É sobre o passado, e não tá tudo bem


Shoyo

Não foi necessário entrar em casa para ser acolhido pelos braços de Tobio. Ele me apertou e aconchegou com seu feromônios. Era bom estar assim. Saber que depois de qualquer coisa, não importa o que fosse teria um lugar para voltar, teria um abraço quentinha ao qual recorrer.

Minha cabeça já começava a doer e meus instintos me pediam por um ninho, que aliais, seria a primeira coisa que faria quando chegasse no nosso quarto. Queria me encolher em meio a coisas reconfortantes, almofadas e o cheiro de Tobio. Queria dormir embalado por carinho e sentir o quentinho das cobertas. Me pergunto se Tobio poderia deitar comigo em meu ninho agora de tarde ou se ele estaria ocupado com alguma coisa importante. Antes de sairmos, quando Tobio recebeu a mensagem, ele pareceu sério. De qualquer jeito, apenas por ter o cheiro dele já vou me sentir bem. Alguém ficaria bravo se eu jogasse parte do closet do alfa no meu ninho? Antes eu acharia que sim, mas não sou cego nem negacionista, então sei que a resposta é não. Eles provavelmente apenas se preocupariam comigo e tentariam me mimar e fazer com que eu me sentisse melhor.

Não sei em que momento comecei a querer me livrar do meu passado, mas parece que é uma tarefa impossível. Quando acho que consegui arrancar as raízes que me fizeram tão mal, surge um novo ramo podre na minha vida. Tobio deixaria essa história de lado caso em pedisse? Claro que não.

Como contar que tentaram abusar de mim no dia em que o conheci? Ele acreditaria em mim? Sim. Tentaria matar o Victor? Com toda certeza. Quero que alguém seja morto por minha causa? Nunca. Talvez isso faça de mim uma pessoa ingênua, mas não me importa.

Cansado, eu estava cansado. Inspirei forte o cheiro do meu alfa, ainda agarrado em nosso abraço no batente da porta mantive meu rosto grudado em sua camisa.

Sabia que tinha seguranças espalhados pelo jardim e sabia que eles me viam entregue e precisando do carinho do chefe deles, não me importava com os olhares de corajosos que ousassem olhar para o ômega do líder, porque esse era eu. Sabia que viam como ele zelava por mim e me acalentava.

Notei uma aproximação, mas não sai do lugar.

— Onde está seu pai? — perguntou Tsubaki, passando por nós e fazendo um afago em minhas costas.

— No quarto de vocês — avisou sem deixar de me acalentar.

— Certo, vou subir. Depois conversamos meu amor — disse se dirigindo a mim. Assenti, agradecido pelo carinho que mesmo com o pouco tempo de convivência ela fazia questão de me dar.

Ela subia e Tobio me guiou para sala.

— Meu bem, vamos subir, okay? — sugeriu fazendo um cafuné.

Assenti com um aceno. Subimos para o quarto e um dos momentos que eu queria evitar chegou.

Tobio

Sentado na cama com Shoyo no meu colo esperei até que ele parecesse mais relaxado para responder o que eu queria saber.

Claro que já estava ciente do evento no shopping, além dos relatórios dos seguranças recebi as mensagens da minha mãe, que por sinal, estavam mais detalhadas que os relatórios. Pensando seriamente em montar um curso para ela ensinar o povo a contar fofoca com qualidade, quer dizer, mandar relatórios completos.

Não que eu estivesse com medo de perguntar o porquê do meu pequeno sol ter ficado naquele estado depressivo, mas achei necessário esperar o suficiente para que ele pudesse se acalmar.

Para os que estivessem de fora poderia ser difícil notar o quão abalado Shoyo estava. Mas não para mim, e acho que até minha mãe conseguiu perceber, dona Tsubaki conseguia ser muito perceptiva.

Shoyo estava com um cheiro um pouco mais cítrico, coisa que não era normal levando-se em consideração que seu aroma natural é de morango, fruta que costuma ser doce. Além disso, os feromônios estavam mesmo que levemente, transparecendo um medo que se eu fosse arriscar beirava o trauma. Era comum que alfas tivesse um olfato e sentidos bem apurados, no meu caso como dominante era ainda mais forte. No entanto a coisa beirava o sobrenatural quando se tratando de Shoyo. Ainda que com uma marca temporária, a conexão era extremamente forte.

Ômegas são mais sensíveis a sentimentos e com isso acabam sendo bem mais transparentes que alfas quando se tratando de expressar emoções — pelo menos em sua grande maioria —, mas Shoyo tentava esconder. Desde o primeiro momento em que conversamos ele tentou esconder. Esconder que estava assustado, cansado, esconder que tinha dúvidas e estava confuso. Tentou esconder qualquer sentimento que pudesse me fazer ficar irritado com ele ou que evidenciasse que estava preocupado com algo que arrisco dizer se tratar do passado.

Notei tudo isso desde o princípio, mas não quis pressionar. O probrezinho já tinha passado por muito tanto antes quando depois do nosso encontro. Não deve ser fácil ter seu destino selado de uma hora para outra, mesmo que com o laço de destinados isso significasse que o destino dele sempre esteve selado ao meu.

Meu lobo brigava com minha consciência, desde o primeiro instante meu lado animal queria saber tudo que havia angustiado nosso ômega e destruir cada pedaço do passado que o maltratou, minha consciência sabia que não deveria pressionar tanto de início. No entanto ambas as partes agora concordavam que era a hora de pôr tudo em pratos limpos.

— Meu bem... — chamei sutilmente sua atenção.

Mantive o cafuné e não parei de aromatizar ômega e ambiente com meus feromônios. Queria mostrar que ele estava seguro e era querido onde estava, por isso garantir que o ambiente fosse acolhedor era muito importante. Provavelmente iriamos conversar sobre coisas difíceis. Tudo que pudesse o deixar confortável ainda era pouco.  

— Tobio, eu não quero mesmo falar sobre isso! — afundou o rosto na minha camisa. — Estou bem, só... só preciso de um minuto e volto novinho em folha — tentou se fazer de forte.

Me cortava o coração vê-lo assim, mas ainda que eu precise ser firme e incisivo, ele iria falar sobre o passado dele hoje.

— Nada disso — disse firme. Notando que ele assustou um pouco com meu tom, respirei fundo e voltei a falar de forma mais mansa. — Olha, meu bem, somos um casal, okay?! Vamos nos casar em breve e isso para pessoas como eu significa um para sempre. Você entende, não é? — ele sussurrou um “sim”. — Então precisamos conversar. Meus pais sempre me ensinaram que o diálogo é a base de um relacionamento saudável e feliz. Com isso, você já deve supor que eles são muito felizes já que minha mãe não tem a capacidade de calar a boca — com essa brincadeira consegui arrancar uma pequena risada dele. Certo, esse é o caminho, tentar manter um clima menos pesado e opressor.

— Mas, Tobio- — o interrompi.

— Você pode falar no seu ritmo. Temos tempo. Eu tenho tempo, todo tempo do mundo para você. Por que não começa me falando de hoje? Por partes, que tal?

Ele pensou um pouco, levantou o olhar até que nossos olhos se encontrassem e suspirou voltando a recostar o corpo em meu peitoral. Apertei meus braços ao redor de sua cintura e beijei o topo de sua cabeça.

— Certo... — suspirou. — Em partes. — Ele pensou um pouco, tomou coragem e começou. 


Notas Finais


Para famintos de tragédia, saibam que eu cheguei com a própria depressão embalada em um potinho com fitinha lilás🎀

Eu imaginei vários passados para o Shosho e nenhum deles e feliz🤡

Se tiverem interesse deem uma olhada nas minhas outras fanfics📝


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