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História The Desolation of Thranduil - Lembranças


Escrita por: Ventur

Notas do Autor


A Terra-Média, personagens e história pertencem à J. R. R. Tolkien. Só estou me divertindo um pouco mudando o desenrolar da história.

Não me matem por estar postando isso essas horas, para recompensar vocês vou postar mais um capítulo nesse sábado se tudo ocorrer como planejado (e vai)

Essa música com certeza demostra todos os sentimentos do nosso querido rei, sei que não pode postar link nas notas do autor, mas foda-se, vamos fingir que ninguém sabe (ai excluem a minha fic u.ú): https://www.youtube.com/watch?v=4cfzlasUfT4

Capítulo 8 - Lembranças


Fanfic / Fanfiction The Desolation of Thranduil - Lembranças


Tauriel seguia o rastro dos orcs pela margem do rio, no seu caminho até lá via muitos corpos de animais mortos, orcs eram criaturas das trevas, sua maldade não tinha limites. A Elfa sentiu que tinha alguém atrás de si, já sabia quem era, com um movimento rápido armou seu arco, virou-se agachada e apontou para o intruso que também lhe apontava o arco.


- Ingannen le Orch.[Achei que você fosse um Orc.]-Disse a Elfa zombando.


- Cí Orch im, dangen le.[Se eu fosse um Orc, você estaria morta.]-Respondeu Legolas com o mesmo tom.-Tauriel você não pode caçar trinta orcs sozinha.-Os os Elfos já tinham desarmado os arcos e Legolas caminhava para perto da ruiva.


-Mas eu não estou sozinha.-A Elfa lançou um olhar cúmplice que o Elfo correspondeu.


-Você sabia que eu viria.-Ela sorriu e voltou seu olhar para a Cidade do Lago, que mesmo distante já podia ser vista dali.-O Rei está furioso Tauriel, por seiscentos anos meu pai a protegeu, a favoreceu.- A ruiva o encarava séria agora.- Mas você desafiou suas ordens, traiu sua confiança. -Legolas ao mesmo tempo que queria que ela voltasse também desejava que aquelas palavras não saíssem de sua boca, não queria falar de seu pai, muito menos para ela.-Dandolonanin. E gohenatha.[Volte comigo. Ele te perdoará.]


-Ú-’ohenathon. Cí dadwenithon, ú-’ohenathon im.[Mas, não irei. Se eu voltar, eu não perdoaria a mim mesma.]-Apesar de que uma parte de Tauriel não quisesse que Thranduil a odiasse ela não poderia voltar e deixar Kili, ele precisava de sua ajuda agora, quando ela voltasse ou SE voltasse se entenderia com o rei ela mesma.- O Rei nunca deixou orcs entrarem em nossas terras antes, mas deixaria eles cruzarem nossas fronteiras e matarem nossos prisioneiros.


-Essa luta não é nossa!-O príncipe falava com raiva, mais por causa dela estar se preocupando com o anão do que por que por ela não querer voltar.


-Essa é a nossa luta! Ela não vai terminar aqui, com cada vitória o mal está crescendo. Se a vontade de seu pai for cumprida não faremos nada.-Legolas desviou o olhar dela e mirava a Cidade de Lago, sua feição estava pensativa.-Vamos nos esconder em nossos muros, viver nossas vidas longe da luz e deixar a escuridão prevalecer.-O Elfo voltou a encara-la.-Não fazemos parte desse Mundo? Diga-me mellon, quando deixamos o mal se tornar mais forte que nós?-Legolas a encarava sério.


-Tudo bem, eu irei com você. Mas não pelo anão e sim para saber o que aqueles orcs planejam.-O príncipe juntou-se a ela e começaram a andar lado a lado.-Quando você saiu da sala do trono...


-Quando o seu pai me expulsou você quis dizer.-Tauriel olhava para emburrada.


-Okay...desculpe por isso, eu ia falar algo mas não era o melhor momento para contrariar meu pai, enfim...como estava dizendo, quando você saiu o orc disse algo sobre um mal que se aproxima e que a era dos orcs se aproximava e que todos nós iriamos queimar.-Legolas narrava com uma tentativa de voz sombria e misteriosa arregalando os olhos.


-Pode até brincar com isso, até levar uma flechada bem no meio da bunda.-Disse a Elfa irritada fazendo Legolas voltar a ficar sério.-Tenho certeza que isso tem algo a ver com aquelas aranhas.-A ruiva falava mais para si mesma do que para o Elfo ao seu lado.


-Você anda muito irritada Tauriel, não quer outro beijo para acalmar os ânimos?-O príncipe ria da cara de espanto da Elfa.


-Você está louco?! Não está vendo que essa não é a hora para brincadeiras temos coisas realmente sérias para resolver.-Eles pulavam de galho em galho enquanto corriam pela floresta, quase nenhum som era perceptível, a agilidade do Elfos era realmente impecável, pela altura no Sol Tauriel concluiu que não passava das duas da tarde ainda, tinham que ser mais rápidos, perdera muito tempo voltando ao castelo quando saiu pela primeira vez, Kili não tinha mais muito tempo.


-Quando foi que você se tornou tão chata Tauriel? Gostava mais da época que você me chamava de Leggy.-Legolas olhava para ela enquanto corria, a Elfa não conseguiu conter o sorriso lembrando dos velhos tempos, o príncipe devolveu o sorriso para ela.


Os dois pequenos Elfos andavam um atrás do outro em silêncio a noite pelos corredores do castelo, o mais velho ia atrás relutante, enquanto a de cabelos de fogo liderava a frente puxando o loiro pelo braço.


-Tauriel, não deveríamos estar fazendo isso, o rei não vai gostar.-O Elfo dizia enquanto olhava para os lados.


-Cala boca Leggy, alguém irá te ouvir bobão.-A ruiva que era um palmo mais baixa que ele advertia.-E seu pai é o rei, essa é a vantagem de ser príncipe, se formos pegos não vai dar em nada.-Ela falou confiante com o narizinho empinado.


-Isso é o que você acha.-Os dois pequenos chegaram em uma grande porta de carvalho onde os contornos dela eram feitos de ouro assim como sua fechadura.


-Vamos me dê a chave.-Resmungou a ruiva pidona. Pegando a chave da mão do Elfo ela tentou sem sucesso alcançar a fechadura, arrancando alguns pequenos risos do príncipe que tentava fazer silêncio.-Pare de rir e me ajude aqui.


-Nananinanão.-O loiro fez "não" com o dedo e colocou as mãos na cintura fingindo-se de ofendido.-Peça desculpas, você me tratou mal e olha que eu nem queria estar aqui, você que me arrastou para isso e eu nem sei por quê você quer o arco dele, você não consegue sequer segurar o arco.


-Não interessa, eu quero e eu não vou pedir desculpas!-Tauriel virou para o lado, cruzou os braços e ficou emburrada.


-Tudo bem, então eu vou embora.-Legolas deu meia volta mas foi segurado pelo braço.


-Nãããooo Leggy!Me desculpe, eu juro que não faço mais.-Disse ela fazendo biquinho.


-Tudo bem, então me dê a chave que eu abro.


-Não!Eu quero abrir, faz pézinho para eu subir.-Disse ela animada esperando ele se abaixar, o príncipe revirou os olhos mas fez o que ela pediu.-Ai Leggy me segura direito idiota.-Legolas olhou feio para ela.-Desculpe.-Disse com um sorriso amarelo. O Elfo sabia que mesmo que Tauriel jurasse pelos Valar ela sempre seria daquele jeito afinal era sua personalidade e por mais que ele reclamasse não mudaria nada nela. A Elfa colocou a chave na fechadura dourada e destrancou a porta, desceu de Legolas e entrou na sala animada sendo seguida pelo Elfo.


Quando entram na sala ambos ficaram de boca aberta, havia um inimaginável número de relíquias preciosas, espadas, capas, arcos, artefatos que nem eles mesmo sabiam o que era, livros que julgando por suas capas desgastadas deveriam ser muito antigos, no meio da sala havia um enorme castiçal porém estava apagado, as paredes eram repletas de armas e até mesmo alguns mapas, um deles chamou atenção de Tauriel, era grande e imponente, ela chegou mais perto para analisar melhor, nunca tinha visto aquela parte da terra média em nenhum outro mapa que estudara, a Elfa ainda não entendia muito bem a língua antiga dos Elfos, mesmo que seu rei a obrigasse a ver aulas de Élfico antigo junto Legolas, mas conseguiu ler algo como "Eru Ilúvatar e nova vida", queria tentar entender um pouco mas sua atenção foi para o príncipe que falava agora.


-Qual você acha que é o dele?-Ele perguntou, olhando para todos os arcos que tinham ali, cada um com sua peculiaridade, mas não deixavam de ser lindos.


-Com certeza é o que tem mais brilho, mais luxuoso e mais extravagante.-Disse ela em tom de brincadeira.-Porque nos sabemos que o rei sempre quer as melhores coisas, as melhores roupas, o melhor cabelo e eu acho até que ele gostaria de competir com a rain...


-Então é isso que você pensa de mim Tauriel?-A voz fria e cortante quebrou o clima divertido que estava na sala, Legolas engoliu o riso e ficou quieto enquanto Tauriel sentia sua espinha arrepiar.-Virem-se.-Os dois Elfos viraram-se e ambos olhavam para os pés.-Digam, o que estavam fazendo aqui?-Ele perguntou, nenhum dos dois Elfos respondeu.-Pois bem, vejo que terei que castigar os dois, vamos começar com você Tauriel.-O Rei Élfico ameaçou andar até a pequena quando Legolas se intrometeu.


-Fui eu pai! Peguei a chave no seu escritório no quarto de você e da mamãe e chamei Tauriel até aqui para me ajudar a pegar o seu arco!-Legolas fazia pose de herói falando com confiança em frente a uma Tauriel visivelmente irritada.


-Saí daqui seu besta!-Ela emburrou o príncipe "levemente" para o lado para que este saísse de sua frente e ela pudesse encarrar o rei, o príncipe quase tropeçou nos próprios pés e olhou feio para a Elfa que tinha quebrado sua pose. Thranduil olhava sério a cena, mas gostaria de rir por dentro "Ela é realmente muito atrevida".


-Meu rei.-Ela fez uma reverencia extravagante, mesmo irritada ela não perdia o respeito por ele.-Fui eu quem mandei Legolas pegar a chave e vir até aqui comigo para pegar o seu arco.-O príncipe olhava ela indignado quando ela disse "mandou" e ela falava firmemente fixando seus olhos verdes nos azuis acinzentados de seu rei. 


-E posso saber o que a motivou a tais atos?-Thranduil perguntava calmamente como de costume, mas que todos no reino inclusive ela sabiam que quando o rei falava dessa forma, coisas ruins eram de se esperar.


-Porque o senhor não me deixou ter meu próprio arco, e eu preciso praticar para virar uma guerreira!-Ela disse animada, mas logo passou quando viu o olhar do rei sobre si.-Então eu vim aqui com Legolas para pegar o seu arco e praticar.


-Então...você fez meu filho mentir para mim, desafiou as ordens de seu rei só para você praticar com um arco que mal cabe em suas mãos, isso?-O rei se aproximava perigosamente.


-Você falando assim parece uma ideia estúpida.-Disse ela com a voz chateada.


-E foi realmente. Legolas.-O filhou olhou para ele assustado.-Vá para seu quarto, mais tarde irei falar com você mas agora quero conversar com Tauriel a sós.


-Mas pai...


-Agora!-O príncipe suspirou, deu um último olhar para a Elfa e saiu da sala. Thranduil passou pela pequena e pegou um arco grande em um formato que lembrava uma galhada de alce, em seu corpo haviam várias folhas esculpidas com a própria madeira do arco, nas pontas tinham gemas brancas cravadas e o punho era revestido com fios de prata.-Não é o mais brilhante, pode ter certeza.-Ele disse ainda de costas para ela, Tauriel baixou o olhar envergonhada.-Me siga.-O rei já ia saindo na sala quando Tauriel apressou o passo. Passaram por alguns corredores quando ela quebrou o silêncio entre os dois.


-Onde estamos indo?-Ela sempre fora curiosa, desde pequena.


-Você verá.-Quando chegaram ao local de destino a Elfa o reconheceu imediatamente e animou-se, era onde Thranduil trazia Legolas para praticar, era uma grande varanda onde podia-se ter uma bela vista da floresta, volte e meia Legolas conseguia matar alguns corvos dali. O rei agachou-se na altura na Elfa e a olhou.-Venha.-A Elfa obedeceu e ficou em frente a ele.-Está vendo onde está minha mão esquerda? Segure com sua mão esquerda aqui também e com a direita você segura a flecha e puxa a corta ao mesmo tempo.- Ele explicava calmamente.


-Eu sei com se segura um arco.-Disse Tauriel com arrogância. O rei arqueou uma das sobrancelhas e soltou o arco que caiu imediatamente no chão, a Elfa ainda não tinha forças para deixar um arco daquele tamanho em posição.


-Tudo bem faça sozinha.-O Rei olhava para ela divertindo-se com suas tentativas de deixar o arco em pé.-Vamos, pare de teimosia, me dê isso aqui.-Thranduil segurou com uma mão o arco em uma de suas extremidades e com a outra segurou a mão direita da Elfa, ajudando-a a segurar a flecha e puxar a corda ao mesmo tempo.-Agora respire fundo e escolha um alvo.-Tauriel fez o que ele mandou e soltou a flecha que atingiu um tronco, sua cabeça encostou levemente no peito do rei por causa da força do ricochete do arco, ela corou.


-Desculpe.-Disse a Elfa baixinho, mas foi ignorada pelo rei que estava mais preocupado em saber o que ela queria acertar.


-Qual era seu alvo?


-Aquele tronco mesmo.-Ela disse confiante,o rei a olhou com recriminação.- Tudo bem...na verdade era aquele buraco oco no meio da árvore.-O Elfo olhou para a flecha e para o buraco, não estavam tão distantes.


-Você é boa, com prática vai se tornar uma excelente arqueira.- Ele falou com sinceridade.


-Por que está fazendo isso?-Ela perguntou timidamente baixando o olhar.


-Porque era o que você queria não?-O rei levantou o rosto da Elfa delicadamente.


-Sim! Mas achei que você iria me castigar depois de eu ter tentando roubá-lo.-Ela disse apontado para o arco.


-De fato eu não gostei de sua atitude Tauriel. Mas me diga nos sete anos que você está aqui alguma vez eu já lhe fiz algum mal?-A Elfa negou com a cabeça.-Exato, não deixei você ter um arco porque você ainda é muito nova, e com sua personalidade alguém com certeza iria acabar levantando uma flechada no olho.-Ele riu e ela o seguiu.-E se queria aprender era só me pedir, te ensinaria de bom grado assim com eu ensino ao Legolas.


-Me desculpe, eu realmente não estava pensando muito bem quando tive essa ideia idiota, só queria aprender a me defender, nunca se sabe quando se pode encontrar algum orc ou troll pela floresta.-Ela falava como se fosse maior verdade do mundo.


-Isso é verdade, nós Elfos sempre devemos estar preparados para tudo.-Ele a olhou sério agora.- Mas não se preocupe, eu sempre estarei aqui para protegê-la.


Tauriel saiu de seus devaneios, tinha poucas lembranças de como o rei uma vez tinha sido bom com ela, quando a rainha morrera tudo mudara, era como se tudo em sua volta tivesse morrido junto e então o coração do rei esfriou-se. Ele não era mais carinhoso e compreensivo com ela como outrora e ela sentia falta disso, sentia falta de como sentia-se segura com ele, ele era um bom rei, um bom Elfo, mas apenas quando ele tinha uma boa rainha ao seu lado. Entretanto, agora, o rei estava agindo diferente com ela, atencioso, não era como quando ela era criança, longe disso. Era uma tipo diferente de atenção, algo que ela nunca tinha experimentado de seu rei ainda, e Tauriel gostava disso. A Elfa tinha um sorriso nos lábios.


-Do que está rindo Tauriel?-Legolas perguntou curioso ao seu lado.


-Estou lembrando de como você era chato "Leggy"-Ela disse zombando do apelido e ambos caiam em risos, cúmplices e seguiram seu caminho entre a floresta.


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Thranduil estava sentado em seu trono, desacreditando nas palavras de seu filho, como poderia ser real? Ele amando Tauriel? Era algo que o rei não queria acreditar, não queria que fosse verdade. Talvez Legolas tenha se esganado, lembrava-se do seu próprio pai dizendo que a pulseira era para ser dada a quem o coração do rei pertencesse, mas nunca Thranduil imaginou que isso fosse tão literal. Ele levantou-se e caminhou pelo seu castelo, perdido em pensamentos até que chegou em uma varanda bem conhecida."Sempre trazia Legolas para praticar aqui, assim como Tauriel" era incrível como seus pensamentos ultimamente acabavam caindo sempre sobre ela, agora muitas lembranças que tinha da ruiva queimavam em sua mente.


-Meu rei!-Um guarda foi correndo até o rei que estava com seu filho pequeno no colo e com sua rainha ao lado.-Um grupo de orcs está atacando o vilarejo de Lletya, estão sendo dizimados meu senhor. 


-Leve Legolas para o castelo e o proteja.-Disse o rei enquanto entregava seu filho a sua esposa, ela assentiu.-Você, junte um grupo de trinta Elfos e os mande para o vilarejo, eu irei na frente.-Ele disse ao guarda. O rei correu até o os estábulos do castelo, seu alce estava lá, montou e galopou adentrando a floresta rapidamente, o vilarejo em questão não era longe dali, Thranduil podia ouvir a respiração forte de seu alce, o som do casco batendo no solo e sua fúria quando avistou um grupo de orcs vindo em sua direção, o rei já podia avistar o vilarejo, tirou sua espada da bainha e atacou os orcs que tentavam golpeá-lo enquanto seu alce cravava os chifres afiados nos orcs que entravam em seu caminho. Logo os outros Elfos também chegaram, mas era tarde demais todo o vilarejo estava em chamas, apesar de todos os orcs terem sido mortos eles conseguiram arrancar a vida daquele lugar. Tudo estava perdido, quando um choro alto e forte chamou a atenção do rei, vinha de uma casa que estava quase que completa sendo consumida pelo fogo. Ele entrou rapidamente e viu o corpo de dois Elfos, o choro aumentou, vinha de um quarto, mais precisamente de um berço, o Rei Élfico aproximou-se, quando olhou para dentro do berço o Mundo em sua volta parou. Havia apenas grandes esmeraldas olhando para ele com curiosidade, o choro tinha parado mas seu pequeno rosto ainda estava úmido e vermelho, apesar da pouca idade já tinha alguns fios ruivos na sua cabeça, de alguma forma aquela pequena Elfa tinha fisgado o coração do rei, ele pegou-a a enrolou numa manta, observou que na manta estava bordado "Tauriel", acolheu o bebê perto de seu peito e saiu da casa poucos minutos antes dessa desabar, montou em seu alce com a Elfa ainda nos braços e voltou num galope tranquilo até o castelo, quando lá chegou o bebê tinha o semblante sereno e adormecido. Thranduil lembra-se de como a Elfa era, teimosa e atrevida desde sempre e por mais que ele soubesse que deveria castiga-la nunca conseguia fazer, talvez ele se sentisse muito culpado pela morte dos pais da Elfa e por todo seu vilarejo, foi por meio de suas ordens que os guardas não estavam patrulhando aquele perímetro na hora do ataque, era um erro que nunca mais poderia  ser consertado e a pequena teria que viver para sempre sem nem ao menos ter tido a chance de conhecer os pais biológicos, afinal o rei tinha trazido-a quando tinha pouco menos do que a idade de seu próprio filho, talvez nem um ano. Apesar de nunca querer que ela o visse como pai ele sempre estava por perto em sua criação, Tauriel era tratada como realeza por todos e por mais que tanto as camareiras como a própria rainha a tivessem ajudado em sua criação a ruiva sempre teve que ser muito independente. Ela e Legolas cresceram juntos e sempre foram muito apegados um ao outro, o rei cansava de dar bronca em ambos quando andavam aprontando pelo castelo, apesar de sempre causarem confusão eram a alegria do castelo. Enquanto os dois cresciam Thranduil e a rainha eram acostumados a ouvir comentários de como os dois pequenos Elfos ficavam bem juntos e que provavelmente se casariam quando atingissem a idade adulta, porém o Rei Élfico nunca ligara muito para os comentários que o povo falava, não que ele não achasse que Tauriel não fosse digna de casar-se com um príncipe, mas a medida que ambos cresciam, mais a ideia parecia absurda para o rei. Se as coisas mudaram quando sua esposa morreu pelas mãos de orcs, nem se comparava as mudanças que ocorreram quando Tauriel atingiu a maior idade, ela se tornara uma bela Elfa aos olhos do rei, seus longos cabelos de fogo eram atrativos exóticos para a maioria dos Elfos Silvestres que em sua maioria eram dotados de cabelos platinados e olhos azuis, mas não ela, Tauriel era diferente. E para desagrado do rei despertava a atenção de muitos jovens Elfos, inclusive seu filho Legolas, o príncipe a via com outros olhos, não era mais uma paixão infantil era algo maduro e Thranduil nunca deixaria algo dessa forma acontecer. Nessa época o rei sempre estava furioso com Tauriel, não queria que ela fosse à floresta sozinha e ela ia, ordenava algo a ela e a Elfa fazia o contrário, o rei não sabia se ficava admirado com sua coragem ou irritado com sua rebeldia.

 Mal ele sabia que tudo isso não passava de...amor? O rei encosta seus cotovelos do parapeito da varanda e cobriu seus olhos com as mãos."O que eu estava pensando quando a acolhi em meu castelo?" Deveria tê-la deixado em outro vilarejo Élfico, teria sido melhor, pelo menos agora não estaria sentido tudo que sentia, essa onda de emoções. Estava ficando fraco? O amor sempre fora sua fraqueza, quase deixou-se abater quando perdera sua esposa, mas agora tudo era diferente, Thranduil sentia raiva e culpa por amar a Elfa, tudo parecia simplesmente tão...errado. Então por que ele continuava? E ainda sentia mais raiva por ela ter fugido novamente "...indo atrás daquele anão miserável!", fugindo de seus braços mais uma vez, por mais que desejasse, no mais profundo recanto escuro de seu coração, ele nunca a teria. Não poderia.

 

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Ao entardecer a companhia de anões chegou a Cidade do Lago, escoltados por um barqueiro, quanto este os questionou do motivo de estarem al,i recebeu xingações e reclamações dos anões. O barqueiro mesmo que apreensivo levou os anões escondidos até a sua casa e estes acomodaram-se preguiçosamente, como só verdadeiros anões fariam.


-Me ajude aqui!-Kili resmungava enquanto mancava para perto do anão loiro, que o ajudou a sentar-se.


-Isso está começando a piorar irmão, devemos tratar logo.-Disse o loiro.


-Eu estou bem e em breve terei ajuda.-Kili falava com um sorriso e uma expressão de dor ao mesmo tempo.


-Do que está falando?-O outro parecia confuso.


-Dela. A Elfa ruiva, ela virá atrás de mim.-Ele fava confiante.


-Só porque ela passou algumas horas falando com você não quer dizer que ela esteja morrendo de amores.-O anão falava entre risos.


-Fili! Eu não acredito que você ouviu a nossa conversa.- O moreno reclamava surpreso enquanto os outros anões a sua volta também riam.


-Eu comecei a ouvir quando você quis encantar ela com sua história sobre uma lua de fogo.-Fili zombava do irmão rindo enquanto era acompanhado pelo mesmo.


-Quietos! Nenhuma ajuda virá dos Elfos, ainda mais sendo da laia de Thranduil.-Thórin olhou especialmente para Kili.-Se espera que "sua" Elfa venha lhe salvar pode esperar até a morte, nenhum Elfo é confiável!-Todos se calaram com as palavras do anão.-Temos uma missão a cumprir e essa é nossa meta, vamos!-Thórin ordenou.


-Não irão a lugar nenhum!-Pronunciou-se o barqueiro pela primeira vez.


-Bard?-Perguntou o mais pequeno do grupo, um hobbit.


-Não sairão daqui até me dizerem quem são e por quê estão aqui!-Bard falava com firmeza olhando para Thórin que até então estava de costas para o homem. Virou-se lentamente, tinha um olhar profundo.


-Eu sou Thórin Escudo de Carvalho, filho Thráin, filho de Thrór, e eu vim reclamar o meu reino!
 


Notas Finais


Heyyyy alguns avisos.
As folhas no arco são tipo assim: http://mlb-s1-p.mlstatic.com/arco-flecha-pvc-elfico-bow-lotholorien-40-lbs-20788-MLB20196541365_112014-F.jpg

E o apelido carinhoso do Legolas devemos a nossa leitora ~Metalcore *uuuuu*

Me digam o que acharam, beijuss seus lindos >.<


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