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História The Dragon of my Heart - Capitulo 65


Escrita por: KatherineHeart

Notas do Autor


Oi ... bem já faz um tempo que eu não publico nada desta fic, mas como eu disse este capitulo iria demorar ... mas em compensação é um mega capitulo ... é sério, é o maior capitulo que eu escrevi até agora.
Não sei se está ao agrado de todos, mas eu fiz o meu melhor e espero que gostem :) sem mais delongas fiquem com o capitulo :)

Boa leitura! :D

Capítulo 66 - Capitulo 65


Fanfic / Fanfiction The Dragon of my Heart - Capitulo 65

Sara do Passado Pov

       Já se passou uma semana desde aquele dia em que eu acordei, e de Allan saber sobre o nosso filho. Neste tempo Zelta já começou a sua vingança, e agora todos estão com medo do que possa a vir acontecer. Eu não posso mentir … também estou com muito receio, Zelta não é um feiticeiro comum … ele supera facilmente qualquer mago. Ele está com sede de sangue, e ele não vai parar até ter derramado esse sangue e usá-lo para cobrir os reinos.

            - Sara … - ouço alguém atrás de mim, então viro-me dando de caras com Luna.

            - Olá Luna, entra. – disse eu com um sorriso, e então ela entrou fechando atrás de si a porta do meu quarto. – O que se passa? Pareces estar um pouco desconfortável.

            - Hum … bem é que eu queria falar contigo sobre umas coisas, mas eu não sei como começar. – disse ela abaixando um pouco a sua cabeça.

            - Bem, então acho melhor sentares-te para podermos conversar calmamente. – disse eu estendendo o meu braço para uma cadeira que ali tinha, então Luna fez o que lhe disse e depois eu sentei-me na cadeira á sua frente e disse. – Podes dizer o que queres, seja o que for eu espero ajudar-te de alguma forma.

            - Esse é o problema. Tu estás sempre a ajudar-me e eu nunca consigo ajudar-te. Eu sinto-me uma completa inútil depois de tudo. – disse Luna apertando as suas mãos com força.

            - Luna … - disse eu gentilmente e colocando a minha mão direita sobre as mãos dela, ela olhou logo para mim e então eu dei-lhe um sorriso carinhoso. – Luna, percebe uma coisa … nada nem ninguém é inútil. Todos nós temos um papel para desempenhar, tua apenas ainda não encontraste o teu.

            - Mas eu quero ajudar. – disse ela firme. – Eu quero estar nesta batalha, eu quero lutar por ti Sara … eu quero retribuir toda esta gentileza que tu me destes. Tu fostes a primeira pessoa que se aproximou de mim sem ter nojo, a minha primeira amiga, desde que te conheci percebi que eras alguém com muito poder, mas eu peço-te para me dares a oportunidade. Por favor Sara … eu quero ajudar-te. – disse Luna olhando diretamente em meus olhos.

            O que eu faço? Eu sei que Luna quer ajudar, mas eu não consigo simplesmente coloca-la no meio desta guerra … tenho medo que algo lhe aconteça e depois a culpa ser minha. Eu não quero ver mais pessoas que eu amo sofrerem, eu não quero ver mais mortes, mais desastres, mais choros … chega … isso tem de parar.

            - Luna … - disse eu começando a tentar formular a frase, mas eu não sei mesmo que lhe falar. Eu sei que ela quer ajudar, mas e se lhe acontece alguma coisa? No meio de todos este pensamentos sinto uma mão gentil por cima da minha e vejo que é Luna, olho para ela e ela olha-me com um sorriso.

            - Eu sei o que estás a pensar, tens medo que algo de mal me aconteça. – disse ela e eu apenas abaixo a cabeça, mas aí ela coloca a mão em meu queixo e puxa-o para cima fazendo com que nossos olhos se encontrem. – Mas eu quero ajudar, por favor deixa-me ajudar-te. Eu também quero lutar pelos meus amigos, pela minha família … eu quero proteger todos vocês também.

            - Luna… - disse eu deixando uma lágrimas escorrer mas logo a limpo e assinto com a cabeça dizendo que sim. – Eu vou-te transformar Luna, eu te darei um poder muito especial.

            Quando eu falo que aceito, Luna arreguila um pouco os olhos e depois abraça-me com tudo deixando algumas lágrimas de felicidade rolarem pelo seu rosto.

            - Obrigada, obrigada por confiares em mim. – disse Luna enquanto me dava um abraço apertado, que logo eu retribui.

            - De nada. Mas … - disse eu quebrando o abraço e dando algum espaço entre nós. – Vou-te avisando que para te tornares uma Deusa, o processo será doloroso.

            - Deusa? – perguntou Luna com os olhos arreguilados, quase saindo para fora com tamanha surpresa por aquilo que eu acabei de dizer.

            - Isso mesmo Deusa … tu serás a Deusa da Lua. – disse eu com um sorriso e Luna ainda não tinha reação, então eu decidi continuar a falar. – Desde o nosso primeiro encontro eu disse-te que me fazias lembrar a Lua, então por isso eu acho que não há poder melhor que esse para ti. Tenho a certeza que serás uma ótima Deusa da Lua, e uma ótima companheira. – disse eu dando um sorriso de orelha a orelha.

            - Sim … eu irei ser. – disse Luna com algumas lágrimas de felicidade no canto dos seus olhos. – E o que eu tenho de fazer, para ser aceita como Deusa? – perguntou ela.

            - Bem tu basicamente não tens de fazer nada, amanhã na sala do trono quando o sol estiver no horizonte a transformação irá se iniciar. Eu apenas te lançarei o teste, e então dentro de ti irás ter que superar o teste … e só se o conseguires ultrapassar esse teste é que o poder para ser Deusa da Lua virá até ti. – disse eu olhando serenamente para Luna que assentia a tudo que eu dizia.

            - E se eu falhar? – perguntou Luna em um tom de voz sério. Eu dou um suspiro e então respondo.

            - Se falhares, enfrentarás algo pior do que a morte. – disse eu, e então ela olhou para mim confusa e então eu respondi à pergunta que devia estar a circular em sua mente. – Tu ficarás presa no teu pior pesadelo, para sempre.

            - No meu pior pesadelo … - repetiu Luna para si mesma. – Qual será o meu pior pesadelo? – perguntou ela.

            - Bem isso é algo que amanhã irás descobrir. – disse eu com um pequeno sorriso.

            - O quê? Mas tu não tinhas dito que eu só veria o meu pior pesadelo, se eu falhasse? – perguntou ela um pouco assustada.

            - Eu disse que se falhares, ficarás presa para sempre no teu pior pesadelo. – disse eu, Luna fica a olhar para mim e eu sinto preocupação. – Não te preocupes, eu nunca te mandaria fazer um teste deste, se não tivesse a certeza de que tu passarias.

            - Obrigada … - disse Luna dando um sorriso e logo me abraçando.

            - Eu confio em ti Luna. – disse eu enquanto abraçava Luna, que assentiu com a cabeça um pouco escondida na curva do meu pescoço.

       Depois de mais algum tempo a falar com a Luna e a tranquiliza-la para o dia de amanha, eu fiquei sozinha no meu quarto ao pé da janela olhando pela mesma e ficando a pensar em tudo o que estava a passar. Mas algo não saia da minha mente, os olhos vermelhos de Zelta não saiam da minha cabeça nem por um segundo.

            Olhos vermelhos … estes são os olhos de um demónio. Ele não tem compaixão alguma, ele mata pessoas por pura diversão.

            - Minha senhora, acabamos de receber a informação de que mais uma aldeia foi atacada. – disse um homem já com alguma idade.

            - Obrigado Marcus. – disse eu sorrindo. – Pode-se retirar. – então ele retirou-se e eu deitei-me naquela cama que ali havia. – Quando é que isto vai acabar? Quantas vidas mais serão tiradas? Quantos inocentes já morreram?

            - Não é tua culpa. – disse uma voz, eu dou um salto e levanto-me rapidamente olho para onde vinha a voz e deparo-me com aqueles olhos azuis que eu tanto amo, ali estava ele o meu salvador.

            - Allan! – disse eu contente e correndo de encontro a ele.

            - Estava com saudades tuas. – disse Allan depois do abraço que tínhamos de acabado de dar, ele coloca a mão no meu rosto e alisa o mesmo.

            - Eu também, estes dias têm sido um completo inferno. – disse eu, ele apenas assentiu. – Eu não consigo viver por muito mais tempo assim, as pessoas estão completamente assustadas. A cada dia que passa eu abrigo uma aldeia ou mais … o que eu posso fazer? – disse eu caminhando para a varanda e abrindo a porta da mesma. – O que posso fazer para salvar estas pessoas? – perguntava eu deixando uma lágrima deslizar pelo meu rosto, sinto uns braços na minha cintura e as minhas costas vão de encontro a um peito musculoso.

            - Calma, eu estou aqui contigo. Nada de mal vai-te acontecer, eu vou-te proteger. – disse Allan beijando o meu rosto.

            - Allan … - disse eu virando-me de frente para ele.

            - Eu nunca te deixarei sozinha, eu amo-te. É contigo que eu quero passar o resto da minha vida. – disse Allan, então ele afasta-se um pouco de mim a tremer. O que se estava a passar? Ele parecia nervoso?

            - Allan o que se passa? – perguntei eu, ele apenas coloca a mão á frente sinalizando que era para eu estar onde estava, então eu parei e fiquei à espera que ele disse-se algo.

            - Isto é muito difícil. – disse ele deitando o ar todo para trás, ele ajoelhou-se diante de mim, uma pequena ideia passou-me pela cabeça … será?

            - Allan, tu … - comecei a falar mas ele faz sinal para eu não dizer nada.

            - Por favor não digas nada, apenas deixa-me falar tudo o que tenho de falar enquanto eu tenho coragem para o fazer. – disse ele, eu apenas assenti com a cabeça e então ele deitou novamente o ar todo para fora. – Então é assim … - disse ele começando ele pegou nas minhas mãos, e pode reparar que ele estava a tremer. –Desde aquele dia em que nos encontramos no rio, eu me apaixonei por ti à primeira vista. Mesmo que no inicio nós discutíamos um com o outro, eu realmente tinha ficado encantado com tamanha beleza que tu tinhas. – disse ele, ai que me vai dar uma coisinha má. – Tu fizestes-me passar os dias mais felizes da minha vida, fizestes com que eu fosse feliz, e eu queria que isso continua-se. – então ele largou as minhas mãos e tirou uma caixinha do bolso das calças que ele tinha, eu acho que vou desmaiar … ele abriu a caixa e pode ver um anel que simplesmente era de tirar o fôlego. Era um rubi em forma de coração, era simplesmente lindo. – Eu quero continuar com essa felicidade, então aceitas casar comigo? – perguntou ele olhando para mim, eu estava sem palavras. Estava de tal maneira feliz, que lágrimas começaram a deslizar pelo meu rosto, Allan olhou para mim com cara de preocupado e então eu disse.

            - Essas foram as palavras mais bonitas que alguém me disse, também foi contigo que eu passei os dias mais felizes da minha vida. – disse eu sorrindo enquanto mais lágrimas desciam pelo meu rosto.

            - Isso quer dizer … - começou ele a falar mas eu cortei-o.

            - Sim, eu aceito casar-me contigo. De passar o resto dos meus dias contigo, e ser feliz ao teu lado. – disse eu continuando a sorrir. Ele começa a sorrir e coloca o anel em meu dedo, e eu levanto a mão para ver melhor o anel e dou um sorriso de orelha a orelha. Ele levanta-se e depois pega-me pela cintura e começa a rodopiar-me, as minhas gargalhadas e as dele eram ouvidas naquele quarto. Ele pousa-me no chão e os nossos rostos aproximam, e beijamo-nos. Finalmente vou poder ser feliz ao lado da pessoa que eu realmente amo, a pessoa que me faz feliz.

Autora Pov

(Quebra do tempo, dia seguinte)

       Tal como Sara tinha dito, ao nascer do sol no horizonte o ritual de transformação de Luna iria iniciar-se. Naquela espaçosa e elegante sala, encontrava-se presente todos os Deuses do Olimpo.

Luna estava vestida com um elegante vestido branco comprido, seu cabelo solto para mostrar a beleza do mesmo. Ela encontrava-se em frente de Sara que vestia um vestido também comprido azul clarinho, e seu cabelos também estava soltos.

- Vamos dar inicio á cerimónia de transformação. – disse Sara olhando para Luna que apenas assentiu que sim com a cabeça, e logo elas começaram a caminhar para uma espécie de cama, onde Sara fez sinal para Luna se deitar na mesma e foi isso que Luna fez. Sara encontrava-se de pé ao lado da cama olhando para Luna. – A partir de agora estarás sozinha e terás que enfrentar o teste que te darei, ninguém te poderá ajudar … nem mesmo eu. Esta é a prova que só tu podes fazer, e assim poderes te tornar uma Deusa.

Luna assentiu novamente com aquilo que Sara tinha acabado de dizer, e então fechou os olhos e então Sara começou a lançar-lhe o teste.

Sara estendeu sua mão esquerda para o rosto de Luna, deixando sua mão descansar na testa de Luna e então começando o feitiço.

- Eu sou aquela que governa o Olimpo, aquela que trouxe a magia. Com meu poder, e minha autoridade eu te concedo o poder de te tornares uma Deusa. – disse Sara enquanto mantinha seus olhos fechados, e um brilho apareceu na sua mão que estava na testa de Luna. – Luna, serás a Deusa da Lua depois de conheceres o teu próprio coração … apenas depois de conseguires perdoares-te a ti mesma e aos outros, depois de conseguires ultrapassar o teu pior medo. – e logo Sara retirou sua mão da testa de Luna que ficou com os olhos fechados. – Agora tudo está nas tuas mãos Luna … apenas luta contra ti mesma, e acredita em ti mesma.

Luna Pov

       - Hum … onde eu estou? – perguntei eu a mim própria enquanto me levantava. Olho em volta e logo reconheço o sítio onde me encontrava. – Não pode ser … isto não é verdade, não pode … - dizia eu enquanto lágrimas deslizavam pelo meu rosto. – Eu estou em casa …

            Em minha volta, eu estava em casa … a minha cidade, a minha casa … isto é impossível … como é que eu estou aqui?

            Comecei a andar em direção da cidade, já que eu tinha acordado em um campo que estava a poucos metros da cidade. Mal entro na cidade, eu não estava a acreditar no que estava a acontecer.

            - Isto é impossível, esta não pode ser a minha cidade Natal. – disse eu para mim enquanto andava e olhava para todo o lugar, e tudo estava igual … tudo mesmo, tudo estava como eu me lembrava. – Nada mudou …

            -Luna … - disse alguém atrás de mim chamando, eu logo olho e quando vejo quem é, eu quase vou ao chão.

            - One-san … - disse eu com a voz fraca e o choro preso na garganta. Lá estava a minha one-san. – Emi-one-san. – disse eu começando a correr em direção dela com a cara lavada em lágrimas, e quase chegando perto dela eu dou um salto para cima dela abraçando-a com força. – Emi-one-san … eu estava com tantas saudades, eu pensei que nunca mais iria-te ver … pensei que tinhas ido embora para sempre. – disse eu depois de me quebramos o abraço.

            - O que estás a dizer? Eu nunca fui a lugar nenhum, eu sempre estive aqui contigo. – respondeu ela.

            - Mas tu naquele dia tinhas … - disse eu começando a frase e aí ela dá-me um sorriso e então eu digo. – Não é nada, esquece … acho que só são coisas da minha cabeça mesmo. – disse eu abanando negativamente a cabeça e depois sorrindo para ela.

            - Tens a certeza de que estás bem? É que mais parece que bateste a cabeça e agora não estás a funcionar lá muito bem. – disse minha irmã fazendo-me rir.

            - É, eu acho que tive um sonho bem estranho. – disse eu ainda rindo.

            - Está bem, mas deixando isso de lado. – disse a minha irmã e logo um sorriso de orelha a orelha apareceu. – Nós temos que nos despachar, o desfile da cidade vai começar. – disse ela começando a andar para o outro lado.

            - O desfile? Que desfile?- perguntei eu não percebendo nada. Então Emi para e olha para mim.

            - O desfile do nosso festival, você se esqueceu? – perguntou ela fazendo cara de quem não estava a perceber. – Hoje é o último dia do nosso festival, então como já é habitual o festival termina com o desfile.

            - É, mas o fogo destrui tudo. – disse eu e então ela fez cara de quem não estava a perceber nada.

            - Do que estás a falar? Não houve fogo nenhum, o desfile irá começar daqui a pouco. – disse a minha irmã. Mas algo não está certo, algo não está bem.

            - Eu … - disse eu começando a frase, e então tentei lembrar-me de tudo o que se passou. – O desfile não chegou a sair. – disse eu olhando para Emi, ela ficou a olhar para mim ainda sem perceber o que eu estava a falar. – Tudo começou a arder e a cidade queimou, todos morreram … - disse eu com as mãos na cabeça e com a respiração ofegante.

            - O que estás a dizer? A cidade não ardeu e ninguém está morto … todos nós estamos aqui, o que é que tu tens? – perguntou Emi chegando mais perto de mim, então eu olho novamente para ela e respondo.

            - Tu morreste naquele dia … eu não pode ajudar-te, tu queimas-te mesmo á minha frente e eu não pode salvar-te. – disse eu deixando lágrimas começarem a escorrer pelo meu rosto. Então não só Emi como tudo a minha volta desapareceu, e deu lugar a uma cidade em chamas, com vários corpos estendidos, mortos pelo fogo … várias pessoas correndo, gritando e chorando por causa do desespero que carregavam.

            Eu estava no mesmo sítio, olhando todo aquele horror … vendo pessoas em chamas juntamente com os prédios, os animais … um verdadeiro massacre.

            - Não, não, não … NÃO! – dizia eu caindo de joelhos no chão com as mãos na frente do meu rosto, deixando lágrimas deslizarem pelo meu rosto. – Isto não pode estar a acontecer de novo, não pode ser … eu não vou conseguir suportar tudo de novo.

            Eu sentia o calor das chamas que ardiam os prédios, que começavam a desmoronar. Toda aquela sensação de temor, solidão atingiu-me rapidamente e eu apenas ficava no chão chorando enquanto tudo á minha volta se desmoronava.

            - L-Luna … - disse uma voz fraca, mas mesmo assim eu ainda consegui ouvir e então logo olho para ver quem me chama e dou de caras com a Emi no chão, com a testa a escorrer sangue e também com um pedaço de madeira em cima dela, impossibilitando-a assim de se poder mexer. – L-L-Luna …

            - EMI! – gritei e logo me levantei e comecei a correr para onde estava Emi, e quando cheguei até ela ajoelhei-me no chão. – Emi, eu vou-te tirar daí … nós vamos sair daqui eu prometo, apenas fica comigo por favor. – disse eu em total desespero.

            - L-Luna … - disse ela muito fraca, ela está sofrendo tanto …

            - Shhhh … não fales, eu vou-te tirar daqui. – disse eu, e então comecei a olhar para todos os lados para tentar arranjar algo, que conseguisse tirar aquele pedaço de madeira de cima da minha irmã.

            - Luna … tu tens de ir. – disse a minha irmã com um fio de sangue a escorrer pela sua boca, e logo começou a tossir fazendo mais sangue sair de sua boca.

            -Não, eu não te posso deixar aqui … eu tenho de que salvar-te. Eu não me vou perdoar se te abandonar neste inferno, não mesmo. – disse eu a fechando os olhos e deixando que as lágrimas deslizassem pelo meu rosto.

            - Luna … - disse Emi novamente com voz fraca, então sinto a mão trémula dela tocar meu rosto, e logo eu abro os olhos que estavam inundados pelas minhas lágrimas. – Tu tens de viver … tu és especial … - disse ela mas é interrompida por uma forte tosse e então ela começa cuspir mais sangue e eu cada vez me desesperava mais.

            - Por favor não fales, guarda as tuas forças para podermos sair daqui. – disse eu amarrando em sua mão que tinha tocado o meu rosto.

            - Tu tens de viver … Luna, por favor … - dizia Emi olhando para mim, eu sentia tanta dor. – Vive por mim e por ti … eu tenho a certeza que um dia acharás alguém a quem possas chamar irmã novamente … acharás uma família, um lar … conseguirás achar o teu verdadeiro destino e proteger todos. – disse Emi cada vez mais fraca.

            - Não tem interesse eu proteger os outros, se eu não conseguir proteger-te. – disse eu abaixando a cabeça e fechando os olhos. – Não dá para viver sabendo que por minha culpa eu não pode proteger a minha própria irmã. – disse eu deixando todas as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Então um barulho de mais um dos prédios caindo foi ouvido, a cada segundo que passava as chamas aumentavam mais e mais … não faltava muito para que as chamas chegassem até nós.

- Luna … - chamou Emi calmamente, eu novamente olhei para ela e então ela disse. – Achas que mamãe ficaria bem sabendo que perdeu duas filhas de uma vez só? Que a teimosia de uma levou-a á morte?

- Mas eu não te posso deixar. – disse eu.

- Mas tu não me estás a deixar … tu estás a continuar o teu caminho e o meu … - disse Emi dando um sorriso de canto.

- Emi … - disse eu deixando as lágrimas quentes deslizarem pelo meu rosto.

- Luna … não tenho orgulho maior de dizer que és minha irmã, e tenho a certeza de que um dia tu irás encontrar um novo lar. – disse Emi com um sorriso em seus lábios. – Promete-me Luna … promete que viverás por nós duas, que irás lutar pela tua felicidade e que serás tão feliz ou ainda mais. Promete que irás ultrapassar o passado, e perdoar-te a ti por tudo isto que estás a viver… não é tua culpa, este é nosso destino Luna …

- Emi, não … - disse eu deixando as lágrimas caírem mais e mais.

- Promete Luna, por favor … promete. – dizia Emi com lágrimas no canto dos olhos. Eu não podia negar-lhe este pedido, eu não podia.

- Eu prometo Emi. – disse eu amarrando a mão dela e chorando. Ela apenas deu um sorriso, e então como dois fios de água escorreram de seus olhos ela diz.

- Estou tão feliz. – disse ela ainda com o sorriso dela e então a mão que eu segurava ela levou-a novamente ao meu rosto e deu um sorriso ainda maior, o que era difícil para o estado dela. – Adeus, Luna-one-chan… - disse ela e logo fechou os olhos e sua mão afastou-se do meu rosto caindo no chão sem força alguma.

- Não. Por favor, Emi-one-san … não vás, por favor. – disse eu chorando cada vez mais, os soluços começaram a ficar presos na garganta e então eu não aguentei mais. – NÃO! EMI-ONE-SAN! NÃO! – dizia eu gritando de dor, eu amarrei a parte do tronco dela e comecei a chorar cada vez mais. Eu sentia o calor das chamas cada vez mais perto, mas eu não tinha forças para me levantar e sair. Mas aí eu lembro a promessa que fiz a Emi, e com as poucas forças que eu tinha eu levanto-me olhando para o corpo dela e chorando feito um bebé. – Adeus … Emi-one-san. – disse eu ainda chorando e dei costas começando a sair deste inferno, eu tenho de viver pela minha irmã … por mim … eu vou viver por nós duas.

Eu corri, mesmo com as pernas bambas e a bem dizer o mundo a cair eu corri … corri para um dos campos perto da cidade, quando voltei a olhar para a cidade não sobrava nada dela, apenas as chamas a devorarem-na. E aí eu entendi que tudo isto que eu acabei de passar, era nada mais, nada menos do que memórias …  o meu pior medo, o meu pesadelo …

- Agora eu sei o que fazer. – disse eu para mim, enquanto me abraçava. – Obrigada Emi-one-san, graças a ti eu posso proteger aqueles que eu amo … a minha nova família. – disse eu olhando para o céu.

- Ainda bem que encontraste o teu caminho. – disse uma voz perto de mim, eu olho em direção de onde vinha a voz e deparo-me com a minha one-san, mas agora ela estava com um vestido branco … tão bonita (foto de capa) . – Eu fico contente em saber que conseguiste uma nova família, tenho a certeza de que serás muito feliz.

- Obrigada … é graças a ti que eu posso ser feliz. – disse eu olhando para ela.

- E eu fico contente por estares a cumprir o que prometeste, agora tens de ir … eu ficarei sempre ao teu lado, nunca te esqueças disso. – disse Emi, e antes de desaparecer ela deu-me um sorriso, daqueles que só ela sabe dar.

- Eu nunca me esquecerei de ti … Emi-oni-san. – disse eu e logo uma forte luz branca invade tudo á minha volta, e aí eu fechei os olhos e me deixei levar.

Sara do Passado Pov

       Já fazia um tempo que Luna estava desacordada, e eu já me começava a preocupar com a hipótese de ela nunca mais conseguir passar no teste. Eu não a posso ajudar, tem de ser ela a conseguir ultrapassar este pesadelo … mas eu confio nela, e sei que ela vai conseguir … eu acredito nela.

            - Hime, tenha calma. – disse Zeus ao meu lado. – Eu também estou preocupado com ela, na verdade acho que todos estão. – olho em volta e vejo todos os Deuses assentindo que sim com a cabeça. – Neste curto espaço de tempo, a Luna conseguiu integrar-se perfeitamente aqui no Olimpo, e todos nós achamos que ela tem espirito para ser uma Deusa.

            - É, eu sei. – disse eu olhando novamente para Luna com um sorriso gentil. – Só ela pode carregar o título de Deusa da Lua. Ela certamente é uma Deusa guerreira. – disse eu olhando para Zeus que assentiu.

            Antes que alguém mais falasse, Luna acorda de repente assustando todos.

            - Onde eu estou? – perguntou ela sentando-se, então ela olha em volta e fica olhar para todos nós. – Isso quer dizer que eu passei no teste, néh?

            - Sim, tu passaste. – disse eu aproximando-me dela com um sorriso, e ela apenas o retribui-o e então em um segundo eu pode ver o pesadelo dela. – Luna … isso foi … - disse eu deixando a frase morrer.

            - Ah? O quê? – perguntou Luna sem entender o que eu estava a falar, então a única coisa que me veem á mente é abraça-la, e foi isso mesmo que eu fiz … eu abracei-a e ela ao primeiro não reagiu mas depois retribui o abraço. Nós separamos e ficamos uma a olhar para a outra, e então eu falo.

            - Deve ter sido bem difícil, mas espero que saibas que nós agora somos a tua nova família e iremos te apoiar em tudo Luna. – disse eu e ela apenas assentiu sorrindo e então eu dei um sorriso de lado e disse. – Ou melhor dizendo, Deusa da Lua.

            Mal eu falo em Deusa da Lua, Luna olha para mim com os olhos arreguilados mas ao mesmo tempo brilhantes.

            - Isso quer dizer, que eu agora sou uma Deusa? A Deusa da Lua? – perguntou Luna não contendo mais a sua alegria.

            - Sim Luna, tu és a Deusa da Lua. – disse eu sorrindo por ver a felicidade dela. – Agora com novos poderes, novas responsabilidades virão e eu peço a tua força na batalha que começou.

            - É claro. Você tem todo o meu apoio, hime. – disse Luna dando um sorriso que logo eu retribui.

            Ambas levantamos e damos a mãos caminhando para a frente, ficando assim á vista de todos os Deuses presentes.

            - Apresento a vocês Luna, a Deusa da Lua. – disse eu e logo todos começaram a bater palmas e Luna foi para o meio dos outros Deuses começando a interagir com eles e recebendo dicas de como usar seu poder.

Autora Pov

       A guerra ainda durava, mesmo depois de duas longas semanas ela ainda durava. Todos os dias pessoas inocentes morriam, todos os dias Sara e Allan batalhavam para que este pesadelo acabasse, mas mesmo assim pessoas morriam.

            - Neste ponto aqui a cidade está sendo controlada por eles, então nós temos de os cercar por estes caminhos para os conseguir encurralar. – disse Sara explicando o seu plano de batalha.

            - Mas eles podem ter alguém a vigiar. – disse Atena observando o mapa.

            - Aqui não, pois aqui não existe nenhuma massa de poder … o que eles estão á procura é de mais poder. – disse Sara, e todos assentiram com o que ela disse. – Bem todos já perceberam o plano, saímos dentro de cinco minutos.

            - Sim, hime. – responderam os Deuses que se encontravam naquela sala. E então logo eles a abandonaram, deixando assim Sara sozinha.

            - Hime, tenho notícias da batalha em que o Príncipe Allan se encontrava. – disse Kirara entrando dentro da sala.

            - Como correu? – perguntou Sara olhando para Kirara.

            - Eles conseguiram tomar a cidade, os aldeões estão salvos. – respondeu Kirara.

            - Isso é bom, se continuarmos neste ritmo as coisas ficarão bem. – disse Sara com um sorriso.

(Quebra do tempo, campo de batalha)

       Depois dos Deuses e de Sara saírem do Olimpo e irem para a batalha, eles tinham conseguido já uma parte da cidade. Apesar de haver muitos demónios eles estavam com vantagem, o que para Sara aquilo era estranho … pois parecia que eles não estavam a lutar mesmo de verdade, era só como se aquilo fosse uma distração.

            - Algo está errado … esta batalha está a ser fácil demais. – disse Sara enquanto arrancava a cabeça a mais um demónio.

            - E isso não é divertido? – disse uma voz aproximando-se de Sara. E a dona dessa voz logo a atacou, mas com uma enorme rapidez Sara conseguiu desviar-se. – Se queres algo difícil, então eu estou aqui. – disse aquela voz em tom superior. Sara não conseguia ver quem era a pessoa, já que a poeira não deixava.

            - Quem és tu? Pareces ter a forma humana, mas eu sinto um poder demoníaco vindo de ti. – disse Sara.

            - Ohh não me conheces? Nós somos tão amigas. – disse aquela voz, e logo atacou Sara novamente e então desta vez Sara conseguiu amarra-la no braço, e dar-lhe uma joelhada em seu estomago o que a fez andar para trás.

            - Vou perguntar-te apenas mais uma vez. Quem és tu? – perguntou a Sara com um tom de voz sério.

            - Ahhh … ainda não sabes? – disse aquela voz em tom de divertimento, e logo a poeira começou a desaparecer dando a sim a visão a uma rapariga de cabelos negros, pele branca e seus olhos igualmente negros.

            - Quem és? – perguntou Sara em posição de batalha.

            - Samantha, esse é o meu nome. – respondeu Samantha dando um sorriso de lado. – Mas tu conheces-me por outro nome, quando me tiraste tudo o que eu queria. – disse Samantha. Sara ao primeiro faz cara de confusa, mas logo arreguila os olhos e diz.

            - Ernélia …

            - Isso mesmo, eu sou a Princesa Ernélia … aquela que tu tiraste a coroa, e roubaste o noivo. – disse ela num tom de raiva.

            - Eu só te castiguei por causa dos teus atos. – disse Sara em sua defesa. – Mas como ficaste assim?

            - Ahh isto? – perguntou Samantha olhando para o seu corpo. – Não vamos dizer que eu estou mais bonita, mas … mais poderosa com certeza. – disse Samantha dando um sorriso de lado. – Depois de que eu e meu pai fomos obrigados a trabalhar as coisas apenas pioravam … aqueles que dantes tinham medo de nós estavam a dar-nos ordens e a humilhar-nos. Eu estava farta daquela vida, comer pão duro e muitas vezes uma sopa fria … dormir em um estábulo, passar frio … tu não sabes o que é isso. – disse Samantha com os olhos transbordando de raiva.

            - Tu precisavas aprender o valor do trabalho, precisavas aprender como os aldeões sofriam. – disse Sara.

            - Ohhh e eu aprendi … aprendi a criar cada vez mais ódio por eles. – disse Samantha ainda com um olhar cheio de raiva. – Mas aí uma noite apareceu o Lorde Zelta, e deu-me esse poder. – disse Samantha dando um sorriso.

            - Foi Zelta que te deu esse poder? – perguntou Sara com cara de espanto. – Ernélia, tu tens de parar … eu ainda posso ajudar-te, eu posso curar-te. Apenas tens de parar com isto. – disse Sara.

            - Parar? Mas é isto mesmo que eu quero. Porque eu iria querer parar? – perguntou Samantha com um sorriso de lado. – Sabes depois de receber o poder, a primeira coisa que eu fiz foi matar aqueles malditos camponeses, que todos os dias me davam ordens e me humilhavam. O que eu posso dizer? – disse ela enquanto dava um sorriso mais largo. – Foi uma das melhores sensações do mundo, poder arrancar as suas cabeças ou cortar as suas gargantas. – disse ela dando um sorriso.

            - JÁ CHEGA! – gritou Sara e logo em questão de segundos ela estava á beira de Samantha dando um pontapé em seu estômago. Samantha nem teve tempo de reagir, e logo foi contra destroços que ali tinham.

            - Sua maldita. – disse Samantha levantando-se do meio de todos aqueles destroços. – Eu vou … - mas ela nem teve tempo de acabar frase pois foi logo atacada por Sara que começou a distribuir sucessivos golpes nela, e logo mais um poderoso fazendo-a ir contra um prédio que estava quase a desmoronar-se, e quando ela bateu nele, ele caiu por completo.  

            - Eu vou fazer com que pagues por tudo aquilo que fizeste. – disse Sara aproximando-se de Samantha e preparando um ataque poderoso … só que quando ela lançou o ataque o mesmo desapareceu antes de chegar a Samantha. – Zelta …- disse Sara com a voz cheia de ódio.

Em frente a Samantha estava Zelta, o mesmo tinha a mão á frente o que demonstrava que tinha sido ele a impedir que aquele ataque atingisse Samantha.

- Ora, ora … parece que não simpatizastes aqui com a minha criação. – disse Zelta dando um sorriso de canto.

- Tua criação? Ela é uma humana Zelta, uma humana que tu decidiste corromper com o ódio e a raiva. – disse eu em tom elevado, e ele apenas riu.

- Não é bem assim, ela já tinha os principais ingredientes não é? – perguntou Zelta andando um pouco para o lado. – Afinal, quando a encontrei ela estava sedenta de vingança para com aqueles que a humilharam.

- Mas tu deste-lhe magia negra. – disse Sara olhando para Zelta. Samantha levanta-se dos destroços e com dificuldade fica em pé, com a respiração ofegante.

- Eu nunca me senti tão bem.- disse Samantha. – Eu vou matar todos aqueles que me humilhara, e tu és a primeira da lista. – mal Samantha acaba de falar ela vai ao chão e começa a gritar com as mãos a amarrarem o seu peito. – AHHHHHH! – gritava ela de agonia.

- Se tentares tocar num fio de cabelo dela, eu te matarei … estamos entendidos? – disse Zelta com uma voz fria.

- S-S-Sim … - respondeu Samantha com muita dificuldade.

- Ótimo. – disse Zelta, e logo Samantha voltou ao normal. – Agora se me deres licença, nós vamos indo. – disse Zelta dando costas a Sara e começando a andar.

- Achas mesmo que eu te vou deixar ir? Depois de tudo o que fizeste? Depois de teres tirado a vida a tantas pessoas… achas mesmo? – perguntou Sara com a mão direita cheia de magia pronta para ser lançada.

- Tantas vidas? Não queres dizer antes, a vida do teu filho, e daquele humano imundo? – perguntou Zelta voltando-se para Sara novamente.

- Seu … tu vais pagar pelo que fizeste. – disse Sara concentrando mais magia.

- Tenho certeza que sim. – disse Zelta dando um sorriso de canto. – Mas não aqui, nem agora.

- O quê? – perguntou Sara confusa.

- Daqui a três dias, quando o sol nascer numa colina perto do palácio real de Fiore, teremos a nossa batalha final … e aí veremos quem vai ganhar. – disse Zelta com um sorriso o que fez Sara ainda ficar com mais raiva. – Até daqui a três dias. – disse ele desaparecendo juntamente com Samantha, deixando Sara sozinha naquele lugar.

- Maldito …- disse Sara apertando os seus punhos fazendo a magia aumentar e explodir em sua volta, destruindo assim os prédios que lutavam para se manter de pé.

Sara do Passado Pov

       Mal tínhamos chegado ao Olimpo, eu fui direta para o meu quarto para poder assim ter um pouco de paz … já que estas últimas semanas têm sido uma autêntica turbulência. Daqui a três dias será a batalha decisiva, daqui a três dias eu estarei frente a frente com Zelta e terei que matá-lo.

            - Sara …- sou acordada dos meus pensamentos quando ouço chamarem por mim, viro-me e dou de caras com Allan.

            - Allan, que estás aqui a fazer? – perguntei eu não percebendo o que ele estava aqui a fazer, afinal nós não tínhamos combinado nada.

            - Kirara avisou-me de que a batalha final será dentro de três dias, então eu decidi vir ver como é que estavas. – respondeu Allan aproximando-se de mim.

            - Bem … eu acho que bem … apesar de ter descoberto que Ernélia está a lutar junto de Zelta e agora ela possui poderes malignos. – disse eu, e Allan fica a olhar para não acreditando.

            - O quê? Ela agora usa magia? – perguntou Allan, eu apenas assenti e disse.

            - Isso mesmo. Seu visual está completamente mudado, ela não é mais aquela princesinha mimada … apesar de ainda ser arrogante, ela agora tem poder e pode matar.

            - Nós teremos que pará-la.- disse Allan e eu apenas assenti com o que ele disse.

(Quebra do tempo, dia seguinte)

Mal eu acordei, caminhei logo para a sala de Kira … mal abro as portas da sala ela olha para mim fazendo um olhar confuso e então eu começo a falar.

- Kira, eu sei que deves estar a perguntar o que raios eu estou aqui a fazer. – disse eu e Kira apenas disse que sim com a cabeça, e então eu continuei. – Eu preciso da tua ajuda. Eu vou atribuir a esta sala novos podere, vou atribuir a ti novos poderes.

- Mas hime … que poderes são esses? E porquê? – perguntou Kira não entendo nada, eu dou um suspiro e então digo.

- Daqui a dois dias será a batalha final, e eu sei que meu poder não é páreo para o poder que agora Zelta possui. – disse eu e Kira fica nervosa. – Por isso eu usarei um feitiço que o aprisionará, mas terei consequências … e se algum dia eu voltar a nascer, Zelta terá a possibilidade de voltar, porque como sou eu que o irei aprisionar só eu terei o poder para o libertar.

- Hime … - disse Kira com a voz trémula.

- Kira, ouve bem … quando eu voltar a nascer tu terás o poder de me fazer recordar todos estes meus momentos. Eu tenho a certeza que a Natureza que me fará nascer de novo em um lugar bem longe … longe do mundo da magia … e não só eu como o Allan, um dia mais tarde quando ele morrer, ele voltará a nascer. Tenho a certeza que um dia a história irá se repetir, e quando chegar a hora tu irás ajudar-me a recordar de tudo. – disse eu amarrando as mãos de Kira que não paravam de tremer.

- Hime … - disse Kira chorando, e eu passei minha mão em seu rosto para tirar essas lágrimas.

- Aqui está. – disse eu entregando uma carta para Kira. – Nesta carta explica o que os Deuses devem fazer, se tudo correr como eu estou planeando eu mesmo não sabendo sobre vocês eu sempre vos guardarei em meu coração.

- Hime não diga isso … - disse Kira ainda a chorar. – Eu não quero que isto seja um adeus.

- E não é Kira, isto é um até logo. – disse eu dando um sorriso e logo sou abraçada por Kira e no mesmo instante eu retribuiu. – Obrigada Kira …

Autora Pov

(Quebra do tempo, dia da batalha final)

       Antes do sol nascer, Sara juntamente com Allan, magos, Deuses entre outras criaturas mágicas já se encontravam no local designado para a batalha final.

            Allan ao ver o nervosismo de Sara pegou sua mão e apertou-a, para assim poder transmitir segurança. Sara olha para Allan e dá-lhe um sorriso, que é logo retribuído por Allan. Ela estava com medo … medo de que seu plano falhasse e ela não pudesse livrar todos da escuridão, de tudo desaparecer.

            Uma forte energia maligna é sentida e todos olham para o mesmo sítio, dando de caras com Zelta e o seu exército de criaturas sombrias. Ele estava com um sorriso, um sorriso maligno e seus olhos vermelhos onde assim se podia ver a sua sede de sangue.

            - Zelta ainda á tempo para voltar atrás. – disse Sara. – Podes acabar com esta loucura agora, apenas rende-te.

            - Render-me? – perguntou Zelta com um sorriso de canto. – Eu não me rendo, eu vou ter tudo aquilo que quero e isso é claro que te inclui a ti. – disse ele ainda dando um sorriso maior, logo Allan se coloca á frente de Sara para a proteger. – Ora, ora … se não é o humano imundo que eu irei arrancar o coração.

            - Seu maldito … eu te matarei por tudo o que fizeste … - disse Allan com a voz carregada de raiva. – TU MATAS-TE O MEU FILHO!

            - E tu serás o próximo … eu vou-te matar … podes ter a certeza disso. – disse Zelta liberando um pouco a sua energia negativa. – Então parece que não há acordo, então que a batalha final comece.

            Mal Zelta acaba de falar ambos os soldados das duas partes correm uns em direção dos outros, e começam-se a matar uns aos outros. Sangue e mais sangue era derramado … o fogo da destruição estava espalhado por todo o lado … até Deuses se banhavam no mar de sangue … era como se fosse o Apocalipse.

Sara do Passado Pov

       Estávamos em um campo de batalha, era a batalha final para libertar este mundo da escuridão, assim todos poderiam viver felizes. Não haveria mais medo e pavor, este mundo seria completamente feliz.

            - Nós vamos matar-te! Não permitiremos que magoes mais pessoas. – disse o dragon slayer dos elementos, Allan.

            - Terás o mesmo destino que estes miseráveis humanos irão ter, morre. – disse Zelta preparando um ataque, e lançando para Allan. Meto-me á frente do Allan e rapidamente desfaço aquele ataque só com uma mão.

            - Não deixarei que faças isso! Irei proteger este mundo da escuridão, não deixarei que mates alguém. – disse eu com raiva no olhar.

            - Sempre gostei desse teu olhar. – disse Zelta inclinando-se para mim e começando a aproximar a sua mão da minha cara, mas rapidamente recua quando uma espada aproxima-se dele.

            - Não lhe toques com essas tuas mãos imundas. – disse Allan pondo-se á minha frente para me proteger. – Jamais ouses tocá-la, percebestes? – perguntou Allan apontando a espada para Zelta. Zelta olhou para ele com uma cara de puro ódio.

            - Ela é minha, ela é só minha. – disse Zelta olhando para Allan.

            - Não é não. – disse Allan correndo em direção de Zelta com a espada, a mesma transbordava do seu poder. – Eu te matarei, nunca mais irás ameaçar-nos assim poderemos viver em paz.

            - Nunca ficarás com ela. – disse Zelta tirando a espada do Allan com um único golpe. Depois muito rapidamente Zelta com a sua mão direita enterra-a no corpo do Allan, mais especificamente no seu peito.

            - ALLAN! – gritava eu, e chorava também. Allan não respondeu, Zelta tirou a mão do seu peito e Allan virou-se para mim, eu podia ver uma mancha enorme no lugar do coração, cada vez sai-a mais sangue. Allan dá alguns passos em minha direção, estende a mão direita em minha direção.

            - Sara …- dizia ele, depois ele começa a cair. Corro em direção dele antes que o seu corpo vá de encontro com o chão e viro a sua cara para mim. Eu estava de joelhos no chão, a cabeça de Allan repousava no meu colo.

            - Allan, Allan por favor diz alguma coisa meu amor. – dizia eu com a cara toda molhada, eram tantas as lágrimas era tanta a dor. – Allan por favor não me faças isto, tu não me podes deixar. – dizia eu enquanto derramava cada vez mais lágrimas, até no rosto do Allan elas começavam a cair.

            - Sara … - chamou o Allan, eu olho para ele e digo.

            - Está tudo bem meu amor, eu vou conseguir curar-te. Nós vamos poder viver juntos, vamos poder casar e ter filhos. Vai ser tudo como nós tínhamos planeado. – dizia eu enquanto passava a minha mão pelo seu rosto, pode ver uma lágrima deslizar pelo seu rosto.

            - Eu amo-te, nunca esqueças isso. Onde quer que eu esteja, podem passar cem anos ou mais, mas eu ainda vou continuar a amar-te. – disse ele colocando a sua mão no meu rosto e eu apenas coloquei a minha mão por cima da dele, e fechei os olhos. – Não chores, eu sei que um dia vamos encontra-nos de novo. E assim poderemos viver felizes, como sempre sonhamos. – disse ele dando um sorriso fraco. – Eu amo-te. – disse ele e depois a mão dele perdeu força e caiu, os seus olhos estavam fechados a sua pele branca, ele estava frio como a neve. Não, não. Ele não pode.

            - NÃO! ALLAN NÃO ME FAÇAS ISTO! POR FAVOR ALLAN! – gritava eu enquanto chorava por cima do corpo de Allan. – VOLTA PARA MIM, ALLAN! – gritava eu novamente, aquela dor era insuportável, eu quero morrer.

            - Finalmente ele foi embora. – disse Zelta, eu levanto o meu rosto do corpo de Allan seco as lágrimas e tiro a cabeça do Allan do meu colo, e coloco-a no chão com cuidado. Levanto-me e fico assim um tempo a olhar para o corpo imóvel que estava á minha beira. – Agora nada nos impedirá de ficar juntos. – disse novamente Zelta, eu olho para ele com muita raiva, mas com muita raiva mesmo. Caminho em sua direção e digo.

            - Vais pagar pelo que fizestes, seu monstro. – disse eu com os olhos inchados e vermelhos de tanto chorar. Ele apenas fica a olhar para mim. – Eu irei matar-te pelo Allan, e por todos, desapareceras deste mundo. – disse eu começando a sentir o poder a fluir pelo meu corpo, uma grande quantidade de poder forma-se á minha volta. Zelta recua assustado com a quantidade de poder, que estava á minha volta.

            - O que pensas que estás a fazer? – perguntou ele num tom de assustado. Eu não lhe respondi apenas olhava para ele, fechei as mãos formando um punho.

            - Irás pagar por todo o mal que semeastes neste mundo, não deixarei que continues a semear o caus e a destruição. – disse eu, e uma ventania enorme começa a aparecer. Ele olhando ainda mais assustado para mim, a esta hora eu estava com a cabeça a mil eu vou livrar este mundo do mal. O poder começa a aumentar. – Espero que estejas pronto para o teu fim. – disse eu, e então abri os braços e disse. – Estrelas do bem, vinde em meu auxilio, vinde ajudar-me a aprisionar este mal que habita neste mundo. – uma tempestade começou a ser criada á nossa volta, Zelta olhava para todos os lados. – Vinde … com o vosso poder iremos banir o mal, vinde agora … - olho para Zelta e então eu digo. – ORDENO-VOS EU, A VOSSA SENHORA. QUE AGORA COM ESTE PODER, SELAI O MAL. – gritei eu e então um buraco negro formou-se atrás de Zelta e começou a suga-lo, ele quando reparou que estava a ser sugado começou a fazer força para não ser.

            - Não penses que deixarei ser derrotado assim tão facilmente. – disse ele dando um sorriso.

            - Eu irei derrotar-te, não deixarei que fiques neste mundo a espalhar o caus. – disse eu, e então larguei uma enorme quantidade de poder, e com isso o buraco sugou Zelta. Quando ele tinha acabado de ser sugado, o buraco fechou-se selando assim Zelta em um lugar que ele não poderia sair. Eu estava completamente exausta, o poder que me tinha sobrado eu tinha-o despejado todo neste último ataque, eu estava completamente esgotada, olho para o Allan e vejo seu corpo imóvel, uma lágrima escorre pelo meu rosto. Porquê? Porquê que isto tinha de acontecer? Eu sentia uma dor tão grande em meu peito. Olho para cima e começo a sentir o meu corpo desfazer-se, vejo que pequenas bolinhas de luz saem do meu corpo. – Não me importo agora com o que aconteça comigo, ao menos assim estarei junto do Allan. – disse eu deixando lágrimas escorrerem pelo meu rosto, fecho os olhos e espero desaparecer completamente.

(A partir de agora será a Sara do presente a narrar, o passado acabou)

Sara Pov

       Eu sinto o meu corpo pesado, eu não me conseguia mexer nem sequer os olhos eu conseguia mexer, eu estava completamente imóvel … o que fazer? Como eu posso sair daqui? Da escuridão …

            - ime, hime, hime … - ouço alguém chamar por mim. Esta voz … é Kira. Ela está á minha espera, ela está comigo … eu tenho que acordar, eu tenho que abrir os olhos. Eu não vou desistir, eu tenho que protege-los … eu tenho que proteger todos.

            Aos poucos começo a abrir os olhos e quando consigo abri-los completamente, uma dor de cabeça me atinge.

            - Mas que coisa, eu sempre pareço que estou de ressaca. – disse eu sentando-me e colocando as mãos na cabeça, e então olho para o lado e vejo Kira olhando para mim. – Não olha para mim não, parece que eu fui atropelada por um camião da Tir umas duzentas vezes. Ai caraças, se eu continuar assim daqui a pouco todos os meus nervos morrem.

            - Hime … - disse Kira me abraçando do nado, o que levou o meu coração ir a Marte e vir.

            - Que é isso mulher? Está doida? Quer me matar do coração? – perguntava eu, ela logo separa-se de mim e dá um sorriso.

            - Que bom que voltou a salvo hime. – disse ela.

            - É, eu estou em casa. – disse eu e logo me levanto com alguma dificuldade, mas depois consigo.

            - Hime … você se lembra? – perguntou Kira receosa, então eu lhe dou um sorriso e digo.

            - Eu lembro Kira, lembro de tudo. – disse eu, então vejo Kira dar um sorriso.

            - E o que você vai fazer agora? – perguntou ela.

            - Não e óbvio? – perguntei eu, mas nem sequer dei tempo de ela responder.- Eu vou acabar com esta guerra.

            Mal eu falei virei-me para a porta daquela sala, e comecei a caminhar para a mesma. Agora a única coisa que eu tenho em mente é acabar com esta guerra, mas desta vez para sempre.

            - E que a guerra continue …

Autora Pov

            O passado de Sara foi desvendado, todas as batalhas, todas as lágrimas … Sara sabe quem ela é, e o que tem de fazer. Agora uma nova batalha está prestes a começar, e os dados já estão lançados.  


Notas Finais


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