História The Division Of Reigns (Fanfic - Jeon Jungkook) - EP. 15 "O amor dói tanto"

Eu estou confusa. Muito confusa, mas irei me arriscar e irei até o reinado vampírico. Peguei minha comida já que me encontrava na cozinha e encarei Rose. Justamente ela, a pessoa que eu acharia que nunca me esconderia algo, me escondeu justamente algo tão profundo e completamente inesperado? São tantas emoções ao mesmo tempo.

— Rose, o que você acha do rei do reinado vampírico? — indago e a mesma me encara tentando fingir serenidade, mas no fundo conseguia ver o desespero no seu olhar.

— Não o conheço direito para poder falar algo senhorita. Mas, por que pergunta? — a encaro e resolvo entrar no seu jogo. Pego um dos bolinhos e o mordo, estralando minha língua no céu da boca.

— Porque o acho tão belo... Nos encontramos uma vez, e acredito que ele seja alguém tão frio mas ao mesmo tempo tão belo. — digo e seus olhos começam a brilhar indiscretamente.

— Sério senhorita?! — sorriu largo — Ah que felicidade! — disse e saiu dando pulinhos por tudo quanto é canto até sair de minhas vistas.

Não contarei nada para ela. A deixarei acreditar nesse plano absurdamente correto. Realmente o pai de Jeon era um alguém correto e completamente calculista em seus planos. Subi para meu quarto e vi o colar com a carta de copas, a coloquei e senti meu coração palpitar mais forte. Senti um conforto gigantesco e sorri minimamente com isso. Hoje seria um dia lotado, teria que ver meu povo hoje, fazer doações e mostrar ser a rainha perfeita que não sou. Bem, já esperado, e como sou a rainha, não tem quem governe ou faça isso por mim.

Faço um penteado em meus fios e coloco minha coroa de flores que havia ganho como presente das crianças do viralejo que eu havia como sempre doado mais alimentos e remédios. Foi a melhor surpresa que eu tive no dia.

Me arrumei e chamei meu motorista real para me levar até o viralejo e em outra carruagem havia os alimentos e remédios. É minha obrigação dar o melhor reinado do século para poder orgulhar meu pai. Mostrar que posso governar até melhor que ele é quase satisfatório e de algum modo infla meu ego. Chegamos me poucos minutos no viralejo e lá, após eu sair da carruagem, vejo algumas crianças correrem na minha direção para abraçar minhas pernas.

— Rainha! Rainha! Rainha! — as crianças falavam enquanto sorriam, realmente é tão lindo ver crianças tão pobres serem tão felizes — você veio nos ver de novo?

— Claro que vim! Cadê a senhorita Myu? — essa senhorita é uma mãe da região que estava com muitos problemas na sua saúde. Na verdade, era mãe de uma daquelas crianças.

— Ela já está muito bem, os remédios que a senhora deu ajudaram muito a minha mamãe. Obrigado rainha. — disse e se curvou, me deixando um sorriso bobo nos lábios.

— Eu que agradeço — pisco para a mesma — olá meu povo! Hoje teremos mais uma doação semanal. Digam-me do que precisam que eu os darei! — digo e vejo um dos meus serviçais colocar os quilos de alimentos ao meu lado, e lá meu povo começou a pegá-los.

***

JEON JUNGKOOK

— Inferno!! — berro enquanto luto de espadas com meu treinador. Eu estava perdendo as vontades de fazer tudo, só queria pegar aquela espada e meter na minha garganta e acabar com essa maldita vida logo.

— Acalme-se meu rei, tudo dará certo e o senhor lutará melhor que seu pai! — disse meu treinador com a maior paciência do mundo, coisa que eu queria ter.

— Pode ir, amanhã terminamos. — ordeno e o mesmo assente e se curva, saindo da sala de treino real.

Jogo a espada no chão e começou a fazer flexões no chão com o pouco de fôlego que me resta. Eu estava exausto mas não podia parar. Não queria parar na verdade. Já fazia um tempinho que não via Jimin e isso estava soando a estranho, já que o mesmo nunca sai do reinado para demorar tanto assim. Após sentir o cansaço me consumir, me jogo no chão fechando meus olhos pelo cansaço.

Somi estava me perturbando até agora. Aquela maldita mulher na qual eu tive a infelicidade de me relacionar por uma, duas noites. Eu não a amo, e quem eu amo já está feliz sem mim então o que eu posso fazer? O amor dói tanto... O amor dói tanto, ainda mais quando eu não pareço compreender, quando tudo não parece ter sentido. Quando nos encontramos mais distantes ainda parece tudo mais cinzento. Eu estou virando um alguém poético e patético por causa de um amor.

— Você é um idiota, Jeon. — digo para mim mesmo, batendo na minha própria testa. — Tenho que comer alguma coisa... — digo e saio da sala de treino, indo até a cozinha real.

Vejo Jimin chegar com um livro e discretas subir as espadas. O encaro e vejo que o mesmo não notou minha presença.

— Ei Jimin, aonde estava? — o mesmo engole em seco e não responde — o gato mordeu sua língua?

— É-é... Eu estava lendo na macieira que tem perto do castelo, meu rei. — diz parecem meio desesperado, mas o ignoro e arqueio minha sobrancelha — estava treinando meu rei? — assento — hum... — e assim não disse mais nada e se moveu para o andar de cima.

Park Jimin está muito estranho hoje... Mas resolvi ignorar e fui até meus aposentos para poder refrescar-me em um banho confortável. Após isso, coloquei meu colar e senti o mesmo voltar a dar pequenas piscadas, e uma forte onda de felicidade me invadiu.

KIM ELISABETH

Estava mexendo no meu colar por conta do tédio. Já havia feito todas as minhas “tarefas reais” e eu estava em um tédio enorme. Com tão pouca coragem, me arrumei e decidi ir até o reinado de Jeon. Hoje tudo finalmente irá acabar esse castelo inútil de cartas. Eu preciso saber o que realmente Jeon sente, se seu pai estava certo ou se sua visão futurista estava incorreta.

Depois de me arrumar peguei minha bolsa e peguei meus dois livros sobre esse maldito reinado de cartas e os coloquei dentro da bolsa, respirando fundo para adquirir cada vez mais coragem. Segurei meu colar com força e sorri, caminhando até fora do meu castelo e indo até minha carruagem.

O caminho parecia não passar nunca, parecia ser infinito e então comecei a cantarolar baixinho uma batida suave e sem letras, até que consegui chegar ao castelo. Estava escurecendo, mas eu não me importava. Eu vou terminar isso de uma vez por todas. Andei até a frente de seu reinado, onde vi guardas e mais guardas na frente.

— O que deseja, mera mortal? — pergunta um dos guardas, com um olhar debochado.

— Kim Elisabeth, rainha do reinado dos humanos, para ser mais exato. Gostaria de poder ver Jeon Jungkook. — digo e os mesmos me deixam entrar sem mais nem menos.

Adentro o castelo vendo sua luxúria, e então vejo um dos serviçais de Jeon que se aproxima de mim.

— O que gostaria, rainha do reinado humano? — pergunta a jovem moça que parecia já me reconhecer.

— Desejo ver Jeon Jungkook. — digo e a mesma sobe para o andar de cima.

Sem muita demora, vejo Jeon descer com aquela roupa que valorizava tanto o seu corpo. Ele é uma obra de arte em forma de vampiro. Jeon nos levou até uma sala separada de todos.

— Elisabeth... Eu... — diz ele, se aproximando cada vez mais de mim.

— Você...? — pergunto receosa.

— ... Te amo. — dita essa única frase lágrimas começam a escorrer nos meus olhos. Eu não conseguia nem respirar direito. Mas, acabei lembrando do que Jeon havia feito para mim e uma certa raiva toma conta de mim.

— Você transou com outra, Jungkook! Como pode me amar? Você é ridículo! — digo e o mesmo continua a me encarar sem reação alguma, apenas suspira e começa a falar novamente.

— Elisabeth, depois que eu comecei a finalmente entender o que sentia por você finalmente esse castelo de cartas fez sentido. É apenas uma metáfora para o nosso amor desabado, eu te amo e eu sei que você me ama, mas embarcamos nesse sonho inúti que é nos machucarmos ao nos distanciarmos. — eu estava quase dando três passos para trás, quando Jeon começa a se pronunciar novamente, com algumas lágrimas nos olhos — Por favor Elisabeth, não se vá, fique um pouco mais! — disse e me puxou para um abraço, deixando eu sentir o seu coração pulsante. Nossos colares estavam mais brilhantes do que nunca.

Jeon me encara e levanta meu queixo, encaixando nossos lábios. Em um beijo doce, viciante, lotado com um amor que eu achava nunca ter conhecido antes. O mesmo agarra a minha cintura com firmeza, aprofundando nosso beijo. Enfim essa maldita história de Castelo de Cartas deu um fim.