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História The end of the world (Hosie) - Chapter six - Serial killer


Escrita por: wweird0o

Notas do Autor


De seis em seis capítulos, um deles vai ser diferente, ao invés de ser narrado pela Hope ou pela Josie, vai ser narrado pelo Kai.
Pra quem nunca viu The Vampire Diaries, ele é um psicopata na série, um vilão. O nome completo dele é Malachai Parker e ele é interpretado por um ator que faz o Mon-El em Supergirl, chamado Chris Wood. Aqui na fanfic, ele tem a idade das meninas, mas na série original ele é tio da Josie.
Como sei que alguns aqui só assistem Legacies, caso tenham alguma pergunta/dúvida/ sugestão/ elogio/ crítica construtiva, deixem nos comentários, eles são importantes.
Espero que gostem,
Boa leitura! 💖💜💙

OBS: o Capítulo é baseado na música "Serial Killer" (Moongrief ft JUDGE), então recomendo que ouçam enquanto lêem.

Capítulo 6 - Chapter six - Serial killer


Fanfic / Fanfiction The end of the world (Hosie) - Chapter six - Serial killer

POV Kai 



1 mês antes



Eu ouvia as notícias sobre o vírus, sentado em meu carro. Aparentemente, alguns adolescentes eram imunes ao vírus. O governo queria fazer testes em todos os adolescentes dos Estados Unidos. Como se eles fosse procurar alguém nesse inferno de cidade que é Mystic Falls. Ouvia as pessoas da escola falando que nunca abandonariam a cidade, que era "seu lar". Nunca me senti pertencente a esse lugar. Sempre fui deslocado, as pessoas não falam comigo... É claro, talvez seja pelo fato que não falo com elas, mas ainda assim. Josette Saltzman é minha prima, e uma das garotas mais populares do colégio. Não lhe faria mal algum me ajudar a socializar um pouco. Eu não iria me rebaixar a ponto de pedir ajuda, é claro. Não nos falávamos, era raro sequer interagirmos de qualquer forma. Nossas famílias não eram exatamente próximas. 

Caminho pelos corredores da Salvatore Boarding School, ouvindo murmúrios por toda a parte. Vejo Josette e uma loira, que convenhamos, era muito gata, pararem na frente de Hope Mikaelson, a órfã esquisita, pária do colégio, e Penelope Park, a "rainha" da escola. Penelope pegava todos que queria, namorava quando queria, e sua autoconfiança era uma das maiores que eu já havia visto. Não que ela não devesse ser confiante, com a aparência que tinha até Jesus se curvava pra ela... Josie entrega um papel na mão de Hope e fala algo que não consigo ouvir. Quase levo um susto quando a Mikaelson lhe dá um abraço. Percebo as pessoas encarando, a menina não era de fazer isso. Na verdade, nunca a havia visto dar um abraço em alguém depois da perda da família. 

Continuo meu caminho, ignorando as pessoas, ainda chocadas. Talvez estivessem mais chocadas com esse gesto do que com o vírus... Adolescentes. Tão fúteis e idiotas... Reviro os olhos e vou para aula.



[•••] 



Como é sábado, posso sair da escola. Decido dar uma volta a pé, ir ao Mystic Grill, olhar as pessoas comendo e pedir um  café. 

Ando silenciosamente, já é de noite, as luzes dos postes estão acesas. Vejo um homem encolhido em um canto escuro. Não consigo ver seu rosto.

- Ei, está tudo bem? - pergunto. Ele não responde. - Moço? Você está bem? - encosto em seu ombro. Ele escorrega pela parede e bate no chão. Posiciono dois dedos em sua artéria. Não há pulsação, ele está morto. 

- Ai meu Deus, ai meu deus! - quando o viro de barriga para cima, percebo que sangue seco escorreu de seus olhos por sua bochecha. Reconheço seu rosto, mesmo que não estivesse nas melhores condições. Se chamava Oliver. Liderava uma gangue local, que se denominava Lobos da Noite. Seu cabelo loiro estava sujo e seus olhos estavam vermelhos. Tiro minhas mãos do homem. Ele estava contaminado com altas quantidades do vírus. 

Tropeço para sair do beco, quando de repente sinto mãos me agarrando, um pano sendo colocado em meu rosto e tudo fica preto.



[•••]



Minha visão se desembaça aos poucos. Há algumas figuras em minha frente. Um homem, de terno e uma mulher, com traje militar. Ambos tinham cabelos marrom-escuro, porém enquanto os olhos da mulher eram de um negroo profundo, os olhos do homem eram da cor do céu, o azul mais cristalino que eu já havia visto na vida. Os dois tinham semblantes fortes e músculos definidos e eu os acharia muito bonitos, se não tivessem me sequestrado. Tento mover minhas mãos para esfregar meus olhos, mas elas estão amarradas na traseira da cadeira em que estou. 

- Mas que droga? - pergunto, confuso. A mulher de traje ri. 

- Olá Malachai. Somos da CIA. Quer dizer, sou da CIA e a sargento Pierce é do exército. - diz o homem de termo. - Me chamo Damon. Damon Salvatore. - arregalo os olhos. 

- Salvatore? Como em... - ele assente. 

- Stephan Salvatore é meu irmão. - fala. 

- Não sabia que Stefan tinha um irmão. - rebato, com sarcasmo. 

- Damon. Esse moleque vai calar a boca ou o quê? - pergunta a mulher. 

- Katherine, tenha modos. - Damon responde. Katherine faz um biquinho. 

- Mas eu quero cortar esse rostinho de anjo que ele tem... - ela diz, tirando uma faca do bolso. Me mexo na cadeira, desesperadamente tentando me desamarrar. 

- Shhh, Shhh. Fique quietinho, agora. - Damon diz, me abraçando por trás. Ele era estranhamente cheiroso... Respiro fundo. 

- Porque me trouxeram aqui? O que vão fazer comigo? - exijo. 

- Testes. Você é imune ao vírus Malachai. - diz ele. - Precisamos do seu sangue, para produzir uma cura. Desculpe-nos pelo jeito que foi trazido... 

- Sequestro não é muito a minha praia, ele está certo. - diz Katherine. Ergo as sobrancelhas para ela. Era a primeira vez que se manifestava de um jeito menos... Sociopático. Ela dá de ombros. - Não sou tão maluca quanto pareço. 

- Na verdade, você não parece maluca, é até bonita, mas se comporta como uma total psicopata. - falo. Ela sorri.

- Não brinque com fogo moleque. 

Damon nos olha e revira os olhos para a mulher. 

- Tá, agora cortando o papo furado, vamos levá-lo para as instalações onde estamos mantendo os outros adolescentes, te dar alguns soros e medicamentos. Você vai ficar mais confortável do que naquele apartamento que mora. O que diz? Vai ajudar seu país ou não? Aliás, você perde aula, não precisa assisti-las. E, deixando o melhor por último, vai ganhar um salário de 10 mil dólares por mês. - arregalo os olhos, sem surpresa. Para alguém como eu, aquele valor era algo que não esperava ganhar em minha vida inteira. 

- O que eu preciso assinar? - sorrio. Nem parecia que aquilo havia sido um sequestro, quando eu saía ganhando. Os dois sorriem para mim, recebo uma piscada de Damon e um papel e caneta de Katherine. 


1 semana depois 


Acordo na minha cama. Sorrio. Minha vida estava mais perfeita do que nunca. No Instituto de Treinamento de SR, eu me sentia mais aceito do que nunca. Algumas pessoas tinham um temperamento variável, mas era só por causa dos medicamentos. Eles podiam deixar algumas pessoas um pouco estranhas, mas em mim, não tinham efeito colateral algum. Além disso, nós treinávamos para recrutar novos adolescentes para o programa. Sangues- roxos, treinavam como soldados. Haviam regras, rotinas, horários e uma cadeia de comando. Por causa do meu alto nível de inteligência, eu conseguia avançar rapidamente na hierarquia. Claro que o fato de eu ter sido recrutado por Damon e Katherine, e ter ficado próximo deles ajudava. Coloquei uma camiseta rosa com um coração pintado nas cores da bandeira pan, uma calça jeans, e amarrei um moletom preto na cintura. Todos sabiam que eu não era hétero, diferentemente do que ocorria em Mystic Falls, onde eu não havia contado a ninguém. Não que houvesse alguém para contar, mas aqui era diferente. Escovo meus dentes, coloco meus óculos, e botas de couro. Tenho a impressão da minha visão estar melhorando. Também estava crescendo bastante, a sombra de uma barba passando por meu rosto, o que era incomum para um cara como eu, de 18 anos. 

Andei pelos corredores até o refeitório. Era um espaço confortável, porém de um jeito militar. Tudo branco e limpo, com mesas enormes onde os recrutas se sentavam juntos. Achei "minha turma" e me sentei, abraçando Damon por trás. Havia me enturmado com Damon e Katherine, (os mentores, únicos adultos 'responsáveis' do grupo), uma garota muito linda chamada Bonnie e um cara chamado Kaleb. Os dois eram muito bonitos. Bonnie tinha pele negra e olhos negros, como os de Katherine. Já Kaleb tinha pele branca e olhos azuis esverdeados. No pouco tempo que estava lá, esse era de longe o melhor grupo de pessoas com que já havia estado. Claro, Bonnie não era lá muito chegada em Kaleb, mas eles não eram inimigos ou algo do tipo. Éramos os melhores soldados dentre os recrutas, a elite da elite. Selecionados a dedo por Damon e Katherine, tínhamos todos os privilégios que quiséssemos. 

Damon estende uma bandeja para mim. Tinha suco de laranja, pães, manteiga, queijo, cereais e minha comida preferida de todos os tempos. 

- Yum, cupcakes! - falo. Ele revira os olhos, mas sorri. Me entrega a caixinha de remédios. Olho para uma pílula amarela, que eu não reconhecia. - Remédio novo? - o mais velho assente. 

- Para controlar os hormônios. - responde. Dou de ombros e engulo os comprimidos junto com o suco de laranja. Pego os pãezinhos e os como rapidamente. Estava com fome. Devoro os cupcakes em igual velocidade, vendo Bonnie e Finn fazerem o mesmo. "Que estranho. Bonnie come rápido, mas Kaleb é uma lerdeza só... Deve ter acordado com fome..." Bonnie me puxa de lado, desajeitadamente. 

- Kai. Que horas são? - pergunta, agitada. Olho para meu relógio de pulso. Não podíamos manter celulares conosco, apenas usar os computadores públicos. 

- Oito horas, porquê? - ela levanta e chama Kaleb. 

- Vem, temos treino! 

- O treino só começa às 9! - falo. 

- Não treino regular seu idiota. Treino especial. Só que precisamos ir mais cedo. Só nós três. - fala. Damon e Katherine já prepararam a sala quatro, começamos em 5 minutos. - ela fala, puxando minha mão e correndo até a sala. 

Lá dentro haviam várias máquinas que eu nunca havia visto antes. Coisas usadas em combate pesado, guerras até. 

- O-O que é isso? - falo, sentindo um medo súbito tomar conta de mim. O ar se torna gelado, vejo os outros tão confusos e assustados quanto eu. Tomo um susto quando uma voz robótica se manifesta. 

- Eliminar todos os alvos dentro da sala? - pergunta. 

- O quê? Mas que diabos está acontecendo? - diz Bonnie, esmurrando a porta, que não se abria. 

As máquinas começam a disparar. Bonnie puxa Kaleb na sua direção, para debaixo de uma placa de metal, enquanto eu fico do outro lado da sala, me escondendo atrás de um robô. Eu não iria aguentar muito tempo naquela localização. 

- Kaleb fica abaixado. - diz Bonnie. 

- Bonnie, não se mexa! Eu vou ficar bem, não saia daí! - falo. Minha amiga não parece ligar. - Fica parada Bonnie! 

Ela pega outra máquina, um robô igual ao que eu me escondia atrás e a joga na direção de Kaleb. Ele a coloca do lado da placa. A garota rola no chão, desviando dos tiros, para pegar mais dois andróides e jogá-los para Kaleb. O menino continua construindo uma barreira. Ela consegue pegar mais cinco, antes de voltar. Os tiros estavam se intensificando.

- Malachai, anda logo! - Kaleb fala.

Corro na direção deles usando minha máquina como escudo, porém um dos tiros penetra meu ombro. 

Caio ao lado da fortaleza improvisada, sendo puxado pelo garoto, que rapidamente rasga um pedaço de sua camisa para estancar o sangramento. 

- Nunca pensei que esse seria o jeito que o veria sem camisa. - brinco. Ele ri. Bonnie bate com o joelho em um dos andróides que faz um barulho estranho. 

- Ativar armas? - fala a voz robótica dele. A garota dá um sorriso. 

- Esses andróides tem armas. Podemos nos defender. - fala. Kaleb rapidamente solta um grito. O olho, preocupado. 

- O que aconteceu? - pergunto.

- Você... Está curado! - ele só, apontando para minha ferida, que não só havia parado de sangrar, como estava fechada. 

- Meninos, pensem nisso depois, porque a menos que queiram descobrir se ele também ressuscita, precisamos matar essas coisas. Aliás, onde diabos estão Damon e Katherine? 

- Não sei. Me passa um desses. - a menina me estende um braço robótico. Ela havia desmontado três. Um para cada. Disparamos nas armas inimigas, sucessivamente até que elas fossem derrotadas. A porta magicamente se abre.

- Tá de brincadeira? Isso foi o treinamento! - fala Kaleb. Damon e Katherine aparecem na porta. 

- Está certo Kaleb. Estão liberados das atividades do dia. Os treinamentos intensivos começam amanhã sem surpresas. - diz Katherine. - Bonnie, Kaleb, estão liberados. 

- Malachai, venha comigo. - chama Damon. Me despeço de meus amigos, que fazem sinais me desejando sorte. 

- O que foi Damon? - pergunto. 

- Olha... O que eu vou falar agora não vai ser nada bom... Você vai começar a experimentar efeitos colaterais daqui a pouco tempo. Não mudanças de humor, como os outros. Obviamente, notou que você tem a capacidade de regeneração. Na verdade, o único jeito de te matar é arrancando seu coração. Mas por conta disso, essa habilidade mexe com... Sua parte emocional e mental. Certamente já deve ter percebido que eu e Katherine achamos o sofrimento de outros divertido. A dor nos dá prazer. Ambos sofremos de síndrome do sociopata. Você começará a ter tendências psicopatas. Vontade de matar, sede de sangue. Não é nada bonito no começo. A necessidade, o vício que se torna. Pode quebrar alguém. Dentre os recrutas que estão conosco, você é o único com a habilidade de regeneração. Sabemos que existem mais cinco, aqui em Mystic Falls. Mas elas estão escondidas. Sua missão é encontrá-los e trazê-las. Vivas, é claro. Creio que as conheça, eram da sua escola. Jade, essa menina não tem sobrenome por algum motivo, Penelope Park, Hope Mikaelson, Josette Olivia e Elizabeth Jena Saltzman. 

Fico surpreso a menção do nome de minha prima. 

- Tudo bem. Mas não vou machucá-las. E quanto as tendências a matar pessoas? Tem algum remédio que eu possa tomar para controlar isso? - Damon parece pensar um pouco. 

- Sim, é uma pílula preta. Tomará duas vezes por dia, todos os dias. 

- Damon, eu não quero matar ninguém... - falo com a voz trêmula. Ele passa um braço por meus ombros.

- Eu sei, eu sei... Vai ficar tudo bem. Eu prometo. 


[•••] 


Hoje em dia 


Muito errado ele não estava. Também não estava certo. Em algumas semanas, o meu transtorno havia me tornado o melhor soldado e caçador que Mystic Falls já havia visto. Claro que o fato de Damon ter me enganado a respeito das pílulas ajudou a formar minha... Personalidade atual. Elas na verdade estimulavam sentimentos assassinos, não os reprimia. Já havia matado cerca de 20 pessoas, incluindo adolescentes sangue-roxo que eu devia resgatar. Após semanas tentando encontrar meus alvos, finalmente havia interceptado uma carta que dizia que elas estavam em Nova Orleans. 

Deslizo o zíper da mala. Já estava na hora de uma pequena reunião de família.


Notas Finais


Aliás, o Damon vai ser malvado, e a Elena vai ser ter sido casada com o Stephan, o Klaus com a Caroline e o Elijah com a Hayley. (Elijah, Hayley, Stephan e Klaus estão mortos).


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