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História The Dragon of my Heart - Capitulo 57


Escrita por: KatherineHeart

Notas do Autor


OLÁ! Eu sei que fiquei algum tempo sem publicar, mas eu tenho andado um pouco para o grande perdida de como escrever os capitulos .... bem mas acho que no final não ficou mau, digam-me vocês o que acham ... :)

Boa Leitura!

Capítulo 58 - Capitulo 57


Sara do Passado Pov

       Chego ao Olimpo e vou em direção de uma certa sala, onde teria uma pequena e devastadora conversa com três seres. Paro em frente da enorme porta, e abro a mesma … mal entro pela sala adentro fechando a porta atrás de mim, vejo três pares de olhos a olharem para mim.

            - Bem-vinda hime? – perguntou Luna, com um sorriso sem graça, eu faço cara séria e ela logo perde esse sorriso e olha assustada para Kira e Kirara. Começo a andar em direções delas e Kira fala.

            - Hime … como correu a sua seção de relaxamento? – perguntou Kira um pouco receosa. Eu olho para e dou um sorriso amarelo falso.

            - Eu acho que sabes como correu, não é mesmo Kira? – perguntei eu aproximando-me dela e em vez de um sorriso, uma aura maligna apareceu ao meu redor.

            - Ahahah … - riu Kira de forma nervosa, eu estava com as mãos na minha cintura fazendo cara de zangada. – Mas correu tudo bem, não é mesmo hime?

            - Para vossa sorte, sim correu. – disse eu dando um sorriso de pura felicidade, elas ao me verem assim logo se aproximaram, e sentamo-nos no banco e eu comecei a contar o que se tinha passado. – E bem, foi isto que se passou. Eu daqui a pouco vou estar no palácio. – disse eu dando um grande sorriso, só de imaginar o circo a minha alegria ainda era maior.

            - Isso é ótimo. – disse Luna toda feliz. – Nós temos de começar a preparar-te. O Príncipe Allan vai ficar de boca aberta quando te vir. – disse Luna toda feliz, e eu fiquei vermelha.

            - A-Achas mesmo? – perguntei eu sentindo cada vez mais o meu rosto queimar.

            - Claro que sim. – respondeu Luna confiante, ela aproxima-se de mim e amarra as minhas dizendo. – Tu mereces ser feliz, tu ama-lo. Não podes negar, quando falas dele é visível um brilho nos teus olhos.

            - Eu não sei. – disse eu abaixando a cabeça. – E se ele não se sentir da mesma forma? – perguntei em tom triste, seria realmente como se partissem o meu coração.

            - Duvido muito. – disse Kira, eu olho para ela confusa e então ela continua. – O que ele te disse realmente é de alguém que não ama? Percebeu-se que ele realmente se importa contigo, ele apenas quer que tu lhe deis uma chance para ele demonstrar isso.

            - Espera aí, isso quer dizer que vocês estavam a ver tudo? – perguntei eu com os olhos arreguilados, elas olharam umas para as outras assustadas e depois olharam para mim.

            - H-Hime, não faça … - começou Kira a falar mas eu interrompia.

            - Vocês … - disse eu num tom baixo, elas olharam para mim com receio e então eu grito. – ESTÃO DE CASTIGO!

            Elas olham para mim assustadas, e então elas começam a falar.

            - Hime, não faça isso. – disse Kira.

            - O que é o castigo? – perguntou Luna sem perceber nada.

            - Já irás saber. – disse eu com um sorriso falso, o que as fez olhar para mim com muito receio. – Boa sorte meninas. – disse eu ainda com aquele sorriso.

            - NÃO! – gritou Kira e Kirara, Luna não disse nada apenas olhava para mim sem perceber nada. Logo elas foram transportadas para a sala do castigo.

            - Acho que agora elas aprenderam a lição. – disse eu com um pequeno sorriso no rosto.

Saiu da sala e começo a caminhar para o meu quarto, ia começar a preparar-me para ir à festa. Eu andava pelos corredores aos saltinhos de feliz que estava, estava super feliz e isso era notável. Paro quando ouço alguém falar.

- Parece que estás muito bem-disposta. – disse uma voz atrás de mim, olho para trás e deparo-me com Zelta.

- Sim estou. – respondi eu virando-me para ele, ele dou um sorriso de lado e então começou a caminhar para o lado direito.

- Eu ouvi pelos Deuses, que tu ajudaste os humanos. Porque fizeste isso? – perguntou Zelta.

- Sim ajudei, pela simples razão de que um desses humanos magoou uma amiga minha muito querida. Então eu decidi dar-lhe um castigo, esse humano terá que aprender o valor das outras pessoas. Fiz a coisa certa, agora o povo não só deste reino como também do outro reino estão felizes. – disse eu cruzando os braços ao peito.

- Sempre a ajudar os mais desfavorecidos. – disse Zelta, eu apenas fica a olhar para tudo o que ele fazia.- Mas também soube que te encontraste com um humano. – disse ele com nojo.

- Foi um encontro não programado por mim. – respondi eu, eu via nos olhos de Zelta a raiva e o ódio.

- Porquê? Porque tens tanto afeto pelos humanos? –perguntou Zelta em tom de voz confuso.

- Já te esqueceste Zelta? Nós somos humanos. Eu não vivo para sempre, eu envelheço tal como tu. – disse eu apontando para ele.

- Isso é porque tu queres. Tu podias muito bem ser imortal, podias viver para sempre isso era magnifico. – disse Zelta dando um passo em minha direção.

- Não é não Zelta. – disse eu abanando negativamente a cabeça, ele na mesma hora pára de andar em minha direção, e fica com os olhos arreguilados. – Ser imortal é uma maldição, uma completa tortura. Verás todas as pessoas que mais amas e que te preocupas envelhecerem, morrerem … ficarás sozinho. Isso não é pior do que a morte? – perguntei eu olhando para ele.

- As pessoas que eu amo … - sussurrou ele abaixando um pouco a sua cabeça fazendo assim com que o seu cabelo tapasse os seus olhos.

- Isso mesmo Zelta, por favor não penses que a imortalidade é algo que possa ser visto como um dom, pois é o contrário. – disse eu olhando carinhosamente para ele.

- Isso é fácil de resolver. – disse Zelta levantando a sua cabeça e olhando para mim, quando eu vi o seu rosto fiquei completamente aterrorizada.

- Zelta? – perguntei eu não percebendo o porquê de ele estar assim.

- Tu dissestes que ser imortal é uma tortura, pois eu virei as pessoas que eu amo envelhecerem e morrem à minha frente. – disse ele, o que ele está pensando? – Mas a única pessoa que eu realmente amo és tu, por isso quando eu ficar imortal tu também ficarás e assim poderemos ser os dois imortais e ficar juntos para sempre. – disse ele com um sorriso psicótico estampado no seu rosto.

- O que estás a dizer? – perguntei eu dando um passo para trás e ainda completamente aterrorizada com o que ele acabara de dizer. – Zelta acorda, volta à realidade.

- Nós dois ficaremos juntos para sempre. – disse Zelta começando a caminhar em minha direção.

- Zelta afasta-te. – disse eu dando um passo para trás, para assim conseguir ficar o mais longe possível dele. – Afasta-te! – disse eu novamente, mas ele não obedeceu e continuou caminhando em minha direção. – Zelta eu não te quero magoar, mas se continuares a aproximar-te vou ter que o fazer. – disse eu posicionando-me para o ataque.

- Juntos. – disse ele continuando a andar em minha direção, ele parecia um obcecado … eu não sei como o descrever, mas ele não era aquele Zelta que eu conhecia, que eu brincava quando criança e que nos piores momentos ele estava lá comigo, para me abraçar e proteger de toda a dor e sofrimento que possa existir.

- Desculpa, tu não me destes escolha. – disse eu e então as minhas mãos começaram a brilhar e eu recitei o cântico. – Por minha ordem e por meu poder, eu te aprisiono. – uma forte luz dourada invade aquele corredor e quando eu olho para o lugar onde Zelta está, vejo que o mesmo está preso por correntes douradas, que impedem que ele use o poder. Ele faz força para se libertar mas aí as correntes começam a brilhar, impedindo assim de ele conseguir soltar-se. – Não irás conseguir. – disse eu chamando assim a atenção dele, ele olha para mim e eu falo. – Estas correntes impediram que uses os teus poderes, não conseguirás libertar-te.

- Por quanto tempo pretendes prender-me? – perguntou Zelta tentando soltar-se novamente, mas não conseguiu.

- Isso depende de ti, Zelta. – disse eu, então ele olha para mim com um olhar confuso e então eu explico. – Para além de impedirem de te soltares, e usares os teus poderes … essas correntes irão medir o ódio que tens o teu coração.

- O que isso significa? – perguntou Zelta ainda mais confuso.

- Só tu podes soltar-te dessas correntes, mas isso só irá acontecer quando aprenderes o valor da vida, o quão importante é viver. Tens de perceber que ninguém neste mundo é inútil, todos nós temos um papel muito importante a desempenhar. Cabe apenas a nós desempenhar esse papel, para manter este mundo salvo, todos tem de colaborar. – disse eu.

- Eu nunca aceitarei isso, apenas os mais fortes conseguem aquilo que querem. – disse Zelta em um tom raivoso.

- Tenho pena que penses dessa maneira Zelta. – disse eu suspirando em tristeza. – Ficarás um tempo preso, e assim irás perceber o quanto é importante aproveitar cada dia, cada minuto que a vida nos tem a oferecer. Espero que assim consigas perceber, que nada nem ninguém neste mundo é feliz sozinho. – disse eu e depois teletransportei Zelta para a prisão mais segura, deixando-o assim seguro de ele próprio.

Custava-me muito fazer isto no meu melhor amigo, mas custa ainda mais vê-lo daquela maneira. Sendo devorado e controlado pelo ódio, pela raiva tudo isso por causa dos humanos. Ele tem de perceber que nós também o somos, não é por agora termos poderes que somos melhores … não … por termos poderes, temos responsabilidades e pessoas para defender, eu não quero que mais pessoas passem aquilo que eu passei nem Zelta, foi cruel demais.

Sem perceber eu deixei uma lágrima rolar pelo meu rosto, logo a limpo e volto a caminhar em direção do meu quarto … pois tenho de me preparar, Allan daqui a pouco vai estar à minha espera. Entro no meu quarto e logo vou para a casa de banho onde ligo a água quente e depois de algum tempo entro na banheira, e tento relaxar o possível.

Depois de algum tempo no banho, saio do mesmo e coloco uma toalha em meu corpo e vou em direção do meu quarto. Quando abro a porta do mesmo deparo-me com Afrodite a segurar um vestido rosa comprido, juntamente com uns sapatos dourados.

- Eu vou ajudá-la a preparar-se hime. – disse Afrodite com um sorriso, eu retribui com um pequeno sorriso e digo.

- Conto contigo, Afrodite. – disse eu, e vou em sua direção.

- Deixe comigo. – disse Afrodite ainda com  aquele sorriso.

Eu já me tinha vestido, a bem dizer estava pronta (Look na notas finais), Afrodite dava uns pequenos retoques na minha maquilhagem. Durante o tempo em que eu estive a vestir, nenhuma de nós trocou alguma palavra. Finalmente Afrodite acaba de fazer a maquilhagem e então diz.

- Está pronta hime, você está mais que uma princesa ou uma divindade. – disse Afrodite com um sorriso.

- Afrodite, podes parar. – disse eu suspirando ainda sentada na cadeira. – Eu sei que tanto tu, como os outros Deuses querem saber o que se passou para eu ter prendido Zelta. – disse eu com um olhar triste.

- Hime, não fique assim. Não era minha intenção faze-la ficar nesse estado. – disse Afrodite aflita por ver como eu tinha ficado.

- Não te preocupes Afrodite, é tudo minha culpa eu estar assim. – disse eu escondendo meu rosto com o meu cabelo. – Se eu tivesse notado antes que Zelta tinha tanto rancor, e ódio pelos humanos ele não estaria assim. Se eu ao menos visse que um amigo meu estava a passar um mau momento, que precisava de atenção e de apoio. – disse eu enquanto apertava as minhas mãos com força, controlando a vontade de chorar. – Eu falhei, eu falhei em proteger aqueles que eu me importo. Eu não quero que Zelta seja levado pela escuridão, eu quero salvá-lo … eu irei conseguir tirar as trevas do coração dele.

- Hime … - disse Afrodite, então eu olhei para ela e pode ver que ela estava em um estado de choque, então eu levantei-me e disse-lhe.

- Eu vou agora para o mundo dos humanos, não sei quando volto mas por favor … toma conta do Zelta. – disse eu dando um pequeno sorriso triste, Afrodite apenas assentiu então eu abri o portal e atravessei o mesmo.

Allan do Passado Pov

       Já estava pronto para a festa de hoje à noite, pela primeira vez eu estou ansioso de ir nesta festa, pois ela estará lá comigo … eu poderei ver o sorriso dela, poderei falar com ela. Tinha avisado os meus pais, e eles ficaram radiantes ao saber que ela vinha e depois começaram a fazer perguntas constrangedoras. Como por exemplo “ Que relação vocês têm?”, “Há quanto tempo vocês se conhecem?” e por aí fora, sinceramente eu espero que eles não me façam passar por nada vergonhoso na frente dela.

            Estava em frente do portão do palácio, ou seja, no sítio onde nós tínhamos combinado nos encontrar. Já estava na hora, eu via muitas pessoas entrarem, todos eram na nobreza, eles vinham nas suas carruagens todas requintadas muito bem polidas, até parecia que elas brilhavam como ouro.

            Eu procurava por ela, mas não havia nenhum sinal dela. Será que ela desistiu de vir? Muitos dos nobres ao passar viam-me, e apresentavam as suas filhas, a tentarem empurrar-me para cima de alguém, mas eu não estava interessado … a única coisa que me interessava era ver onde ela estava. Se ela tinha chegado, se ela viria … meu coração já estava cheia de dúvidas, dou um suspiro em desânimo e ouço uma voz atrás de mim.

            - Parece bem desanimado, vossa alteza. – olho para trás e deparo-me com uma deusa, meu deus … eu pensei que ela não conseguiria ser mais bonita, mas enganei-me ela está uma autentica divindade. – Posso saber qual o motivo de tal desânimo? – perguntou ela gentilmente. Eu dou um sorriso de lado e começo a caminhar em sua direção e então ao chegar pé dela, pude deslumbrar melhor toda a sua beleza. Dou-lhe o meu braço, para que ela encaixasse o dela com o meu, e foi isso que ela fez dando um sorriso, e começamos a caminhar em direção do palácio, por onde passávamos eu podia ouvir várias pessoas com os olhos postos em nós. Perguntado quem era a minha companheira, se era ela a minha noiva … isso realmente deixa-me a pensar.

            - Por momentos pensei que tinhas desistido da ideia de vir. – disse eu enquanto os guardas abriam a porta da entrada do palácio, dando assim a visão de um enorme salão muito luxuoso. Olho para ela, e vejo ela a olhar para mim com um sorriso.

            - Eu não poderia fazer tal coisa. Afinal não é todos os dias que se é convidada pelo Príncipe Allan em pessoa, para ir numa festa e ainda mais ter a sorte de ele dar o braço para poder caminhar ao seu lado. – disse ela com um sorriso brincalhão, aquilo fez-me rir.

            - É podes te sentir honrada. – disse eu fazendo pose de convencido, o que fez arrancar uma gargalhada dela e um sorriso magnifico.

           - É posso sim. – disse ela ainda sorrindo, eu também dou um sorriso e então descemos as escadas, e por onde passávamos as pessoas abriam caminho … nós eramos o centro das atenções, mas isso parece não a ter afetado … acho que está acostumada nas festas as pessoas ao redor derem comentarem sobre ela, dou um sorriso e continuo a andar em direção de onde estavam os meus pais, que quando nos viram deram um sorriso.

            Chegamos à beira dos meus pais e fazemos uma pequena vénia, e então eu falo.

            - Pai, mãe … quero que conheçam a Princesa Sara. – disse eu apenas pegando na mão da Sara e aproximando-a de mim.

            - É um prazer conhece-los vossa alteza. – disse Sara fazendo uma vénia.

            - Por favor, não precisas de nos fazer nenhuma vénia. – disse minha mãe pegando nas mãos da Sara, assim tirando o contato que eu tinha com ela. – Nós aqui é que te devíamos fazer vénias, afinal não é todos os dias que se tem como companhia a Divindade da Magia. – disse minha mãe dando um sorriso enorme, e logo vários murmúrios começaram. – O prazer é todo nosso por te conhecer Princesa Sara. – disse minha mãe e então tanto ela, como eu e todos os que estavam naquela sala fazem uma vénia perante ela, ela olha em volta e fica meio desnorteada.

            - Não precisam de se curvarem, eu não sou muito dada a essas formalidades. – disse ela nervosa, todos nós nos levantamos e então meu pai olha para mim e dá um sorriso.

            - Nisso tu e o meu filho são iguais, ele também não gosta desse tipo de coisas. – disse o meu pai.

            - Pai! – disse eu de forma a repreende-lo, e então ele começa a rir-se juntamente com a minha mãe e então olho para a Sara e vejo que a mesma também está a rir-se. – Também tu?

            - Desculpa, mas é que a tua cara foi hilária. – disse ela enquanto tentava parar de rir.

            - Bem, vamos para a sala onde se irá realizar o espetáculo. – disse o meu pai e todos assentimos e então eu dou novamente o meu braço para a Sara que logo o aceita com um sorriso.

            Na sala onde ia decorrer o espetáculo, tudo estava decorada Sara olhava maravilhada para tudo, era visível um brilho nos seus olhos. Eu sentia-me feliz ao ver que eu pode fazer ela ter um brilho assim no olhar, e um sorriso como aquele. Eu sentei-me ao lado dela, e durante todo o espetáculo ela não parava de sorrir, principalmente na parte dos palhaços … era muito engraçado, toda aquela alegria era tão boa, eu espero ter mais momentos assim daqui em diante e espero que a companhia se mantenha.

            - Foi demais, vistes todos aqueles truques que eles fizeram? – perguntou ela ainda toda animada com o circo. O espetáculo já tinha acabado, e agora estávamos a passear pelo enorme jardim do palácio.

            - Sim. – disse eu sorrindo. – Foi um bom espetáculo.

            - Foi mesmo. – disse ela parada olhando para a Lua, de repente as feições dela mudaram, passaram de contente para triste, porquê? Porque ela está triste?

            - O que aconteceu? Porque estás triste? – perguntei eu sem dar conta que o tinha feito, quando dou conta amaldiçoo-me mentalmente por ter feito perguntas tão estúpidas, pois ela olhou para e pude ver lágrimas deslizarem pelo seu rosto e isso fez o meu coração apertar.

Sara do Passado Pov 

            Eu de repente parei de sorrir pois lembrei-me de Zelta, de ele estar naquela prisão com correntes em volta dele. Fui eu que o prendi, eu fiz isso para ele não magoar ninguém mas … durante todo este tempo a pessoa que mais se tem magoado é ele, e eu não fiz nada para evitar isso.

            - Desculpa. – disse eu enquanto dava-lhe as minhas costas e tentava limpar o meu rosto por onde desciam as minhas lágrimas.

            - Eih. – disse ele com a mão ele no meu ombro e lentamente virando o meu corpo para ele, fazendo assim eu olhar em seus olhos. Ele com a sua mão direita vai ao meu rosto e limpa o mesmo, o rasto de lágrimas que havia ele limpou, e as que se queriam formar ele não deixou. – O que se passa? Podes contar-me, eu não te deixarei sozinha. – disse ele olhando para mim, em seus olhos eu podia ver que ele falava a verdade, eu sentia que podia confiar nele.

            - É tudo culpa minha. – disse eu deixando novamente as lágrimas deslizarem pelo meu rosto, ele olhou para mim com cara de confuso. – A culpa é minha de ele agora estar assim, se eu o tivesse ajudado antes ele agora não estaria preso. Ele não é uma má pessoa, eu sei que ele não é. – disse eu e então o choro se intensificou, e os meus soluços foram ficando cada vez mais altos. Allan abraçou-me com força o que me pregou de surpresa, ele passou a mão pelos meus cabelos acariciando-o e disse.

            - Podes chorar tudo o que quiseres, eu estarei aqui para ouvir toda essa tua dor, todos os teus problemas eu irei ouvir e então eu irei te proteger disso tudo. – disse ele enquanto me apertava mais, eu correspondi ao seu abraço e então desabei no choro com o meu rosto enterrado no seu peito. – Isso mesmo, deita toda essa dor para fora, eu irei secar todas as tuas lágrimas.

            Eu parecia uma criancinha chorando, mas eu realmente tinha de deitar toda esta dor para fora, pois se não o fizesse eu acho que iria ter um ataque de coração de tanto que ele me está a doer. Eu escondi toda esta dor de todos, para que ninguém se preocupasse comigo pois pensei que assim as coisas seriam mais fáceis, mas eu estava enganada … todo este fardo veem-se acumulando, parece que nunca vai ter fim … mas agora que eu estou deitando isso para fora, as coisas parecem não ser tão más como pareciam, aquela dor em meu peito já não é tão forte como era.

            - Estás melhor? – perguntou Allan ainda acariciando os meus cabelos, enquanto eu ainda tinha o meu rosto em seu peito. Nós ainda estávamos no mesmo sítio, na mesma posição durante todo este meu choro, ele apenas ouviu enquanto acariciava o meu cabelo, e isso me fazia sentir bem. Eu assenti com a pergunta dele, realmente estava bem melhor do que estava. – Eih, não há problema chorar de vez em quando. Isso apenas demonstra que tens um bom coração.

            - Como assim? – perguntei eu sem entender o que ele queria dizer, tirei o meu rosto do seu peito e então ele pegou a minha mão e puxou-me até um dos bancos que ali tinha.

            - Sabes, quando eu era pequeno achava que chorar era uma idiotice … - disse ele olhando para o céu onde podia-se ver a lua na sua forma mais bela.

            - E o que te fez mudar de ideia? – perguntei eu curiosa, ele deu um sorriso de lado e então falou.

            - Minha mãe. – disse ele, eu fiquei um tempo a olhar para tentar perceber o que isso significava, mas então ele continua. – Em pequeno sempre achei que como príncipe eu não podia chorar, pois isso é uma fraqueza … mas minha mãe fez-me ver que isso não é bem assim.

            - O que ela disse? – perguntei eu atenta na história que ele contava.

            - Ela disse que as lágrimas de tristezas são aquelas que representam a nossa dor no nosso coração, e essa dor aos poucos e poucos vai-se converter na nossa força, apenas temos de fazer as escolhas certas. – disse Allan dando um sorriso.

            - E como sabemos quais são as escolhas certas? – perguntei eu, ele olha pra e diz.

            - Teu coração o dirá, mesmo com todas essas tristezas um coração bondoso sempre fará de tudo para proteger todos da mesma tristeza de que esse coração sofre. Isso é o que se passa contigo, não é mesmo? – perguntou ele dando um sorriso, eu arreguilo os olhos em surpresa.

            - C-Como t-tu … - comecei a falar mas ele interrompe-me.

            - Como eu sei? – perguntou ele, eu apenas assenti ainda surpresa. – É como a minha mãe disse, as pessoas de corações bondosos também são idiotas.

            - O quê? – perguntei eu sem entender nada de nada. Um pouco ele está falando coisas lindas, outro pouco já está dizendo que eu sou idiota? Afinal que educação foi essa que a mãe dele lhe deu?

            - É verdade, tu és a prova disso. Tens um coração mais puro que outra coisa, estás sempre pronta para fazer desaparecer a tristeza dos outros, mas e a tua tristeza? Quem a fará desaparecer? – perguntou ele olhando para mim, eu não tinha resposta para ele.

            - Isso … - disse eu começando a falar, mas logo me calo pois eu não tenho nada para argumentar.

            - Minha mãe falou-me, ela disse-me que essas pessoas são especiais. Nós devemos estar atentos, pois elas sofrem sozinhas elas não querem que os outros saibam da sua dor, não quer que os outros se preocupem com elas. – disse ele olhando novamente para a lua. – Tu és uma dessas pessoas, pode comprovar isso agora, estás preocupada com o caminho que o teu amigo tomou … e por isso te culpas.

            - Isso … - disse eu apertando as minhas mãos em meus braços e tremendo, ele estava certo. Mas o que eu podia fazer? Eu não posso deixar que as outras pessoas se preocupem por coisas destas.

            - Então, todas essas pessoas precisam de alguém para as proteger. – disse ele ainda olhando para a lua, eu fico a olhar para ele e então depois ele direciona o seu olhar para mim e diz. – Precisam de alguém que as proteja dessa dor, e de todos os sentimentos infelizes deste mundo.

            - Onde ouviste isso? Também foi a tua mãe? – perguntei eu com as sobrancelhas arqueadas e em tom de brincadeira, ele deu um sorriso de lado e então respondeu.

            - Não, quem disse isso fui eu. – disse ele, eu arreguilei os olhos em sinal de surpresa, ele coloca a mão dele sobre a minha mão que estava num dos meus braços, e a tira do braço em que estava continuando a falar enquanto acariciava a minha mão. – Essa foi a minha resposta quando a minha mãe me falou isto. Eu disse que um dia quando encontrasse uma pessoa assim, eu iria definitivamente protege-la. E eu finalmente encontrei, essa pessoa és tu … - disse ele dando um sorriso.

            - Eu? – perguntei eu meia desnorteada.

            - Sim tu, eu irei proteger-te de todas as tuas dúvidas, do sofrimento, da dor, do medo e de todas essas tuas inseguranças. – disse ele e com a mão livre dele, ele passou no meu rosto, eu estava completamente congelada com as atitudes do Allan.

            Ele aproximou o seu rosto do meu, e então eu apenas fechei os olhos. Não negarei mais os meus sentimentos por ele, eu vou confiar nele. Todas as minhas dúvidas, todos os sentimentos ruins irão embora … ele faz com que tudo seja mais simples, isso é realmente algo admirável.

            Enfim nossos lábios se encontram, e é iniciado um beijo calmo era verdadeiro, eu podia sentir este beijo era verdadeiro. Entre o beijo ambos sorrimos um para o outro, e então separamo-nos e ele levanta-se ajoelhando-se logo em seguida na minha frente dizendo.

            - Eu esperei por este momento desde a primeira vez que nos vimos. – disse ele e então eu sorrio e ele também. – Princesa Sara, aceita namorar comigo? – perguntou ele.

            - Humm será que devo aceitar? – disse eu com o dedo no meu queixo em sinal de quem estava a pensar, olho para ele e vejo completamente nervoso. – Ahaha, é claro que aceito bobinho. – disse eu sorrindo, ele dá um suspiro de alivio e então diz.

            - Isso foi a coisa mais difícil que eu fiz até agora. – disse ele ainda um pouco nervoso. Eu dou um sorriso e então salto para cima dele, como ele estava ajoelhado e distraído nós vamos de encontro do chão. Quer dizer ele vai pois eu fiquei por cima dele.

            - Ai sua maluca, tu queres matar-me? – perguntou ele com a mão na cabeça e esfregando a mesma. Eu dou um sorriso e então beijo-o, o que o deixou surpreso … depois de separar os nossos beijos ele diz. – Não que eu esteja reclamando, ou que não tenha gostado, porque na verdade eu gostei e não foi pouco. – disse ele com uma cara um pouco nada decente, eu lanço-lhe um olhar também nada amigável e ele continua. – Mas para quê que foi isso? – perguntou ele confuso.

            - Isso? – disse eu sorrindo dando mais um beijo nele e depois dizendo. – Isso foi para dizer que eu amo-te muito. – disse eu e depois dou mais um beijo nele, que logo retribui. Eu acho que não podia estar mais feliz, podia?

Autora Pov

            Sara prendeu Zelta, seu desprezo e ódio pelos humanos é enorme. Mas afinal o que se passou? Porque Zelta tem esse ódio todo? No final Allan confessa-se para Sara, ambos estão felizes, mas será que essa felicidade irá durar muito tempo?

 


Notas Finais


Look da Sara: http://www.polyvore.com/sara/set?id=175504876

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