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História The Diary of Elisabeth Bolton - Farmville?


Escrita por: sweetie13

Notas do Autor


Eu nem sei como me desculpar a vcs por ter ficado todo esse tempo sem postar!
Mil desculpas mesmo gente!
eu estava com um certo bloqueio para escrever e pensei até em abandonar a fic, mas ai tive vontade e desisti de excluir
Bom espero que gostem desse capítulo, fiz o maior que consegui,
talvez eu poste outro amanhã
bjuuussss e boa Leitura! :3

Capítulo 8 - Farmville?


Estava deitada no peito do Ben que fazia carinho em minha cabeça, era muito reconfortante. Naquele momento eu não pensava em nada, absolutamente nada. E realmente não queria, só queria aproveitar aquele momento, não sabia o que havia com aquela cabeça tão confusa do Ben, e não sabia o que aconteceria depois disso, então deixei as coisas fluírem.
Eu tinha o Ben como um irmão anos atrás, mas agora algo diferente abitava meu coração, que não sei muito bem, mas é algo a mais que não é nem de longe um afeto de irmãos.
- Eu não posso mais ficar longe de você - sussurei. Apertei fortemente sua mão.
- Enquanto eu estiver por perto não precisa se preocupar.
- Mas Ben, por que você aji desse jeito? Fugindo de mim, desde a minha festa de 15 anos?
Ele permaneceu um momento calado, talvez não quisesse me dizer o real motivo ou estava tentando inventar um.
- Eu só não quero que você arranje mais problemas do que você já tem.
- Mas...- ele colocou o dedo indicador da minha boca para que me calasse. Mais problemas? Então o Ben também estava metido em algo.
- Shiih, vamos deixar de pensar em problemas ok?- ele me abraçou forte.
- Tudo bem.- falei e fechei os olhos, só sentindo o calor do corpo dele pressionado contra o meu. O abraço dele era tão acolhedor, que não fazia sentindo com o Ben que me ignorava dois anos atrás, ele sabia de algo, mas estava escondendo para me proteger.
Permanecemos assim por longos minutos, assim quando Luce chegou não percebi.
- Ben?Lisa?
Abri meus olhos e me soltei dos braços de Ben, com certeza com as bochechas coradas pela cena na frente de Luce que nos olhava com um semblante divertido.
- Aah, oi Luce.- falei embaraçada. Enquanto Ben só mexia na sua nuca se fingindo de desentendido. Luce estava com dois cappuccinos um café descafeinado (como a própria adorava) e alguns croasãs em mãos. Ignorei seu sorriso malicioso, agente não tinha feito nada certo?

Estava dando minha primeira mordida no croasã, mas anunciaram a primeira chamada para o voo.
Dentro do avião ficamos na primeira classe, quando perguntei a Luce ela me disse que elas seriam minhas e de meus pais caso meu pai tivesse voltado de Londres. Me senti triste em pensar nisso, mas foram circunstâncias e algo mais que fizeram com que meu pai fosse assassinado, e eu irei descobrir o que foi, nada pode me impedir.
Nas poltronas me sentei na janela, Luce no meio e Ben no lado do corredor, mesmo longe de mim eu sentia como se ele cuidasse de mim, me sentia segura.

A viagem toda Ben não se pronunciou, nem eu me atrevi em falar ou perguntar a ele qualquer coisa que fosse. Varias perguntas ecoavam na minha mente.
Que problemas Ben queria evitar que me metesse?
Porque ele aji dessa forma tão esquisita?
São perguntas até o momento sem resposta, mas que eu tiraria a limpo assim que chegasse. Estava muito cansada então adormeci com a imagem na janela de uma Los Angeles brilhante.

***

Depois que aterrissamos já era por volta das 4:30 da manhã, eu estava exausta, minhas pálpebras tentavam se manter abertas mas era um esforço falho, eu não havia dormido no avião, fiquei a viagem toda somente pensando.
Estávamos no hall do aeroporto onde ficavam os táxis, o Ben foi achar algum já que por onde estávamos não havia nenhum vago. Luce me abraçava devido ao frio intenso que fazia naquela manhã.
- Ele gosta muito de você.- falou Luce. Enquanto me soltava de um abraço quente e acolhedor.
- Quem?- perguntei. Não tinha prestado atenção no que ela falava só observava Ben atravessando a pista do estacionamento onde os táxis estavam, ele estava lindo. Estava com uma camisa xadrez azul com uma jaqueta jeans por cima que estava um pouco velha (que sua mãe tinha lhe dado 2 anos atrás, que por incrível que paressa ainda cabia nele) seus cabelos castanhos e bagunçados dançavam com a brisa gelada que passava naquele momento. Ele conversava com um taxista provavelmente perguntando se ele poderia nos levar.
- O Ben. De quem mas eu estaria falandno?
- Ah, sei lá. Mas por que diz isso?
- Ele se importa muito com você, e quando eu falei que viríamos para Austin e você vinha junto ele me pareceu mais feliz e seus olhos brilharam.
Eu não sabia o que dizem, Ben que nesses últimos dois anos vivia mostrando-se tão frio comigo, ontem ele basicamente disse que me "protegeria" de uma forma diferente, e agora sua mãe me diz que ele fica feliz perto de mim e que seus olhos brilham.
Ben, porque você é tão confuso?
- Eu também gosto muito dele.- sussurei. Falei mais pra mim do que para Luce mas acho que ela escutou pois continuou calada, enquanto Ben voltava.
- Vamos?- falou Ben. Com o taxista ao seu lado.
- Claro.- falei. Em seguida entrei no carro.
Como em Los Angeles no carro fomos Ben na frente e Luce e eu atrás.
Depois que o táxi partiu percebi que nem ao menos sei pra onde vamos, tantos problemas que minha cabeça não processava direito.
- Luce, pra onde agente vai? Sei que não é pra a minha antiga casa porque ela vai ser vendida mas...
- Nós vamos pra casa da minha mãe.

Mãe? Não sabia que Luce tinha outra família. A única coisa que sabia era que Luce era viúva de meu antigo jardineiro e que tinha um filho muito lindo chamado Benjamim que eu nutria vários sentimentos inexplicáveis e perguntas sem respostas.
Eu tinha grande afeto por Luce, mas nunca lhe perguntei nada sobre sua vida, o que agora parece um pouco egoísta da minha parte já que eu sempre me abri com ela sobre todos meus sentimentos e problemas (exceto o caso "Ben"), mas nunca perguntei como ela estava ou se sentia.

- Não sabia que você tinha mãe. Quero dizer, viva.- falei sem jeito. Não queria ofende-la.
- Não se preocupe Lisa - ela falou gentil.- Eu nunca falei da minha família à você, me perdoe.
- Perdoar? Mas Luce, se você não me contou nada era porque não devia ou não necessitava.
Ela fitou a rua através da janela e em seguida respondeu.
- Algumas coisas tem data e hora certas para serem ditas.
O silêncio se instalou no automóvel.

Nesse momento ela me lembrava Ben, com seus enigmas; ele que nesse momento nem se quer prestava atenção no que eu dizia ou pelo menos parecia.
Mas o que Luce tem pra me dizer? Ou a qualquer outra pessoa? Preferi não perguntar, afinal como ela havia dito "algumas coisas tem data e hora para serem ditas." talvez agora não fosse o momento realmente de saber o que quer que ela tivesse me escondendo, são muitas coisas para absorver nesses dias, acho que imaginar que esse "problema" que não sei o que é, certamente é mais fácil.
Aonde quer que fosse a casa da mãe de Luce, com certeza parecia que não chegávamos à lugar algum.
Eu olhava através da janela, era uma cidade como qualquer outra, tem prédios, casas, e pessoas é claro, a única coisa de mais exótico nessa cidade é o ar de cidade do interior que não sai dela, algumas pessoas ainda andam por aí com chapéus estilo cowboy.
Sorri, ao ver um senhor que usava uma roupa que mais parecia de um filme de faroeste, com camisa xadrez em um tom marrom-escuro, com uma calça folgada e surrada, o bom e velho chapéu, e um pequeno ramo de mato entre os dentes; acho que se eu ainda fosse "aquela" Lisa eu diria "Nossa, que roupa mais cafona!", mas não era nisso que eu prestara atenção. Aquele lugar não era Austin, ou pelo menos não parecia.

- Luce, ainda estamos em Austin?
Parece uma pergunta óbvia, mas, os antes prédios davam espaço para casas de um estilo rústico, e cada vez mais apareciam pessoas como aquele cara cowboy.
- Estamos em Farmville, é um bairro meio que tradicional aos velhos costumes.
Farmville?
- Farmville? Que tipo de nome é esse? Nunca ouvi falar desse lugar.
Ela sorriu.
- Lisa, é um bairro pacato, não é nada comparado ao centro de Austin - ela deu uma risadinha abafada. - Mas acho que vai gostar. Aqui as pessoas são grandes amantes da musica cowtry, sei que você gosta.
- Hum...só não entendi o motivo da risada.- falei desentendida.
Agora Ben sorriu no banco do carona. O que houve com ele? Tinha passado toda a viagem sem ele falar se quer uma palavra e agora fica rindo da minha cara.
- O que foi Ben? Porque ta rindo?
- É que, uma hora você se faz de durona e em outra hora você volta a ser a Lisa de sempre.
Não gostei da forma que ele falou "Lisa de sempre", me fez sentir como se eu fosse uma garota mimada, que não suporta o interior. Mas eu não era assim. Pelo menos acho que não, eu adorava Austin.
Ai, Ben porque você faz isso?
- Hum...

O táxi estacionou na frente de uma casa muito bonita, tinha flores no jardim, era de um jeito rústico mas diferente das outras casas, era toda de madeira, com algumas flores no telhado e tinha uns 2 andares.
- Chegamos. - disse Luce, visivelmente aliviada, o percurso todo ela deu murmúrios de enjoo, ainda não entendo como alguém tem enjoo dentro de um carro e não no avião, no qual ela se manteve bem calma.
Luce e eu saímos do carro, Ben e o taxista retiravam as malas do táxi.
- Essa casa é linda! - exclamei, esperando que isso não afetasse minha imagem.
- É mesmo, espere ver por dentro. Minha mãe conserva ao mesmo modo de como quando meus irmãos e eu eramos crianças.
Ela disse com um brilho nos olhos, possivelmente com lembranças de sua infância.
Ela me conduziu até a porta da casa, que era de madeira que visivelmente era cuidada regularmente.
Luce tocou a campainha, e uma senhora apareceu. Ela era como uma daquelas tias que aperta bem forte as bochechas dos sobrinhos, tinha olhos castanhos como Luce só que sem as rugas e marcas de expressão, sorria bobamente e me olhava de uma forma curiosa.
- Luce? - ela disse, e abraçou fortemente Luce.
- Lea, quanto tempo minha irmã. - disse Luce. - Não sabia que viria.
Depois que se soltou Luce estava meio ofegante devido ao "aperto", sorri baixinho.
- Na verdade nem eu mesma sabia! - Lea me parecia bem afobada. - E quem é essa menina tão bonita?
Ela se referiu a mim.
- Ah, sou Lisa. - disse envergonhada e corada, Lea percebeu e deu uma risadinha.
- Não tenha vergonha de mim fofa! - ela disse e me abraçou da mesma forma que Luce, só que dessa vez eu senti e estava totalmente sem ar. Até que ela me soltou.
- Cadê o Benjamim? Meu sobrinho preferido?
Olhei para trás e o Ben se aproximava, seus olhos estavam opacos e parecia estar preocupado.
- Vamos entrar? - disse Ben, de forma firme. Ele nem por um momento olhou para a Lea.
- Meu sobrinho, não vai falar comigo?
- Ah, claro tia. - ele disse desconfortável. Abraçou-a e ela deu um beijo em sua bochecha. - Agora vamos?
- Claro estão todos esperando por vocês!
- Todos? - perguntei para Luce, mas ela não respondeu.
Pensava que com "Todos" a Lea queria dizer: a mãe de Luce, seu marido, e sua filha.
Não podia estar mais enganada.
A família da Luce era enorme! Ela tinha 3 irmãs todas são idênticas a própria só que mais novas: Lola, Lauren e Lea. Achei engraçado pois todas começam com a letra "L". A Dona Liv, mãe de Luce me falou que tinha uma superstição de que todos os seus filhos teriam que começar com L. Dona Liv, era uma senhora muito fofa, tinha 85 anos mas não parecia, tinha olhos azuis esverdeados, os cabelos em vez de brancos pareciam louro platinado, ela era muito bonita para sua idade, ela é muito diferente das filhas, talvez as irmãs "L" tenham puxado ao pai. Fiz amizade com a única filha de Lauren, Lizzie, perguntei a ela se também fazia parte da "Superstição L" mas ela disse que não, ela era adotada, Lauren era estéril.
Não era difícil acreditar que ela era adotada ela não parecia em absolutamente nada com Lauren. Lizzie era ruiva, baixinha, tinha leves sardinhas nas bochechas e tinha o cabelo trançado em duas tranças laterais, ela vestia roupas muito velhas para a sua idade. Lizzie me elogiava muito, dizia que meus olhos eram lindos, meu cabelo "impecável" (só que não) e que eu deveria ter todos os garotos. Podia até ser, mais eu queria só um ao meu lado, mas esse só da uma de bipolar.
Todos pareciam uma família tão feliz, o que me abalou, tinha saudade da minha família.
Ben se mantia distante o tempo inteiro, não o via conversando e nem rindo das piadas que Bill o pai de Lizzie contava, seus olhos continuavam opacos e preocupados.
Lizzie se ofereceu para me ajudar com as malas, tudo passou tão rápido que havia me esquecido, Dona Liv disse que eu ficaria no antigo quarto de Luce, que permanecia da mesma forma que era antes de Luce sair de casa. Ele era incrivelmente lindo, apesar dos traços antigos, tinha um papel de parede floral do rosa bebê ao bege, uma penteadeira de madeira, uma janela enorme com cortinas brancas finas e uma beliche, na qual ficaria Lizzie e eu.
Lizzie me ajudou a tirar minha roupas das malas fascinada.
Já eu não achava isso, elas me lembravam uma época que ultimamente tento evitar.
- Esse vestido é lindo! - disse Lizzie, com um vestido que meses atrás era novo.
- É, pode ser.
"Tenho que me livrar dessas roupas!" minha mente dizia.
- Você sabe de algum lugar por aqui pra me livrar dessas roupas?
- Se livrar? Essas roupas são lindas! E acho que aqui você não faria muito sucesso com esse modelito. - ela disse apontando para a blusa preta rasgada que eu usava.
- Então quer dizer que todos andam assim...como se fossem de uma fazenda?
- Er, acho que sim. Pense no que falei, mas se não quiser mas elas eu adoraria.
Sorri.
- Claro, vou pensar. Mas não acha que ficariam um pouco grandes? - disse e fiz um gesto de altura, pela nossa diferença que devia ser de uns 10 centímetros.
Gargalhamos.
- Ah, isso é o de menos! Pra que existe tesoura?
E ficamos rindo, fazia tempo que não sorria e que falava com uma amiga, ou pelo menos alguém legal. Acho que Lizzie poderia ser uma boa amiga. Mas isso me lembra que assim que voltar para Los Angeles tenho que resolver meus problemas com a Jade.

Assim que terminamos tomei um banho demorado, coloquei uma camisola azul rendada que tinha e me deitei. Eu fiquei na parte de baixo do beliche, e Lizzie não protestou. Senti um pouco de cede então me levantei e fui para o corredor.
E vi que uma porta dos quartos estava entreaberta e Ben estava descendo as escadas. Estava cauteloso. Resolvi segui-lo, em passadas leves ate que depois de descer as escadas Ben parou e olhou para o lado em que me escondia entre as escadas.
- Lisa eu já te vi. Agora deu pra me vigiar?
Sai da escada e seus olhos mel me acompanhavam.
- Tá, eu tava te vigiando...mas aonde você vai essa hora? São quase...- olhei no relógio de parede que havia na sala.
- Meia noite eu sei, eu tenho que resolver uns assuntos. - ele disse e se virou para a porta.
- Posso ir com você? - disse e ele parou novamente.
- Ir comigo?
- Sim, se você não tiver nada para esconder não terá nenhum problema se eu for.
Sim, eu estava o desafiando.
Ele fez uma daquelas suas típicas expressões indecifráveis, que eram um misto de surpresa e curiosidade.
Depois de esitar um pouco ele disse:
- Tudo bem, se quer ir. Vamos.
- Perai! Não esperava que eu fosse de camisola?
Subi para o quarto e escutei um "Anda logo!" baixinho. Coloquei uma das poucas calças jeans que tinha, uma blusa lilás e uma jaqueta curta, penteie meu cabelo que antes estava num rabo de cavalo. Fiz tudo o mais breve possível e desci.
Ele estava sentado no sofá, impaciente.
Até irritado ele era lindo.
Sorri com meu pensamento.
- Vamos? Estou doida para ver a night de Farmville.
Despertei ele, que me observava cuidadosamente.


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