História The edge of the sword ( INTERATIVA VAGAS FECHADAS ) - The edge of the sword...

Casebre a beira das florestas de Talmoriam...

― Ei moleque! Venha aqui, preciso de ajuda! ― Gritou o “pai” daquele jovem franzino, o mesmo rapidamente foi de encontro ao gordo e fedorento homem.

― Sim...? ― Disse.

― Amanhã irei lhe casar! Graças aos deuses encontrei uma louca para casar com você, o pai dela tem terrenos por aqui, vou me dar muito bem... a menina é tão feia que o pobre pai estava ontem no mercado em busca de algum pobre coitado para se casar com ela em troca dos terrenos, tendo em vista que o bastardo terá de levá-la de casa e arrumar um lugar para morar com ela. ― O grande homem mostrava um sorriso amarelado em seu discurso. O jovem não reagiu, cerrou os punhos, engoliu o mais seco que pode e respondeu tremendo:

― T-Tudo bem...

― Agora vá dormi! Quero que essa sua cara feia esteja mais aceitável pela manhã! ― Recomendou o velho.

― Sim...― Concordou se virando o adolescente.

De fato, ele foi para o seu aposento, tomou banho em sua velha tina de latão que ficava ao ar livre atrás da seu "quarto" ou protótipo de um. 
Depois de seu banho frio, vestiu sua roupa menos surrada, e esperou sentado observando as estrelas até a meia noite... 
Quando a luz reconfortante da lua brilhava mais forte no céu foi quando pegou uma das facas que seu odiado padrasto usava para retirar as peles de animais mortos, e se encaminhou para o quarto do mesmo. O ronco animalesco do homem encobria o som dos passos daquele jovem Ruivinho. E ao lado do leito daquele homem odiado, podre e deplorável o garoto colocou a faca sobre seu pescoço. Ele tremia... Ele chorava.... Não queria ter de fazer aquilo. Não queria fazer. Ele apenas queria viver sua aventura... Só queria ser um herói. 

Ele deixou aquele casebre, se foi....
 

Tempos atrás, deserto dimensional de Malvit... 
 

Kasaki e companhia voltavam na direção das três torres tendo oficialmente confirmado que o feiticeiro estava morto, mais acabaram por encontrar e se surpreender com Turtwin e Vilrog, que lhes apareceram após uma duna der repente.

Mais não ficaram surpresos exatamente por encontra-los e sim por Turtwin estar mais alto e principalmente por um pequeno e importante detalhe: Vilrog possuía seu braço que outrora fora amputado por Malvit. 
Mais não pararam para ouvir a estória inteira, Kasaki estava apressada, afinal ficou eufórica quando por descuido Fuchs deixou escapar que quando deixou a torre para seu combate com Malvit sentiu que Stella mesmo muito fraca ainda estava viva, e Kasaki como sempre se recusava a deixar donzelas em perigo para trás, muito menos uma donzela que podia ser salva, se por um milagre chegassem a tempo! 
 

E chegaram, só não sabiam se foi ou não a tempo... 
 

Kasaki foi a primeira a se ajoelhar ao lado de Stella, ele tocou na desfalecida feiticeira constatando que a mesma estava muito fria... 
— Ela está viva... — Afirmou Kasaki após um tempo tocando a testa de Stella. — Mais está muito fraca. A beira da morte, ei! Você verde! Ajude ela rápido! Agora que Malvit foi morto não resta muito tempo até que essa dimensão vá pelos ares e junto conosco se não tratarmos de sair logo daqui! 
— Chamo-me Turtwin Mcgondwin! — Enfatizou o esverdeado, logo seguindo até Stella. — E não sei se posso fazer muito, a energia vital dela está muito fraca, se eu fazer alguma coisa a fina chama que arde nela pode se extinguir totalmente... 
Antony mais atrás, retirou seu pequeno casaco e pós sobre o corpo de Salazar, Misaki atrás dele estava concentrada em Stella, Kasaki e Turt. 
— Eu entendo.... Mais ela não pode esperar ou escolher, faça! — Insistiu a até então mercenária de luxo. 
— E se não funcionar e eu matá-la...? 
— Ela já vai morrer se não fizer nada, vamos! 
— Tudo bem...— Concordou por fim Turtwin. E ele pós seu cajado de madeira embranquecida sobre o peito de Stella e um verdadeiro show de luzes multicoloridas começou, mais atrás Vilrog e Fuchs avistaram algo que com toda certeza apenas pioraria tudo... 
— Ei! Olhem lá, lá no fundo, foi lá que o feiticeiro morreu, tem uma coluna de luz enorme lá!!— Anunciou preocupado Vilrog.
— Já começou. Essa dimensão se despedaçara em brevê, e começa por onde seu criador caiu.... Apresse-se verdinho! Temos de fazer um portal nada simples e dá o fora daqui o quanto antes! — Completou Fuchs, aproveitando que Vilrog olhava para ele e dando uma sedutora piscadela para o mesmo. 
— E se aquela coisa tocar na gente? — Perguntou receoso Antony. 
— À o de sempre... — Explicou com seu sarcástico desdém Fuchs. — Nós apenas seremos reduzidos a pó mágico. 
— Só?! — Não escondeu preocupação o ladino e atlético Munoha. 
— É! Podia ser pior, acreditem! Magia é complicada.... Agora venha vocês dois, preciso agilizar o processo já que sou o único feiticeiro que restou. 
Misaki se manifestou rapidamente ao puxar Antony para junto de si, o ruivo corou e ela também, ele continuava confuso mais não ousava questiona-la sobre tal. 
— Ele não é feiticeiro, não precisa dele...— Disse ela sem jeito. 
— Ora, ora...— Sorriu malicioso Fuchs.— O que temos aqui... Bom, mais tenho de ressaltar que mesmo que ele não seja um feiticeiro tem algo muito interessante que eu vou precisar... — Ele se aproximou de Misaki e ao pé do seu ouvido disse com um sorriso ainda estampado no rosto.— Preciso da longa... Espada dele... 
A de cabelos azuis largou o rubro socando a cara do loiro rapidamente e igualmente rápido desembainhou a espada de Antony e jogou aos pés de Vilrog. 
— Leve isso! E ambos saiam daqui! Vamos, não temos tempo! — Ordenou. 
Vilrog pegou a espada e Alyan limpando um suave rastro de sangue em seus lábios puxou Vilrog, colando o braço do moreno junto ao seu peito desnudo. 
— Tudo bem donzela! Já tenho o suficiente. 
E foram os dois descendo pelo alçapão. 
Do outro lado Turtwin continuava concentrado em Stella e os festival de luzes continuava, tanto sobre o peito de Stella, tanto a algumas dunas de distância no deserto, a coluna de luz pura continuava a se aproximar se estendendo até onde a vista alcançava. 
— Droga.... Isso não está dando certo, posso dizer só de olhar! — Disparou Kasaki, com seus cabelos cor de ouro balançando ao vento. 
— É tudo que posso fazer... Mais que isso... Não sou capaz... Desculpe...— Argumentou o "Turto". 
— Que se dane! Afaste se, vou mostra-lhes como se salva uma donzela adormecida!!— Bateu o pé novamente a mercenária, logo desabotoando a sua blusa clara deixando-a aberta até a altura das costelas, deixando em evidencia as inúmeros runas que tinha tatuadas em seu corpo, runas estas que começaram a emitir brilho à medida que ela pronunciava palavras incompreensíveis.... Se ajoelhou a lado de Stella e Turtwin se afastou como ordenado. Ela pós seus cabelos levemente dourado atrás da orelha e tocando suavemente o rosto já pálido de Stella e se aproximando lentamente a beijou.... Um beijo suave e recatado como nunca outro...

O brilho alaranjado se intensificou a medida que os lábios se tocavam e não demorou para notarem a respiração que outrora viasse quase nula de Stella se fortaleceu e se tornou ofegante.

Kasaki se distanciou com um sorriso malicioso nos lábios...

― Ela deve ficar bem agora... morar um tempo com aquelas necromantes megeras valeu a pena no final...― Disse ela se apoiando nos joelhos.

― O que fez?!― Questionou Misaki curiosa e ainda incomodada com a blusa da outra aberta.

― Essas runas no corpo dela...― Permitiu-se responder Turtwin.― Elas transmitem energia vital de um corpo a outro, nesse caso por contato físico...― Ele olhou para Kasaki, encarando-a por um tempo, a mesma retribuiu o olhar com um sorriso.

― Eu irei carregá-la, temos de ir até o loiro o mais rápido que pudermos...

― Vamos! ― Concordou Antony.

Quando finalmente chegaram Fuchs terminava o que parecia ser um ritual, e de fato um círculo apertado, e ridiculamente pequeno havia se formado no chão, dentro luzes giravam em sentido horário...

― O que pelos sete infernos é isso!?― Indagou Kasaki antes de todos. Em seus braços Stella ainda jazia inconsciente.

― Bem...― Pareceu pensar Fuchs.― é um portal dimensional ora?!

― Isso está longe de ser um portal dimensional!! Eu li o suficiente para saber!

― Ah! Deixe de ser chata, não sejamos tão exigentes, a magia na espada do ruivo e o que restou da minha não deu para fazer muita coisa, então contanto que não estejamos acima do peso podemos passar! ― Sorriu com desdém ele fitando ela.

― Droga... amadores... que seja, algum de vocês leve ela antes, esse portal é instável, a cada um que passar ele fica ainda mais instável, os feridos primeiro. ― Ordenou ela olhando para todos.

― Eu levo posso leva-la...― Deu um passo à frente Turtwin. ― Qualquer coisa, posso cuidar dela.

― Tudo bem...― Concordou Kasaki olhando para Stella e logo depois passando-a com cuidado a os braços de Turtwin, que também não fez cerimonia, respirou fundo e pulou dentro do portal, que cobriu-lhes com uma luz cegam-te.

― Próximo! ― Apressou Alyan.

― Vá Isabelly. ― Disse Antony tocando o ombro de Misaki, ela olhou para trás com olhos arregalados, não sabia com ele descobrira seu primeiro nome, ela tinha certeza que nunca havia contado.

― Não, se o portal se fechar...― Ela desviou o olhar por um segundo.       

— Eu vou ficar bem, vá na frente...— argumentou ele retirando seu chapéu com um sorriso no rosto. 
— Mas... V-Você... Não.. Pode... vir... Co—- Uma pressão na cabeça dela fez com que parasse de falar, erguendo a cabeça viu Antony ainda com um sorriso discreto no rosto, ele havia posto seu chapéu na cabeça dela, e sem demora disse: 
— Já que é assim, vamos juntos! Os perigos são os mesmos certo? — Dirigiu a pergunta a Fuchs. 
— Acho que sim, rápido, quero um banho o mais rápido possível...— Respondeu o feiticeiro. 
Ele puxou Misaki pelas mãos e ambos ficaram diante do estreito portal.

Ela o abraçou der repente, e sem dá-lhe chances para falar nada, pulou levando-o junto para o portal. 
Se foram... 
Sumiram em um clarão branco.

— Sobramos só nós três hein.... Os últimos, quem é o próximo? — Perguntou novamente Fuchs fitando Kasaki e Vilrog. 
— Primeiro as damas...— Vilrog revenciou Kasaki que sorrindo respondeu: 
— Então que vá você cavaleiro. Me segurou daquela vez, nada mais justo do que retribuir o favor... Vá, Vilrog. 
— Venha comigo! — Insistiu o moreno se aproximando dela, o teto acima deles tremia, a coluna de luz do lado de fora, trazendo junto consigo o fim se aproximava. 
— Eu iria mais não sou esse tipo de pessoa, serei a última a ir, vá você e o feiticeiro e rápido, antes que essa maldita torre caia sobre nós!! — Ironizou ela com seu sorriso sarcástico de sempre. 
— Você sabe que talvez o portal feche quando nós atravessamos, não é? — Perguntou a beira do portal Fuchs, pedrinhas caiam do teto e as paredes rachavam rapidamente. 
— Claro que sim! Sou uma mulher bem informada feiticeiro! 
— Então venha meu querido e musculoso guerreiro, vamos juntos rumo a luz desse belo e apertadinha portal!!— Se fez de rogado Novamente Fuchs puxando Vilrog pelo braço. 
Eles já estavam prontos a saltar quando der repente Kasaki puxou o ladino rapidamente pelo braço e o beijou, e antes que o homem entendesse algo ou Fuchs tivesse a oportunidade de ironizar o fato, ela mesma empurrou Vilrog pelo peito e junto com o loiro. Foram engolidos pela luz branca em segundos... 
Tudo caia sobre a cabeça de Kasaki e o portal parecia quase se apagar diante dos olhos cinzento da mesma. 
Foi nesse momento conturbado que ela sentiu seu equilíbrio lhe trair e algo lhe empurrar na direção da luz fraca daquele portal, que jazia cinzento.

Ela caiu e tudo ficou branco, depois escuro, e depois nada.... Nada a não ser uma voz frágil... 
" Vá seu pequeno céu nublado, seu lugar não é aqui, afundarei junto a meu império, aqui." 
 

**** 

As costas de Antony tocaram bruscamente um solo fofo e úmido, sentiu a confortável atmosfera e o cheiro agradável das árvores... Era bom ali, ele não queria abrir os olhos, queria apenas que aquele instante em que seus sentidos lhe agraciavam durasse toda uma eternidade. Uma fraca chuvinha tocava seu corpo e algo pesado que só depois foi sentir lhe esquentava todo o tronco. Abriu relutante os olhos, vendo uma cabeleira azul diante de si... 
— Está dormindo não é arqueira...— Ele perguntou em sussurro. — Tudo termina como começa, não é?... Lembro-me quando nos conhecemos naquela floresta, eu estava em busca daquelas ruínas e você quase me acertou, pulei sobre você e você logo virou o jogo e me pós abaixo de você... E aqui estamos novamente, mais uma vez em uma clareira e você encima de min.— Ele abriu um sorriso feliz, suas mechas rubras caiam sobre seu rosto. — Dessa vez... Eu fico feliz que seja assim, Isabelly Misaki. — Ele esticou o pescoço um pouco, beijando a cabeça da mesma. 
Ela estava acordada. 
 

**** 

Turtwin carregando Stella caminhava em uma entrada de terra em um lugar desconhecido até para ele. Logo viu diante de si surgir um jovem garoto franzino, tinha cabelos negros e lisos.
— Ei meu jovem...— Disse ele, o jovem parou e encarou o esverdeado com seus grandes olhos. A chuva não dava trégua. — Conhece uma hospedaria ou algum lugar que pudéssemos nos abrigar da chuva essa noite? Algum lugar próximo, minha amiga está muito fraca, não vai resistir muito nessa chuva. 
— Eu estou indo para a cidade, o caminho pela floresta é seguro, podem e encontrar abrigo lá...— o garoto se fez cabisbaixo. 
— O que foi? Não vai por esse caminho? 
— Está escuro por causa da chuva, e por esse caminho as copas da arvores cobrem quase que totalmente o céu, é muito escuro... 
— Tem medo do escuro? — Sorriu Turtwin, caminhando até o jovem. — Vamos juntos então! Eu venho de um lugar muito difícil sabe? Aprecio companhia. 
— Verdade?!— O garoto se tornou eufórico. — O Senhor irá me acompanhar mesmo?!! Pode me contar sua estória?! Eu sou um aspirante a escritor sabe?
— Claro! Vamos! 
Stella abriu os olhos nesse momento, sentia o calor vindo de Turtwin, sentia-se ainda sonolenta, ela sentia-se tranquila... 
 

**** 

Vilrog aterrissou bruscamente sobre algo duro, rolou junto de algo que caiu junto de sigo e deu de cara com algo novamente duro...
— Ei seus pares de paspalhões!! Parem de saltar sobre os telhados! Que morram da peste! — Gritou alguém atrás a esquerda. 
O ladino se ergueu se pondo sentado, ainda estava desorientado e a luz incomodava seus olhos que pouco a pouco voltavam a se adaptar a luz normal. 
— Lar, amargo lar, certo Sr.Munoha?— Disse em meio a um bocejo aquela conhecida e maliciosa voz... A voz de Alyan Belphagor, Fuchs. 
— Onde pelos servos do diabo viemos parar...? — Questionou Vilrog rapidamente, não se dando ao trabalho de virar e encarar Fuchs. 
— Só os deuses sabem! Não faço ideia, aquele velho fala nossa língua e esse lugar tem ruas asfaltadas, então estamos em alguma cidade sulista! — Deduziu o loiro. 
— " Lar... Amargo lar..." E eu pensando que nunca concordaria com alguém como você... As coisas mudam não é mesmo? 
 

****

E por fim a bela e adoradora de donzelas indefesas Kasaki, caiu sobre algo incrivelmente quente e confortável, sim... de fato ela aterrissará sobre uma bela e quentinha cama.

Ela respirou longamente sentindo as dores se mostrarem por todo seu corpo, ela estava tão tensa, até então que nem havia parado para sentir os machucados, e somente agora sentia...

Mais não se importava com isso, a dor comprovava que estava viva, que sobreviverá a mais uma aventura, e que pelo que sentia não tinha perdido nenhum membro. Estava feliz mais não em seu melhor humor... afinal...

― Nem faço ideia onde estou mais estou em uma cama, o único problema é que estou aqui sozinha.... No final fiquei o tempo todo sobre o fio de uma espada... mais um dia de trabalho.

Fim...