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História The Darkness of Sweetness - Lets party


Escrita por: Spwtss

Notas do Autor


Oii gente :3
Eu peço um bilhão de desculpas por ficar tanto tempo sem atualizar a fanfic. É que essa semana foi horrível, e precisei tirar um tempo para pensar o que vou fazer com essa merda de vida. Mas enfim, sei que vocês não querem saber dos meus problemas, e sim da fic^^
Para compensar, esse capítulo ficou um pouco mais longo, e como sempre, espero que gostem <3
Mais uma vez, eu gostaria de agradecer aos comentários inspiradores de vocês, e mandar um agradecimento especial a ~Aliciemae, que me deu ideias incríveis :3
Vejo vocês lá nas notas finais!

Capítulo 6 - Lets party


Fanfic / Fanfiction The Darkness of Sweetness - Lets party

 

 

 

   O garoto suava frio, suas mãos tremiam e seu coração batia aceleradamente. Sua respiração estava ofegante, e ele tentava de todos os jeitos tentar controlá-la. Lysandre olhou pela última vez a imagem perturbadora do faxineiro morto brutalmente, e se virou para a saída. Ele parou abruptamente, ao ouvir passos se aproximando. Lysandre se abaixou, e se escondeu atrás da porta. Não era o melhor esconderijo que se podia ter, mas era mais seguro do que ele se arriscar a correr para outro lugar. E a pequena fresta da porta o permitia olhar para fora da sala.

   Os barulhos dos passos foram ficando cada vez mais altos, e o desespero dele também. Tão alto, a ponto de o obrigar a tirar o cabo de vassoura quebrado de dentro do corpo do faxineiro, que exalava um cheiro forte e enjoativo. Ao pegar o cabo sujo de sangue, Lysandre sentiu ânsia de vômito.

   Agora, além de ouvir os passos, Lysandre pode ouvir a respiração do suposto assassino, que se aproximava do lugar onde ele estava. O garoto segurou com força o cabo da vassoura, com a ponta quebrada virada para frente, e correu para fora da sala.
Isso é uma máquina mortífera, ele pensou. Sou realmente tão estúpido a ponto de cometer uma bobagem dessas?

   Seus pensamentos foram interrompidos quando ele se deparou com uma sombra preta, de formato humano. Aparentava ter a sua altura, e deu um grito agudo, ao perceber a presença do garoto e sua arma letal.

—Alexy?—Lysandre perguntou, pasmo, enquanto seu coração voltava a bater normalmente.

—L-lysandre? O-o que você está fazendo aqui?

—Eu que te pergunto! O que você está fazendo aqui?

   O garoto de cabelos azuis abaixou o olhar, em direção ao cabo de vassoura.

—Eu vim ajudar a Lynn... O que diabos é isso que você está segurando? Isso... É sangue? Você está de brincadeira comigo? Isso é uma pegadinha?

    Lysandre franziu as sobrancelhas.

—Como? Uma pegadinha?

—Se isso for uma pegadinha, você e seja lá quem estiver junto, estão encrencados. Isso não tem graça! O Nath está comigo, caso você queira saber...

   Merda, ele pensou.

—O Nathaniel está com você?

   Alexy assentiu.
            —Olhe, isso não é uma brincadeira. Precisamos sair daqui, agora. 

—O Nath está esperando fora no ginásio. Ele está com as chaves. 

—Precisamos passar em um lugar antes...

                              ***

—Que merda que vocês estavam fazendo aqui?—Nathaniel perguntou, ao abrir a porta da biblioteca.

—Nath! Graças a Deus!—Lynn gritou.
            —Lynn? Você está bem?

   A garota assentiu. Logo o olhar de Castiel se encontrou com o do loiro.

—Você! A culpa é sua não é? Não é possível! Eu falei! Falei que todos os problemas que ocorrem estão relacionados a você!—Nathaniel exclamou, enfurecido.

—Se você me odeia tanto, porque veio até aqui dar uma de herói?—o ruivo perguntou.

—Eu não vim aqui por você. Vim pela Lynn. Você, Castiel, não merece um fio de cabelo do meu heroísmo.

                             ***

   Viemos aqui divulgar uma notícia inédita, um assasinado ocorreu no colégio Sweet Amoris na madrugada desta sexta-feira. Larry Viegra, de 84 anos, foi encontrado morto em sua sala de trabalho, no ginásio da escola, de forma brutal e desconhecida. O corpo foi levado para uma autópsia, afim de encontrar a causa da morte. Nenhuma informação até agora.

   "O aposentado trabalhava na escola como uma distração", disse a diretora responsável no colégio, em uma entrevista feita pela nossa equipe. "É uma grande pena, e estamos todos assustados. Que tipo de pessoa faria algo desse tipo? Uma pessoa sem alma, com certeza".

   As investigações continuam, mas as aulas dos estudantes prosseguiram normalmente. A polícia acompanhará os alunos e a escola durante a semana, e estarão atentos a qualquer movimento suspeito dentro do ambiente escolar.

—Isso é algo inaceitável! Não vou permitir que meus filhos estudem em um lugar assim! Francis, faça algo!

   O clima da mesa do café da manhã estava tenso. Na verdade, quando que o clima naquela casa não estava assim?

—Eu irei fazer—disse ele, rígido, enquanto desligava a TV que transmitia a noticiário local.

—Acho que as crianças devem ficar em casa—Adélaide sugeriu.

   A primeira a reclamar foi, obviamente, Ambre.

—Não! Hoje é meu aniversário! Preciso distribuir os convites da festa para toda a escola! 

—Pagamos caro pela festa, Adélaide. Nossa filha querida merece—disse o pai, para a felicidade vitoriana da loira—E não vou permitir que Nathaniel se atrase nos estudos. Não preciso de mais problemas.

   Ambre fez um biquinho.

—Algo incomodando no trabalho, papai?

   O homem massageou as têmporas. 

—Sempre tem, querida.

   Nathaniel se retirou da mesa, pois percebeu que sua presença insignificante não faria diferença nenhuma na conversa de hoje. Mas afinal, quando que fazia?

                             ***

—Esses policiais são muito atraentes—observou Alexy, notando os diversos policiais fardados que circulavam na escola.

—Você é muito gay—disse Kim—Até mais que o normal. Um cara foi morto, e você está pensando em militares?

   O garoto deu os ombros. 

—Militares são os melhores.

Kim notou que discutir seria inútil, então simplesmente concordou com a cabeça.

—Oi pessoal—falou Lynn, se aproximando dos colegas de classe que andavam no corredor. 

—Que encrenca, hein guria! Você tá legal?—a morena perguntou.

   Lynn assentiu.

—Foi um susto gigante! Eu quase enfartei quando vi Lysandre com aquele cabo de vassoura!— Alexy exclamou.

   Lysandre havia contado o que aconteceu no tempo em que ele esteve fora da biblioteca. Castiel parecia desacreditar um pouco do amigo, e Lynn só se acalmou quando chegou na escola de manhã, cercada por policiais. Mas as memórias da madrugada rodeavam a sua cabeça sem parar. Seria difícil para a garota se concentrar nas aulas de hoje.

—Parece que a princesinha ganhou mais uma festança no castelo do papai.

   Lynn não capitou o comentário rude de Kim, até ver Ambre distribuindo folhetos, saltitante.

—Isso é tão injusto—Alexy acrescentou—Nós bem que podíamos fazer uma festa pro Nathaniel, não acha?

—Espere, é aniversário dele?—Lynn perguntou, mas foi ignorada. A garota se pegou pensando se havia sido proposital.

—Eu não sei Alexy.— Kim respondeu

—Como assim não sabe?!—Alexy perguntou, surpreso—Nath gosta de festa, só não tá acostumado.

—Hum... Ok, digamos que, nos arranjemos um jeito de dar uma festa para o Nath. Só tem um problema, como caralhos você quer que a gente organize uma festa surpresa assim de repente? E tem mais, você sabe que o Nathaniel tem Lúcifer em forma de pai. Não seria muito inconveniente dele não comparecer a festa de aniversário da própria irmã gêmea?

   Alexy resmungou. 

—Exatamente!—disse o garoto, ainda indignado—Eles são gêmeos! E o Nathaniel merece essa festa muito mais do que a ogra da Ambre!

   No mesmo instante Lynn se pronunciou:

—Espere! Eu tive uma ideia! Vamos usar a festa da Ambre a nosso favor!

   Os dois olharam para ela, e depois se encararam. Então pensaram um pouco, até que finalmente Kim abriu a boca, e foi até Lynn, sorrateiramente, e a abraçou.

—Lynn, sua guria linda, você é um dos maiores gênios da nossa atualidade! 

—Sério?—perguntou, orgulhosa por mostrar sua ideia, e aliviada em perceber que não foi ignorada propositalmente—Valeu!

   Alexy continuou a encarar as garotas, que tagarelavam animadas. 

—Ahn, você pode explicar?—indagou.

   Kim revirou os olhos.

—Mas como você é lerdo! O que a nossa pequena gênia quis dizer, é que: todos estarão tão ocupados com a Ambre sendo o centro das atenções, que nem sentirão nossa falta! Só precisamos entrar na festa, fazer com que os demônios, quero dizer, pais do Nath nos vejam, e depois saímos pela porta dos fundos e vamos comemorar! Vai ser perfeito!

—Lynn! Esse é o melhor plano que já ouvi! Vamos, Kim! Precisamos achar o Nath e o Armin!

   O garoto puxou a amiga pelo braço, e saiu, saltitando como uma gazela.

—Hey, esperem!—ela gritou, e os dois pararam de correr. Lynn apressou o passo para alcançá- los.

—Temos um problema—Lynn concluiu.

   Alexy sorriu.

—Mas ja temos um plano, e eu posso preparar um bolo e...— Alexy parou de falar por um instante—Ah droga! Tenho certeza de que ela não vai nos convidar.

   Era o que Lynn havia pensado.

   Kim segurou o ombro de Alexy e apontou com a mão para Ambre e suas amigas, que estavam carregando uma pilha de papel colorido.

—Cara, olha para aquela garota e suas escravas com o monte Evereste de convites nas mãos. Acha mesmo que ela não vai entregar nenhum pra gente? Sabe, para gente popular, não importa quem seja. Quanto mais pessoas para suas festas da alta classe, melhor.

—Tudo bem! Então temos tudo! Vamos Kim!

   Os dois voltaram a andar.

—E o que eu faço?—a garota perguntou.

—Conte do plano para a turma!—Alexy gritou por cima do ombro.

   Turma. Com certeza nessa turma, Castiel não estaria incluído. E ficaria tudo bem, se Lynn não pensasse tanto nele ultimamente.

                             ***

   A hora do aniversário chegou, e Ambre estava pronta, assim como seus cinco vestidos de festa. Seu pai havia lhe questionado do por quê de tantos vestidos só para uma noite. A garota respondeu que precisava de um vestido para cada momento. A recepção dos convidados, a hora dos aperitivos, a hora da balada e outras ocasiões que poderão acontecer. Sua mãe a defendeu, concordado com a ideia de que uma dama deve se vestir adequadamente para cada tipo de acontecimento, esperado ou não. E ainda presenteou a filha com um par de brincos para cada troca de roupa. 

   Daqui a pouco tempo seus convidados estariam na casa. Ela havia chamado a escola inteira, sem exceção. Mesmo aquelas pessoas com que ela não demostrava afinidade foram convocadas. Assim, segundo ela, poderiam ver tudo que Ambre possui, e esbanja sem dó ou piedade. Um pensamento hipócrito, claramente. Mas pelo menos Ambre teve a capacidade de pensar.

   A garota, depois de já estar vestida e maquiada, pegou uma embalagem de presente escondida dentro de sua escrivaninha. Andou sorrateiramente até o quarto do irmão, e entrou. Estava vazio, como de se esperado. Ela deixou a embalagem em cima da cama. Sentiu o aroma tão familiar de seu gêmeo, passou a mão pelos livros enfileirados organizadamente, e suspirou, antes de sair do quarto.

   A campainha tocou, e a loira estampou no rosto o maior de seus sorrisos, e desceu as escadas para receber seus primeiros convidados. Dez minutos depois a casa estava cheia.

                            ***

—Eu não acredito que vocês me convenceram a fazer isso—comentou Nathaniel, enquanto o pessoal descia o quarteirão, em direção a casa da festa. 

   Com pessoal, refira-se a ele, Alexy, Kim, Lynn (que havia sido responsável pelo plano), Rosalya, Armin, Iris, Leigh (o famoso namorado de Rosalya) e, pela primeira vez, Lysandre. Nathaniel ficou realmente surpreso em ver Lysandre interagindo com outras pessoas que não fossem o Castiel, já que os dois eram eram grudados um no outro. Mas ele parecia realmente feliz na companhia de Rosa e seu irmão, e, por incrível que pareça, o rapaz também estava animado pelo fato de sair e comemorar o aniversário do presidente do grêmio, já que sua antipatia com Ambre era colossal.

—Então, para onde nós vamos depois que sairmos da festa?—Iris perguntou.

—Kim descobriu uma casa de festas aqui perto!—Lynn respondeu.

—Pois é! Tenho um primo que é baterista, e as vezes a banda dele toca lá! Ele disse que o lugar é bem agradável!—Kim completou.

   Rosalya comemorou dando pulinhos. A alegria dos seus colegas contagiou Nathaniel imediatamente, e ele sorriu. Lynn correu um pouco, e se aproximou do loiro.

—O que foi?—perguntou, percebendo que a garota o encarava.

—Olhe, eu sei que cheguei a pouco tempo. Mas nunca havia visto você sorrir assim.

   O garoto suspirou.

—Oh, por favor, não pare!—Lynn pediu—É um sorriso bonito, Nath. Você devia compartilhá-lo mais vezes.

   Eles percorreram o caminho, sem dizer nada.

—Eu não agradeci por você me salvar na escola—a garota falou—Obrigada.

—Eu não fiz nada demais, Lynn. E você deveria agradecer ao Alexy, e não a mim.

   Ela deu os ombros.

—Você fez sim! Você acompanhou o seu amigo! Isso é... Isso foi muito legal. E eu sinto muito, mesmo. Tudo foi culpa minha. Eu juro que o Castiel não teve nada a ver com a invasão. Foi tudo eu. E... Eu não sei se posso te dizer o por quê ainda.

—Eu não acredito em você Lynn. Perdoe-me, mas sempre o Castiel se mete em problemas. Chega a ser algo insuportável!—Nathaniel exclamou.

—Mas é verdade. E eu gostaria muito de saber o que acontece entre vocês dois. De onde vem tanto ódio?—indagou.

—E-eu... Não sei se posso te dizer ainda.

—Eu sei que o papo está bom, e Lynn, estou impressionada por você conseguir conversar com esse cara sem morrer de tédio—Kim interrompeu, fazendo Nathaniel rir—Mas nós já chegamos. Então, algum dos dois querem fazer as honras de tocar a campainha?

   O loiro se pôs a frente, e apertou o botão. Segundos depois a porta foi aberta, e o garoto foi fuzilado pelo olhar frio e rígido do pai.

—B-boa noite papai—ele falou, nervoso—Desculpe pelo atraso, mas encontrei alguns dos amigos da Ambre perdidos por aí, e decidi ajudá-los os mostrando os caminho até a festa.

   O homem, sem demostrar nenhum tipo de emoção, afastou a porta, dando passagem para que eles entrassem. Lynn estava admirada coma beleza da casa. Tudo era tão chique e sofisticado, que fazia o apartamento de sua madrinha parecer uma caixa de sapatos. As pessoas seguravam drinks em taças, diferentemente das festas de sua cidade antiga, onde o melhor lugar para se tomar algo era no famoso copo  vermelho de plástico. Ela prestou atenção nas pessoas. Algumas reconheceu da escola, mas outras, Lynn nunca havia visto na vida. Com certeza nem Ambre conhecia todo mundo que estava na festa, pois várias pessoas deviam ter entrado de penetra. Mas o que mais a chamou atenção, foi um pontinho vermelho, perto da mesa de bebidas. Ela foi para lá imediatamente.

—Você? Aqui?—ela perguntou.

   Castiel riu.

—Isso se chama festa, Lynn. O lugar onde pessoas vão para se divertir.

—Você não parece estar se divertindo—retrucou.

   Ele hesitou por um segundo.

—Tudo bem, isso está uma merda— ele confessou—Lysandre me contou do plano de vocês. Ninguém pensou em me convidar não?

—Você odeia o Nathaniel! 

—Sim, mas eu gosto de festas! Eu vou com vocês, e ponto final.

   Castiel cruzou os braços.

—Prometa que não vai implicar com ele.

—Eu não posso prometer coisas que não irei cumprir—Castiel provocou.

—Cast! Por favor! Eu também quero que você vá! Deixe de ser insuportável, pelo menos por uma noite!

—Tudo bem. Você venceu. Mas a minha bebida é por sua conta—falou, antes de sair.

   Faltavam alguns minutos para que a hora da escapada chegasse, então Lynn, assim como o resto do pessoal, foi explorar a festa.

   A parte mas movimentada, era a da piscina. Estava realmente muito cheio, e pessoas dançavam por todas as partes. Ela avistou o Alexy, que acenou para ela. Alguns caras do time de futebol estavam fazendo a festa virando garrafas de vinho de uma vez, e apertando bundas de mulheres que passavam por eles. Mas não pareceu o bastante, porque os brutamontes começaram a provocar um garoto que estava sentado tranquilamente em um canto. Lynn, pelo fato de ser muito curiosa, parou para observar a cena. Os quatro jogadores cercaram o adolescente de olhos verdes e cabelos castanhos, e começaram a insultá-lo com palavras obscenas. O garoto não pareceu ligar, pois ignorou o gesto. Não satisfeitos com o resultado, os brutamontes levantaram o garoto a força, e começaram a arrastá-lo para piscina.

—Me soltem seus imbecís!—ele gritou, se debatendo em uma tentativa irrelevante de se soltar—Eu não sei nadar! Me soltem! Por favor, eu não sei nadar!

   Ninguém o escutou. Todos continuaram a dançar, como se nada estivesse acontecendo.

—Socorro! Alguém de ajuda! Eu não sei nadar! Me soltem, eu não sei nadar, eu não sei nadar!—ele continuou a gritar, mas era tarde demais. O garoto foi arremessado com tudo na água.

   Lynn colocou as mãos na frente do corpo, parando o tempo. Ela procurou algo para poder ajudá-lo. Ele estava longe demais para que ela simplesmente estendesse a mão, precisava de algo mais comprido para alcançar. Ela olhou rapidamente a sua volta, até encontrar a ferramenta de limpar piscinas. Era comprido e firme, ou seja, o garoto poderia se apoiar até chegar na borda. Ela pegou o instrumento e estendeu na água, depois, voltou o tempo ao normal.

—Vamos! Se segure!—ela berrou, para o garoto que se debatia na água.

   Ele obedeceu, e se apoiou no cabo de ferro. Lynn foi puxando-o até que conseguiu estender sua mão a ele. Assim que o garoto a segurou, seus olhos brilharam em um verde cintilante, e a visão de Lynn foi substituída pela escuridão total. Ela se apoiou no chão, sem conseguir enxergar nada.

   Alexy estava por perto, e viu a situação da amiga caída no chão, de mãos dadas com um garoto dentro da piscina, que voltou a se debater. Ele correu, pegou os ombros do garoto, e o colocou deitado na borda. Lynn recuperou sua vista, e tudo voltou ao normal. As pessoas que dançavam finalmente pararam para observar a cena.

—Você está bem?—Alexy perguntou, ao garoto deitado no chão.

—E-eu acho que sim—respondeu, ofegante—Obrigado. A vocês dois. À propósito, meu nome é Kentin.

                              ***

   Depois de garantirem que Kentin estava bem, Alexy e Lynn foram para cozinha, onde ficava a porta dos fundos. Todos já estavam lá. Castiel e Nathaniel não trocaram uma palavra se quer. Isso provavelmente é um bom sinal.

—Então, podemos ir?—perguntou Rosalya.

   Todos concordaram.

   Alguns minutos depois, eles já se encontravam na porta da boate. A fila para entrar estava quilométrica, mas como Kim possuía seus "contatos", eles conseguiriam entrar antes. A casa também estava lotada, mas Kim estava certa. Era realmente agradável. Haviam mesinhas e um palco onde pessoas estavam cantando desafinadamente no karaokê. A turma se se sentou em uma das mesas, e Rosalya puxou a primeira rodada de drinks. O garçom trouxe vários copinhos com vodka.

—Devemos brindar?—Lynn perguntou, pegando um dos copos.

—De jeito nenhum!—protestou Armin—Devemos deixar o Nathaniel beber primeiro.

   Alexy caiu na gargalhada.

—Esse é o espírito Arminho!—Kim exclamou—Agora, peço um minuto de silêncio para a apresentação do Nath ao mundo das bebidas. Nathaniel, essa é a vodka. E você vai virar ela todinha, de um vez só. Me deixa orgulhosa!

   Ela colocou o copo na frente do garoto, que hesitou um pouco, mas obedeceu às ordens da amiga e virou tudo de uma vez só. O loiro fez caras e bocas ao sentir o gosto exótico da bebida. Pareceu um bebê, ao chupar limão, e isso fez com que o pessoal da mesa, e algumas pessoas que estavam a sua volta rissem. Em seguida, ele tossiu.

—Isso... Queima. Eu quero outra!

—Calma, machão! A noite é uma criança—disse Alexy, virando sua bebida.

   A noite seguiu assim, bebidas, conversas aleatórias... Uma delas foi quando Lynn encheu o copo de Nathaniel, pela décima vez.

—Senhorita Darcy, você está querendo me embebedar?—ele perguntou, já alterado.

—Não—ela disse rindo.

—Eu acho que está sim. Você é a única que está enchendo meu copo! Eu devo ficar preocupado com essa sua atitude?

   Ela revirou os olhos.

—Relaxa, eu não vou te estuprar. Só adoro essa sua versão de bêbado feliz!

   Ele abaixou a cabeça na mesa, e ficou assim por alguns minutos. 

—Ele está bem?—Lynn perguntou a Kim, que estava sentada ao seu lado.

—Ele está ótimo! Não se preocupe. É só jogar uma água nele que ele fica bom!

—Eu posso fazer isso—Castiel se ofereceu, e antes que alguém falasse algo, pegou um copo com água e jogou na cabeça do loiro, que despertou em um pulo.

   Lynn lançou um olhar reprovador a ele, que riu novamente. 

—Ta bom, isso está muito parado! Está na hora de tomar uma atitude!—Iris falou se levantando da mesa e indo para o palco do karaokê.

   Ela cantou algumas músicas, Lysandre outras, e tiveram uma tentativa frustrante de levar o Nathaniel para o palco. Depois disso, eles praticamente foram expulsos da casa de festas, pois já estava quase amanhecendo, e o gerente precisava organizar as coisas para a noite seguinte. 

   Até que, todos se separaram, e seguiram caminhos diferentes.

—Você vem com a gente, Nath—Armin disse—Vamos levar você em casa.

—E-eu... Não me sinto muito bem...

—Ele vai vomitar?—Alexy perguntou.

—Ele vai vomitar—Armin confirmou.

                              *** 

   Lynn estava caminhando para casa, quando ouviu alguém chamar seu nome. Ela se virou para trás, e se deparou com o mesmo garoto de antes, o da piscina. Kentin

—Você está me seguindo?—ela indagou, nervosa.

—Irmã. Não fuja de mim. Nosso mestre espera por você.

   Alguém a segurou por trás, e colocou um pano sob sua boca, que exalava um cheiro adocicado, e que a fez mergulhar com tudo na escuridão.


Notas Finais


Oi outra vez :3
Eu realmente espero que vocês tenham gostado. E peço perdão, novamente. Tentarei não demorar tanto tempo assim^^
Um beijo, um queijo, e vejo vocês no próximo capítulo <3
Ainda tem muita coisa por vir...


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