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História The Empire Of War - Um grande mestre


Escrita por: Kallberg

Notas do Autor


Aviso: sem revisão, se encontrarem algum erro por favor relevem.
Aproveitem o capitulo 💜

Capítulo 11 - Um grande mestre


Fanfic / Fanfiction The Empire Of War - Um grande mestre

—Mas que porra! -fugaku bradou arrancando sua armadura molhada de seu corpo e jogando contra o tronco que mais cedo naquele mesmo dia Hinata Hyuuga era açoitada pelo próprio. —Eu vou matar aquele pequeno filho da puta! Ele acha que é rei?! Aquele idiota acha que é uma porra de rei?! -O lorde Uchiha gritou irado. —Eu vou pôr a porra daquela cabeça oca de rei na ponta da minha espada!

—Bem... o idiota enganou você. -Hiashi sorriu com ironia enquanto observa seu soldado vir em sua direção com um velho, um curandeiro provavelmente. —Talvez ele não seja tão idiota assim. Talvez você seja idiota já que tinha muito mais homens que ele e ainda assim perdeu essa batalha e teve quase um terço do seu exército dizimado.

Fugaku se vira com brusquidão e aponta sua espada para Hiashi que não se move um centímetro perante a brilhante e afiada espada ainda molhada com o sangue dos nortenhos que o Uchiha matara.

O soldado Hyuuga que viera com o lorde tenta interferir, mas o próprio Hiashi coloca seu braço a frente do homem o impedindo de continuar.

—Eu vou mata-lo. E se você se intrometer mato você também. -O Uchiha sussurra empurrando sua espada ainda mais perto da garganta do outro, fazendo descer um filete de sangue do local.

—Isso é uma ameaça? -Hiashi questiona com seus olhos claros desafiadores grudados nos negros do Uchiha. Eles tinham um trato, um alvo em comum, mas isso não queria dizer que se suportavam.

—sim. -Fugaku sorri minimamente empurrando perigosamente sua espada ainda mais contra a garganta de Hiashi antes de recua-la e a embainha-la. —E você sabe que eu sempre cumpro as minhas ameaças.

—É claro. Você sempre foi o homem das ameaças... -O hyuuga se manteve no mesmo lugar sem se mover um único milímetro todo aquele tempo, apenas encarando o lorde a sua frente. —E eu das ações.

Alguns soldados passavam carregando outros com todo tipo de ferimento por entre as barracas, espirando lama por todo lado em sua correria, eles mal reparavam nos dois lordes; o Uzumaki causara um verdadeiro rebuliço, aquilo estava um caos. 

Hiashi se curvou minimamente em uma saudação irônica ao lorde, depois se virando para seu soldado. —Guie-me a minha cabana, ainda tenho que tratar do presente de despedida que Inoichi me deixou e ver a minha filha. - Fugaku enrijeceu seus ombros ao ouvir o outro falar sobre a menina, aquilo poderia ser um problema. o pequeno soldado assentiu rapidamente indicando ao lorde o caminho, mas antes que eles saíssem Hiashi se voltou novamente para o Uchiha. —Lhe conselho a se retirar também meu lorde, um boa noite de sono lhe acometeria bem neste momento. Fugir desse cenário turbulento para encontrar com a sua amada esposa no mundo dos sonhos, tenho certeza que ela terá o mesmo sonho que você enquanto dorme no castelo Uchiha. Sozinha.

O moreno se prepara para partir para cima do Hyuuga, não gostava dele, não confiava nele, por que não o matava?! Mas antes que o fizesse um de seus soldados chama seu nome em desespero.

—meu lorde encontramos fygu morto perto da cela de prisioneiros -o pequeno soldado fala ofegante com as mãos no joelho -a garota Hyuuga sumiu.

—Você perdeu a minha filha? -Hiashi indagou com a voz cortante.

—ele fez pior meu senhor. -o soldado Hyuuga falou sério ao seu lado, os sussurros já estavam correndo.

♜ 

Neji passava rapidamente seus olhos pelas letras pequenas e espremidas nos papeis amarelados que recebera a pouco, aquelas informações podiam mudar muita coisa.

Naruto e Shikamaru estavam em seu quarto quando um soldado apareceu dizendo que encontrara esses papeis na saleta onde Inoichi e Hiashi lutaram mais cedo, desde então os três estavam lendo e discutindo sobre aquilo. Já era a terceira vez que ele lia aqueles papeis tentando descobrir mais.

—Então pelo que estava escrito aqui, Hiashi envenenou o rei e se aliou aos Uchiha no ataque no dia do noivado de Sasuke Uchiha e Sakura Haruno. -Neji falou mantendo seu rosto sério, de certa forma aquilo não lhe surpreendia tanto. —Eu preciso de álcool.

—Sim. -Naruto falou serio sentado numa grande poltrona do quarto em que Neji fora tratado mais cedo. —Mas...

—Está faltando algo. -Shikamaru completou escorado num canto escuro do quarto, já era madrugada e as velas que iluminavam parcialmente o quarto tremulavam as imagens imitando a voltas que as cabeças dos lordes faziam. —Tem muitos buracos, pontas soltas...

—Tem haver alguma forma de encontrarmos as peças que faltam nesse quebra-cabeça. - Neji soltou um pequeno gemido ao tentar se erguer para colocar os papeis em cima da pequena mesa ao lado da cama, mas Naruto se levanta arrancando os papeis da mão do Hyuuga colocando as no local e empurrando o amigo de volta para cama, não havia nem um quarto de hora que o curandeiro terminara com os ferimentos dele.

—Sabe como ressuscitar inoichi? - Ele perguntou irônico com uma sobrancelha erguida ao se voltar para o amigo.

—Eu não sou Inoichi, mas talvez possa lhes retirar algumas dúvidas. -Jyraia sorriu segurando a grande porta do quarto com um pequeno sorriso se curvou de leve ao perceber as faces curiosas dos lordes. —Meus senhores.

Naruto respirou fundo se voltando para o homem que ele mais confiava no mundo, seu padrinho, e questionou sério:

—o que você sabe sobre os papeis de Inoichi sábio tarado?

Jyraia sorriu com o velho apelido, Naruto parecia mais maduro depois da morte de Minato mais ainda era Naruto.

—Eu sei muito. -ele disse se sentando na poltrona antes ocupada por Naruto. —Principalmente por que fui eu que enviei esses papeis a Inoichi, na verdade não para ele...

—Certo, estou sentindo que essa vai ser uma longa e problemática história. -shikamaru disse se sentando relaxado num pequeno sofá e indicando para que Naruto fizesse o mesmo.

—os papeis eram para shikaku, mas em sua falta, o que ele já suspeitava que ocorreria, me pediu que as destinassem a Inoichi. -o grisalho contou assumindo o papel central daquela sala.

—Então essa história não começa aqui. -Naruto se sentou na poltrona ao lado do lorde das torres encarando o padrinho.

—Não. -Jyraia respondeu sério encarando o afilhado. —Quando o seu pai morreu, Shikaku começou a investigar, ele achava que havia mais do que Uchihas e suas vinganças, e no fim, como sempre ele estava certo. Descobriu pistas de um pequeno complô no norte, então quando ele já não poderia prosseguir sozinho me procurou. Shikaku sabia que havia um traidor entre os nortenhos, mas ele confiou tudo o que sabia a mim, um sulista, e me pediu ajuda.

— E por que ele faria isso? - Neji questionou erguendo uma sobrancelha em dúvida. —se ele não podia confiar em seus companheiros, por que poderia em um estrangeiro.

— sabe... Conheci Shikaku em uma das minhas muitas viagens, era a primeira vez que Minato conhecia terras nortenhas ainda um moleque, ainda meu escudeiro e não o rei do Norte. Quando alcançamos as torres descobrimos que os Naras estavam em festa, era aniversário do herdeiro das torres, o próprio Shikaku nos recebeu na entrada e nos convidou para beber com ele e seus convidados. Todo mundo importante no Norte estava aqui, até a antiga família real Uzumaki. -Jyraia sorriu ao perceber o rosto ansioso do então rei do norte o encarando intensamente. —Sim, Naruto. Foi assim que seus pais se conheceram. A história de amor mais icônica que já se ouviu falar no reino, a nobre princesa flamejante e o belo escudeiro... Mas essa é uma história para românticos e não estamos aqui para isso. -o lorde disse com seu semblante escurecendo der repente, eram tantas histórias. —O importante agora é que também foi aqui que Minato fez grandes aliados e inimigos. Shikaku Nara era um grande aliado e amigo. Um dos homens mais leais que já tive a honra de conhecer. Ele sabia que eu amava Minato como a um filho, e eu sabia que ele nunca trairia Minato. -ele deu um pequeno sorriso ao se lembrar dos companheiros mortos, o já pequeno número de pessoas dignas estava diminuindo drasticamente. —Então quando ele veio até mim com uma penca de pistas embaralhadas que ainda não faziam muito sentido decidimos que eu continuaria com as minhas viagens, assim não levantaria suspeitas, enquanto buscava novas informações, e ele buscaria aqui e cuidaria de você Naruto.

—Quanto vocês conseguiram descobrir. - Shikamaru perguntou agora sério para o mais velho.

—Quando Minato fora encontrado morto num primeiro momento todo mundo apenas assumiu que os Uchiha fizeram o que todos esperavam que eles fizessem a tempos, mas enquanto a maioria dos lordes se armavam para uma batalha eminente e Naruto ficava de luto pelo último membro de sua familia, Shikaku se ofereceu para arrumar tudo para o funeral do rei acompanhando de perto todas as etapas de cuidado com o corpo, então logo foi descoberto que além do ataque dos Uchiha alguém havia envenenado o rei com cianeto, Shikaku estava pronto para ir até Naruto para que iniciassem uma investigação formal, mas antes que o fizesse ele descobriu que alguém havia sim encomendado cianeto para o grande meistre nas últimas semanas... -Jyraia tencionou seus ombros ao encarar os jovens lordes a sua frente. —Ele.

—Como? -Naruto indagou se levantando de supetão. —Isso não faz sentido!

—Meu pai não faria algo assim. Era uma armação. Queriam tirar ele da jogada. -Shikamaru suspirou frustrado. —Hiashi queria... E o filho da puta conseguiu afinal...

—Exato. Mas ele não tinha nenhuma prova disso naquele momento, apenas sua palavra e honra que não valiam muito contra a prova plantada para incrimina-lo. Então ele abafou o caso e prosseguiu como se houvessem apenas os Uchihas, então veio até mim me pedindo ajuda. -o sulista encarou o último Uzumaki do norte. —eu demorei meses para conseguir as provas de que Hiashi estava envolvido no assassinato de Minato, mas como sabem foi tarde demais... 

Fez se um silencio mórbido der repente pelas perdas que todos tiveram recentemente, aquele era o preço da guerra eles sabiam, mas o deles era mais alto e alguém teria que pagar...

—Achei tinha acabado por ai, mas Inoichi descobriu ainda mais -Jyraia falou quebrando o silencio que se instalara, sentia muito pelos companheiros e amigos que perdera, mas estavam em guerra e sabia que Fugaku não ia reagir bem a última derrota, conhecia o Uchiha bem o suficiente para saber que ele logo tentaria uma ofensiva. Tinham que ser rápidos, não tinham tempo a perder. —Devo alerta-los, meus senhores, nunca se deve duvidar do legado de uma família, Inoichi consegui em minutos mais do que eu consegui em meses.

—o que mais ele descobriu? -Neji questionou encarando direto o velho viajante, Jyraia o olha por alguns instantes antes de lhe responder a pergunta. Apesar de Hiashi ser um traidor sabia que podia confiar no homem a sua frente, só pelo que ficara sabendo era capaz dele querer mais a cabeça de Hiashi que eles... Mas eles teriam que cuidar dos outros Hyuugas logo, ou aquilo tomaria proporções grandes demais.

—Poucos dias depois que finalmente consegui as provas com o grande meistre de que Hiashi tramara contra o rei, recebi a notícia que Shikaku havia sido assassinado, naquele momento eu sabia que deveria voltar então mandei Gai na frente com os papeis para serem entregues a inoichi, como Shikaku pedira. -ele mexia nos papeis amarelados que penara com o grande meistre para conseguir. —mas muita coisa aconteceu no meio tempo em que os papeis ficaram na posse do lorde Yamanaka por que quando finalmente estive em sua presença aqui nas torres, ele me repassou tudo que havia conseguido a mais, ele temia que acabaria por sucumbir pelos seus ferimentos.

Naruto pegou os papeis das mãos de Jyraia voltando a se sentar em seguida e indicando para que ele continuasse e assim o fez.

—Primeiramente ele teve sorte. Itachi Uchiha em meio a uns de seus devaneios delirou pedindo desculpa ao irmão por não tê-lo protegido, por ter permitido que Fugaku Uchiha lhe colocasse no meio da confusão, e a melhor parte, por ter permitido que um nortenho lhes contrabandeasse uma arma para dentro das vinulas.

O mais velho se espreguiçou escorando-se na poltrona enquanto os outros lordes da sala absorviam a informação, Shikamaru fora o primeiro a desperta, se pronunciando:

—hiashi. 

—Sim. Ele instantaneamente desconfiou de Hiashi, mas pelas razões erradas... Ele imaginou que como os Hyuugas são os maiores vendedores e produtores de armas do Norte a probabilidade de que eles estivessem envolvidos era grande. Porém antes de qualquer acusação Inoichi precisava buscar provas e como sabia que shikaku estava investigando a morte de Minato foi procurar nas coisas dele, mas a informação que conseguiu não lhe era interessante por que o que tinha lá era que Minato foi morto com uma espada Uchiha normal. O que o levava a pensar que ou Itachi estava realmente delirando ou ele estava enganado quanto a Hiashi.

—Mas nós já sabemos que ele não estava. -Naruto falou com seus olhos fixos nas letras firmes e elegantes de Hiashi, se sentia um tolo. —Então o que mudou?

—Ele recebeu esses papeis. - o grisalho disse indicando para os papeis que naruto tirara de suas mãos. —Então teve certeza de que o Hyuuga era realmente o traidor, mas ao final vocês já haviam partido para confrontar os Uchiha e Inoichi decidiu confrontar Hiashi sozinho. E então arrancou de Hiashi a confissão de que ele havia também havia forjado uma falsa espada Nara para incriminar Shikaku.

Shikamaru se levantou do grande sofá que dividia com Naruto, andando nervosamente pelo quarto.

—Ele queria fuder o seu pai de qualquer jeito. - Neji comentou encarando o Nara que se vira der repente para ele.

—E ele também precisava de Minato morto de qualquer forma naquela noite. -o moreno respondeu. —Ainda tem muito esqueleto para desenterrar nessa história. Ainda temos muito o que cavar.

Batidas soaram na porta do quarto assustando os homens, aquela conversa os colocara em alerta máxima. shikamaru fora abrir a pesada porta do quarto revelando um pequeno servo que o encarava ansioso. O Servo esticou seus braços franzinos na direção do lorde.

—Nós vamos desenterrar todos os malditos esqueletos. - Naruto fala pondo os papeis nas mãos de jyraia novamente enquanto encarava pelo rabo de olho shikamaru ler o pequeno papel trazido pelo menino que já sumira. —vamos dar um jeito.

—parece que os deuses estão a nosso favor agora. -Shikamaru disse guardando o pequeno papel num compartimento de sua armadura que ele assim como Naruto ainda vestia. —Itachi Uchiha acaba de acordar.

—ok, vamos lá. -o loiro se levantou num pulo fazendo o mais velho acompanhar devagar e Neji bufar por saber que não poderia acompanhá-los naquele momento.

—fica para a próxima Hyuuga. -Naruto se pôs porta a fora rapidamente, mas antes deu uma pequena piscada para o amigo acamado em uma provocação amistosa os fazendo lembra de quando eram moleques e viviam as farpas.

—na verdade... Shikamaru você pode começar sem nós?! -o mais velho perguntou já ordenando ao Nara, ele não era um grande lorde com sangue nobre, sua casa não era rica, na verdade era pequena e sem importância para as grandes casas do reino, mas ele era jyraia, um dos homens mais respeitados em todo o norte. Não por um sobrenome de peso, por sangue ou batalhas... Apenas por que ele era. O Nara apenas assente sem se importar, saindo em seguida.

— Você é um idiota. -Sakura murmurou quebrando o silencio que se instalara entre os dois desde que o Uchiha acordara a alguns minutos com ela o costurando novamente. Se as coisas entre eles antes estavam um vazio distante agora parecia um abismo. —Ameaçando a vida de uma garota ferida e desacordada! Que tipo de homem você é?!

—o tipo de homem que faria de tudo pelo irmão! Que faria tudo pela família! -sasuke falou alto levantando seu tronco para encarar a rosada de costas para ele guardando os utensílios que usara em seu ferimento. —eu a mataria se fosse preciso, eu não ia nem hesitar. Por que as vezes você tem que fazer coisas erradas e horríveis por amor, como eu fiz por você. Tudo porque eu te amava, por que eu ainda te amo.

Sakura se vira der repente para o Uchiha, quase levando ao chão seus materiais com seu movimento brusco. Havia lágrimas em seus olhos que ela se segurava para não deixar cair, lagrimas que foram seguradas por meses, ela não sabia quanto mais podia aguentar. —eu não me importo com o seu maldito amor. É sua culpa o que aconteceu com o meu filho!

—eu sei, e eu me lembro disso todos os dias da minha vida. Era meu filho também! -dessa vez era ele quem tinha as lagrimas descendo sobre seu rosto pálido, talvez seu pai estivesse certo, talvez ele fosse realmente fraco.— tenha piedade, me perdoa... Por favor...

Sakura se aproximou lentamente da cama onde Sasuke estava disposto, grudando seus olhos nos dele, seus olhos molhados espelhavam a tristeza, a dor e o desespero de cada um, eram duas almas quebradas, mas algumas infelizmente já não tem mais conserto. —Não. Eu nunca vou perdoar você. Não me importa que em nome do seu amor fudido você cause uma guerra por mim, ou mate um dos seus para me salvar, mesmo que eu estivesse ajudando a garota que era a chave para libertar seu amado irmão a fugir, eu nunca poderia te perdoar. Sabe por que? -ela se aproximou ainda mais do rosto desolado do moreno. Ele estava sofrendo, ela queria que ele sofresse, queria que ele sentisse toda a dor que ela sentia. —Eu estou morta sasuke. Eu morri naquele dia. E a culpa é sua.

sasuke abriu e fechou a boca diversas vezes sem emitir nenhum som, ele simplesmente não sabia o que dizer ou fazer ele conseguia aguentar o desprezo de sakura quando era de certa forma mais sutil com suas cutucadas, mas não assim com aqueles olhos verdes banhados em lagrimas e dor, não conseguia falar perante tamanha intensidade, levantou sua mão para tentar acaricia-la, conforta-la, tentar tirar pelo menos um pouco da sua dor, mas antes que chagasse lá o som do tecido da barraca sendo jogado para o lado chamou a atenção dos dois.

Fugaku Uchiha entrara como um furacão nos aposentos do jovem Uchiha.

—eu sabia que você era uma vagabunda coisa rosa, só não sabia que era uma vagabunda traidora!

—Eu sabia da rixa do triângulo com os Hyuugas, mas por que Hiashi odiaria tanto Shikaku?

—Isso nunca foi sobre ódio, Hiashi é frio demais para brigar com alguém por algo como ódio, mas ele mataria por poder. -jyraia respondeu o jovem rei do norte enquanto andavam pelos corredores escuros da torre. —se ele mata-se Shikaku, ou o mandasse para longe ele não poderia intervir e a maior autoridade do norte estaria sozinha e perdida, sem ninguém para aconselha-lo, o caminho estaria livre. Você era a joia ele só precisava despistar o guarda.

—Eu não preciso de proteção. -Naruto falou bagunçando seus cabelos loiros nervosamente, estava cansado de todos o tratando como uma criança idiota.

—pelos deuses moleque! Essa não é a questão! -Jyraia exclamou exausto. —Você é o rei do Norte. Mas diferente do que se imagina por contos e lendas um rei não governa sozinho! -ele segurou o loiro pelos ombros o parando bruscamente. —Você armou um grande plano nessa batalha e isso mostra que você está lendo e buscando conhecimento, se esforçando para melhorar, mas isso ainda não é o suficiente. O plano esteve por um tris de falhar uma dezena de vezes, já parou para pensar que Shikamaru ou Neji poderiam acrescentar algo que evitaria esses contratempos? Que o seu conselho poderia acrescentar algo? Você é o rei mas não precisa e não pode fazer tudo sozinho.

—tudo deu certo no final. -o Uzumaki suspirou, ele sentia uma bela bronca vindo pela frente.

—Foi muito arriscado. Isso não é como você resolver pular de uma torre antiga com um monte de flechas apontadas para você. Não é só a sua vida! Você é o rei. Você é responsável por esse lugar, por essas pessoas!

—você acha que eu não sei! Tudo o que eu fiz foi pensando em protegê-los!

—Não o suficiente. -jyraia ratificou. —Você fez pelo povo, por vingança e orgulho. Sabe quando mito uzumaki e hashirama senju se submeteram ao império dos homens do deserto foi para evitar a destruição total do Norte, eles eram os reis! Soberanos dessas terras! Mas eles dobraram os joelhos perante os estrangeiros para proteger o seu povo da aniquilação. Um verdadeiro rei não se importa com orgulho ou vingança, ele faz o necessário para proteger o seu povo.

—E depois eles entraram em uma guerra com seus antigos aliados e acabaram com metade da população.

O mais velho assentiu com um pequeno sorriso amargurado. —se fossem os estrangeiros não ia sobrar ninguém. Um rei tem que fazer escolhas difíceis, escolhas que ele não faria em outras circunstâncias. -o lorde respira fundo agarrando os papeis amarelados que ele enviara dias mais tarde, focando-se na assinatura rebuscada de Hiashi. —As vezes você é obrigado a se unir com um inimigo e lutar com aqueles que você considerava aliado.

—E agora pulamos a linha do passado e entramos no presente... -o loiro murmura se inclinando numa pequena janela das torres onde tinha a vista de sua longa espada ainda presa a antiga torre Uchiha que permanecia de pé como um lembrete aos Uchihas. —Estamos falando dos Hyuugas...

—sim. Logo a notícia de que Hiashi é um traidor se espalhará. Mas traidor ou não os Hyuugas seguem sempre o seu lorde, o sangue da casa principal de Hyuugas em primeiro lugar, se virariam até contra o Norte por eles. Não podemos nos dar ao luxo de uma rebelião agora. Não podemos perder os Hyuugas, seus homens, seu dinheiro... é crucial os mantenhamos do nosso lado. Mas você já sabia disso quando foi procurar hiashi antes. -Jyraia encarou o jovem que assentiu mantendo seu olhar preso a espada de ouro do lado de fora das torres Nara. —Mas se lhes dermos um novo lorde honrado, conteríamos os problemas. Apesar de o exército Hyuuga respeitar Neji eles nunca o seguiria, por que ele não é o herdeiro legítimo e não faz parte da casa principal. Mas olhe só, temos alguém da casa principal debaixo desse teto e que possui um compromisso firmado com você. Que sorte a nossa!

—Quer que eu mantenha o plano. -Naruto ponderou ainda virado para a pequena janela. —Passar o resto da minha vida com aquela garota para conter uma rebelião.

—é dever do rei fazer tudo para proteger cada pessoa do seu reino. -o velho mestre diz firme. —Sim naruto. Você vai ter que casar com a garota hyuuga. A filha do homem que está envolvido no assassinato do seu pai.

Por que você é o rei.

Temari observava criadas irem e virem pela porta do quarto a todo momento trazendo ervas, toalhas, bacias d'agua e lençóis enquanto uma senhora cuidava das costas feridas de Hinata, aquilo já durava horas. Já vira aquela cena diversas vezes e nem por isso se tornava menos doloroso cada vez que via a amiga passar por aquilo. Estava imersa em seus pensamentos embaralhados entre passado e presente que não percebeu o lorde se aproximar chamando por ela, deu um pequeno pulo pelo susto.

—a assustei. -o homem disse tocando o ombro coberto pela manga do vestido que a menina usava. —me desculpe não foi minha intensão.

—lorde jyraia. -a loira suspirou se recuperando do pequeno susto, ela sabia que havia entrado em território "inimigo" e que praticamente colocara uma espada bem afiada em sua garganta por estar ali, mas naquele momento era a única que podia e conseguiria trazer Hinata, agora todo cuidado era pouco; tinha que ser invisível e fugir das perguntas que ela sabia que viriam. Mas não de Jyraia, ela sabia disso. —Obrigada por ter nos ajudado mais cedo...

—oh por favor! Não é necessário que me agradeça, foi uma honra senhorita -ele respondeu a guiando com a mão ainda em seu ombro para um espaço mais reservado do imenso quarto. —Mais honrado ainda em se lembrar de meu nome quando lhe foi dito em um momento tão perturbador.

—mas é claro que o fiz. -a sabaku afirmou se voltando para o lorde. —além de ter nos ajudado, meistre tsunade falou muito a seu respeito meu lorde.

—tsunade contou sobre mim. -Era uma afirmação. Ele já imaginava que a antiga arquimeistre o faria se a lady realmente estivesse envolvida. Melhor assim.

—Sim.

—Ótimo. -ele sorriu. —é bom você saber quem sou, mas ninguém pode saber quem você é, filha de karura. -o lorde esperou por uma resposta da garota mais essa apenas assentiu com um pequeno sorriso se mantendo em silencio, então ele continuou —vamos dar uma volta.

Os dois andam juntos em direção a saída do quarto mas antes de que o fizessem a loira parou um das criadas que cuidavam da Hyuuga desacordada. Temari não gostava de deixar a amiga sozinha naquele estado, mas sabia que ela estava segura ali, era a casa dela. —eu vou sair por um minuto, se lady Hyuuga acordar antes que eu volte por favor a avise que tema, sua dama de companhia já volta para conversar com ela.

Ela esperava que a hyuuga pegasse a dica, a pequena criada apenas acenou antes de voltar aos seus afazeres e Jyraia a levou de volta ao caminho.

Eles caminhavam em silêncio, já haviam saído das torres a alguns minutos e andavam em meio as arvores da floresta negra, de vez enquanto escutava algum barulho que até pareceria suspeito se ela não soubesse que a floresta negra era repleta de grandes cervos, símbolos da casa Nara. Cansada do silencio a jovem resolveu se pronunciar:

—Você, Mei, Tsunade e a minha mãe estavam no início da rebelião certo?! - Temari fala andando rápido ao lado do grisalho, ela tinha treinamento especial em castely rose para resistir a longas corridas e caminhadas e aguentava aquilo na boa, porém, tudo o que andaram e naquele ritmo faria qualquer pessoa normal estar no mínimo ofegante, mas o velho viajante nem ao menos suava. —o que fez jovens nobres iniciarem um movimento contra sua própria classe?

—eu não era exatamente nobre, um pouco rico talvez, mas não era nada até minato me condecorar cavalheiro. -o homem respondeu descendo em um pequeno barranco. —a verdade é que tínhamos muitos ideais de justiça e igualdade e assim como a senhorita nós também tínhamos um espirito rebelde.

Ele sorri para a menina que descia do barranco com o seu auxílio, a madrugada iluminada pela lua dificultava um pouco aquela pequena caminhada. —Não Mei. Não consigo imagina-la rebelde.

—Mei é um caso à parte. Ela venerava a sua mãe e quando a sua mãe se meteu nessa ela também se meteu.

—certo. E como você se meteu lá? -ela questionou insistindo e pondo-se ao lado do homem.

—pensei que Tsunade tivesse te contado tudo. -o grisalho cutucou com um pequeno sorriso.

—o que deu para contar em 20 minutos com uma guerra prestes a estourar. -ela riu nervosamente.

Jyraia assentiu em entendimento, logo se manifestou mudando um pouco os rumos da conversa

—em quantos acampamentos rebeldes foi enquanto estava no sul senhorita?

—dois. Tinha pessoas morrendo, massacres, gritos e essas coisas... -ela disse ironicamente.

—Sabe quantos deles existem no sul?

—Não... -a loira respondeu.

—oito. Três de serviços médicos e cinco militares. Esse número diminuiu é claro com os ataques de seu pai e Fugaku. -o mestre falou estendo a mão para a garota ao pararem novamente em frente a um barranco, dessa vez bem maior, ele sabia que ela não necessitava de sua ajuda, mas ele queria oferecê-la. —Sabe quantos existem no Norte? - questionou quando a garota agarrou sua mão, ela pulou parando de frente para ele com uma sobrancelha erguida como se o incentivasse a continuar, e assim ele o fez. —Quarenta. Aqui diferente de lá os ataques são escassos, alguns lordes até mesmo apoiam a causa.

Temari piscava seus olhos atônita, por essa ela realmente não esperava. —Como é?

—no norte quando se houve falar em derrubada do sangue do império, é quase unanime o apoio. Para esse povo o norte sempre será o reino de konoha, anexado ao novo império ou não.

—Então vocês têm um exército?

—Não. Nós temos homens, mas não armas. -jyraia disse enquanto vasculhava com os olhos floresta a fora na escuridão, como se procurasse algo. —os lordes apoiam a ideia de uma derrubada, mas nunca armariam os rebeldes. É muito arriscado para eles... Senhorita... -O mestre esticou novamente sua mão levantando a garota em seus braços e atravessando um fio de córrego que havia em seu caminho. —não seria bom que você se molhasse, não queremos perguntas.

A loira passou as mãos por seu vestido alisando os pequenos amaçados que se formaram ao voltar ao solo, se voltando logo para o grisalho o incentivando a continuar. —é perigoso para os lordes dar armas para os rebeldes por que...

—digamos que os lordes armem os rebeldes e eles consigam derrubar o reinado do seu pai, nada os impede que depois derrubem eles, os rebeldes são muitos se eles se levantarem contra os lordes serão praticamente imparáveis. Dar poder para algo que depois você não pode controlar é muito perigoso.

O silencio se instalou entre eles novamente, cada um com seus pensamentos e indagações, andaram por mais alguns metros até jyraia parar der repente, a loira o encarou o homem questionadora, mas ele nem ao menos se dignou a olha-la, ele assobiou alto e agudo três vezes e então diversos homens segurando rústicos arco e flecha pularam das arvores ao redor, eram muitos homens, e uma garota...

—mestre Jyraia! É uma honra recebê-lo. -uma jovem garota com dois coques ornamentando seus cabelos falou se curvando levemente. Ela não parecia ser muita coisa mais velha que temari, talvez dois ou três anos, mas apesar de seu tom amistoso para com jyraia ela não parecia muito feliz em ver a loira com ele.

—já faz um bom tempo criança. -o mestre sorriu para a menina que ele trouxera a anos atrás, porém sua atenção foi desviada para um ponto atrás da morena.

—e eu acho que não lhe vejo desde o velório de karura, Jyraia. - a mulher saíra por detrás de alguns arbustos a frente deles abrindo uma pequena passagem. Ela era persistente.

—Mei...

—eu sou o rei de norte e é meu dever cuidar de todos no norte. Todos. -Naruto murmurava enquanto andava de um lado para o outro em frente a porta fechado de um dos quartos da torre. Já estava divagando ali a uns bons minutos. —Inclusive a filha do homem que tramou para assassinar meu pai. Eu tenho que proteger todo mundo! -O loiro exclamou pegando toda a coragem que tinha e empurrando a porta pesada de uma vez a escancarando dando de cara com as costas castigadas e parcialmente nuas da garota Hyuuga uma vez que as criadas terminavam de enfaixa-la, as antigas marcas se misturavam com as novas em um frenesi de dor que lhe atingia como um soco ao ver aquilo, era só uma pequena garota machucada e sofrida que teria que se sacrificar de novo... Droga...

As criadas se assustaram ao perceber o rei do norte no cômodo terminado de enfaixar as costas da menina as costas a cobrindo com uma fina capa de seda, tirando de Naruto aquela visão perturbadora.

Devagar ela se virou de frente para ele, o encarando com seus grandes olhos de perola, herança de sua família, sua problemática família... Mas Naruto não percebia naqueles olhos a frieza de Hiashi ou o calculismo de Neji, o olhar dela era altivo, questionador e forte mas quando finalmente se pronunciou era o mais puro doce.

—em que posso ajuda-lo meu lorde?


Notas Finais


"Next on the empire of war" (proximo cap) kkk

Conversa naruhina!!!!
Conversa Shikatema!!!
Conversa pos beijo Gaaino!!!

Se não é o capitulo dos shipps, eu já não sei o que é!

Vou tentar trazer o proximo o mais rapido possível, eu juro! Por favor comentem o que acharam e até o proximo 😘


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