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História The Dream - He did what?


Escrita por: Bear_ar

Notas do Autor


Boa madrugada pessoal! Estou tão empolgado criando esse conteúdo, que acho que esse é o capítulo mais rápido dessa versão 2.0 do "The Dream". Esse cap em particular, eu acho que ta muito fodaaaaaa! Mas, quero a opinião de vocês, com certeza.
Se deliciem ;9

Capítulo 5 - He did what?


Fanfic / Fanfiction The Dream - He did what?

Jb On

Eu estava deitado na cama, preguiçoso. A porta da sacada estava aberta permitindo que uma brisa agradável entrasse e balançasse a cortina, projetando uma sensação tranquila e agradável. Mas, mesmo que eu tentasse me concentrar na história, meus pensamentos em Letícia não me deixavam em paz, uma angústia no meu âmago me fazia mudar de posição a cada 5 minutos, sem ficar confortável de forma nenhuma.

Depois que eu havia feito minha declaração nos bastidores, e espalhado os rumores na mídia, o Got7 tinha ganho mais atenção no Brasil e no exterior, mas eu não estava ligando. Eu queria saber dela e o pior, é que não tinha conseguido falar nada e ela também não tinha respondido as minhas mensagens, não chegou nem a visualizar.

“Le, podemos falar?” - Sexta 23:30
“Quero te ligar, preciso falar com você” – 00:00
“Letícia, é sério... Preciso esclarecer umas coisas pra você” – 00:10.

E nada dela me responder.
Fiquei calmo, e consegui dormir, mas no dia seguinte eu estava completamente elétrico, ansioso. Eu precisava saber dela. Todos já tinham percebido a minha tensão, incluindo Jinyoung. Mas, ele era um bom ator, disfarçava bem sua tensão. Com certeza não estava conseguindo falar com ela assim como eu, ela tinha se ilhado de nós.

~ Hey bro! – Jackson entra no quarto animado. Me movimentei em cima do colchão mais uma vez, tentando encontrar uma posição agradável, mas o livro acaba caindo em cima do meu rosto.
~ E aí – me ajeito na cama – Por que estamos animados? – pergunto, curioso.
~ Estamos animados por que vamos sair – ele sorri -  Balada black para nós meu irmão haha!
~ Só eu e você? – o questiono desconfiado. Mas, Jackson já sabia de tudo que estava acontecendo, eu não pude me conter durante muito tempo com aquele segredo, tinha que dividir com alguém, e ele sempre conseguia perfurar a minha proteção emocional.
~ Sim, só eu e você! Você ta precisando ir a caça – ele brinca. – Vou me arrumar e você devia ir tomar um banho – ele pega uma toalha branca dentro do armário do quarto e joga em mim, no meu rosto – Está fedendo.

Eu mostro o dedo do meio e ele ri, mas eu acabo me levantando e indo tomar banho.

Aquele momento de baixo d’água foi relaxante. Não que eu ficasse sem tomar banho sempre, mas aquele dia eu estava perturbado de mais e acabei esquecendo até disso... Era impressionante o quanto Letícia tinha tomado conta dos meus pensamentos o dia todo. Eu só conseguia pensar, ou tentar imaginar o que ela poderia estar concluindo de tudo que tinha acontecido no dia anterior e ela nem mesmo tinha presenciado.

Fiz todo o processo de higiene do cabelo, e depois peguei o sabonete esfregando ele por todo o meu corpo lentamente, me massageando de certa forma. Quando cheguei perto de minha intimidade, demorei mais do que o necessário... Ficar tanto tempo sem fazer sexo, ou gostar intensamente de alguém despertava em mim impulsos que eu não me lembrava mais de existirem.

Minhas mãos começaram sem maldade com movimentos lentos, mas conforme meus pensamentos sobre Letícia e o quanto ela era atraente foram evoluindo, a intensidade de meus movimentos também. Deixei a água escorrer da minha cabeça pelas minhas costas enquanto uma de minhas mãos me dava apoio, encostada na parede. Não estava me importando nem com o fato da água quente já estar deixando a minha pele escaldada e vermelha. Poucos minutos foram suficiente para que eu me sacia-se naquela velocidade, e rapidamente cheguei ao ápse.

~ Vamos logo com isso princesa!!! – Jackson batia na porta brutamente, me acelerando.
~ Já to saindo mãe – grito, zombeteiro.

[...]

Adentramos pela porta negra todos juntos. Não pediram nem identidades, o Felipe tinha nos colocado na lista VIP. Tínhamos direito ao camarote também, mas ficamos na pista. Caminhei por um corredor escuro com alguns quadros de mulheres nuas dos anos 80, carros antigos, parecia bem propício a luxuria e a todo tipo de más intenções possível.

Quando finalmente acessamos a pista, eu vi de longe em uma mesa de pé uma silhueta familiar. O observei dos pés a cabeça... Cabelo solto, um quadril mediano, um bumbum rebitado. Era Letícia, eu sabia.

~ Felipe – toco em seu ombro.
~ Oi JB
~ Olha a Letícia alí – aponto com o rosto na direção dela.
~ Não Bro, acho que não é ela não, ta muito escuro pra saber – ele estreita os olhos, querendo enxergar mas não tem sucesso.
~ E ela sim, olha lá o rosto – Letícia se vira na nossa direção, revelando seu rosto.
~ Uau! É ela mesmo. – Felipe faz uma cara de surpreso, e faz um sinal para andarmos na direção de onde Letícia estava.

Caminhar na direção dela fazia meu coração acelerar. Seria a minha oportunidade de conhece-la fora do ambiente profissional e eu estava ansioso por isso, mas... O que exatamente eu diria? Eu nunca me imaginei em um encontro. Porra! Isso estava me deixando nervoso.

Ao chegar perto, nos cumprimentamos, mas ela parecia nitidamente desconfortável com a minha presença e de Jackson no local. Tentei ler os lábios de Letícia conversando com Felipe, mas eles falavam em português, o que dificultava meu entendimento. Mas, foda-se. Eu iria ter que encarar aquilo de frente.

~ Surpresa boa ou ruim? – pergunto, depois de ver Letícia falando com Jackson. Ela esboça um sorriso fino, com os lábios fechados e me deixa no vacu. Jackson me olha e arqueia as sobrancelhas, sem entender muito bem a situação e eu deixo passar.

Falo com todos e depois começo a ouvir a batida da música tocar, e animar meu corpo. Todos nós estávamos balançando de um lado para o outro conforme a música, só que aquele clima tenso estava me incomodando. Precisávamos de bebidas.

So tell me, can you understand my language?
If you tryna ride, just stay in my lane
It's no other way to explain it
A lame is who you came with (eghh)

Body Language – Kind ink

Sinalizei ao garçom se aproximasse, e mostrei a mensagem traduzida para o português que eu queria uma rodada da melhor bebida para todos na mesa. Ele entendeu bem, eu pisquei e balancei a cabeça consentindo o pedido, então ele se retirou.

~ Pediu o que? – Jackson pergunta.
~ Álcool. Preciso beber – falo baixo, mas os olhos de Letícia seguiam minha boca. Eu não sabia se ela tinha entendido e também não estava ligando, por que eu precisava me soltar, nos soltar...

Letícia sussurrou algo no ouvido de Mimi, e as duas se retiraram do local, indo ao centro da pista, e começando a dançar. Ela tirou seu jeans antes, expondo suas costas em um decote que ia até a altura do seu quadril e eu a segui em todos os seus movimentos com os meus olhos em tudo. Sua pele exposta, os seus movimentos lentos e sensuais, tudo parecia pra mim um convite, minha boca aguava, eu queria prova-la.

[...]

Letícia on

~ Meu Deus Letícia, o Jb ta muito gato. Senti o cheiro dele de longe – Michele comenta no meu ouvido, enquanto dançávamos uma na frente da outra.
~ Não queria que ele estivesse aqui – reviro os olhos quando ela fala – Vim aqui justamente para não pensar nele, e muito menos no Jinyoung.
~ Amiga, tem certeza que não vai dar uma chance pro Jb? – ela pergunta novamente – Eu daria. Daria tudo – ela ri sarcasticamente, e eu dou um tapa no braço dela
~ Larga mão de ser assanhada Michele, te expliquei o porque... – suspiro
~ Vocês não estão trabalhando agora – finjo não ouvir o que ela estava me dizendo, e continuo dançando. Meus braços se levantavam e a minha cintura remexia conforme a batida da música, para lá e para cá. Quando me virei na direção de onde estavam todos, posso ver os olhos de Jb me seguindo, mas não me contenho. Meus movimentos continuam, e eu o encarava da mesma maneira. Fiquei aprisionada naquele momento -  Hey! – Michele estala os dedos no meu rosto.
~ Sim...
~ Vou pegar bebidas pra gente – ela arqueia a sobrancelha, impaciente.
~ Ta bom, vai lá... – volto a dançar, mas dessa vez, de costas para Jb.

A música continua tocando, e vejo que alguns caras começam a me encarar, ensaiam se aproximar, mas não chegam em mim. Um em particular chama a minha atenção, ele me encarava e cochichava algo no ouvido de seu amigo, sorrindo. Era um moreno alto, forte, com um sorriso que ofuscava qualquer uma que passasse perto. Ele fez sinal na minha direção, dizendo para que eu me aproximasse, mas eu o contradigo, falando para que o próprio viesse na minha direção.

Me viro de costas, fazendo um giro sensual, mas ao levantar o rosto, me deparo com JB. Sua boca entreaberta entregava seu choque e eu até tinha gostado de ver aquilo, por isso sorri e o deixei desconcertado.

~ A Mimi falou pra eu trazer isso pra você... – JB fala
~ Martini? – pergunto
~ Sim – ele levanta o copo na minha direção, e eu tomo a bebida em um gole só deixando apenas a azeitona no copo.
~ Delicia! – devolvo o copo à sua mão e sinto o liquido subir um pouco rápido demais para o processamento de informações da minha mente.
~ Realmente... – ele comenta, e eu rio sem me importar.
~ Quer dançar ? – pergunto. O que será que teria de mais? Era só uma dança. JB toma seu Martini como eu, em um gole só, e depois coloca nossos copos em uma mesa próxima.

Right, my eye just changed
You just buzzed the front gate
I thank God you came
How many more days could I wait?
I made plans with you
And I won't let em fall through
I, I, I, I, I

Controlla – Drake

A música começa a tocar alto, e eu começo a rebolar o quadril conforme a batida, Jb me acompanhava fazendo movimentos parecidos na minha frente e ficamos assim até a musica acabar de tocar, indo para outra mais sensual, que tocava mais lento.

Diminui o ritmo dos meus movimentos, e só conseguia olhar para o rosto de JB, iluminado as vezes pela luz do clube. Nossos olhos se encontraram e permaneceram nessa conexão. Me aproximei dele, e coloquei meus braços ao redor do seu pescoço, e ele envolveu a minha cintura, a apertando de leve, trazendo meu corpo para perto do dele.

Seus dedos tocaram suavemente a pele das minhas costas, me fazendo arrepiar e virar o rosto automaticamente, como se eu pudesse enxergar o que tinha acontecido. Quando percebi que era ele, seus dedos me tocaram com mais intensidade, e eu voltei me rosto novamente para ele. Ele tinha seus olhos vidrados em mim, como se pudessem ver a minha alma e me permiti ser desvendada.

Nossos lábios não se tocaram, apenas ficamos ali, juntos, balançando de um lado para o outro conforme a música se desenvolvia, enquanto o mundo acontecia rapidamente ao nosso redor.

~ Você está linda – Jb sussurra em meu ouvido. Sua aproximação me faz sentir o cheiro do seu perfume, e me permito dar uma longa respirada, degustando daquele aroma.
~ Você não está nada mal – brinco e sorrio, o que faz com que meus lábios toquem de leve a pele de seu pescoço. Jb não recua, pelo contrário, me aperta trazendo meu corpo para si.

She got her own thing
That's why I love her
Miss independent
Oh, the way you shine
Miss independent

Neyo – Miss independente

Suas mãos de repente começaram a me conduzir conforme a música e eu me deixei levar. JB me rodou e depois me trouxe de volta para sí, mas dessa vez me abraçou de costas, e me prendeu ao redor de seus braços e corpo. Permanecemos ali, balançando nossos corpos enquanto a música tocava e quanto mais o tempo passava mais solta eu ia ficando, balançando meu quadril próximo ao corpo dele, próximo a sua intimidade.

O clima entre nós estava ficando quente e por algum motivo eu não estava ligando, muitas vezes me peguei esquecendo de quem estava atrás de mim... Mas, estava tão sensual ali, quente e eu precisava disso a tanto tempo. Calor, tensão sexual, me sentir desejada. Por que, não? Quanto mais eu pensava, mais a minha consciência sedia a bebida e eu ficava mais alegre.

~ Letícia – ele fala meu nome, mas eu já não sabia como chama-lo aquela altura do campeonato. Meus olhos estavam fechados e só o respondi apoiando com a cabeça em seu peito quando ele me chamou, para ouvi-lo melhor – Você está brava comigo?
~ Brava pelo que? – me virei para perguntar. Brava? Mas ele não estava fazendo nada errado, muito pelo contrário, estava fazendo tudo certo.
~ Brava por eu ter exposto que gostava de você daquela forma... – ele olha para o lado – Quer dizer, eu percebo o quanto seu trabalho é importante pra você... – quando seus olhos se voltaram para mim, parecia inseguro, quase como se suplicasse por remissão.
~ Está tudo bem J...Jb – envolvo seu pescoço novamente e quase erro seu nome, merda. E ‘uau!’, ele gostava mesmo de mim? Sorri – Só não deixe suas emoções interferirem no seu trabalho – eu falo, e massageio seu maxilar com uma de minhas mãos, o que o fez sorrir para mim, fechando os olhos como nos vídeos e fotos – Você é muito fofo, sabia?
~ Você não está totalmente em sí, certo? – sua pergunta me fez sorrir mais, ele tinha entendido completamente – Entendi, não está. – as mãos de Jb saem do meu quadril e contornam meus braços, deixando uma trilha de fogo por eles, que estavam nus. – Vamos pra mesa?

Eu apenas consenti com a cabeça e então caminhamos para a mesa juntos, de mãos dadas.

Ele colocou minha jaqueta nas minhas costas novamente e depois se sentou ao meu lado, permitindo que eu apoiasse a minha cabeça no seu ombro, enquanto seus braços envolviam os meus, me dando apoio em seu corpo. Mas, eu queria mais. Mesmo que estivesse tudo perfeito, eu tinha ido para o local para literalmente arrumar alguém para fazer sexo. Não dava pra ficar daquele jeitinho meigo com ele.

Enquanto meus pensamentos martelavam na minha cabeça, eu só conseguia sentir o pesar dos meus olhos me dominando.

~ Estou ficando com sono, merda – falo.
~ Quer ir pra casa? – ele pergunta
~ Só se você for comigo – falo, afiada. Quer dizer, quem era ele mesmo?
~ Podemos ir, claro.
~ Chama um uber pra nós então – entrego meu celular pra ele – meu endereço está como home no celular, só você ativar a nossa localização aqui.

[...]

Felipe On

~ Hmm, parece que o Jb se deu bem com a Letícia – Jackson fala
~ Pois é... Espero que ele faça as coisas certas. A Letícia não vai tolerar idiotices, conheço bem essa aí – eu falo, de braços cruzados os observando dançar sob a luz roxa do ambiente.
~ Queria me dar bem como ele, o cara é foda, só pega as melhores – Shownu fala, enquanto observava uma garota a nossa frente – Olha aquela garota de vestido roxo, que linda – ele faz sinal para olharmos. Jackson, indiscreto como sempre, vira para constatar o que o amigo tinha dito, chamando toda a atenção da roda de meninas em que a mesma se encontrava.
~ Ela é linda mesmo – ele fala, e acena para roda. – Vamos lá? – Jackson parecia naturalmente ambientado no lugar, como se estivesse em uma balada na Coreia ou algo do tipo. Ok, o fato dele saber falar inglês fluente era um grande trunfo, mas se eu não o conhecesse e claro, ele não fosse tão branco, eu poderia jurar que ele era um brasileiro qualquer.
~ Vamos – dou de ombros e caminho na direção da roda de garotas que estava na nossa frente.

Ficamos com as meninas alí um bom tempo, conversando e rindo. Jackson ficou com a garota de vestido roxo que Shownu tinha olhado, e ele ficou com uma outra de cabelo rosa que estava na roda. Enquanto eu, fiquei apenas cuidando dos dois, mesmo que tivesse uma garota conversando comigo, prestei bem atenção onde ambos estavam.

Michele, Bruna e Caio já tinham ido embora, e sem que eu percebesse, Letícia e Jb também. Com certeza, todos estavam juntos, pensei. E... Que grande surpresa a Letícia, a senhorita certinha, dançando com JB daquele jeito na balada. Era intrigante pra mim. Principalmente por que eu sempre via ela conversando mais com o Jinyoung do que com Jb.

Será que o Jinyoung sabia que o Jb tinha vindo aqui conosco hoje? Com certeza não. É, com certeza não sabia. E quando descobrisse, o que não seria por mim, ele ficaria puto. Era nítido que de um jeito menos obvel, Jinyoung estava interessado em Letícia e ela era a única que ainda não tinha percebido.

Peguei um copo de caipirinha que estava em cima da mesa das meninas e virei, depois pegando o celular para mandar mensagem para Letícia:

“Letícia, está tudo bem?”, eu.

Esperei 30 minutos, mas ela não me respondeu. Mandei mensagem para o Jb, e ele não me respondeu. Perguntei a Michele onde eles estavam e ela não sabia, nem Bruna sabia. Um pouco de preocupação estava me atingindo aquela altura, mas havia um pressentimento dentro de mim de que JB tinha ido para a casa de Letícia com ela, e eu estava esperando que fosse isso mesmo.

Tomei outro gole, e me levantei, surpreendendo a menina ao meu lado.

~ Já vai gato? – ela me perguntou.
~ Sim, já deu por hoje – sorrio, e faço sinal para Shownu e Jackson – Vamos galera
~ Vou ficar mais um pouco, pode ir – Jackson fala, enquanto a garota começava a beijar seu maxilar
~ Idem – Shownu nem se da o trabalho de me olhar para responder.
~ Ou vocês dois vem comigo, ou vocês vão com os seguranças. – ameaço – E ai? – Os dois se despedem de suas garotas, e andam ao meu lado indo em direção a saída.
~ E o Jb? – Jackson pergunta, o procurando com o olhar pelo local.
~ Ele foi embora com os outros – respondo, vago.
~ Com os outros, ou com a Letícia? – Shownu pergunta, com a curiosidade e a insinuação mais do que obvia em sua voz.
~ Com os outros.

[...]

Jb On

Chegamos ao condomínio de Letícia, um prédio no centro da cidade, branco e alto. O porteiro nos cumprimentou, me olhou torto mas quando ela me apresentou sorriu, forçado mas sorriu. Ela parecia um pouco distante nesse percurso, não falou nenhuma palavra assim que entramos no elevador e depois quando saímos, ela somente abriu a porta e foi entrando na minha frente.

Eu a fechei atrás de mim, e fiquei observando o local. Um apartamento todo branco, com uma decoração simples mas moderna, aconchegante.

Como se eu não estivesse ali, ela foi tirando os sapatos, a jaqueta e ficando somente de vestido. Soltou os seus cabelos, tirou os brincos, passou a mão no gato que estava sentado no sofá e caminhou em direção a outro cômodo da casa. Já que ela não disse nada para eu me acomodar, eu mesmo o fiz. Tirei os sapatos na entrada do apartamento e os deixei lá, coloquei minha jaqueta jeans em cima de uma das cadeiras da mesa que estava ao lado da porta e me sentei no sofá, observando o gato, tão branco quanto a mobília.

Alguns minutos passaram depois que ela saiu do meu campo de visão. Vi uma movimentação estranha no cômodo, ao lado, barulhos de coisas se movendo e depois de água no que eu pensei ter sido no banheiro. Não fiquei circulando pela casa para conhecer, principalmente por que era a nossa primeira noite juntos.

“Primeira noite juntos..”, pensei. Será que haveriam mais? Será que essa seria mesmo uma noite que pudéssemos levar pra frente? Fiquei preso nos meus pensamentos enquanto brincava com o gato, que parecia bem entediado com as minhas provocações, esperando.

~ Bob – Letícia fala, apoiada na parede ao lado do sofá
~ O que?
~ O nome dele, é Bob... Meu gato – ela fala e passa a mão no corpo do gato, que levantou a barriga para cima.
~ Ah sim... – passo a mão no comprimento da barriga dele – A minha se chama Nora
~ Eu sei – ao ouvi-la falar, meus olhos se levantam e a alcançam, que já não estava mais de vestido, mas de shorts. O shorts do pijama e uma blusa preta de alcinha, sem sutiã, seus seios estando bem marcados. Minha boca entreabriu primeiro ao constatar tal cena, e depois se fechou quando eu olhei para o rosto dela. Sem maquiagem, algumas sardinhas se revelavam, seu rosto aparentemente cansado, mas de um jeito muito atraente – Vai ficar com ele aí, ou vai vir pro quarto comigo? – ela perguntou e estendeu a mão na minha direção.

Não precisei nem responder, minha mão se entrelaçou na dela no mesmo momento, e ela me conduziu a seu quarto. Um ambiente espaçoso com uma cama de casal no meio, criados mudos aos lados, um espelho enorme com uma penteadeira, e uma porta que dava acesso a um closet. O colchão já estava com o lençol em cima bagunçado e a luz do ambiente era baixa, amarelada do abajur.

Assim que adentramos, Letícia se virou para mim e colocou a mão no meu rosto, acariciando meu maxilar e o tomou para sí, juntando nossos lábios em um beijo lento. Eu agarrei seu quadril automaticamente e a conduzi de costas para sua cama como em um instinto. Não estava me sentindo fora de casa, eu me sentia super a vontade com toda aquela tensão sexual no ar.

Ela sentou na cama, e me observou enquanto eu tirava a camisa e o jeans, ficando somente de samba canção. “Bom momento pra ficar de samba canção”, pensei. Coloquei a minha samba preta, minha cor favorita, pra me dar sorte antes de sair do hotel, e parece que tinha funcionado. Joguei meu boné no chão e parti para cima de Letícia, a beijando e fazendo com que ela inclinasse o corpo no colchão.

Fiquei por cima dela, com os joelhos flexionados no colchão até que ela me deu liberdade para pousar meu corpo sobre o dela, e aproximar nossas intimidades, mesmo que por cima das roupas que ainda restavam. Seus seios estavam rijos e eu podia sentir o bico de seu seio enquanto fazia movimento de vai e vem, fazendo com que ela sentisse a minha ereção.

Desci meus lábios por seu pescoço, e clavícula, dando pequenos chupões e mordidas no comprimento de sua pele, fazendo com que ela ficasse um pouco avermelhada, mas não o suficiente para deixar marca, cheguei perto de seu decote e continuei ali com meus beijos. Meus dedos coçavam, pareciam vivos, queriam sentir o calor da pele de Letícia em si mesmos, e eu os permiti, fui levantando a blusa dela aos poucos até chegar na altura dos seios.

~ Ah... Ah... – Letícia gemia, enquanto eu aproximava meus lábios de seus seios, e se contorcia – Jin... – ela agarrou meus cabelos e os puxou de certa forma, o que me fez não entender muito bem por quem ela estava chamando.
~ Vou tirar sua blusa – aviso, e ela consente com a cabeça, a levantando. Após isso, afundo meu rosto em seu corpo, degustando de tudo o que poderia até finalmente poder provar de seu sexo, mas queria que ela estivesse completamente entregue a mim.
~ Você não sabe quantas noites eu tenho sonhado com isso – sorrio ao ouvir suas palavras, mas tinha sido cedo de mais – Jinyoung.

Assim que Letícia chamou por Jinyoung, todo o meu tesão instantaneamente acabou. Ela procurou meu corpo com  suas mãos quando me afastei dela. Eu estava incrédulo. Esse tempo todo ela estava pensando que era o Jinyoung, e não eu!!

~ Jinyoung? – ela o chama mais uma vez e eu não consigo mais, não tinha sangue de barata para processar aquilo.
~ Vou embora! – falo, irritado e alto, o que a assustou.
~ O que houve? – ela pergunta sem entender – Achei que estivesse gostando... – sua voz era amuada, quase magoada, ela realmente não estava entendendo aquilo e eu estava muito irritado para lidar com aquela situação.
~ Depois conversamos melhor, preciso ir. – aviso, coloco minhas roupas e saio de seu apartamento as pressas.

[...]

Passei o caminho todo pensando em como seria encará-la na semana seguinte.

Uma coisa era certeza, era uma possibilidade que ela não lembrasse do que tínhamos feito. Outra certeza, era a baixa tolerância dela ao álcool. Eu não imaginava que ela ficaria bêbada com apenas um Martini, uma bebida que nem era tão forte assim... Imagina se ela tivesse bebido um copo de soju daquela forma?

Pelo sim, ou pelo não, eu preferi pensar que Letícia não se lembraria, e eu fingiria que nada tinha acontecido também, ou pelo menos, não tocaria no assunto. Outras coisas também me preocupavam, Jackson e Shownu me perguntando o que tinha acontecido. Acho que vou usar a tática do “fingir que nada aconteceu” com eles também, mesmo sabendo que Jackson mais cedo ou mais tarde tentaria arrancar de mim a verdade, eu lutaria até o fim.

Abri a porta do quarto silenciosamente, e Jackson estava lá deitado, agarrado no travesseiro, semi descoberto, roncando como um porco. Não me lembro de ter visto ele ficando com alguém, ou até dançado e mesmo que a nossa rotina fosse louca, qualquer atividade fora do programado era motivo para nos deixar derrubados.

Eu estava cansado.

Tirei minhas roupas, ficando novamente de samba canção e me joguei no colchão. Meu corpo ainda estava tenso, minha intimidade principalmente, mas a minha mente estava tão exausta, frustrada, que não foi difícil me encontrar com o sono, eu fui apenas relaxando lentamente. A principio só ficando de olhos fechados e respirando lentamente, até que caio no sono.

[...]

No dia seguinte, acordamos por volta de meio dia. Ou melhor, fomos acordados.

Batidas fortes na porta faziam um grande estrondo no quarto. A princípio não dei muita atenção, mas depois começou a me incomodar. Meus olhos mau se abriam quando me levantei para abrir a porta e me deparar com Youngjae. Não era a toa que seu apelido era Sunshine, realmente ele estava radiante como se aquele fosse o melhor dia da sua vida, enquanto eu só queria saber de entrar novamente na escuridão do meu quarto, relaxar e dormir mais um pouco.

~ E aí hyung – ele me cumprimenta e vai entrando no quarto, mesmo sem minha autorização. Intimidade é uma merda.
~ Oi Youngjae – falo arrastado, sonolento. – O que você quer?
~ Eu e os meninos estamos indo pra piscina do hotel – ele comenta, e vai em direção a janela do quarto, a abrindo e depois a cortina, dando abertura para que o sol acessa-se o quarto todo. Coloquei minha mão nos olhos pela irritação da luz.
~ E o que eu tenho a ver com isso? – pergunto, irritado.
~ A Staff quer fazer uma live com todos no VLive e pediu pra acordamos uns aos outros – ele me avisa, e eu reviro os olhos. Aquele não era o melhor momento para gravar lives.
~ Dispenso -  olho para Jackson, que tinha coberto seu rosto com o travesseiro – O Jackson também – aponto.
~ Man, eles vão ficar bravos.... – ele avisa.
~ Foda-se, hoje é domingo, to cansado – reclamo – Agora, vai lá você, depois eu me viro com o pessoal - Youngjae entende o recado, sem reclamar muito e sai. Eu fecho a porta em suas costas, e me viro para encarar o silêncio novamente. Aquele silêncio que estava me torturando desde a madrugada anterior, que estava me sufocando. A única coisa reconfortante era a respiração de Jackson, que ainda era alta apesar de não estar mais roncando.

Dei um olhar panorâmico pelo quarto e parei na luz do dia, e a brisa que fazia a cortina balançar sobre a minha cama, que ficava ao lado da janela que Youngjae tinha aberto. Eu poderia fechá-la, mas quando me aproximei e ouvi outros barulhos vindo da janela aberta, apenas me estiquei sobe o colchão e fiquei olhando para o céu azul limpando a minha mente, voltando a dormir.

[...]

Jinyoung On

~ E aí Youngjae?
~ Ah, os dois estão mortos. Pareciam ter tido uma noitada. – ele fala, balançando a cabeça em confirmação – Nem convidam... – ele lamenta.
~ É, não faz muito tempo que eles chegaram – falo, pensativo
~ Nossa Omma, ficou esperando o Appa e o filhinho acordada é? – Youngjae zomba de mim, pelo meu cuidado como de costume, e eu reviro os olhos.
~ Melhor deixar eles dormirem e depois eles fazem uma live – falo e bato com a mão no ombro de Youngjae. A verdade era que não tinha nenhum porque de fazer realmente a live, principalmente por que estávamos teoricamente de folga. Mas, eu quis mesmo assim, achei que seria uma boa desculpa para saber do que eles tinham feito na noite anterior, mas não adiantou muita coisa e eu ainda tive que trabalhar. Merda... – Ta bom, vamos descer... – caminho em direção ao elevador, mas acabo encontrando no caminho Shownu, com olheiras enormes.

Eu não ía perguntar nada. Mas, por que será que ele estava daquele jeito? Até onde eu sabia, ele tinha ido para o apartamento de Felipe, jogar vídeo game. É... talvez seja isso. Quer dizer, ou não, né?
Youngjae já estava dentro do elevador, comigo na frente da porta, olhando para o lado, vendo Shownu cambalear de sono pelo corredor, eu não conseguia me mover.

~ Hyung, você vem? – Youngjae pergunta, colocando a mão na porta impedindo-a de se fechar.
~ Vou... – penso, faço uma pausa ainda olhando Shownu – Desce sem mim, eu já vou – o aviso, e ele tira a mão da porta enquanto eu já estava em movimento, sendo atraído para perto de Shownu pela curiosidade. – Shownyu! – grito seu nome.
~ Eu – ele se vira e me olha, um pouco atordoado.
~ Está tudo bem com você? Parece doente... – finjo preocupação.
~ Estou bem sim, é que a noite foi louca ontem... – ele ri. – Por que você não foi?
~ A onde vocês foram?
~ Jb não te contou? – ele mostra surpresa – Saímos com o pessoal da Ônix. Fomos eu, ele, Jackson. Inclusive, achei estranho você não ter ído... Fomos a uma balada de música black
~ Ah sim... Eu estava um pouco cansado pra ir. Agora que falou, me lembrei de ter sido convidado. – Quer dizer então que eles saíram com o pessoal da Ônix ? Jb, Jb.... Você é surpreendente mesmo rs – Quem foi da Ônix?
~ Letícia, Felipe, Bruna e Michele... A Bruna estava acompanhada por um cara, Caio seu nome, eu acho – ele termina de falar, mas eu já estava preso de mais em meus pensamentos para dar uma resposta convincente a ele. Só de saber que Letícia estava no mesmo ambiente que Jb sem mim, era uma tortura, um sofrimento sem tamanho. E pior, eu não sabia de nada do que tinha acontecido na noite anterior – Jb pegou a Letícia hehe – ele finaliza, me fazendo encará-lo.
~ O JB FEZ O QUE?


Notas Finais


E aí?


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