História The Daughter of Crime - Are You Thinking About Her?

POV’s Justin

Depois que o roubo deu errado, fui a minha boate tentar espairecer, mas eu estava tão irritado que consegui rejeitar uma das vadias de lá. Ainda mais irritado acordei no outro dia, esperando que tudo aquilo tivesse sido um pesadelo, e percebi que não era.

Levantei da cama quando ouvi uma batida na porta, era Holly, já comi ela algumas vezes, era ate gostosinha, mas figurinha repetida não completa álbum.

- Aqui o comprimido para dor de cabeça que você pediu Bieber – falou me entregando o mesmo com cara de quem queria mais alguma coisa, sei bem o que é.

- Senhor Bieber, para você – falei rude pegando o comprimido e ela logo murchou.

- Mas a Ashley te chama assim – a desgraçada teve coragem de me responder

- Ashley é hóspede, você trabalha aqui – respondi grosso, Holly assentiu e se retirou.

Fechei a porta e fui tomar o remédio, se ela continuar achando que é alguma coisa aqui dentro dessa casa, vai parar na rua.

Decidi tomar um banho para ver se melhoro desse mal astral de ter falhado na missão, o que não adiantou muito, o banho gelado. Troquei de roupa bem rápido e desci morrendo de fome. Meredith já preparava o almoço na cozinha, e o cheiro só me dava mais fome, ela é a melhor cozinheira.

- Boa tarde, Senhor Bieber – cumprimentou arrumando a mesa

- Boa tarde Meredith – me sentei – Sabe se Ryan já foi viajar?

- Sim, saiu bem cedo com a menina Ashley – respondeu me servindo, assenti e ela voltou para a cozinha

Almocei e logo depois segui para meu escritório, tinha que me atualizar dos meus negócios. Marquei algumas entregas de mercadoria, como não era nada muito grande meus capangas poderiam ir levar. Nem sei quanto tempo passei ali dentro lendo contratos de parceria com uns traficantes da zona norte, isso mesmo, fazemos contratos para garantir que tudo saia do jeito que queremos e ninguém nos passe a perna, de repente Chaz entrou sem bater na porta, novidade

- Alguma coisa sobre quem possa ter contado para Evan sobre o roubo? – perguntei esperançoso

- Nada cara – suspirou sentando de frente pra mim – Tive uma conversa com os capangas, mas não resolveu nada, eles realmente só ficaram sabendo um pouco antes de irmos pra lá.

- Mas que merda – bati na mesa estressado – Tem alguma coisa errada nessa historia

- Você não acha mesmo que foi a Ashley ou as amigas dela ne? – Chaz perguntou

- Eu e a Ashley não nos suportamos, mas é obvio que ela não faria isso pelo fato do irmão dela estar lá – pensei – Só que essas amigas dela não são muito confiáveis.

- Eu confio na Maggie – Chaz riu de canto

- Claro, você ta fodendo com ela – falei e rimos

- E você com a Ashley – Chaz devolveu.

- Só foi uma vez – bufei

- Você tinha dito duas vezes

- Tanto faz – revirei os olhos

- Quero ver se o Ryan descobrir – continuou insistindo naquela historia

- Ele não vai. Isso vai acabar antes dele saber de algo – falei convicto

Eu gostava de transar com a Ashley porque além do fato de ser bom pra caralho, ela não era como aquelas garotas de dezoito anos que se apaixonam pelo cara já no primeiro beijo. Ela é mais independente e parece ser daquelas que não quer relacionamentos complicados, assim como eu. Confesso que tudo isso me faz ter vontade de transar mais vezes com ela, porque sei que ela não vai ficar enchendo o saco depois querendo atenção ou algo mais serio.

Na verdade ela é dessas que transam, vai embora e depois finge que nada aconteceu, o que me deixa um pouco irritado, porque esse é o meu papel, não o dela e...

- Drew porra, to falando com você – Chaz estalou os dedos chamando minha atenção.

- O que foi caralho? – sai de meus pensamentos

- Está pensando na Ashley? – perguntou debochado

- To pensando que você deveria cuidar da sua vida – fui grosso

- To vendo onde isso vai dar. Você vai se apaixonar por ela – imediatamente comecei a rir irônico

- Que inocente Charles – fez careta por eu ter chamado assim – Ela que vai acabar se apaixonando por mim – sorri convencido

(...)

- Pede pra morrer filho da puta – bati mais uma vez com a arma em sua cabeça

- Não – choramingou o homem que estava amarrado na cadeira – Por favor, não me mata.

Chris e Chaz riam do desespero do homem que certamente já sabia seu fim.

- Você ta me devendo três mil dólares seu infeliz – segurei com força em seu rosto o encarando

- Eu prometo que vou pagar – implorou pela decima vez

- Ah você vai sim – falei sorrindo malvado – Eu te dou uma semana para me pagar todo o dinheiro, senão você e sua família vão parar a sete palmos do chão – ameacei apertando seu rosto com força, sempre funciona.

Dei uma coronhada com força na cabeça e o cara desmaiou, só não o mato agora porque eu que saio no prejuízo. Estávamos no meio do nada, quase que literalmente, quando o imbecil acordasse daria trabalho para voltar. O problema é dele mesmo.

Ninguém banca o espertinho com Justin Bieber.

(...)

No outro dia, acordei com o celular tocando, era Ryan. Ele queria falar sobre o que era o testamento, não sei porque. Tinha certeza de que era só a herança em dinheiro dos pais deles, mas não foi isso que eu ouvi. Fiquei bastante surpreso em saber que os Butler eram criminosos e deixaram o trafico nas mãos dos filhos.

Logo desliguei o celular já começando a pensar em um plano. Bom, Ashley não precisaria da parte dela, não é mesmo? E se ela não me der por vontade própria, eu vou ter que tirar de outro jeito.

POV’s Ashley

Ryan foi dirigindo o Camaro e com isso chegamos bem rápido no local onde seria o tal jantar. Era um hotel de luxo super extravagante, esses caras são bem convencidos. Um manobrista abriu a porta do carro para mim, serio gostei disso, Ry entregou a chave e o cara saiu manobrando o carro. Kai nos esperava do lado de fora.

- Você esta linda Ashley – disse me cumprimentando e logo em seguida Ryan

- Obrigada Kai – sorri agradecida

- Como o nome de vocês não esta na lista, vou falar que são meus filhos, tudo bem para vocês? – perguntou nos olhando

- Sim, claro – respondeu Ry.

Conseguimos entrar como filhos de Kai, ainda bem que ninguém desconfiou. O jantar acontecia no hall do hotel que mais parecia um salão de tão enorme, com varias mesas espalhadas por ele. Havia muitas pessoas ali, homens que pareciam ter todo dinheiro do mundo, esbanjando cordões de ouro e prostitutas baratas. Assim como mulheres com vestidos brilhantes e joias caras. Não sabia que existiam tantos gângsters e criminosos em uma cidade só.

- Se alguém perguntar o nome de vocês, não falem a verdade, inventem um nome qualquer – Kai disse baixo

- Por quê? – perguntei

- Na verdade esse jantar esta sendo feito para decidirem quem vai comandar New York daqui pra frente.

- Mas não eram nossos pais que comandavam? – Ry perguntou confuso e Kai olhou desesperado para os lados, com medo de alguém ouvir.

- Sim, e agora esta provisoriamente comigo, mas isso não vai durar muito. Eles querem dividir o trafico na cidade e colocar nas mãos de quem tem mais influencia e poder.

- Então todos aqui são nossos inimigos? – perguntei temendo sua resposta

- Não totalmente. Há muitos aliados também, mas se descobrirem que vocês estão vivos e pior, que estão aqui, vai virar uma verdadeira guerra. Com certeza ganhariam mais inimigos, muitos aqui não querem dois adolescentes no comando.

Kai tinha razão, ate parece que alguém aqui iria querer deixar a cidade inteira em nossas mãos, seria muito arriscado. Ryan sabe como administrar tudo isso, mas tenho certeza absoluta de quem ninguém daria credito a ele, isso faria com que perdêssemos as parcerias e acordos que meus pais deveriam ter e consequentemente aumentaria o numero de inimigos.

- O que faremos agora? – meu irmão perguntou

- Vocês devem fingir que não tem envolvimento nenhum com tudo isso. Assim não vão chamar atenção – respondeu Kai e no mesmo instante se aproximou um senhor

- Quanto tempo Kai. Como esta sendo comandar a cidade? – disse o velho o cumprimentando

- Esta sendo ótimo – respondeu com desdém

- Aproveite, não durará muito tempo – riu irônico, não gostei desse velho – Quem são esses? – me analisou de cima a baixo e me senti enojada

Ryan imediatamente colocou o braço em meu ombro, me abraçando de lado, o encarando.

- São meus filhos – disse Kai rapidamente antes que eu inventasse um nome qualquer e provavelmente estranho

- Não sabia que tinha filhos – riu com frieza – E a moça bonita tem nome?

Senti Ryan agora apertar minha cintura com força, provavelmente se controlando para não ir pra cima do velho. Meu irmão abriu a boca mais foi interrompido por Kai.

- Hector, não quero você perto dos meus filhos – Kai foi extremamente grosso – Crianças podem ir

Ignorei o fato de que ele nos chamou de criança e Ryan me puxou pelo braço para longe dali. Olhei para traz e vi que Kai parecia discutir com o tal de Hector, bem feito velho abusado.

- Mas que arrombado filho da puta – Ryan falou bravo assim que nos distanciamos

Bravo não seria a palavra certa, ele estava com ódio, se fosse um desenho animado com certeza sairia fumaça do nariz dele.

- Calma Ry, não adianta ficar assim – tentei tranquiliza-lo.

- Você viu do jeito que ele te olhou? Que vontade de socar ate ele morrer – falou com raiva

- Não pode fazer isso aqui, a maioria são nossos inimigos agora.

- Temos que fazer alguma coisa – ele queria uma solução

- Vai fazer o que? Sequestrar e torturar ele?

- Na verdade eu ate posso fazer isso – sorriu pensativo, ele não ta considerando, não é mesmo?

- Não Ryan, não pode – falei seria, vai que ele esquece essa ideia.

- Tudo bem, mais agora eu quero assumir a minha parte e assim vou dar um jeito nele – falou mais calmo.

- Eu não sei se to preparada para assumir a minha parte – eu não sabia o que fazer

- Não se preocupe, eu vou te apoiar qualquer que seja a sua decisão – disse me abraçando.

Depois de toda aquela tensão de briga, Ry já estava mais calmo, mas de vez em quando eu o pegava encarando Hector mortalmente. Resolvemos então ir nos socializando e conhecer os inimigos e aliados sutilmente, conversávamos um pouco e já se percebia quem estava de qual lado ali.

Cansei de conversar com um velho que descobri ser amigo do meu pai, mesmo sendo aliado, era um chato que não parava um minuto de falar, meu irmão estava sendo apresentado por Kai a um grupo de homens, mas não me interessei em ir lá. O jantar tinha agora virado uma festa, não daquelas como nas baladas, mas tocava uma musica e algumas pessoas dançavam na pista, mesmo assim não via a hora de ir embora. Pedi uma água no bar e fiquei sentada sozinha apenas observando o garçom atrapalhado tentando entregar as bebidas.

De repente senti alguém sentar ao meu lado, olhei não acreditando no que estava vendo.

- Ashley? – assustou a pessoa que eu já conhecia bem

- O que você esta fazendo aqui?