- Isabella? - fechei os olhos não acreditando que estava ouvindo aquela voz. O QUE ELE VEIO FAZER AQUI? Abri os olhos encontrando o cara que um dia chamei de pai.
- O que está fazendo aqui?
- Vim ver a minha neta - bufei
- Você sabe muito bem que está proibido de vê-la
- Isabella - minha mãe falou chamando minha atenção
- Nem começa mãe, ele não vai chegar perto da minha filha - Justin fez um carinho nas minhas costas
- Fica calma - sussurrou pra mim
- Engraçado - disse meu pai abrindo os botões do terno e sentando ao meu lado, me afastei encostando meu corpo ao de Justin - O cara que te proibiu de ver a sua filha por anos, você deixa - olhei pra Justin que me encarou rapidamente umedecendo os lábios e ignorando meu pai logo em seguida. - Eu vou ver a minha neta
- Não vou falar de novo
- Sidney, por favor, estamos em um hospital, quando ela for pra casa passamos lá pra vê-la
- AAA não vai mesmo - esbravejei - a senhora se quiser pode ir. Mas ele não
- Eu vou, você querendo ou não. - respirei fundo pra não levantar e gritar tudo que venho engolindo a força por anos.
- Você vai invadir a casa do Justin? - perguntei me virando pra ele
- Como assim?
- É por que eu moro com ele, vai invadir a casa dele? Por que só assim você vai conseguir entrar lá - A cara de surpresa do meu pai me revelou que ele não esperava por essa. Não depois de tudo.
- Você esta morando com ele?
- Algum problema senhor? - Justin se pronunciou pela primeira vez
- Eu falei com a minha filha - respondeu o senhor Sidney com a raiva evidente - Eu não acredito que você foi morar com esse moleque
- Sidney, por favor - Minha mãe que vive em cima do muro se pronunciou.
- Tio? Tia? - Hannah falou surpresa, enfim ela voltou - Eu não sabia que vocês viriam - ela me olhou tentando entender a situação. Ela sabe que meu pai não vê a Alicia a mais de dois anos.
- Ficamos preocupados quando fomos avisados - Minha mãe explicou
- Quero saber quem foi que avisou - soltei irritada
- Nós somos os avôs dela, temos o direito de saber - Sidney respondeu querendo pular no meu pescoço.
- Vamos à lanchonete dar uma volta? - Justin sussurrou pra mim. Assenti me levantando, ainda estava com short de jogo da minha antiga equipe e uma camiseta.
- Aonde você vai? - meu pai perguntou, encarei ele o ignorando logo em seguida.
Era tudo que faltava, mas uma dor de cabeça. Ele não veio só pra ver a Alicia, ele veio pra certificar que Justin estaria aqui ou não. E agora que meu pai sabe que Justin está por perto ele não vai embora. As coisas mudaram, e Sidney ficou quieto por muitos anos. Ele não aceita o fato de que agora ele não manda mais em mim, não preciso que ele me sustente mais. Eu faço isso.
- Você está bem? - Justin chamou minha atenção
- Estou, foi o tempo que ele me tirava do sério rápido
- Vocês brigaram feio pelo visto
- É - disse sem graça, não queria tocar nesse assunto. Até por que o motivo foi Justin - Faz um tempo já
- Ele ainda me odeia - disse rindo, rir junto. - Eu realmente não sei o que fiz pra ele me odiar
- Você estragou os planos futuros que ele tinha para filha dele, e ainda engravidou ela. De gêmeos - Justin gargalhou
- Desculpa, te dou a minha palavra que não foi a minha intenção. Confesso que fiquei muito feliz - Ele abriu sorriso que mexeu com todos os meus sentidos - Mas se ele quer culpar alguém podemos dar uma parcela a ele. Já que a genética dos gêmeos veio dele. - o celular dele apitou, mas ele ignorou - Eu achei que ele tinha superado isso
- Não mesmo. Ele morre de raiva por que agora não pode me controlar como antes. - o celular dele voltou a fazer barulho - Não vai atender? - ele negou - se for a Julia? Pode ser notícias da Hallie - falei preocupada
- O toque da Julia não é esse. E quem é eu não estou com muita vontade de falar - assenti dando de ombro. Se ele não quer atender quem sou eu pra insistir - Você não quer ir em casa tomar um banho ou quer comer alguma coisa?
- Não, eu estou bem assim - passei a mão pelos cabelos fazendo um rabo de cavalo - Só quero que essa cirurgia acabe de uma vez - bufei - E se der algo errado?
- Hey - Ele arrastou a cadeira dele ficando de frente pra minha, encaixando suas pernas entre minhas - Vai dar tudo certo. Para de pensar essas coisas - fez carinho em minha coxa desnuda - Daqui a pouco ela vai estar aqui perturbado sobre as princesas
- Ela iria pra Disney na sexta, agora não vai poder mais. Ela queria muito - senti meus olhos marejarem. Eu não sei o que esta acontecendo comigo. Eu já fui mais forte que isso
- Não chore - Ele passou uma das mãos pelo meu rosto secando as lágrimas - Ela vai poder ir a Disney outro dia. Tempo não vai faltar
- Tempo é o que me falta Justin - Ele riu, senti uma fisgada na perna. Droga, fiquei andando a noite toda e não descansei a perna um minuto
- O que foi? - ele perguntou provavelmente notando a careta que fiz
- Minha perna está doendo - Ele afastou um pouco a cadeira pegando minha perna - O que você vai fazer? - ele não me respondeu e começou a abrir a bota - Não Justin - tentei em vão impedir ele de tirar a bota
- Está inchado - ele falou reparando no meu pé. Que é a coisa mais feia do mundo, tá não mais que o pé dele. Ele levantou um pouco meu pé - Nossa que chulé - riu se divertindo da minha cara de indiguinada, dei um tapa nele. - Você não mudou nada, continua agressiva - disse passando a mão pelo braço atingindo
- Eu continuo a mesma de sempre - ele parou me encarando.
- Nada mudou?
- Nada - O telefone dele tocou novamente aquele mesmo toque de antes, mas ele ignorou outra vez.
- Que bom, sempre gostei de você daquele jeito
- Isso é mentira, você odiava quando eu não aceitava as coisas do seu jeito - ele riu
- Então você lembra?
- Eu não tive nenhuma amnésia ou algo do tipo. Por que me esqueceria?
- Muitas pessoas gostam de esquecer o passado
- O meu foi bom, não tem por que esquecer
- Foi bom? - Eu não sei gosto do rumo da conversa. Justin sabe como deixar alguém desconfortável
- Foi, o seu não?
- O meu foi mais ou menos, mas o passado que tem você nele foi muito mais feliz do que triste - Justin precisa conhecer uma coisa chamada filtro. - Você me fez muito feliz - provavelmente vermelha era minha cor
- De nada - tentei suavizar a conversa. Ele riu
- Posso te faze uma pergunta? - NÃO, quis gritar, por que sei que vai ser uma pergunta que vai mexer comigo de algum jeito
- Pode - Idiota
- Você namorou outros caras durante esses três anos? - eu sabia que ficaria sem jeito. Merda!
- Como eu disse, não tenho tempo
- Então isso é um não?
- É - falei desviando o olhar, ele segurou meu queixo fazendo meus olhos encontrarem os dele novamente
- Eu gosto disso - por que ele faz isso? Ele tem um compromisso. Justin colocou meu pé no chão com cuidado e puxou sua cadeira pra perto de novo - Na verdade gosto muito - sussurrou, esse homem é louco senhor - Eu preciso fazer isso - ele se aproximou puxando meu pescoço. Não faz isso..
- Justin? - fechei meus olhos pretendo a respiração. A noiva chegou.
- Camila? O que faz aqui? - Justin perguntou, abrir os olhos encostando as costas no encosto da cadeira.
- Vim te dar apoio, soube pela televisão, te liguei várias vezes, mas você não me atendeu - olhei pra Justin surpresa pela descoberta, era ela ligando - Como está a ratinha? - perguntou se aproximando de Justin e o abraçando pelo ombro
- Como é? - Ela riu
- Desculpa, é um apelidinho carinhoso
- Claro - me levantei pegando a bota - não chame mais ela assim, se não vai ter graves problemas - sai do restaurante do hospital em direção à sala de espera. Não é possível que ele ache fofo esse apelido ridículo que ela deu pra nossa filha. Chegando a sala de espera reparei que meus pais ainda estavam por aqui só que mais afastados e Ryan também tinha chego.
- Como você está? - Hannah perguntou assim que sentei ao seu lado e comecei a colocar a bota.
- Eu não sei - ela fez uma careta
- Cadê o Justin? - Ryan perguntou
- Ele esta com a noiva dele lá no restaurante do hospital
- Ela chegou aqui cuspindo fogo- Hannah comentou olhando em volta
- A então ela deve ter matado ele
- Por que?
- Por que quando ela chegou, eu e ele estávamos prestes a se beijar
- Uou - Ryan disse segurando o riso
- Isa! Você é louca?
- Não sou Hannah, mas sei lá ia acontecer
- Ele tem mulher
- Eu sei, ela está lá com ele agora
- Só não se machuca, tudo bem? - dei de ombros
...
- A cirurgia foi um sucesso - disse médico e eu enfim pude respirar aliviada - a pequena agora vai ficar em observação por quarenta e oito horas.
- Posso vê-la?
- Claro, mas só os pais. - Como Justin não estava, segui o médico pelo corredor que dava acesso aos quartos - É esse aqui, ela ainda sedada então está dormindo. - assenti entrando no quarto deparando com minha princesa dormindo com uns fios ligado a sua boca e mão. Sua pele bem branca como se tivesse sem vida. Por que isso pode acontecer com um ser humano tão pequeno? Três anos e duas cirurgias. Duas vezes passando por uma mesa aonde tiram sangue dela, a cortam e colocam um tubo em sua boca para mantê-la respirando. Eu não entendo.
- Não chore - me assustei com a voz de Justin atrás de mim - o médico me falou que correu tudo bem na cirurgia- disse limpando minhas lágrimas, como não percebi que chorava?
- Foi, mas isso não quer dizer que ela vai ficar bem, olhe pra ela - apontei pra minha pequena preciosidade - ela não tem cor, parece que está sem vida
- Não fale uma coisa dessas Bella - Ele se aproximou dela - vem cá - O encarei sem sair do lugar - vem - me puxou pra perto da cama - olha pra ela, está respirando. Suas bochechas já estão até tomando cor, ela está bem - observei minha filha por alguns segundos
- Ela não está bem, ela respira com ajuda de uma máquina Justin
- Por que ela fez uma cirurgia no nariz, ela está dormindo. Aos poucos eles vão tirando o sedativo e deixando-a respirar por conta própria - passei meus olhos por todo seu corpo imóvel sobre a cama, era muito estranho vê-la nessa situação, nem quando dorme ela fica muito tempo parada - Olha pra mim - disse puxando meu rosto - tira qualquer ideia louca da sua cabeça, Vai ficar tudo bem com ela.
- Eu só estou insegura
- Não fique, nossa filha vai sair dessa cama bem. Tudo bem? - Assenti ainda desconfiada - Hey é sério, eu te dou minha palavra, ela vai ficar bem - Ele se aproximou acabou com o pouco espaço que tinha entre nós. - você acredita em mim? - assenti - que bom - Foi ai que o único espaço que tinha entre nós se desfez, Justin grudou nossos lábios sem aviso, me pegando de surpresa, sedi a passagem de sua língua deixando que ela explorasse cada canto da minha boca e despertasse cada pelo do meu corpo. O efeito que ele causa em mim é único. Justin segurou em minha cintura e nuca aprofundando ainda mais beijo, era calmo e cheio de saudade. Eu tinha me esquecido como Justin Bieber beijava bem.
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