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História The Darkness Of Dawn - Capítulo VI


Escrita por: satangie

Notas do Autor


Olá!
Como sempre, quero agradecer a todos os favoritos e comentários, eu fico muito feliz em saber que vocês (por enquanto) só têm impressões positivas quanto ao que estou escrevendo e isso me deixa animada pra continuar! Bom, esse capítulo ficou curtinho, mas logo eu posto o próximo!

Boa leitura!

Capítulo 6 - Capítulo VI


O som dos nossos passos sobre as folhas e galhos caídos, além dos grilos eram as únicas coisas que rompiam o silêncio quase sepulcral da mata. Eu estava cansada. Tínhamos andado o dia inteiro sem parar. Meus pés e cabeça doíam. Daryl estava ao meu lado, estávamos para trás. Por minha causa.

Ouvimos um assobio baixo. Joe. Eles tinham parado. Joe fez sinal para que nos aproximássemos. Quando chegamos mais perto, deu pra ver um brilho alaranjado mais a frente na estrada.

- Achamos – declarou Joe, um sorrisinho surgindo em seus lábios.

Senti meu estômago embrulhar. Eu não queria participar daquilo. A briga não era minha e mesmo se fosse... Joe levou o indicador até os lábios e piscou para mim sacando a arma. Notei pela primeira vez que estávamos sozinhos e que o brilho tinha sumido.

Meu coração batia tão rápido e forte que eu podia ouvi-lo ressoando em meus ouvidos. Eu deveria ter ido embora. Eu estava respirando pela boca. Joe já tinha se virado fazendo sinal para que o seguíssemos. Tentei pegar minha arma nas costas, mas Daryl me impediu pegando minha mão no meio do movimento e me puxando na direção contrária.

- Fique aqui – murmurou ele me largando ao pé de uma árvore.

- O que?! Não!

Ele aproximou o rosto do meu e imitou o gesto de Joe pedindo silêncio.

- Só fique aqui e atire se ouvir algo se aproximando.

Antes que eu pudesse protestar, ele já tinha sumido entre as árvores. Colei a arma em meu peito. Eu tentava distinguir os barulhos que ouvia, mas estava difícil, parecia que a floresta tinha se agitado de repente. Mas não dava pra não perceber o barulho de um tiro. Sai correndo com a arma ainda na mão. Eu não sabia onde estava e a estrada tinha sumido. Comecei a chorar andando em círculo... Minha cabeça doía mais do que nunca. Mais um tiro, a minha esquerda. Corri. Agora dava pra ver a estrada e as sombras de Joe e seus homens se recortando entre as árvores. O barulho de socos e chutes, além de gemidos se tornava cada vez mais forte.

Pisei na estrada a tempo de ver um estranho – que num primeiro momento confundi com um errante – com o rosto enfiado no pescoço de Joe que gritava. Os segundos seguintes pareciam ter se tornado minutos... O estranho se afastou com a barba cheia de sangue, sangue que jorrava rapidamente agora do pescoço do velho. Em seguida, ele cuspiu a carne e o sangue que enchiam sua boca e deixou que Joe escorregasse para o chão.

Mais um tiro soou e foi como se o atraso dos segundos anteriores tivesse passado. Uma mulher de olhos grandes e duros me encarava, a arma a firme entre as mãos. O corpo do cara da bandana jazia entre nós duas. Ergui as mãos até o peito segurando a arma em uma delas pelo cano e cambaleei para o lado, esbarrando num carro e num garoto branco feito papel que o Gordo Nojento segurava pelo pescoço apontando-lhe uma faca. Me afastei sentindo as lágrimas encherem meus olhos.

Só então reparei em Daryl que socava o barbudo do outro lado. Mas ele tinha apanhado também, seu rosto estava machucado. Outro tiro. O barbudo caiu aos pés de Daryl, mas ele nem tinha uma arma... Olhei para o lado e vi a mulher com o braço ainda esticado.

- Daryl! – gritei temendo que ele fosse o próximo.

Ele me olhou por um momento e acabou sendo acertado na cabeça pelo cara da touca que surgiu atrás dele.

- Eu vou mata-lo! Eu vou mata-lo! – berrava o gordo apertando a faca na bochecha do garoto.

Meu coração parecia prestes a sair pela boca.

- Deixe-o ir! – ordenou a mulher com a expressão firme.

Ouvi o barulho de algo sendo esmagado. O algo era a cabeça do homem que acertara Daryl. Ele a tinha esmagado com o pé. Eu mal respirava agora.

 - Ele é meu – disse o estranho caminhando calmamente na direção do gordo.

- Afaste-se! – pediu o gordo largando o garoto que cambaleou para o meu lado e foi puxado pela mulher – Afaste-se, por favor!

O estranho pegou a faca de suas mãos e a enfiou com tudo em seu estômago. O sangue brotou espesso em sua boca e após assisti-lo gritar de dor por segundos que para mim pareceram milênios, o estranho rasgou seu peito até próximo a garganta. Deixou que o gordo caísse de joelhos e então, o esfaqueou uma, duas, três, quatro, cinco... inúmeras vezes. Quando finalmente cansou, largou o corpo inerte e me olhou. Engoli em seco quando ele se aproximou em passos largos e tropecei caindo de costas no chão. Ele estava praticamente em cima de mim com a faca coberta de sangue pronta e eu estava assustada demais para tentar levantar. Seu olhar era distante e firme ao mesmo tempo.

- Rick, não! – gritou Daryl segurando e puxando o estranho por trás.

           

******

 

A sensação de horror ainda não tinha passado e todas as vezes que eu tentava fechar os olhos, eu via o sangue pingar da faca que Rick segurava acima de mim para a minha camiseta. Já estava claro lá fora. Eu estava sentada no banco do motorista com os pés no banco do passageiro. O nome da mulher era Michonne e ela tinha isolado todas as janelas do carro com peças de roupa, mas a que estava bem a minha frente, tinha uma brecha por onde dava para ver um pouco da luz e do verde lá fora e era para lá que eu olhava fixamente. Ela estava no banco de trás, também não tinha pregado o olho. O garoto dormia com a cabeça em seu colo. Parecia ter arranhado o rosto e as mãos estavam sujas de sangue. Seu nome era Carl.

Rick estava lá fora. Eu tinha conseguido ver por uma brecha na janela atrás de mim ele se sentando ao lado da porta onde eu estava ainda coberto de sangue. Ouvi o barulho de passos se aproximando. Daryl.

- Devíamos guardar para beber – ouvi Rick dizer com a voz rouca.

- Você não pode se ver, mas ele pode.

Cruzei os braços suspirando.

- Eu não sabia o que eles eram – murmurou Daryl.

- Como acabou com eles? – perguntou Rick alguns segundos depois.

- Eu estava com a Beth. Escapamos juntos... Encontramos essa casa no meio da floresta nem me lembro mais quantos dias depois, Clara estava lá.

- E onde está a Beth?

Silêncio.

- Ela só desapareceu... Depois disso, eles nos encontraram. Eu sabia que eles eram ruins, mas... tinham um código. Simples, mas também estúpido. E eu não podia tentar nada, não com a Clara lá...

Michonne me olhava.

- Disseram que procuravam por um cara e ontem a noite o viram. Eu hesitei, pensei em fugir com ela no meio da confusão... Foi quando vi que eram vocês três. Bem na hora que você me viu também... Não sabia o que eles podiam fazer.

- Não é sua culpa, Daryl... Ei, não é sua culpa.

Olhei pela brecha novamente e vi Daryl sentado ao lado de Rick com a cabeça baixa.

- Você estar com a gente de novo aqui e agora, isso é tudo... – insistiu Rick –  Você é meu irmão.

Daryl ergueu a cabeça encarando-o.

- O que você fez ontem à noite... qualquer um teria feito – disse ele momentos depois.

- Não, não aquilo – afirmou Rick.

- Algo aconteceu. Aquele não era você...

- Você viu o que eu fiz ao Tyreese. Não é tudo, mas ainda sou eu... E é por isso que Carl e eu estamos aqui. Quero mantê-lo a salvo. É tudo que importa.

Olhei para o lado, para Carl. Ele me olhou de volta. Ouvira tudo.


Notas Finais


E então?!

P.S.: prometo responder todos os comentários assim que tiver um tempinho e muito obrigada mais uma vez 💜
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