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História The Demon Amour [Amor Doce] - Relações.


Escrita por: HellKingArt

Notas do Autor


Créditos da imagem para: ~Sccaf

Capítulo 20 - Relações.


Fanfic / Fanfiction The Demon Amour [Amor Doce] - Relações.

               [Normal Pov]

Era mais um verão em Paris , com o clima razoávelmente elevado, o Sol e os dias longos marcam presença no verão da cidade. Os parisienses correm para os terraços dos cafés, passam longas tardes preguiçosas fazendo piqueniques nos gramados dos parques e aproveitam a “praia” nas margens do Rio Sena. Sorvetes e bicicletas viram febre coletiva.

Era, também, uma manhã perfeita para um encontro. Pelo menos...era o que parecia.

Camila se sentia desconfortável. Fora convidada por seu noivo para um café da manhã em sua residência, e como seria rude recusar um convite, acabou aceitando. Mas algo naquele lugar, ou na companhia, a deixava apreensiva, como se estivesse em território inimigo.

Sebastian sorriu, estendendo a garrafa de vinho e insinuando que iria por mais na taça da albina.

--Gostaria de agradecer mais uma vez por ter vindo, querida...--o moreno/ruivo sabia o que estava fazendo, usaria de todo o seu charme para ganha-la, se fosse preciso --Mas você ainda parece tão tímida, quem sabe isso a ajudaria a se soltar !-- seu ato foi interrompido com um gesto suave.

--Acredito que não seria uma boa idéia beber a uma hora dessas.--falou com calma, tentando não transparecer o desconforto --Sabe, eu estou tentando parar...--

O Cawallcanty, então, murmurou um "entendo..", enchendo a própria taça do vinho. Ela então olhou em volta, os dois estavam no jardim da mansão, que não era bem o que se podia chamar de "bonito", a mesa de café da manhã estava posta com vários bolos e doces, mas não sentia vontade alguma de comer qualquer um deles.

--Heh..eu sei, não é tão magnífico quanto o seu deve ser..--ele pareceu ler o pensamento dela, fazendo um comentário sobre o jardim. --Sabe..meu pai prefere investir mais no interior..--

--Entendo.--respondeu de imediato sem ter prestado muita atenção. Sebastian aproveitou que ela estava distraída para segurar sua mão livre por cima da mesa.

--Você...devia ver..--

A albina quebrou o contato de imediato, recolhendo a mão para si e desviando o olhar para um lugar qualquer.

--Se...se insiste...--

[....]

O salão de festas da família Cawallcanty era enorme, como deveria ser, as cores escuras das paredes limitavam a visibilidade então as janelas estavam sempre abertas, um lustre enorme se encontrava no teto, várias mesas se encontravam nos cantos do local, deixando um grande espaço no meio onde os dois jovens estavam. Sebastian olhou para a sua convidada, sorrindo.

--Então...o que achou..?--

Camila esteve em silêncio durante todo o tempo em que ele mostrou todos os cômodos da casa, Khastian não se encontrava ali no momento e não havia visto um empregado sequer, estavam sozinhos.

Alguma coisa sobre aquilo fazia seus instintos gritarem, as expressões e palavras de seu noivo pareciam falsas...não sabia se podia confiar nele.

--...Sebastian...--talvez tenha sido a primeira vez em que o demônio escuta seu nome ser chamado pela albina --...Você é...er...legal, mas, eu realmente não quero me casar, entende ? Eu já tenho muito com o que me preocupar, e...você realmente quer isso ? Quer dizer...nossos pais decidiram isso sem ao menos nos perguntar..--

--Está dizendo...que não quer se casar comigo...?--fez o seu melhor para esconder a raiva, com uma expressão de tristeza. Era óbvio que nenhum dos dois queria isso, mas Sebastian sabia que sairia ganhando se o plano de seu pai desse certo. Não iria deixar que ela tirasse tudo dele --Bem...eu entendo, receber uma notícia dessas assim...mas...qual é o problema ? Digo, você não quer que seu pai fique feliz ?--

--...o quê..?--

"Peguei..." Sebastian pensou.

--Veja bem...eu sei que é um assunto delicado, mas não tem como não ficar sabendo. Todos comentam sobre o quão ruim é sua relação com o Lucáhrio...então...--ele se abaixou, ficando com o rosto próximo ao dela, por um momento a Hellsing pensou em qual seria o grau de intimidade entre o noivo e seu pai, para que ele o chamasse pelo primeiro nome --...Se fizer o que ele manda, e se casar..talvez ele fique feliz contigo, pense nisso, não quer fazer a coisa certa ? Não quer deixar seu pai orgulhoso ? Não quer ser a RAINHA do Inferno...?--

Sua boca estava próxima ao pescoço dela, as presas afiadas claramente expostas, não hesitou em por as mãos nos quadris da mais baixa.

Um dos piores erros que poderia ter cometido.

O sangue espirrou de sua barriga quando a albina o atacou, a foice na mão esquerda enquanto dava um pulo para trás, se afastando dele, pode ver rapidamente um feixe de luz vermelha de seu olho esquerdo, mesmo estando ainda coberto.

Olhou para ela, ainda tendando se recompor do choque que havia levado, aquilo realmente doía, mas logo conseguiu se recuperar, usando sua habilidade em regeneração instantânea para curar o corte profundo.

Camila observou o corte se tornar um monte de escamas, depois voltar ao normal, como se nada tivesse acontecido. Ainda segurando sua arma com firmesa, não pretendia tomar tal atitude, mas seus instintos a fizeran agir sem pensar, mas mesmo estando lonje do demônio ainda sentia que precisava se defender, e foi o que fez, invocando seis esferas de luz ao seu redor.

--Woah...o que foi isso ?--disse, dando um sorriso de lado --Quero dizer...eu até gosto das agressivas...mas...essa era a minha blusa favorita...--apontou para o corte em sua blusa negra de gola alta. A menor o encarou em silêncio por um tempo, antes de rir nasalmente e apoiar a foice no chão.

--Well...eu sou uma moça de família, Sebastian...não pense que pode simplismente me tocar dessa forma...Sem que eu aja em auto-defesa.--

--Entendo, mas...neste caso a senhorita deveria saber...--um barulho de motor se iniciou, o ruivo havia invocado uma motosserra, e estava dando partida na mesma--...Que não se ataca um Cawallcanty, e espera que o mesmo não retribua o gesto..--

Os próximos minutos seguiram desta forma: Sebastian avançou sobre a albina, mas esta foi mais rápida,usou uma das esferas de luz e criou uma redoma cristalina que impediu os ataques, depois, mandou as outras cinco ao encontro do ruivo, que conseguiu desviar se teleportando antes que elas explodissem.

Apareceu atrás de Camila, que já havia baixado a proteção, e conseguiu abrir um corte nas costas da mesma, que se curou no tempo em que ela virou-se e o tentou cortar com a foice, esta se chocou com as lâminas em movimento da motosserra, fazendo com que voassem várias faíscas. Os dois se separaram rapidamente e se encararam. Agora as escamas avermelhadas e negras do rosto do ruivo estavam bem aparentes e seus olhos em um verde intenso.

A albina já não tinha mais seu tapa-olho no rosto, agora seu olho vermelho se destacava no rosto, ela não pretendia ir muito lonje pois sabia que as coisas podiam sair do controle, ela mataria Sebastian se quisesse, mas não queria.

Se lembrava das conversas que teve com sua mãe e seu pai, com Seléstia lhe dizendo que a violência não era nescessária, e que sempre era possível evitar um conflito. Mas Lucáhrio discordava, dizia que era crucial lutar de volta, e que a melhor defensiva era a ofenssiva, argumentos de uma pacifista e um genocida...ela nunca chegou a ficar de um lado na verdade.

Hoje, ela oscilava entre os dois.

Quase foi atingida por um dos ataques novamente, as lâminas passaram quase que em câmera lenta a poucos centímetros de seu rosto enquanto ela desviava para o lado no momento certo, decidiu que era melhor acabar com aquilo. Galhos grossos e brilhantes de roseira saíram como braços do chão e agarraram Sebastian e sua arma, ele tentou se soltar, mas eles eram fortes.

--Heh...parece que me pegou, huh ?--disse com um sorriso enquanto a albina o virava na direção dela.

--..Parece que sim...--

--Isso foi divertido. Devíamos fazer mais vezes antes de nos casarmos.--

Os galhos apertaram o ruivo e os espinhos começaram a furar sua pele parcialmente escamosa, não causariam ferimentos sérios mas isso não queria dizer que não doíam.

--Como disse a você antes...não vamos nos casar..--

Sebastian caiu no chão quando os galhos o soltaram, se sentua levemente irritado por ter perdido daquele jeito, mas nunca adimitiria isso. Afinal, como qualquer um, ele odiava perder.

Mas alguma coisa dizia aos dois que aquilo era só o começo de algo bem maior.

[....]

O porão da casa de Beatriz era iluminado somente pela luz emitida pelas várias telas de computadores e notebooks, ligados enquanto a mesma tinha a sua atenção vidrada em uma delas, estavam tão concentrada que não ouviu quando outra pessoa desceu as escadas e parou atrás de si.

--...Bia ?--chamou, fazendoa outra pular de susto, virou-se para a azulada com a feição de alguém que não dormia há dias.

--N-Não..não faça mais isso !--não parecia estar brava --Lety...se vai morar comigo, tem que entender que eu preciso de privacidade quando estou trabalhando...--

Lety sorriu um pouco sem jeito, tentando não rir da reação da amiga.

--Okay, sorry, mas é que a sua irmã está na porta.--

Beatriz se levantou impulsivamente, surpresa...por quê sua irmã estaria ali ?

--C-Cami...?--

--E você tem outra irmã..?--

Beatriz ignorou a pergunta, subiu correndo as escadas, quase caiu, e chegou à sala de estar, abriu a porta da frente e deu de cara com a irmã, com os braços cruzados, e esperando...

Não entendia o porquê de se sentir tão nervosa na presença da irmã mais nova, em certos momentos sentia como se ela fosse e mais nova, e não Camila. Sempre que olhava no único olho que podia ver, via alguma coisa, mas não sabia o quê, ela havia mudado tanto...

De certa forma...tudo mudou depois que sua mãe supostamente "se foi".

A mais nova inclinou a cabeça para olhar pra dentro da casa, depois voltou o olhar para a irmã. Seja lá o que estava fazendo, não tinha parado até aquele momento....

--É...o-oi !--odiava quando gaguejava, coisa que costumava acontecer quando ficava nervosa, parecia uma criança imponente..fraca e com medo.

--Da próxima vez que eu te ligar..pode atender ?--um ponto de interrogação surgiu no rosto da mais velha, ela pegou o celular, desbloqueou a tela, e notou a notificação, uma chamada perdida, óbviamente ela só havia ligado uma vez, pediu desculpas em voz baixa --...Tudo bem...--

--E-Eu não estava esperando visitas...mas pode entrar !--

Camila se limitou a dar um pequeno sorriso, entrou, sondando os arredores da casa com o olho, ela nunca chegara a visitar a irmã quando sua mãe ainda morava ali, na verdade...ela nunca havia visitado a irmã...

Uma sensação desconfortável subiu por seu peito, rastejando em seguida por suas costas, a culpa. Ela foi capaz de abandonar a própria irmã e ss sentia culpada por isso, memórias imvadiram a sua mente, as duas, pequenas, no lago do palácio...Beatriz tinha que ficar lá, pois naquela época não sabia como poderia criar pernas, de fato as coisas ficaram mais fáceis depois que ela aprendeu. A mais nova sempre ia lá, levava livros e coisas que achava que alegrariam a irmã, as duas conversavam, liam histórias, pensavam juntas sobre o futuro e prometiam, que sempre estariam juntas, não importa o que aconteça.

Elas quebraram essa promessa. Camila quebrou aquela promessa.

Voltou para a realidade quando sentiu a preocupação da mais velha através do toque em seu ombro, em um impulso cego, se virou e abraçou a irmã. Beatriz não soube como reagir, mas retribuiu, é uma coisa que irmãs fazem.

Sem dizer nada, as duas se separaram, Camila preferia não explicar, e Beatriz aceitava aquilo, de certa forma, ela também precisava daquele momento. Também não perguntou o motivo da visita, se tinha uma coisa qie sabia da irmã, era que ela fazia o que fazia, não precisava de motivo. Apenas ofereceu gentilmente uma xícara de chá, que foi imediatamente aceito pela outra, e as duas passaram a tarde do lado de fora da casa, conversando, colocando os assuntos em dia, recuperando aquele tempo que haviam perdido.

[....]

Desligou mais uma vez o telefone depois de ouvir um "Alô ?" Vindo do outro lado, aquela deveria ser a quinta vez aquele mês, ou talvez a sexta ? Não se importava mais.

Castiel podia sentir sua dignidade se esvaindo de seu ser.

Mesmo depois de tudo, ainda não conseguira tirar Debrah da cabeça. Era como se...de alguma forma...ela o tivesse enfeitiçado ou algo assim.

Ele sabia que soava idiota toda vez que pensava isso, alguma coisa idiota que saíra dos livros de fantasia da irmã mais nova, mas era a única explicação racional em que conseguia pensar depois de uma garrafa de whisky. Não era como se ele não tivesse tentado seguir em frente, porque ele o fez. Ele saía, bebia, ficava com mulheres...mas Debrah..a maldita não saía da porra da sua mente.

Tudo o que ela fez com ele o fazia querer matá-la por ser uma filha da puta, e a si mesmo por ter sido tão idiota.

Apagou o cigarro na mesa de centro no mesmo instante em que a irmã desceu as escadas, ela olhou para a bagunça da sala e suspirou, colocando as mãos na cintura como se fosse sua mãe.

--Cassy...--ele a olhou, entediado --Não me diz que tava pensando na Debrah denovo..--

--Tá bom...não digo.--pela voz arrastada, estava claramente alto se recostou no sofá e cobriu os olhos com o braço. Estava cansado --Vaza...pirralha..--

--Castiel Vega..você é um babaca.--e denovo, estava soando como sua mãe, de certa forma ela cuidava mais do irmão do que o contrário --Ela te deu um pé na bunda, se liga ! Ela nem era tão bonita...--

--Eu disse VAZA, Clara !-- olhou para ela, elevando a voz. Não estava com raiva, mas sabia que a mais nova estava certa e não podia acreditar que uma garota de sete anos sabia mais da vida do que ele.

Clara bufou, o irmão podia ser um idiota em seu conceito, mas não gostou nada do jeito com que sua ex namorada brincou com ele, e como ainda faz isso sem nem estar por perto. Mas ainda tinha esperança de que um dia ele encontraria alguém, todo mundo tem seu alguém, era o que pensava.

Ia discordar mais uma vez, mas desistiu, se virou e começou a subir as escadas, parou no último degrau, virou o rosto e falou:

--Você devia mesmo arrumar uma namorada, uma de verdade.--dito isso, foi para o quarto.

O ruivo ficou sozinho novamente, sozinho com seus pensamentos...

Se pegou relembrando de quando ficou preso na floresta, o que na verdade não aconteceu muito tempo, da bronca que levou da diretora e dos pais ao telefone, lembrou de Clara dizendo que ele podia ter sido morto por algum ser mitológico que não lembrava o nome. E lembrou de quem estava com ele..

Rosnou, apoiando os cotovelos nos joelhos, por que estava pensando naquilo, ou melhor...nela...o perturbou pelo resto da noite como um mistério a ser resolvido.

Talvez fosse a bebida, mas chegou a pensar que talvez fosse aquilo que precisasse em sua vida. 


Notas Finais


Wow, quantas emoções...

Eu não sou muito boa escrevendo lutas, como vocês podem ter notado, mas eu ainda vou resolver isso. Yeah...como eu disse nas notas iniciais, espero que gostem, e por favor me perdoem pela demora..


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