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História The Faberry Mission - Capítulo 30 - Conversa


Escrita por: lali_sunrzse

Notas do Autor


HI PESSOAS

Eu juro que tento ao máximo não demorar pra postar, mas a vida tá muito corrida ultimamente

Boa leitura espero que gostem

Capítulo 31 - Capítulo 30 - Conversa


– Santana Lopez fez isso! Aposto! – Quinn vociferou enraivecida enquanto analisava todas as saídas possíveis trancadas, lhes impossibilitando de ir embora dali. Virou-se e fitou Rachel, tentando disfarçar o quão estava apaixonada.

Por que tinha de ser assim? Tão complicado? Se Berry era realmente lésbica como LeRoy havia lhe assegurado há algum tempo por que, então, a baixinha insistia em ficar ao lado de Finn? Vê-la junto com o bonecão de posto lhe machucava de um modo que mal conseguia descrever – assistir aos dois deveria ser considerado uma espécie de tortura medieval, no ponto de vista da loira.

– Ou talvez então Sue Sylvester tenha feito isso – Rachel sugeriu, levantando as sobrancelhas de forma intimidadora -, por causa do “plano Faberry”, certo? – A loira engoliu em seco, quase engasgando ao processar as palavras da garota.

E-Ela sabia? Como diabo ela sabia do plano Faberry?

De repente, as coisas ficaram terrivelmente claras na mente de Fabray: o diário! Rachel estava ali por ter entrado na sala da treinadora escondido e roubado "coisas pessoais" da mesma, uma dessas coisas era o diário! Onde Sue provavelmente anotava sobre sua missão de forma minuciosa... Droga!

Seu estômago apertou ao começar a imaginar o que a treinadora escrevia sobre o casal em seu maldito "caderno secreto".

– Você... Sabe. – Constatou. – Me desculpe. – Pediu, antes de permitir que Berry falasse qualquer palavra. – Por favor.

Silêncio. O mais incomodativo silêncio de todos.

– Eu n-não sei se posso te desculpar, Quinn. – Falou, a garganta doendo, tentando arduamente manter-se firme em frente à loira. – Você se aproximou de mim por causa de um plano estúpido. Quando você falou comigo pela primeira vez, no banheiro, você não queria dicas para entrar no clube do coral... Você queria se aproximar de mim, para posteriormente quebrar meu coração e destruir o ND! Como você acha que eu me sinto ao saber que tudo sobre nossa amizade é uma farsa? – Perguntou, permitindo que uma lágrima solitária rolasse por sua bochecha.

Quinn suspirou, também com os olhos completamente marejados.

– Horrível, eu aposto. Eu entendo se me odiar pra sempre. – Disse, num tom compassivo. – Mas isso não é verdade. Nossa amizade e tudo que eu sinto por você... Não é mentira, Rachel. É tudo estranhamente genuíno.

– Não há nada de genuíno nisso, Quinn! – Exclamou. – Você apenas falou comigo para me destruir, isso está longe de ser verdadeiro ou gentil.

– Eu sei! Eu sei! – A loira deu alguns passos até se aproximar de Rachel, que estava próxima à janela. – Quando eu te conheci você só era uma perdedora pra mim, uma perdedora que estava se esfregando no meu namorado. Uma perdedora que, apesar das roupas, era extremamente... Bonita, pra mim. E era só. Eu apenas te odiava, porque tudo que eu pensava era na minha reputação.

– Espero que saiba que essas palavras só estão piorando sua situação. – Berry disse, dando um passinho para trás de modo hesitante e evitando duramente olhar os olhos convidativos cor de avelã de Quinn.

– Apenas me escute, por favor. Deixe-me contar o meu lado da história. Não se baseie apenas no que leu do ponto de vista de Sue. – Suplicou Fabray, com as mãos trêmulas. – Por favor.

– Prossiga, então. - Falou no tom mais gélido que conseguiu.

A loira estava se sentindo tão mal. Ela olhava para Rachel e como ela havia, no fim das contas, realmente quebrado seu coração. O sentimento de culpa machucava suas costas e toda sua estrutura, mas o que realmente parecia querer-lhe destruir era o medo de tê-la perdido para sempre.

Talvez mesmo depois de se explicar Rachel continuasse lhe odiando e – mesmo que relutante – Quinn era compreensiva quanto àquilo. Havia sido uma vadia com Berry, e havia sido ingênua em pensar que ela não descobriria.

– Fiquei muito tempo te detestando, assim como fiquei muito tempo escondendo o fato de que eu... E-Eu gosto de garotas. Quando o New Directions apareceu e Finn começou a adorá-lo eu fiquei tão nervosa, eu fiquei louca porque eu estava perdendo para um bando de desajustados. - Falou, gesticulando desenfreadamente com as mãos. – Então Sue me contou sobre seu plano e ameaçou me tirar das Cheerios. Tudo que ela disse naquele dia hoje soa tão estúpido, mas naquela época eu realmente me importava.

Rachel revirou os olhos, denunciando à Quinn que ela não parecia disposta a lhe entender.

– Eu nunca havia feito nada a você! - Seu tom de voz tinha pontadas de rancor claramente notáveis, como se a cada segundo a raiva começasse a aumentar dentro dela.

– Bom... Você beijou meu namorado, lembra? Contou-me na roda-gigante. – Retrucou nervosa, tratando de recompor-se logo em seguida ao ver que estava piorando sua tentativa de explicar-se. – Enfim, esse é o ponto: fomos até em uma roda-gigante juntas. De repente estávamos inseparáveis e de repente as risadas se tornaram as mais verdadeiras da minha vida. Logo eu que nunca fui de muitas amizades estava adorando passar o tempo com você. – Suspirou, como se um filme com os momentos que passaram juntas começasse a rodar dentro de sua mente.

Ela apenas queria que Rachel pudesse lhe compreender.

– Aquele dia na lanchonete, você foi tão legal. Foi tão boa pra mim. Mal eu havia me aproximado de você e já estávamos fazendo piadas a respeito de Finnbecil. – Lembrou, rindo fraco. – Cada segundo que passava eu me sentia mais culpada em seguir com o plano. E eu pensava em desistir, mas não porque teria que eventualmente te beijar ou porque teria que largar de Finn por um tempo, mas porque você me fazia tão bem e eu... Eu apenas queria poder ser sua amiga sem me preocupar em ter que quebrar seu coração. Você sempre me fez tão bem, Rachel Barbra Berry.

– Você quase me contou quando estávamos no topo da roda-gigante, não é? – Indagou, recordando tal momento. – Não é? – Insistiu.

Quinn acenou com a cabeça, assentindo.

– Eu queria te contar. Eu ia, mas então fomos interrompidas e tudo voltou ao normal. E eu já não podia mais.

– Você sempre pôde, Quinn. Você tinha que me contar.

– Eu sei que você não entende. Sei que você está certa e nem deveria entender. Mas Sue... Sue faria da minha vida um inferno se eu contasse, e ainda havia uma vozinha dentro de mim que se importava com futilidades. Havia muito a perder. – Explicou, tentando justificar-se, por mais que soubesse que seus atos fossem injustificáveis.

A pequena faísca de esperança dentro de seu coração que dizia que Rachel poderia lhe perdoar estava se apagando gradativamente a cada segundo.

[...]

– Você é louca treinadora, ainda não consigo entender como interpreta a forma que essas duas se tratam. – Santana revirou os olhos, enquanto pela câmera de segurança ela, Sue e Becky viam o desenrolar da cena “Faberry”. – Quando Rachel gritou aos quatro ventos que era hétero você ficou felizinha, assim como está agora. Brigas e heterossexualidade não deveriam ser coisas boas para o plano, certo?

– Dessa vez eu tenho que concordar com a vadia. – Becky Jackson disse, cruzando os braços enquanto olhava para a mulher mais velha.

– Vocês não têm uma mente aberta, uma mente disposta a pensar fora da caixinha. Imaginação, minhas caras. – Respondeu Sylvester, ainda contemplando as imagens sendo reproduzidas na tela de seu computador.

– Estamos na vida real, treinadora. Acreditar na sua imaginação extremamente fértil pode ser um tiro no escuro. – Retrucou a latina.

Sue Sylvester suspirou, tentando se controlar para não perder a paciência com as duas cúmplices ao seu lado.

– Elas estão conversando, isso é algo bom. Rachel Berry é teimosa, mas ainda assim sonha com uma paixãozinha incrível de Ensino Médio, o que ela certamente não tem com o Free Willy. Além do mais, elas estão trancadas e uma hora ou outra terão que se entender.

– Ok, eu não vou mais discutir com você. – Santana bufou, irritada com a teimosia da mulher.

[...]

– Quando Finn foi um babaca com você naquela festa e ninguém fez nada eu... Eu fiquei com tanta raiva! Tudo que eu queria era te abraçar e te contar tudo, queria poder continuar sendo sua amiga, continuar perto de você. – Prosseguiu Quinn. – Mas te contar sobre o plano àquela altura do campeonato... Era suicídio. Não só iria perder meu lugar nas Cheerios, eu perderia você. Perderia sua amizade... E por mais que essa missão estúpida de Sue Sylvester fosse horrível era melhor do que me afastar.

– V-Você me queria por perto? – Indagou hesitante.

– Sim. É tudo que queria. É tudo que eu mais quero, aliás. – Afirmou com urgência. – Me desculpe por tudo, Rachel. Desculpa por ter te beijado, desculpa por ter discutido com você. Não posso fazer nada quanto à sua sexualidade, afinal. – Deu de ombros. – Desculpa por, no início, ter tido a intenção de te machucar, desculpa por esconder isso de você por tanto tempo. Desculpa por ter agido como uma líder no ND, eu não queria roubar seu posto... Eu queria roubar o de Finn. Eu queria te mostrar que eu me importo com o clube do coral e, principalmente, com você. Apenas... D-Desculpa. Por toda bagunça que eu causei. – Suspirou; lágrimas ininterruptas rolando por sua bochecha rosada. – Como eu disse: se você começar a me odiar mais ainda, eu... Eu te entendo.

Rachel fungou e limpou algumas lágrimas que decidiram cair por seu rosto. Ela queria ficar brava com Quinn, essa seria a melhor forma de esquecer-se dela, de tirá-la de sua cabeça de uma vez por todas.

Mas ela não conseguia.

– Você foi muito babaca comigo. – Disse pausadamente enquanto tentava engolir o choro.

– Eu sei. – Murmurou. – Eu só te peço uma coisa, Rachel. Se você me odeia, diga em voz alta. Se me quiser bem longe de você, diga em voz alta. Eu prometo que sairei da sua vida se você me der essa certeza. – Pediu, fitando o chão. – Não quero te machucar mais.

Silêncio.

Ah... Como Quinn odiava o silêncio. Ele podia significar tantas coisas ao mesmo tempo: talvez Rachel estivesse hesitante para proferir aquelas três palavras – “eu te odeio” – porque ela não o fizesse. Ou talvez Rachel estivesse tomando coragem para proferi-las, talvez Rachel realmente a odiasse.

E cada segundo que passava era um doloroso soco no estômago.

– Eu... – Começou extremamente hesitante. – Eu gostaria de poder te odiar. Eu realmente gostaria, Q. Gostaria de poder gritar pra você sair da minha vida, poder ignorar tudo que tivemos e começar a me concentrar em um jeito de escapar desta sala quente como o inferno. – Disse, causando um demasiado alívio dentro do peito de Fabray. – Mas eu não consigo te odiar. Eu começo a dizer pra minha mente que eu te odeio e o meu coração começa a insistir que isso é mentira. E é. Eu... E-Eu não te odeio.

Quinn ousou sorrir em meios às lágrimas que não paravam de desabar até perceber que Rachel permanecia séria. Ela não a odiar não significava uma reconciliação.

– Mas você não irá me perdoar. – Constatou num tom cabisbaixo. - Sabe... É meio engraçado até. Tipo, eu não irei pra cadeia pelo lance da maconha, nem você pela invasão. Por causa disso estamos aqui cumprindo nossas horas extras. E olhe o que estamos fazendo, conversando sobre o Plano Faberry de Sue Sylvester. – Suspirou. – Saí impune de algo errado, mas cumprirei minha pena: mesmo que você não me odeie eu ainda não terei você.

– Quinn, e-eu...

– Rachel, está tudo bem. Eu estou bem quanto a isso, só saber que você não me odeia já é o suficiente pra eu ficar em paz. – Garantiu, tentando abrir um sorriso. – Eu fui uma babaca, eu não mereço que você me desculpe. Você não me odiar já é bom demais pra ser verdade.

Silêncio novamente.

– É melhor começarmos a procurar uma forma de sair daqui. – Quinn falou, mudando o tom de voz para algo mais determinado, como se estivesse querendo acabar com aquela conversa tortuosa o mais depressa possível. E de fato, queria.

Virou-se e rumou até a porta de entrada, tentando abri-la de modo desesperado enquanto as lágrimas se aglomeravam nos seus olhos novamente.

– Eu menti. – A morena decidiu quebrar o silêncio de novo.

– Sobre não me odiar? – Quinn indagou temerosa, afastando-se da maçanete e virando-se para olhar nos olhos de Berry.

– Não. – Tentou, então, resgatar coragem e pensar no que seus pais fariam naquele momento. Lembrou-se de suas palavras carinhosas tentando guia-la na noite passada. Ela precisava ser verdadeira consigo mesma, e com Quinn também. – Eu menti sobre gostar de garotos.

Fabray manteve-se quieta enquanto processava as palavras da baixinha. Um misto de felicidade e confusão lhe atingiu como um vento demasiado forte - refrescante, porém podendo ser o causador de muitas bagunças.

– Ontem conversei com meus pais sobre o plano, e como você deve imaginar: eles já sabiam. – Falou com um pouco de pressa, quase como se não falasse tudo que precisava naquele momento nunca mais iria conseguir. – Eles disseram que acreditavam na sua redenção... Bom, eu gostaria de acreditar também. – Engoliu em seco.

– Você precisa acreditar!

– Eles também disseram que eu preciso ser honesta. – Completou, ignorando o que Quinn acabara de dizer aos gritos. – E eu vou. Eu gosto de você, Quinn. Eu ouso dizer que estou apaixonada até. Mas eu era medrosa demais pra admitir isso, ainda mais com a forma que o pessoal do McKinley me trata.

– V-Você gosta? – Os olhos de Quinn permaneciam marejados com a notícia.

– Eu gosto. Eu amo, muito provavelmente. – Sorriu fraco e voltou a fechar o rosto. – Falei pros meus pais que eu e você não podemos acontecer porque você me enganou. Então eles perguntaram por que eu não tinha te dado uma chance quando eu ainda não sabia, afinal, qual seria a diferença? Bom, eu fiquei sem argumentos.

– Isso... I-Isso quer dizer que talvez você possa pensar em nós? – Questionou insegura.

Rachel ficou em silêncio e trouxe de volta à tona aquele clima desconfortável entre elas.

– Não, Quinn. Não quer dizer isso. – Corrigiu, sem aquela expressão frígida que estava fazendo nos últimos minutos. Agora ela parecia tão afetada e triste quanto à loira em sua frente. – Porque antes o que nos impedia de ficarmos juntas era minha covardia; agora não, agora é o fato de que eu sei o que você fez. Querendo ou não, você me enganou.

– M-Mas eu mudei. – Insistiu. – Você precisa acreditar. – Murmurou, num tom que soava quase como se estivesse desistindo.

– Eu gostaria de poder acreditar, Quinn. – Respondeu tão baixinho quanto às palavras da outra. – Desculpe por ter sido tão rude quando você me beijou, eu estava nervosa e me descontrolei. Só pra constar: eu gostei do beijo e eu gostaria de poder... hm... Ter algo com você, mas antes... Bom, antes eu preciso de uma prova, de algo que mostre que você não está mais interpretando um papel a mando de Sue Sylvester. Caso contrário, não sei se posso confiar em você.

– Eu posso provar.

Quinn se aproximou da baixinha e a puxou repentinamente, colou seus lábios com urgência e pôde sentir a textura macia e morna da boca da menina que, por alguns longos segundos, lhe correspondeu com tanto desespero quanto ela – como se necessitasse daquilo há muito tempo.

Antes que a mão de Fabray pudesse aventurar-se no emaranhado de fios escuros de Berry a garota forçou uma separação de repente, deixando Quinn extremamente aflita. Será que ela havia passado dos limites? Será que ela havia feito algo errado?

– Quinn... E-Eu... – Ela gaguejava nervosa e com uma expressão vaga em seu rosto. – N-Não. Por favor, não.


Notas Finais


EITA o que que deu? Rachel não curtiu trocar salivas com a menina Quinn? Como diabo essa mulher vai achar uma prova que diga que Fabray tá falando a verdade?

Até o próximo pessoas


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