História The Fallen Angel - Cap III

• Pov _______ •
        { Na estrada para Seoul}
                     {20:00pm}

Após ter visto as nuvens rondando algumas árvores quando saimos do hospício de Daegu, peguei no sono ouvindo música em meu celular -meu querido e amado celular-.
  Novamente esse sonho? Sim, eu estava novamente sonhando com o lago escuro, com o menino de ombros largos. Mas, desta vez ele estava sentado em uma pedra olhando fixamente para o topo de uma árvore extremamente parecida com a que a nuvem estava. Caminhei até ele com passos curtos para não o assustar, estico minhas mãos para encostar nas costas do menino e em fim descobrir quem era quando...

  - Chegamos, senhorita ______.
   Abro meu olho com raiva por ter ouvindo aquela voz fina e cínica, por ter sentido a mão gélida da moça tocar meu rosto tirando meus fones.

- Poderia ao menos ser um pouquinho simpática, querida?
Perguntei sorrindo da mesma forma que ela sorria para mim.

Desço do carro com uma mochila cinza que pertencia a minha mãe -sinto muito por tudo o que houve mãe- , aperto a alça da mochila quando ouço a porta do carro atrás de mim se fechar e o motor se ligado. Guio meus olhos ao redor do local onde eu estava, era uma construção enorme denominado por Reformatório Dover. Corro meus olhos assutada por todos os jovens que estavam no campus do lugar, havia um casal bem apaixonado por sinal que me olharam e eu desviei o olhar, um grupo de meninos bem vestidos, com uma postura impecável e sorrisos amedrotandores, um grupo de menina todas com uma espécie de pulseira em seus tornozelos e ao canto totalmente isolados dois meninos; um possuía ar de mistério em seus olhos, roupas inadequadas para o clima que fazia, cabelo num tom de preto que até a escuridão teria inveja; o outro rapaz tinha um estilo mais descolado e rodava um isqueiro em seus dedos. Volto a olhar o menino misterioso, foco minha atenção somente ele, porém ele percebe que havia alguém lhe olhando, ele me encara fazendo todos os meus sentidos se perderem, ele abre a boca querendo dizer algo, não... ele não diz nada, ao contrário disso, ele me manda um dedo do meio e simplesmente sai do seu lugar me deixando desnorteada e constrangida.

{Secretária do Reformatório Dover}
       {22:10pm}

- Mas, como assim eu não posso ficar com o meu celular?
Perguntei com a voz trêmula de raiva, segurando com força a caneta que usava para preencher um formulário.

- Você não tem mais ninguém para se comunicar, pelo o que eu saiba. Até sua irmã te abandonou.
Um homem que aparentava ter seus 50 anos, falava rigidamente comigo, sem expressar nenhum sentimento.

- Para de ser grosso com a novata, Senhor Chan.
Olhei em direção a porta onde um menino com os cabelos roxos e um pirulito na boca entrava. Ao me olhar, o mesmo sorriu e piscou.

- Senhor Kim Namjoon, que sorte em termos o senhor novamente conosco.
Chan, sorria de forma cínica para o tal Namjoon que estava sentado ao meu lado com os pés em cima da mesa.
- Retire tudo o que for ilegal que esta em seu bolso, Kim.
Ordenou Chan esticando uma caixa para menino dos cabelos roxos que colocou inúmeras coisas dentro da caixa.
- Você, senhorita _____ tome a chave de seu quarto e suma da minha frente.
  entregou uma chave número 66 e praticamente me empurrou para fora da sala.

- Então o que a senhorita fez de tão grave para esta aqui?
Kim Namjoon arqueeando uma sobrancelha perguntou passando o braço pelo meu ombro pegando a minha chave e a rodando em seus dedos.

- Pelo o que eu entendi, estou sendo culpada pelo homicídio de meus pais. Coloquei fogo em casa enquanto meus pais dormiam e assisti tudo. Foi isso o que o juiz disse ao senhor Chan.
Respondi pegando a minha chave de volta e me negando a olhar nos olhos claros do menino há minha frente.

- Você? Uma incediraria? Interessante. Agora preciso ir, mas se quiser pode me encontrar aqui.
  Ele me entregou uma tecla que parecida ser de piano, nela havia escrito um número 74. Provavelmente seja o número de seu quarto.

Guardo o presente de Kim Namjoon quando esbarro em uma menina que me olha semicerrado e range os dentes, porém o humor dela muda quando o dono do quarto 74 a abraça puxando-a para algum lugar. Sigo todo o caminho até o meu quarto com a cabeça baixa pensando em como eu poderia ter assassinado meus pais sendo que o fogo já estava acesso quando eu vi, balanço a cabeça para espantar esse pensamento e enfio a chave do quarto na fechadura, respiro fundo e o abro.
O quarto era todo em todos de preto e cinza, em cima da cama de solteiro havia um casaco cinza sem graça e uma calça preta, respiro fundo mais uma vez andando até a pequena janela do meu novo quarto. Sento-me na cama, coloco a mão no bolso, lembro da cena de mais cedo na qual um menino que eu nunca nem vi me insulta, rio de deboche e levanto indo colocar as coisas que eu trouxe em seu devido lugar.

  • Pov Jungkook •
   { Biblioteca Dover}
      {24:00pm}

Não, outra vez não.
O que essa menina está fazendo aqui? Porque vocês me torturam assim? Quando que essa maldição irá acabar?
_____ outra vez está aqui, aqui em minha vida, bagunçando tudo como sempre faz e eu a destruíndo como sempre faço.
Tive que me manter grosseiro e frio com a mulher que amo para que ela não desconfie de nada, mas como ela poderia desconfiar? Ela não se lembra de nada.

- Então você viu que a sua amada ____ está de volta né?
Ouço a voz de Taehyung ecoar pela biblioteca me fazendo querer arrancar sua cabeça fora.

- Sim, Taehyung.
Respondi rígido com os olhos fixados em meu desenho, era um desenho dela. Os traços dela sempre serão meus traços favoritos.

- O que irá fazer desta fez, Jeon Jungkook?
Ele põe as mãos em cima da mesa me encarando de forma preocupada.

- Nada, eu não irei fazer nada além de me afastar dela. Cansei de ver-la partir por minha causa.
  Respondi olhando a neblina que se formava pela grande janela que havia na biblioteca.

Eu já a magoei demais, já feri o seu coração demais. Essa é a última chance que a _____ tem de se ver livre do meu maldito amor.