1. Spirit Fanfics >
  2. The Difficult Choices >
  3. Chapter LVIII

História The Difficult Choices - Chapter LVIII


Escrita por: Warner

Notas do Autor


- Vocês são demais mesmo viu! Fiquei três meses fora, mas foi como se nada tivesse acontecido! Muito obrigada por todos que deixaram os seus comentários ou leram, essa força que estão me dando é imensurável <3
- Capítulo 58 (MDS, isso não vai acabar nunca?), narrado pelo Hobi *-* Acho que vocês vão curtir kk
- Beijoss e boa leitura!
OBS: Novo personagem na área, só pelo GIF vocês já devem saber que é kkk

Capítulo 60 - Chapter LVIII


Fanfic / Fanfiction The Difficult Choices - Chapter LVIII

P.O.V Hoseok

Abri os olhos para mais um dia. Já passavam das sete e o meu corpo ainda estava travado na cama. Não tenho força ou coragem para levantar. O mundo lá fora está se desmoronando aos poucos com os problemas vindo como meteoros prontos para me destruir.

Já não bastava ter que lidar com a minha possível expulsão iminente por não ter mais a bolsa de estudos proveniente do teatro, ainda tem a chegada do pai do Taehyung que pode facilmente manipular a máscara de personalidade sobre o próprio filho, Lisa no hospital ainda sem notícias do seu estado de saúde, Yoongi transtornado ao ponto de descontar e se rebelar totalmente contra mim de uma hora pra outra e a Universidade que pode estar envolvida em um jogo de corrupção silencioso que envolve a gama de empresas importantes da família Sullivan.

E sem falar que tem uma prova me aguardando daqui a algumas horas. Só aquilo já foi suficiente pra cobrir todo o meu corpo com o lençol e começar a fingir que sou uma múmia egípcia que só seria desperta daqui a mil anos, em uma sociedade totalmente diferente, com pessoas e problemas diferentes.

Por que o aqui e agora não tá dando pra suportar.

Até tentei pensar em alguém pra desabafar, mas quem? Namjoon seria uma das minhas primeiras opções, mas o mesmo em semana de prova não para a bunda em uma cadeira. Jimin está mais perdido do que cego em tiroteio, se caso eu fosse contar um terço da minha história teria que passar mais tempo explicando tudo o que aconteceu do que de fato me abrindo. Minjae é tão confiável quanto Hick, apesar de ele ter mostrado outra face nos últimos dias ainda não confio no seu tato e sinto que posso exposto a qualquer hora no seu jornalzinho de quinta.

– Você está bem?

Olhei para o lado e encarei os pequenos olhos por trás da armação quadrada de Mark, meu colega de quarto. Ele nunca foi muito de falar muito ou de demonstrar quaisquer atos sentimentais, principalmente comigo, tanto que o máximo que trocamos de palavras foi saudações simples. Aquela foi à primeira ocasião que ele falou diretamente comigo.

De primeira eu só queria agradecer e deixar aquela história de lado, mas a situação estava tão evidente que já estava deixando transparecer pelos meus poros.

– Na verdade, nem um pouco.

Levantei o tronco e o encarei escorado na parede. Um pequeno sorriso motivacional se formou em seus lábios.

– Quer se abrir? – ele deu de ombros, sua voz falhou um pouco. A timidez falou mais alto. – Posso ser um bom ouvinte... às vezes.

Não contive uma risada ao ouvir tais palavras, ainda mais quando o vi corar com a situação.

– É tanta coisa acontecendo... – fiquei sério repensando em tudo e todas as coisas inimagináveis. – Problemas pessoais misturados com o peso da faculdade e tem ainda o lance com alguns indivíduos... Muita coisa tá rolando.

Arfei fazendo o outro apenas concordar.

– Você já deve estar saindo, não quero roubar o seu tempo. – enfatizei, mas ele não pareceu concordar.

Mark cursa medicina, e falar que estou com problemas na faculdade só me faz refletir nas madrugadas em claro que ele passou lendo um livro atrás do outro, sempre com delicadeza do mundo, sem estresse ou barulho.

Ele tinha problemas, eu sei disso. Mas o caso é que Mark sabia muito bem lidar com eles. Algo que merece ser ensinado.

– Bem... Como eu mesmo disse, me saiu melhor como ouvinte. Mas se o caso for esse posso te dar um conselho? – concordei, conselho é tudo que eu preciso agora! – Às vezes as coisas ruins que acontecem nas nossas vidas nos colocam diretamente no caminho das melhores coisas que vão acontecer conosco.

– Uau. – deixei aquilo sair da minha garganta sem querer. – Que profundo.

– Vi isso em algum outdoor semana passada. – sorriu com sensatez. – Mas você está relativamente certo. Tenho que ir agora. Mas, caso queira continuar desabafando tem um restaurante ótimo no centro de Gagnam.

– Isso seria ótimo. – relatei sendo sincero.

***

2 horas depois

Com um copo de café na mão e com uma apostila em outra, fiquei aguardando para entrar na sala com os pensamentos desnivelados. Nesse momento a minha cabeça deveria estar focada na prova e no assunto que vai cair, mas não, até o chão e os azulejos multicoloridos pareciam mais interessantes do que o papel que me aguardava.

Liguei para Yoongi minutos atrás em uma tentativa de saber mais notícias já que fiquei sabendo que o mesmo passou a noite fora da universidade, só que o telefone estava desligado ou indisponível em todas as tentativas que efetuei.

Ou ele estava ignorando tudo e todos ou algo pode ter acontecido. E a minha mente perturbada estava martelando na segunda opção.

– Com licença. – ouvi uma voz doce do meu lado e era uma mulher parada entre a porta da sala. Encarei os lados e eu era o único naquele corredor. – Você vai fazer a prova?

Encarei a tela do celular e depois os olhos da mulher.

– Sim, obrigado. – guardei o telefone dentro da bolsa e entrei, fechando a porta atrás de mim.

***

Fui o primeiro estudante a entregar a prova. Como já imaginava, acabei não me concentrando e deixando a prova quase em branco. A fiscal, a mesma mulher que me chamou atenção para entrar na sala, recebeu a folha com um sorriso fraco no rosto.

Se fudeu não foi? Já imaginava.” Era o que ela queria dizer se tivesse a oportunidade.

Fiquei algum tempo, acho que horas, sentado no banco entre os prédios de artes cênicas e o de humanas apenas observando o fluxo de pessoas aumentarem gradativamente na demanda que o tempo da prova terminava. Hoje foi bem mais tranquilo comparado a ontem, isso porque a quantidade de pessoas que fizeram a prova foi um pouco menor. Encarei a tela do meu celular, mas nada de notícias. Porra Yoongi!

Caminhei até o teatro e parei sobre a frente do local. Haviam colocado uma faixa de atenção amarela e preta em volta de todo o local sinalizando que era proibida a entrada.

Proibido? Não pra mim. Segurei a faixa e passei o corpo por baixo, destranquei a porta e ouvi o barulho do rangido tão familiar. Faz apenas dias, mas o estado que aquele local estava por dentro parecia que tinha sido abandonado a meses. Poeira preenchia os bancos antes vistosos e chamativos com o seu tecido vermelho, madeira pendia de alguns lugares vitimas do desgaste provocado por operários que estão demolindo o local aos poucos.

Operários das empresas Sullivan.

Cerrei os punhos ao cogitar o nome da família que está destruindo tudo ao meu redor. Não apenas o teatro em si, mas a universidade e também a mim próprio.

Mas eu não vou desistir sem lutar.

– Hoseok? – Taehyung abriu a porta e entrou a passos rápidos. Ele parecia assustado. – Te vi entrando e corri pra te encontrar.

– O que está fazendo aqui? – percebi apenas quando Taehyung mudou de expressão que eu tinha começado a chorar. Foi tão involuntário que eu apenas enxuguei as lágrimas e o encarei de volta.

– Acabei de sair de uma reunião com o meu pai, o reitor e de brinde Hick. – comentou Taehyung, me fazendo escancarar a boca. – Mas foi bem tranquilo. O Hick vestiu o capuz de bom moço e mal abriu a boca na presença do meu pai.

– Se ele não fez isso é porque está armando alguma coisa. – indaguei. – Hick não iria perder uma oportunidade dessas.

– E essa parada toda da relação entre ele e o reitor... Se eles estão envolvidos em algo realmente sinistro não deu pra perceber, mas que os dois estão escondendo algo nem tem como negar. – Taehyung confessou, era como se ele estivesse com aquilo preso a um tempo e não via hora de soltar. Por isso a pressa.

– Então possa ser que o Minjae esteja certo... – soltei, mas para mim mesmo.

O outro garoto não esboçou qualquer reação ao que eu disse, apenas fitou o chão e depois voltou a me encarar.

– Você tem algo a mais para me dizer? – Taehyung cravou o olhar bem no meu.

Senti um frio na barriga.

– Digo o mesmo. Tem algo a me dizer Hoseok? – arqueou a sobrancelha. – Quando cheguei você estava chorando...

Nem o deixei terminar aquela frase, dei um passo à frente e desabei sobre o seu peito. Lágrimas começaram a molhar o sua camiseta escura, mas ele nem ligou. Sua mão foi de encontro a minha cabeça e começou a massagear o meu cabelo enquanto e emitia um chiado pela boca, pedindo calma.

– Tudo está uma loucura! Estou prestes a perder a minha vaga, Lisa está no hospital, e eu me sinto culpado de merda por não tê-la ajudando... Eu sou um inútil. – esbravejei entre soluços.

– Você não é nada disso. – ele falou por cima da minha voz.

– E tem você. – depois daquilo seu corpo enrijeceu. – Pensa que os seus problemas não me afetam? Eu não queria, mas me importo muito com você. Juro que tento! Mas eu não consigo te esquecer. Ainda estamos ligados.

Taehyung travou. A mão parou no alto da minha cabeça e sua respiração se tornou mais rápida. Me distanciei um passo, o bastante pra ver a sombra que havia sido formada em sua face. Mas antes que pudesse gritar ou algo do tipo, vi que seus lábios se desenharam em um sorriso.

Um doce sorriso.

– O que eu sinto... – ele começou a dizer, mas foi atrapalhado pelo toque do celular. Ao encarar a tela o seu sorriso sumiu, sem deixar rastros. – É o meu pai.

Era como se ele tivesse acabado de levar um susto.

– Não atende. – opinei, mas aquilo só piorou a situação.

– Eu tenho que atender. – sua voz soou ríspida.

Uma mudança drástica de personalidade em apenas alguns segundos.

– Quanto tempo você vai continuar no jogo dele? – esbravejei vendo Taehyung encarar o celular a um passo de se provar uma marionete do seu pai. – Já não basta tudo o que ele te fez passar?

– ELE É O MEUPAI! – vociferou de volta na mesma intensidade. Seu rosto mudou de cor e forma. Não parecia o mesmo Taehyung de antes.

– ELE É UM MONSTRO! – não me sai por baixo. – E não vou deixar ele te transformar em uma replica sua novamente.

Ele apenas me encarou de cima a baixo, deslizou o dedo na tela e o colocou sobre o seu ouvido.

– Cuida da sua vida. – disse em forma de sussurro. – E ai Pai! Onde é que eu tô?

Se virou e saiu do local como se nada tivesse acontecido.

Me deixando ainda pior do que quando entrei.


Notas Finais


Essa relação dos dois... Ainda vai render
Até a próxima, FUI!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...