História The Family - 32. Rose.

         

              Violet Parker  Point Of Views.

 

                              10:01 a.m. 

 

                21 de Dezembro de 2016. 

 

                Toronto, Ontário, Canadá.

 

 

 

    Eu estava com uma sensação ruim dentro de mim, algo pesado no peito como se alguma coisa estivesse acontecendo ou prestes a acontecer, eu não gostava daquele sensação, nunca acontecia algo bom depois dela, e acho que jamais senti tão forte. As coisas em mim estavam uma loucura, minha cabeça não estava ficando um minuto em paz, eu tinha coisas para focar e pensar o tempo todo, era os meus irmãos, o Jacob, O Justin... e esse último especificamente muito mais depois de ontem. 

 

        Acho que estou fazendo um péssimo trabalho tentando seguir em frente sem pensar em ficar com o Justin, ele é tão incrível comigo a todo o momento, me ajuda e me motiva, enquanto o meu namorado só sabe me tratar mal, eu sei, tenho a completa noção de que qualquer um com plena sanidade escolheria o Justin nessa história toda, mas para mim não é tão fácil assim, O Jacob não vai parar de me ameaçar, eu junto à ele ou não. E perto eu posso controlar muito mais a situação, além de ter a Ashley, e nem preciso citar as razões para não querer magoá-la. 

 

       Mas o aperto dentro do meu coração era algo tão forte, eu não conseguia explicar, talvez fosse a carga emocional que essa semana me trouxe, o sumiço do Jett e tudo que passou pela minha cabeça depois, felizmente meu irmão estava bem em casa agora, mas se não estivesse? Se algo acontece com ele? Eu não gosto de pensar assim, mas eu não sei o que seria de mim sem um dos meus irmãos, todos são importantes, até a Hazel, por incrível que pareça.

 

       Eu não podia parar de pensar nisso, que talvez a Hazel de fato me odeie, assim como Jett e eu nunca tivemos uma conversa antes de ontem, a Hazel é muito diferente de mim, ela pensa diferente e age diferente, isso causa muita confusão entre nós duas e eu sinto que ela de verdade não gosta de mim, mas não consigo entender o porque, e agora eu queria entender. 

 

     Além disso eu tinha outros problemas para resolver, bem, não eram la problemas, mas eu precisava conciliar o Justin e o Jacob na minha vida de uma forma que ambos não colidissem em algum momento, sei bem o que aconteceria, o Jacob acha que eu gosto do Justin ele não tem uma confirmação e nem poderia ter, já o Justin, ele não pode imaginar o que o Jacob faz quando perde a cabeça, as coisas sairiam completamente do controle. 

 

      Lembro quando o Jacob disse que eu não podia contar nada da nossa relação para Justin, porque se não ele não deixaria eu chegar perto do Justin de novo, na época eu achei uma ameaça vazia, mas agora não mais, o Jacob pode me afastar do Justin a força se ele quiser? Eu não sei, mesmo apanhando e sendo ameaçada eu não consigo pensar em ficar longe do Justin, ele é meu ponto de paz, e eu tenho que fazer de tudo para manter assim, por que se não, eu jamais vou conseguir passar por tudo isso. 

 

— Aí, eu quero as férias. — Jessica sentou na cadeira na minha frente na mesa do refeitório e jogou os braços por cima da mesa fazendo uma cara de derrotada. — É sério, eu quero muito fugir dessa escola! — Resmungou e Coral se sentou ao lado dela calmamente e mexendo em seu celular. 

 

— As provas não estavam tão difíceis assim. — Coral falou naturalmente e Jessica a olhou como se tivesse enlouquecido. 

 

— Como você pode dizer isso? — Perguntou indignada. — Essa escola parece fazer de propósito, no final do semestre jogar essas bombas de provas pra gente não conseguir fazer e ter que voltar na primeira semana do ano antes de todos! — Resmungou revoltada e Coral deu uma leve risada do ataque nervos de Jessica. — Não acha, Violet? — Me olhou e eu demorei alguns segundos para notar que Jessica estava falando comigo, por está realmente em outro planeta. 

 

- Ah... sim...— Afirmei porém eu não estava focando muito na conversa delas e isso fez Jessica levantar uma das sobrancelhas e cutucar Coral que abaixou o celular para me olhar também. — Desculpa eu estou com a cabeça longe hoje. — Confessei suspirando e ainda pensando no Justin, no apoio que ele me deu ontem e notando que cada dia que passa ele fica mais tempo rondando meus pensamentos. 

 

    Minha cabeça estava a mil e não tinha como negar, era visível, eu não sabia o que fazer e a quantidade de coisas que estava guardando dentro de mim, eu não estava conseguindo me concentrar em nada de verdade. 

 

— Ta com uma carinha de encantada, tá apaixonada por alguém? Tá pensando em quem? — Jessica Perguntou casualmente me fazendo mexer os ombros com os olhos presos no meu lanche e refletindo sobre. 

 

— No Justin. — Respondi monotonamente, antes de suspirar profundamente e Jessica fez um som de surpresa que me fez despertar e endireitar a postura notando o que acabei de fazer. 

 

— Que? — Jessica me olhou confusa, Coral deu uma leve risada como se já tivesse sacado tudo antes e eu abri a boca para falar algo umas duas vezes antes de fechá-la novamente não conseguindo pronunciar nenhuma palavra se quer.

 

— Eu sabia! Eu sabia! — Pontuou como se tivesse matado a charada e eu comecei a negar rapidamente até um pouco desesperada. — Aí Violet, vai, sou sua irmã a sei lá, 16 anos? — Gesticulou como se fosse óbvio e Jessica estava perdida. — Eu notei e não sei como o resto em volta de nós não! — Revirou os olhos e Jessica alternava os olhos entre nós duas quase explodindo de curiosidade. 

 

— Não, não tem nada disso, eu não prestei atenção no que você perguntou, Jessica! — Tentei concentrar a gafe e ela fez um gesto para eu ficar calada enquanto encarava Coral, como se ela tivesse a chave de todo o segredo. 

 

— Sabia do que, Coral? O que o resto não notou? Fala! — Se virou para a minha irmã completamente, quase segurando Coral pela gravata do uniforme, Coral me olhou sugestiva e eu queria jogar minha maçã nela pra que não abrisse sua boca geniosa agora. 

 

       Eu nao falei pensando, eu estava com a minha cabeça bem longe daqui e eu me perdi e... não era para eu ter falado o nome do Justin, apesar de ele está na minha cabeça absolutamente todo o tempo e se encaixar perfeitamente na pergunta, foi uma péssima hora para responder Jessica. 

 

    E agora Coral me encarava como se eu é quem devesse falar algo e Jessica se virou para mim, ficando as duas me encarando querendo saber mais, e Coral carregava no rosto um olhar de que obviamente havia pegado tudo no ar antes e eu não sabia o que dizer. 

 

     Não estava nos meus planos contar isso para alguém, nem sem querer, como acabou de acontecer, eu tenho um namorado que é ciumento demais e se Jacob se quer ouvir ou souber que falei isso em voz alta, ele è capaz de surtar de novo, e è a última coisa que eu quero. 

 

— Violet, vai contar ou não? — Jessica disse seria me encarando como se quisesse me bater. — Você prometeu que não ia esconder nada da gente, nunca mais! — Me lembrou da promessa que fiz assim que ela soube de Jacob e eu. 

 

      Jessica estava certa, mas não era tão simples assim, na verdade era a coisa mais complicada da minha vida, não era só o fato de eu sentir algo tão grande e diferente pelo meu melhor amigo, tinha haver com Ashley, com Jacob, com a nossa família. 

 

      O olhar das duas sob mim era no mínimo intimidador, falar que não era nada, foi engano e só falei sem querer, não iria adiantar, Coral atiçou Jessica e agora nem que eu tentasse muito reverter essa história eu não iria conseguir, elas estavam me encurralando e eu teria que confiar, mesmo que eu tenha jurado morrer com isso em sigilo pelo meu próprio bem. 

 

— O Justin....— Comecei a falar e mordi meus lábios em nervosismos. 

 

— Meu irmão...— Jessica gesticulou para que eu continuasse a falar e Coral apenas me olhava como se já imaginava tudo, e eu queria saber como? Como Coral pode se quer desconfiar? 

 

— Eu sinto algo pelo Justin! — Falei de uma vez fazendo o queixo de Jessica cair. — Na verdade eu gosto dele tanto que chega a me sufocar por dentro e isso è terrível! — Comecei a falar desabafado. — Não que seja horrível gostar do Justin, ele é incrível comigo, o meu melhor amigo, horrível è saber que isso magoaria a Ashley que confiou em mim desde o início, o Jacob que me ama e è irmão do Justin! — Eu continuava a falar sem parar. — Sendo que eu não escolhi gostar dele, aconteceu tão naturalmente como tudo que aconteceu até agora entre nós, e o doido è que ele sente o mesmo por mim, a gente a tentou ficar juntos no acampamento, ele havia terminado com a Ashley e eu com o Jacob, mas aconteceu tanta coisa que.... foi melhor manter tudo como estava antes mesmo! — Respirei fundo depois de falar tudo quase sem deixar o ar entrar dentro de mim. 

 

     Acho que eu precisava colocar tudo para fora a muito tempo, esse sentimento que eu tinha pelo Justin era tão grande que se eu não gritasse para alguém eu iria acabar enlouquecendo, tudo envolvia os sentimentos de outras pessoas e doía saber que eu tinha que colocar tudo que eu sinto em segundo plano para que outras pessoas não sofram. E pensando bem, não seria eu se não colocasse as pessoas na frente dos meus próprios sentimentos. 

 

    Coral estava com os olhos arregalados e Jessica pálida parecendo que nem respirando estava, sei que deveria ter falado e explicado tudo com mais calma, mas elas não entenderiam o quanto eu precisava dizer isso pra alguém. 

 

— È brincadeira né? — Jessica falou sem ar e eu neguei lentamente querendo que fosse mesmo.

 

— Eu já tinha notado os olhares diferentes, as conversas atravessada, no acampamento principalmente. — Coral pontuou tentando voltar a si. — Mas não sabia dos detalhes dessa forma. — Fez um gesto na minha direção e eu torci os lábios imaginando o que as duas devem está pensando de mim. 

 

— Sinto muito não ter falado antes, a gente tentou fazer da certo antes de contar para alguém, mas deu tudo errado, a Ashley sofreu tanto e agora ela precisa dele mais do que nunca, o Jacob.... ele sumiu, vocês sabem e....— Eu já havia contado demais, não poderia falar o resto, essa parte delicada era explicitamente proibida de se falar, ainda mais quando envolvia a segurança dos meus irmãos. 

 

— Violet, Eu não acredito. — Jessica sibilou e não dava para dizer qual era bem a opinião dela sobre isso, até ela começar a ri como se lhe tivessem contado uma piada. — Você é louca? Digo, não por gostar do Justin, qualquer um com cérebro gostaria. — Olhou pra Coral que assentiu concordando. — Mas sim, porque.... meu Deus, Jacob e Justin são irmãos, eu falei para você logo quando nos conhecemos para você não se meter com eles! — Passou as mãos nos cabelos como se ainda estivesse caindo a sua ficha. 

 

     È, Jessica disse, na verdade ela me ameaçou, disse que não era pra eu chegar perto dos irmãos dela, e isso me assustou um pouco, porém agora eu acho que a Jessica não me atacaria por conta disso, bem, eu acho...

 

— Eu sei que eles são irmãos, e não foi bem o meu plano.... nem o do Justin, aconteceu tão rápido, literalmente. — Lamentei encostando a minha cabeça na minha mão que estava apoiada sob a mesa. 

 

— Você e o Justin se gostam, que reviravolta... — Coral comentou pausadamente fazendo um drama maior. — Mas, eu shippo! — Disse de boca cheia e eu levantei a cabeça para olhá-la e ter certeza de que disse isso mesmo. — É, eu shippo, até porque o Jacob nunca disse um oi pra mim, e moramos na mesma casa a meses, já o Justin é mais legal é sociável e eu também não confio no Jacob. — Me olhou com um olhar sugestivo e eu não entendi o que ela queria dizer. — No final, acho Juolet bem mais pronunciável do que Jaolet! — Olhei para ela confusa. — A junção dos nomes de vocês...— Falou como se fosse óbvia. 

 

— Tá, deixa eu pensar! — Jessica falou encarando o nada e eu já estava pronta para ela me xingar se preciso. — Acho que, tem a Ashley... — Assenti concordando. — Mas, se vocês se gostam... deveriam ficar juntos, não é justo sofrerem separados pra outros não sofrerem. — Mexeu os ombros dando a sua opniao que me deixou surpresa. 

 

— É isso! — Coral comemorou abraçando Jessica de lado e ela revirou os olhos pelo gesto. — No final, a felicidade de vocês é que importa. — Apontou para mim com um sorriso. 

 

— E eu nunca achei que você e o Jacob combinavam, tipo, ele é bem descontrolado às vezes e você é tão calma. — Me olhou com um meio sorriso e Coral fez uma careta. 

 

— Descontrolado como? — Questionou e eu sabia que Coral estava colocando a sua cabeça inteligente para pensar e era melhor eu interromper antes que isso acontecesse. 

 

— Ele é diferente comigo! — Falei rápido. — Somos diferentes sim, mas o Jacob me trata bem...— Menti e as duas me olharam. — A questão é que, eu comecei a gostar do Justin dessa forma e nada mais parece fazer sentido, a gente não quer magoar as pessoas em volta de nós, porém... é tudo muito difícil! — Coloquei toda a frustração ali e as duas se olharam como se tentasse pensar em conjunto no que falar. 

 

      Era tão complicado, eu não podia acreditar que me abri para Coral e Jessica, as duas literalmente são bastante inteligentes, principalmente Coral, mas acho que isso uma hora iria acontecer, querendo ou não eu e o Justin vamos está na vida um do outro para sempre, somos da mesma família agora, e não é como se eu quisesse que ele saísse da minha vida, então eu teria que aprender a lidar com esses sentimentos e com ajuda das duas talvez eu consiga. 

 

— Acho que você precisava contar pra gente antes! — Jessica falou voltando a me olhar e estendeu sua mão sob a mesa pegando a minha. — Antes era uma ideia horrível ter você como minha parente, mas já que você é minha irmã agora, pra ser a minha cunhadinha não é tão complicado assim....— Sorriu largamente para mim. 

 

— Ela já era a sua cunhada antes, Jessica. — Coral Pontuou rindo e Jessica revirou os olhos de leve antes de olhar pra Coral. 

 

— O Jacob não fala com ninguém naquela casa a não ser a minha mãe e a Violet, ele é quase um desconhecido desde que saiu da prisão, antes do casamento dos nossos pais, então é como se não fosse no final! — Mexeu os ombros. 

 

— Credo, não considera o Jacob seu irmão? — Coral perguntou indignada e Jessica respirou fundo pensando na pergunta. 

 

— Sim, eu considero o Jacob meu irmão, mas a pergunta que você deveria fazer é se Jacob me considera a irmã dele, ou qualquer outro dos meus irmãos? — Levantou uma das sobrancelhas pra Coral. — As vezes eu penso que ele queria ser filho único...— Resmungou o que pensava e levando en conta como Jacob nunca se importa de fato com nenhum dos seus irmãos de sangue... 

 

— Bem, mas vocês têm que prometer guardar segredo sobre isso tudo que contei aqui, e também não fazerem nada, a Ashley não sabe e o Jacob também não! — Pedi voltando ao assunto inicial e Jessica e Coral assentiram antes de trocarem olhares cheios de significados. — Meninas... — Chamei a atenção delas. — Prometem? — Pedi seria e elas suspiraram juntas e até um pouco frustadas. 

 

— Prometemos. — Falaram em conjunto e dei um sorriso de alívio por isso, elas não imaginam o quanto perigoso seria para mim elas se animarem com isso. 

 

— Prometem o que? — Alex apareceu na mesa se sentando do lado de Coral e olhando curioso para gente. 

 

— Que fofoqueiro nenhum vai se meter na nossa conversa. — Jessica falou sarcástica para Alex, que pegou um salgadinho do lanche de Coral para jogar nela que deu língua pra ele. 

 

— Ok, vocês podem parando de amor! — Coral mandou como uma mãe em seus filhos. — A gente ficou de ir na sala da condenadora né? — Disse para Alex que assentiu, e Coral olhou para mim e para Jessica. — Vamos falar sobre o Grey, ele terá que vir na primeira semana do ano que vem para fazer as provas que faltou. — Explicou e assenti entendendo. 

 

— Tá bom, vão lá! — Jessica disse com um meio sorriso e Coral e Alex se levantaram para sair, me deixando sozinha com Jessica com um olhar levemente perdido no nada. 

 

     É só falar do Grey e a Jessica já reage assim, acho que ela estava mesmo gostando dele afinal, e depois de tudo que aconteceu no acampamento, ela deve está tão confusa com seus sentimentos tão quanto eu no momento. 

 

— Ele sai na véspera de Natal. — Comentei algo que com certeza a Jessica sabe. — A Pattie quer fazer uma recepção só a família mesmo, ela falou com você? — Perguntei tentando puxar assunto e Jessica só assentiu. — Tá, o que foi? — Perguntei de uma vez a fazendo me olhar. 

 

— Não falei com o Grey desde aquele dia no acampamento, quando eu tive que contar o que o Max fez comigo.... Não imagino o que ele deve está pensando. — Comentou com um olhar nervoso e eu não estava entendendo. 

 

— Ele deve tá pensando que o Max é um nojento, o que fez com você é desumano, é isso que o Grey deve está pensando, até porque não foi sua culpa! — Falei de forma clara e Jessica parecia não ter tanta certeza disso. 

 

— Talvez o Grey ache que eu tivesse culpa, que eu não deveria ter ido até lá ou então saído quando notei que estava estranho....— Tentou colocar argumentos e eu neguei. 

 

— Não, nada justifica, não se preocupe o Grey com certeza deve saber disso, ele não é burro! — Afirmei e Jessica Balançou a cabeça tentando concordar comigo. 

 

— Certo. — Falou. — Bem, mudando de assunto, você viu o Justin por aí? — Olhou para os dois lados e eu fiz o mesmo. — Chegamos juntos mas eu não o vi mais! — Comentou e eu lembrei que nem o Justin eu vi, não tivemos aulas juntos hoje então era normal para mim não o encontrar.

 

— Talvez ele esteja no pátio lá fora. — Levantei da mesa  e Jessica fez o mesmo me seguindo para fora do refeitório. — Mas por que está procurando ele? — Perguntei passando pela porta. 

 

— Hoje cedo vi ele falando com uns caras e ele parecia sério, queria saber quem eram. — Comentou me fazendo parar de andar no corredor dos armários para olhá-la. — Antes que pergunte eu nunca vi aqueles caras antes na minha vida, apesar de que um parecia familiar de longe...— Franziu a testa tentando se lembrar. — Devem ser amigos do Justin, mas o assunto parecia sério. — Comentou me fazendo pensar. 

 

      Dois caras estranhos falando com o Justin, quem poderia ser? 

 

— Ei! — Jessica reclamou quando alguém esbarrou nela e a pessoa parou e olhou para nós duas, o que fez Jessica bufa. — Oi Margarida! — Forcou um sorriso para a ex amiga e o grupinho dela parou para ver a cena. 

 

       Todos eram amigos da Jessica na época que ela tinha um Instagram com milhões de seguidores, desde que Jessica passou por todos os problemas e excluir a rede social, ela perdeu todos esses "amigos" e aposto que eles não estavam fazendo nenhuma falta para ela, Jessica estava bem melhor sem eles. 

 

— Oi Jessica, bom te ver! — A menina ruiva ironizou antes de me olhar com um meio olhar nojento. — A gente se vê! — Deu um meio sorriso amargo antes de continuar a andar e o grupinho a seguiu de perto como bons súditos.

 

     Jessica revirou os olhos voltando a olhar para mim enquanto eu continua a encarar eles andando um atrás do outro em direção ao refeitório até que um rosto familiar chamou a minha atenção e algo me veio à mente. 

 

— Carter! — Chamei ele que era o último do grupo e ele me olhou confuso, nós já havíamos nos falado uma vez quando o Grey se afastou deles, também lembro do Carter quando o escândalo dele e da Jessica se espalhou pela escola e quando ele e Grey brigaram de socos. 

 

     Em todas as vezes que vi o Carter antes nenhum foi um momento bom para se lembrar, mas eu tinha que me render, o que ele fez pelo Grey foi uma grande coisa, se não fosse seu depoimento meu irmão poderia ter ficado preso sem nenhuma linha de defesa, Carter foi muito legal indo lá e contando quem vendeu as drogas para ele, e também que brigou com Grey naqueles dia por causa disso, ele contou a verdade sobre Max e por vontade própria. 

 

    O menino de cabelos pretos parou para me olhar e eu lhe dei um meio sorriso amigável. 

 

— Bem... Obrigada pelo o que você fez pelo Grey, ajudou muito! — Fui sincera e ele deu um sorriso de canto, Jessica me cutucou de leve e eu a olhei,  que me encarava com um olhar sério. 

 

— Não foi nada. — Ele mexeu os ombros. — Quando a polícia perguntou aos alunos se alguém tinha algo a dizer, eu fiquei com medo de sobrar pra mim, mas Coral pediu e... bem, ela sempre é uma garota que tem razão! — Comentou me fazendo desfazer o sorriso e olhá-lo confusa. 

 

— A Coral pediu para você depor a favor do Grey? — Perguntei so para ter certeza de que não ouvi errado. 

 

— Sim, ela sabia que eu falava com o Max e que talvez soubesse, ela conversou comigo por um tempo e me convenceu a depor a favor do Grey, apesar das diferenças entre eu e ele, a Coral parecia preocupada então quis ajudá-la! — Falou como se não fosse nada e olhou para a Jessica com um olhar diferente, como se esperasse alguma reação da menina ao meu lado. 

 

— Ah, mas obrigada mesmo assim! — Dei um sorriso forçado para Carter que assentiu antes de sair de perto de nós, me deixando até meio tonta com suas palavras. 

 

    Calma, a Coral pediu para o Carter.... Coral falou com o Carter? O mesmo Carter que.... acho que tá tudo girando. 

 

— Ótimo! — Jessica exclamou calma. — Eu vou matar a Coral! — Comentou como quem não queria nada e me olhou com o os olhos castanhos quase saindo fogo. 

 

     Por um momento eu pensei o mesmo, mas eu não podia julgar sem saber da história antes e Jessica muito menos. 

 

— Não é para tanto! — Coloquei minha mão no ombro de Jessica porque pela forma que ela estava parecia que realmente iria matar a Coral. — Ela só pediu ajuda ao Carter porque ela sabia que podia ajudar, só isso! — Tentei amenizar as coisas e Jessica me olhou como se eu fosse uma idiota. 

 

— Coral de conversinha com o Carter? O mesmo Carter que era melhor amigo do Alex e ajudou a colocar um belo par de chifres na cabeça do amigo? — Me olhou como se eu fosse burra. — Esse Carter estava de conversinha e fazendo favores a Coral atual do Alex! — Deu ênfase e eu entendi bem o que aconteceu so estava tentando acalmar Jessica. 

 

— Olha, isso foi a meses atrás, você mudou, talvez o Carter tenha mudado também e feito isso apenas como uma pessoa de bem! — Tentei por algum argumento e Jessica cruzou os braços me olhando como se não acreditasse que eu mesma estava falando isso. 

 

— Eu passei por um processo duro e complicado de mudança, Violet, o único processo que o Carter passou foi de segundo capitão do time de futebol para primeiro capitão quando o Grey foi provisoriamente expulso, ele não mudou nadinha! — Jessica estava certa eu só queria diminuir pro lado da Coral mas não estava adiantando muito. — A questão é que o Carter tem problema com o Alex, ele o odeia se eu posso dizer.... e, ou a Coral é burra, o que sabemos que não é verdade, ou ela tá louca! A segunda opniao é bem viável! — Verbalizou me fazendo refletir sobre o que disse. 

 

      A Coral não é assim, ela não faria isso nem sobre a maior das circustância, nem se fosse pra ajudar o Grey, com certeza tem outra explicação maior para isso além do que a Jessica estava sugerindo, eu conheço a Coral ela é a minha irmã, mesmo que a fama nas redes sócias a tenham mudado um pouco ainda é a mesma Coral, eu tenho certeza disso. 

 

     Mas não custa nada conversar com a Coral depois, Jessica estava certa, Carter não é tão bom quanto anda parecendo, mesmo depois de ajudar Grey e agora sabemos bem o porquê ele ajudou. 

 

 

 

     Violet Parker  Point Of Views.

 

                              12:52 a.m. 

 

                21 de Dezembro de 2016. 

 

                Toronto, Ontário, Canadá.

 

 

   Eu estava esperando a Coral para irmos embora juntas, era o último dia de aula antes das festas e eu nunca senti tanta vontade de ficar de férias antes, o semestre que vem é o último no colégio e tem todo o lance da faculdade para pensar e uma infinidade de coisas de adulto que eu nunca pensei que chegariam tão rápido. 

 

     Eu tinha que decidir o que seguir e ainda não estava tão claro para mim, eu gostava de tantas coisas, eu teria que pensar muito bem. 

 

   Me virei para trás na esperança de Coral aparecer mas quem surgiu no corredor saindo da biblioteca foi Hazel, jogando os seus cabelos castanhos sob os ombros e caminhando como se fosse melhor do que todos ali, ela sempre foi assim, independe da circunstâncias e o lugar que estivesse. 

 

       Lembrei de tudo que eu havia pensando e respirei fundo antes de fazer isso, que parecia mais estranho do que eu me lembrava. 

 

— Oi Hazel! — A cumprimentei tentando ser legal e minha irmã me olhou como se eu tivesse falado algo super estranho. 

 

— Está falando comigo? — Perguntou confusa e eu assenti, eu sabia o que precisava dizer, mesmo que parecesse difícil e agora eu tinha vontade de fingir que não precisava dizer nada e virar as costas, Hazel já falou muitas coisas terríveis para mim, mas o que me mantém diferente dela é que eu não faço isso, eu não falo coisas para magoar ninguém. 

 

— Quero pedir desculpas por dizer que você não se importa com ninguém, eu sei que você se importa com os nossos irmãos, do seu jeito. — Confessei e Hazel me olhou esperando que eu estivesse brincando, mas se ela me conhece bem como sei que conhece, Hazel sabe que falo mais do que sério. 

 

— Tá! — Deu de ombros se virando para sair mas parou por um instante voltando a me olhar. — Valeu pelo o que fez com o Jett, tenho que admitir que você é ótima tentando salvar nossos irmãos! — Tentou ser legal e isso com certeza era estranho para ela. 

 

— Você também consegue, ajudar eles, basta não fechar os olhos! — Comentei e Hazel revirou os olhos antes de se virar e continuar o seu caminho. 

 

     Bem, pelo menos eu fiz a minha parte e limpei minha consciência pelas minhas palavras, agora se Hazel vai levar a sério, isso depende unicamente dela e não de mim, mas espero que ela faça, eu sei que ela consegue ser melhor para os nossos irmãos, mesmo que ela me odeie pelas razões dela, o resto não tem culpa, e eu sei que ela também pensa assim. 

 

      No fundo o problema da Hazel é só comigo e eu tenho que ser madura o suficiente para aceitar.

 

 

 

            Justin Bieber  Point Of Views.

 

                              01:45 p.m. 

 

                21 de Dezembro de 2016. 

 

                Toronto, Ontário, Canadá.

 

 

     Eu perdi as provas finais da escola e a segunda chamada seria so na primeira semana do ano que vem, eu teria que arranjar uma justificava para a minha mãe e para a diretoria, mas eu pensava nisso depois, a minha cabeça não conseguia pensar em mais nada além da luta que Jacob tanto quer. 

 

      Jacob não hesitou, ele não precisava disso, ele realmente quer me enfrentar em cima do ring, porque ele sabe que lá ele se da melhor do que qualquer um, eu fui em alguns lutas do Jacob enquanto o nosso pai estava vivo e ele manda bem, ninguém nunca o venceu e eu não acho que posso. 

 

   Mas...

 

     Meu irmão acha que vai me derrubar nos dois primeiros segundos, sendo que  ele não é o único filho de Jeremy Bieber, mesmo que quisesse ser o único. 

 

— Ei! Onde você estava a manhã toda? — Jessica praticamente pulou na minha frente quando eu apareci no corredor e Coral saiu do quarto delas logo depois se juntando a minha irmã, as duas tinham largos sorrisos no rosto. 

 

— Tive um problema para resolver. — Olhei bem para as duas. — O que estão aprontando? — Questionei curioso e elas se olharam como se não fosse nada, porém, elas estavam me olhando de uma forma muito engraçadas, como se estivessem animadas. 

 

— Nada! — Coral falou olhando rapidamente para a Jessica. — Só queremos te fazer um convite! — Falou cutucando a minha irmã que assentiu rapidamente. 

 

— Sim, para hoje à noite, pensamos em ir num lugar que tem varios jogos com nossos irmãos comemorar o início das férias de fim de ano! — Sugeriu, e logo a luta de hoje à noite veio na minha cabeça. 

 

— Eu não vou poder, tenho outro compromisso! — Expliquei e elas se olharam meio frustadas antes de me encarar novamente. 

 

— A Violet vai! — Jessica deu ênfase nisso e Coral a empurrou de leve, não entendi o que elas quiseram falar com isso. — Todos vamos! E... vai Justin, depois de tudo vai ser bem divertido! — Piscou os olhos para mim do jeitinho que faz desde que aprendeu a manipular todos dessa casa com sua fofura, e foi com ela que Jazzy aprendeu. 

 

— Eu já falei meninas...

 

— Qual é o outro compromisso tão importante do que passar um tempo com seus 12 incríveis irmãos? — Jessica gesticulou fingindo está indignada e tentando fazer alguma chantagem emocional para mim. — Não tem como remarcar? — Questionou e levantei o olhar por cima dos ombros das duas, vendo Jacob descer de seu quarto e me encarar com um olhar petulante. Coral e Jessica olharam para trás também vendo Jacob se aproximar. 

 

        Eu não podia dizer não às meninas, ainda mais porque eu não tem uma justificativa boa para faltar, e para ser sincero, nem era uma opção, o que eu podia fazer afinal? Essa maldita luta podia ser adiada e eu sei que Jacob só queria lutar independe de que dia fosse. 

 

— Certo, eu vou hoje noite. — Falei fazendo as duas quase pularem de felicidade e Jacob parou ao nosso lado assim que me ouviu dizer. 

 

— Vão aonde? — Perguntou olhando para nós três e Jessica fez uma cara estranha e acho que é pelo Jacob está falando com a gente, sendo que ele não faz muito isso, aliás ele não faz nada nessa casa, mau o vemos. 

 

— Vamos em um lugar com varios jogos e brinquedos legais aqui em Toronto comemorar o início das férias e fim de ano, você tá convidado também! — Coral disse tentando ser simpática e Jacob assentiu me olhando com um olhar sugestivo. 

 

— Bem... a gente tem que falar com os outros...— Jessica resmungou antes de sair puxando Coral pelo braço, deixando eu e Jacob sozinhos no corredor encarando um ao outro. 

 

— Quer fugir, irmãozinho? — Perguntou sarcástico e eu neguei sem paciência para o sarcasmo de Jacob. 

 

— Diferente de você, eu sempre estou com os meus irmãos e não tenho nem desculpa para onde está essa noite! — Expliquei e Jacob riu como se não acredita-se em mim. — Não se preocupa Jacob, você vai ter a sua luta, só marcar pra outro dia e sei que você pode fazer isso, fala pro ricos apostadores que vai ser uma luta pra valer, eu não vou fugir! — Eu estava falando sério e o Jacob parou de ri para me encarar como se estivesse orgulhoso de me ouvir falar isso. 

 

      Esse cara é um babaca, como eu demorei tanto tempo para notar isso? 

 

— Muito bom, nada de fugir do seu destino, Justin. — Comentou se aproximando como se quisesse me intimidar. — Você foi criado para isso, assim eu, não tem como fugir. — Pontuou como se fosse uma grande coisa e só Jacob mesmo pra acreditar que esse tenha sido o nosso destino desde que nascemos. 

 

— Acha que nosso pai quis filhos para que eles se mantassem em cima de um ring? — Perguntei como se Jacob fosse louco e estou começando a achar que ele é. 

 

— E você acha que não? — Questionou petulante. — A nossa vida toda, fomos ensinados a isso e você sabe, apesar de que eu poderia da conta do legado sozinho, não precisava de você. — Rosnou sério e eu poderia jurar que Jacob estava mesmo dizendo que era melhor eu não ter existido. 

 

    Como um dia eu pude admirar esse cara? Eu deveria tá louco ou cego mesmo, Jacob não é nada diferente de Tin e Sebastian, na verdade ele é bem igual, tem os mesmo ideais que aqueles dois e luta pelas mesmas coisas, eu só demorei muito tempo para notar isso, precisou o Jacob me desafiar nessa merda de luta para eu ver que ele não se importa com ninguém dessa família a não se a si mesmo e talvez a Violet, mas não da forma como deveria. 

 

— Você nunca precisou de mim, mas eu estava lá, porque era o seu irmão! — Exclamei. — Mas agora eu consigo ver o que eu não vi antes e sabe o que é? — O encarei de frente sem medo nenhum e Jacob fez o mesmo. 

 

— O que vocês estão fazendo? — A voz da Violet surgiu do nada e eu me afastei do Jacob para olhá-la parada no fim do corredor nos olhando com uma cara preocupada. 

 

     A Violet era a razão disso tudo, do ódio do Jacob comigo, dessa luta, eu sabia que era, mas diferente do Jacob que acha que se da para disputar o coração de alguém em uma luta livre idiota, eu apenas aceito o que a Violet quer para ela, e infelizmente ela quer o Jacob, e que se antes eu já não ia muito com esse relacionamento por achar que o Jacob manda demais na Violet, agora, eu tenho certeza de que meu irmão não é bom para ela e para garota nenhuma nesse mundo. 

 

— Só estamos conversando. — Jacob falou olhando para a Violet. — Vou marcar outra data. — Sussurrou para mim, antes de se virar para ela novamente. — Eu ia te ligar, amor! — Caminhou até ela e eu apenas olhei de longe, a Violet me olhou por de trás de Jacob tentando ver se realmente estava tudo bem.

 

      Ela sabe que o Jacob é um babaca que arruma brigas atoa e mesmo assim ainda estava com ele? Eu não conseguia entender, o amor deve ser algo realmente doido para que a Violet não visse tudo de ruim que o Jacob é. Eu queria tirar ela disso, porque para mim ele não merece nem o menor carinho da Violet, mas o que eu poderia fazer? Eu não posso forçar ela a terminar com ele e nem muito menos forçar ela a gostar de mim, eu não podia fazer nada. 

 

    Eu só queria que a Violet abrisse o olho de algum jeito, mesmo que ela nunca fosse gostar de mim como gosta do meu irmão, a única coisa que eu queria era que ela entendesse que o Jacob não é uma boa pessoa, não como ela pensa que é. 

 

      Porém acho que nada do que eu diga vai adiantar, a Violet ama o Jacob, e é isso...

 

 

 

        Violet Parker  Point Of Views.

 

                              02:01 p.m. 

 

                21 de Dezembro de 2016. 

 

                Toronto, Ontário, Canadá.

 

 

— Eu já disse que não foi porra nenhuma! — Jacob respondeu de novo e ele estava ficando irritado e eu prometi pra mim mesma não irritá-lo mais, porém, eu precisava saber o que estava acontecendo naquela hora no corredor quando eu cheguei. 

 

      Jacob e Justin estava se encarando como se fossem se matar e isso não é bom, não importa qual foi a circunstância, eu me preocupava demais nesse caso e nem era mais com o Jacob e sim como Justin, o Jacob não se importa e nem gosta do Justin, acho que por ele, Justin nem ao menos seria seu irmão, mas o Justin não, ele realmente considera o Jacob mesmo assim, acima de todas as merdas e o Jacob poderia se aproveitar disso como se aproveita de tudo que as pessoas possam ter por ele. 

 

     Incrível como a minha visão pelo Jacob mudou, acho que eu não estaria com ele se não tivesse medo, e também se não tivesse a plena certeza de que se eu não mudar o Jacob, ninguém vai mudar, tem que ser eu. 

 

— Está bem, eu acredito. — Cruzei os braços sentada na cama de Jacob e ele se aproximou de mim se sentando do meu lado e me encarando com seus olhos azuis brilhantes e calmos. 

 

— Você sabe que eu te amo né? — Perguntou e eu não tive reação, na verdade eu achava que não iria ouvi-lo dizer isso de novo. — Violet, você é tudo para mim, cada coisa que eu faço é pensando em você e em nós. — Colocou sua mão no meu rosto. — Para a gente ficar feliz e em paz, juntos. — Disse com um meio sorriso e essa conversa estava estranha, eu não conseguia dizer onde o Jacob estava tentando chegar. 

 

     Quando ele era carinhoso demais era o momento mais estranho, Jacob passou tanto tempo sendo agressivo e autoritário, que em um momento desses eu achei que ele estava aprontando alguma coisa séria por trás e essa era uma maneira velada de me alertar. Me assustava mais o Jacob carinhoso do que o agressivo, porque eu sei que ele não é assim, ele não é amor, Jacob é raiva, ele é movido a ela. 

 

— O que você quer dizer com isso? — Perguntei tentando entender e Jacob aproximou o meu rosto do seu, me fazendo encarar seus olhos azuis mais de perto ainda. 

 

— Que, você é a única pessoa com quem me importo, e você deveria ficar grata por isso. — Acariciou o meu rosto. — Muito grata. — Reforçou antes de beijar a minha testa me fazendo ficar mais confusa do que antes. 

 

      Estava acontecendo alguma coisa, eu sentia isso, a atitude de Jacob entregava também, mas eu não poderia dizer o que era, e nem ao menos imaginava o que poderia ser. 

 

 

 

 

      Justin Bieber Point Of Views.

 

                              07:34 p.m. 

 

                21 de Dezembro de 2016. 

 

                Toronto, Ontário, Canadá.

 

 

    " dia 26 dezembro, está marcado, não tem como fugir mais" 

 

      Li a mensagem de Jacob e bufei com vontade de jogar meu celular longe, mas me controlei para isso. Eu sabia que ele estava ansioso para essa luta e iria marcar para o quanto antes, Jacob realmente não quer perder tempo. Mas ele vai ter a luta que tanto quer, do jeito que quer. 

 

— Eu amava esse lugar. — Ashley ressaltou do meu lado na mesa e eu bloqueei meu celular para da atenção a ela. — Tem tantas coisas legais. — Comentou olhando ao redor. — Pena que so posso ir nos fliperamas. — Deu de ombros e eu coloquei meu braço em volta dela. 

 

— Eu vou no fliperama varias vezes com você se quiser. — Lhe dei o meu melhor sorriso e Ashley riu de volta.

 

— Não, você pode ir nos outros se quiser, eu estou bem assim. — Afirmou como se tivesse plena certeza. — Aliás nem te contei sobre a minha primeira sessão de fisioterapia hoje! — Me olhou mais animada e com um rostinho cheio de esperança. 

 

     A Ashley era alguém muito importante na minha vida, ela estava perto de mim mais tempo do que eu poderia contar e sempre foi uma pessoa incrível e para cima, não me lembro de alguma vez ter ficado magoado com alguma coisa que ela fez, Ashley sempre foi o melhor para mim, a garota ideal e eu realmente pensava em casar com ela. 

 

      Até a Violet aparecer na minha vida. 

 

      Não sei explicar como alguém do nada pode mudar tudo, mas eu gosto de acreditar que foi o que tinha que ser, afinal a Violet é minha melhor amiga e mesmo que ela não queira nada comigo e eu ainda sinta tudo aquilo por ela, eu não posso deixar a Ashley de lado, ainda mais quando ela precisava mais de mim. 

 

— Me conta. — Pedi prestando super atenção e Ashley assentiu. 

 

— A enfermeira disse que eu tenho muitas chances de voltar a andar bem rápido, já que a minha lesão não foi permanente e que se eu me esforçar posso está andando perfeitamente em 6 meses ou mais! — Dava para ver o quanto a Ashley estava feliz com isso e era impossível não ficar feliz junto. — Eu confesso que estava com medo de ouvir que nunca mais ia conseguir andar, mas sabe, acho que não desanimar foi crucial, e tudo graças a você que não me deixou pra baixo, eu sou muito grata por ter você como namorado! — Me olhou com um olhar doce. 

 

     Como eu disse, a Ashley precisava de mim.

 

— Eu sei que você vai ficar 100% bem. — Falei a fazendo da uma leve risada antes de desviar os olhos para os outros, que estavam um pouco longe em alguns brinquedos e meus olhos foram direto na Violet. 

 

     Eu tinha que tentar parar de pensar nela, mas eu não conseguia, era só vê-la que tudo acontecia de novo, a mesma sensação dentro de mim, tudo, era como se aumentasse cada vez mais, de uma forma mágica, e isso me fez lembrar de uma coisa... 

 

 

 

           Hazel Parker  Point Of Views.

 

                              07:34  p.m. 

 

                21 de Dezembro de 2016. 

 

                Toronto, Ontário, Canadá.

 

 

     A família feliz sai para passear, nossa que clichê. 

 

      Eu não conseguia sentir essa felicidade toda, nem esse amor todo que cada um parecia demonstrar mais ainda um para o outro aqui, a minha real vontade era ir embora, eu não me encaixava e não achava que poderia, todos eles, não são como eu e não me entendem, aliás os Parker que são meus irmãos e que deveriam está do meu lado me abandonaram para apoiar os Bieber. Idiotas, um dia vão se arrepender disso. 

 

— Estudos apontam, que se você apostar no 5 tem mais chances de ganhar! — Olhei para a menina do meu lado e era Rose, minha irmãzinha mais nova, que era um poço de inteligência ambulante e parecia saber bem sobre jogos de sorte. 

 

    Aliás o que ela não sabe? 

 

— Ah, valeu pela dica. — Falei entre dentes não ligando muito e voltando a apostar em um número qualquer, talvez um 10.... 

 

      E a roleta do jogo girou varias vezes antes de parar e, para a minha surpresa, ela parou no 5, o número que a genial da Rose de apenas 7 pequenos anos sugeriu e eu a olhei com os olhos estreitos o que a fez ajeitar o óculos de grau no rosto com uma carinha de eu avisei. 

 

 — Certo, vai você! — Sai da frente e cruzei os braços para que ela jogasse e Rose balançou os ombros antes de ir para a frente do jogo, olhei em volta procurando o resto e eles estavam espelhados pelo local. — Por que não está com os outros pequenos? — Perguntei apenas para não ficar sem assunto e Rose se concentrava no jogo. 

 

— Eles não ligam muito para mim, dizem que não tem graça porque eu sei de tudo, mas tudo bem, to acostumada! — Comentou como se não fosse nada e ela era bem madura para alguém da sua idade. 

 

— Claro, se fosse só nossos irmãos seria diferente! — Falei o óbvio e Rose riu de forma engraçada me fazendo olhá-la. — O que é engraçado? — Questionei e ela mexeu os ombros. 

 

— É que eu também era deixada de lado pelos nossos irmãos antes de virmos agora Toronto, você mesmo nem falava comigo. — Disse antes de tirar os olhos do jogo e me lançar um sorriso leve. — Venci! — Disse e eu me aproximei para garantir que sim, e era verdade, ela havia vencido e ganhado varias fichas que juntas poderiam valer um prêmio no final. 

 

    Mas foi o comentários e Rose que me deixou mais surpresa, ela não estava  errada afinal e eu não iria assumir isso nem morta, mas digamos que em Greenwood eu não dava lá muita atenção aos mais novos, até porque o meu pai, minha mãe, a vovó, faziam isso melhor do que eu. 

 

— Se eu não te dava tanta confiança, por que veio falar comigo agora? Bela chance de me excluir como os outros fazem. — Olhei para a pequena menina morena e de óculos na minha frente e ela olhou para o lado antes de me olhar de volta. 

 

— Você excluiu a Violet uma vez e mesmo assim eu fui falar com ela, eu não gosto de excluir ninguém, nem você, mesmo com tudo de malvado que fez! — Me pegou de surpresa por falar isso e eu não esperava mesmo essa resposta. 

 

— E todos te excluírem mesmo assim...— Comentei pegando as fichas que caíram e Rose assentiu calmamente. 

 

— Na escola, em casa..... mas estudos apontam que quando alguém fica diante de uma pessoa que tem mais conhecimentos do que elas, eles costumam a fugir com medo de assuntos complicados, então eu entendo! — A Rose estava falando sério, na verdade ela estava sendo sincera desde que se aproximou e eu não podia crer que nunca tinha falado com ela antes dessa forma, digo, um conversa mesmo. 

 

— Mas você é nerd, as pessoas costumam a excluir gente esquisita mesmo! — Comentei e só depois me dei conta do que falei mas não sabia bem como reverter ainda mais com Rose me olhando. — Toma...— Entreguei as fichas para ela. — Pega um presente legal para você! — Dei um sorriso mais gentil que eu pude e Rose olhou para as fichas e assentiu se virando para sair, mas parou no meio do caminho se virando para mim. 

 

— Se quiser alguém para conversar e não ficar sozinha, eu não vou te julgar e bem... tenho 7 anos, não é como se eu fosse contar para alguém. — Falou por fim antes de sair e me deixar lá parada sem saber bem como reagir. 

 

       Sempre ouvi dos meus outros  irmãos como a Rose era esperta e nerd demais, eu sabia que eles evitavam falar com ela por isso, ela sempre tinha uma resposta na ponta da língua para tudo, acho que ela sempre foi excluída assim e pelo visto aprendeu a ser assim. Mas, ela foi falar com a Violet mesmo quando eu falei para nenhum deles falarem e veio falar comigo quando ninguém fala....

 

   Por que? 

 

 

 

       Violet Parker  Point Of Views.

 

                              07:45 p.m. 

 

                21 de Dezembro de 2016. 

 

                Toronto, Ontário, Canadá.

 

 

    Rose se aproximou com as mãos cheias de fichas e eu a olhei com um meio sorriso, eu vi que ela estava falando e jogando com a Hazel e de verdade achei fofo, até porque ninguém aqui fala com a Hazel direito, a Rose tinha algo especial dos outros que a destacava e eu sabia disso a tempos ela fez o mesmo comigo no início e como uma criança de 7 anos pode ser tão além das outras? Talvez seja pelo fato de ela ser tão esperta, ela é tão inteligente que consegue pensar melhor do que nós adultos. 

 

      Desde que a Rose aprendeu a falar ela era diferente, ela falava papai e mamãe antes de qualquer criança normal, com 2 anos montava quebra cabeça e com 3 já sabia escrever o próprio nome, nós sabíamos que tínhamos uma criança prodígio em casa e desde cedo ela foi incentivava a colocar todos a sua inteligente ao máximo. Rose já participou das mais diversas competições intelectuais da minha cidade e venceu todas, ela sabe mais do que eu e já até me ajudou em alguns trabalhos. 

 

     Minha pequena irmã de 7 anos era muito além do tempo dela e eu sei que também tem um coração muito além, eu nunca vi a Rose chorar, isso era sério, acho que ela entende as emoções muito mais do que eu se duvidar, e isso è incrível, ela seria capaz de captar as coisas e associar no tempo certo. 

 

     Acho que ela seria a única a não da problemas com conduta, Rose não fugiria, ela também não iria mentir, ou se meter em um briga, a Rose apenas è especial demais para que qualquer um queira entender, ela é sensível, delicada e esperta e eu sei porque ela foi até a Hazel. 

 

        Ela acredita que a Hazel ainda possa ter salvação. 

 

 

  

        Violet Parker  Point Of Views.

 

                              11: 03 a.m. 

 

                24 de Dezembro de 2016. 

 

                Toronto, Ontário, Canadá.

 

 

 

         Véspera de natal, o primeiro natal da nova família, o primeiro em Toronto, não tinha como não ver a ansiedade no rosto dos pequenos, tinha uma árvore enorme na sala, tão grande que quase atingia o teto e acho que nunca vi uma tão grande assim antes, só nos Shoppings. 

 

       Para os Bieber parecia o mesmo natal luxuoso de sempre e para os meus irmãos era algo como a Disneylândia, havia começado a nevar desde ontem a noite e o clima era bom, e acho que pela primeira vez 100% bom de verdade nessa casa. Da ate medo do que pode vir depois. 

 

— Hoje è véspera de Natal! — Jazzy falava quase pulando e Blue apenas deu uma risada da animação dela. — Vai ter muitos presentes para a gente amanhã na árvore! — Juntos as mãos como se fosse um sonho. — Eu pedi varias coisas, você sabe, eu ainda não decidi o que quero fazer e estou fazendo dança, aí pedi sapatilhas, e você? — Disparou em dizer me fazendo ri da super animação dela. 

 

— A Violet não tem idade para ficar pedindo presentes de Natal. — Blue falou como se fosse óbvio e eu iria questionar se isso não fizesse sentido, porém faz, e muito. 

 

      Quando crescemos e paramos de crer em papai Noel realmente as coisas mudam bastante, o natal se torna muito mais algo para a família ficar junta do que ganhar presentes e comidas. 

 

— Eu pedi luvas se boxe! — Jaxon apareceu do nada, fazendo um gesto de luta e eu franzi a testa. 

 

— Desde quando você sabe lutar? — Jazzy perguntou colocando as mãos na cintura e Jaxon balançou os ombros como se não fosse nada demais. 

 

— Não sei, mas posso aprender, né? — Jogou como se fosse um desafio e Jazzy revirou os olhos. Era só falar em luta que eu lembrava daquela academia e a história de legado Bieber idiota que aqueles dois estranhos gostavam de falar. 

 

       Nunca mais pisei naquele lugar e nunca mais pretendo. 

 

— Ate parece que sua mãe vai deixar. — Jett disse apenas passando por nós e Jaxon negou sério antes de começar a seguir ele para algum lugar. 

 

— Jett está certo, minha mãe nunca iria deixar. — Jazzy pontuou e internamente eu agradecia por isso, nunca se sabe quando Tin e Sebastian podem voltar com aquela ideia doida e vir atrás de Jaxon. 

 

 

 

            Hazel Parker  Point Of Views.

 

                              11: 03 a.m. 

 

                24 de Dezembro de 2016. 

 

                Toronto, Ontário, Canadá.

 

 

— Me chamou para que? — Perguntei com uma cara de tédio para o Jacob e eu realmente não me acostumo com esse quarto sombrio dele. 

 

       Em plena véspera de Natal, o Jacob poderia não me chamar hoje, è o único dia do ano que eu não quero fazer nada de ruim para ninguém, mas eu não estava afim de contrariar o Jacob, ele me intimida demais, tem coisas que realmente a gente só sente, e eu sinto que o Jacob è pior do que pode demonstrar ser. 

 

— Pensei que ia demorar mais. — Reclamou levantando da sua cama e vindo até a mim, bufei irritada por ele achar que tem direito de falar algo, mas apenas me limitei a isso. 

 

— Eu estava vendo a minha roupa do almoço de Natal eu tenho que está divina amanhã e...— Fui pega de surpresa quando o Jacob segurou o meu rosto e beijou a minha boca por livre e espontânea vontade. 

 

       Por alguns instantes eu fiquei totalmente sem reação e tentando pensar se isso era algum tipo de brincadeira, mas já que ele me beijou, não estou fazendo teoricamente nada de errado. Beijei Jacob de volta e eu sabia que ele era encrenca, por isso corri a muito tempo e só foquei no Justin, mas não posso negar que o Jacob è lindo e beija muito bem. 

 

— Por que fez isso? — Perguntei sem fôlego assim que ele se afastou e Jacob riu, como se realmente tivesse sido engraçado e eu ainda estava meio zonza. 

 

— Foi sua recompensa, pelo seu plano bom. — Confessou me fazendo levantar uma sobrancelha. — Você estava certa, a presença da Ashley nessa casa tem ajudado bastante a afastar o Justin da Violet, apesar da Ashley ser uma burra e não vê o que estava acontecendo na frente dela.... tenho que confessar que ajudou. — Se sentou na sua cama novamente. — Ponto para você. — Apontou para mim e me senti orgulhosa disso por alguns segundos até parar e pensar. 

 

— Você so me beijou por que eu fiz alguma coisa útil, como se eu precisasse de um beijo seu? — Cruzei os braços indignada com a situação. 

 

       Não gosto do Jacob, apesar de ele ser atraente ele tem cara de ser a própria confusão e de confusão já basta eu mesma, qualquer um com olho pode ver que de príncipe rebelde ele não tem nada, Jacob é mal, de verdade, não apenas aparentemente. 

 

     Nem sei como a Violet foi se apaixonar por ele, ela é tão.... boazinha sem sal, e Jacob, não, ele tá longe de ser bonzinho, ele tem algo nele que me assusta muito, mas eu sei que, se eu quiser o Justin eu vou precisar dele, de um jeito ou de outro ele é o único que pode me ajudar. 

 

— Então quer dizer que eu sozinha fiz algo útil, já que você nada. — Perguntei debochada e Jacob negou lentamente mordendo os lábios enquanto me encarava. 

 

— Primeiro eu te beijei porque você é gostosas, eu já tinha falado isso a muito tempo atrás. — Pontuou me lembrando e eu sabia disso, logo quando cheguei nessa casa, na época para mim Jacob ainda era uma opção. — E não é só você que está fazendo algo útil, eu tenho a minha forma de manter Justin e Violet longe um do outro! — Falou como se fosse um cara bastante inteligente e se ele fosse não estaria precisando de mim. 

 

— Ae? O que seria? — Mexi os ombros não me importando tanto, porém se era algo tão infalível como Jacob estava sugerindo eu queria saber afinal. 

 

      Me sentei em uma cadeira que tinha não muito longe dele e Jacob torceu os lábios como se estivesse pensando em me contar ou não. Esse cara é cheio dos segredos, eu já imaginava que ele deveria ter um plano enorme por trás e estava escondendo de mim o tempo todo, mas se vamos trabalhar juntos para não deixar Justin e Violet sonharem em ficar um com o outro, aqui era para ter uma parceria, Jacob querendo ou não. 

 

— Fala logo, to curiosa. — Me inclinei com um meio sorriso, esperando ele falar, Jacob me olhou com seus olhos azuis lindos brilhando, antes de falar. 

 

— Eu mostro para a Violet, que ela tem que me respeitar. — Sibilou lentamente e eu fiz uma cara confusa que parecia não ser a melhor pelo olhar que Jacob me deu, mas eu não entendi mesmo. — Deixa eu explicar de uma forma que você possa entender, eu puno a Violet. — Pontuou para eu entender e eu me endireitei na cadeira tentando pensar se essa frase tem mesmo o significado que estava na minha cabeça. 

 

— Punir, tipo bater? — Questionei querendo que ele fala-se que eu estava doida, mas Jacob assentiu lentamente ainda me encarando, esperando alguma reação e eu parei de respirar por alguns segundos enquanto tentava associar o que acabei de ouvir. — Você bate na Violet....— Repeti para ver se entrava na minha cabeça de uma vez e Jacob revirou os olhos como se estivesse cansado.

 

— Não foi o que eu acabei de falar? — Me olhou com tédio e eu assenti rápido sem saber o que dizer.

 

— Sim, mas...

 

— Mas o que? — Se levantou me encarando. — Já ouviu falar que em briga de namorados não se mete a colher? — Levantou uma das sobrancelhas de forma séria e eu não pensei em negar e nem iria, não depois de ouvir o que o Jacob acabou de dizer. 

 

      Se ele batia na Violet, quem dizia amar e fazia de um tudo por ela, não quero saber o que poderia fazer comigo. Eu não sou muito em me importar com o que as pessoas fazem com os outros, mas isso não era qualquer coisa, agredir mulher é crime, da nos jornais todos os dias às que morrem nas mãos dos namorados e..... 

 

    A Violet ficou burra de vez? 

 

       A minha irmã idiota costumava a ser infinitamente mais inteligente do que isso, se deixar envolver em um relacionamento desses, onde se submete a isso, mas conhecendo a Violet como eu conheço, eu aposto que ela não está porque quer, a Violet deve está achando que pode fazer a sua mágica com ele também, como fez com muitos, a Violet deve achar que pode mudar o Jacob, fazer ele melhorar ou sei lá o que, ela sempre espera o melhor das pessoas seja ela quem for. 

 

      Mas.... isso é errado. 

 

     Não sou muito de me importar com a Violet, ela não é nada para mim porém, droga, Violet....

 

     Por que você tinha que ser assim? 

 

       Se a Violet não sair dessa por conta própria, eu não posso tirar ela, ninguém pode, e pelo olhar de Jacob ele já deve ter notado que não gostei nadinha do que acabei de ouvir. Odiar a Violet pelo o que ela causou na minha vida é uma coisa, ouvir que ela é agredida por alguém que tem visivelmente o triplo da  força dela? 

 

      Que merda....

 

— O relacionamento é seu, faça o que quiser! — Dei de ombros para que Jacob parasse de me olhar assim. — Faça o que quiser, como quiser, a ideia só é manter o Justin longe da Violet né, não importa como. — Olhei bem nos olhos do Jacob e ele me deu um meio sorriso satisfeito. 

 

— Sabia que você ia entender. — Assenti me levantando sem ter muito mais o que falar ou fazer ali e na verdade eu queria fugir de perto desse maluco. 

 

— Eu tenho que continuar a fazer o que eu estava fazendo. — Gesticulei, tentando não parecer nervosa e Jacob fez um gesto banal me deixando sair e assim eu fiz bem rápido querendo sumir da frente dele. 

 

      Que Jacob era maluco isso eu já tinha uma ideia, mas isso é um outro nível, é apavorante, a Violet é muito idiota por está no meio disso e não ter fugido ainda, ou ela está com muito medo de sair, ou ela acha que pode fazer algo para impedi-lo, eu sabia que essa mania da Violet de querer defender e mudar todo mundo ia acabar matando ela, mas não desse jeito.

 

      Que ódio, por que eu não consigo ficar feliz em ver a Violet se ferrando? Não era o que eu queria, que ela sofresse igual a minha mãe e a mim? Mas isso é tão diferente..... não é justo, com ela e com garota nenhuma, eu odiar a Violet não quer dizer que eu quero..... que ela se machuque dessa forma.

 

— Que cara é essa? — A voz de Rose chamou a minha atenção e eu quase tive um ataque, minha cabeça não estava nesse mundo, não mais. Olhei para a minha irmã mais nova e eu não podia contar para ela, o que uma criança entenderia? 

 

— Não é nada, eu só estava pensando em algumas coisas....— Resumi passando as mãos no cabelos e indo em direção ao lado de fora da casa na área da piscina, estava nevando mas eu precisa respirar e pensar antes que eu surtasse.

 

— Hazel, está nevando, você vai ficar doente. — Rose disse da porta me vendo do lado de fora e eu precisava de silêncio eu precisava pensar e refletir. 

 

         O que eu poderia fazer? Eu sabia que não podia fazer nada, mas não fazer.... nesse caso estava mexendo com a minha cabeça, a Violet está hipnotizada e não está vendo onde tudo isso vai acabar e não tem como acabar bem, até eu que não sou tão esperta como a Violet sei vê que isso é uma grande merda. 

 

     O Jacob não vai mudar e não vai parar. 

 

— Rose me deixa pensar! — Pedi começando a sentir um frio absurdo, mas talvez congelar meus pensamentos fosse o melhor. 

 

      Por que eu estava com a sensação de que eu deveria fazer algo? Eu não conseguia pensar e nem agir diferente, não nesse caso, a Violet corre perigo e ainda não notou, ou notou e tá se fazendo de salvadora da patria como sempre. 

 

     Que garota burra...

 

— Hazel! — Rose me chamou de novo e eu me virei para ela. — Quer conversar? — Perguntou esticando a sua pequena mãozinha para mim, e não pensei antes de assenti lentamente e voltar para dentro e indo sentar no sofá e tentando respirar ao mesmo tempo que eu estava com muito frio. 

 

— Acho que....— Comecei a falar e a Rose se sentou do meu lado, ela é tão pequena eu não deveria nem tentar explicar. — Eu descobrir uma coisa.... seria.... sobre alguém que eu conheço, mas eu não me dou tão bem com essa pessoa e.... mesmo assim...

 

— Você está preocupada. — Concluiu o que eu pensei em falar e assenti devagar sem saber exatamente o porque. 

 

     Eu jurei para mim e para a minha mãe que eu ia me vingar da Violet, que ela ia pagar por ter destruído a minha família, mas isso tudo, vai muito alem do que imaginei, é perigoso e eu odeio a Violet por está me fazendo pensar nela de alguma forma boa depois que jurei que iria destruí-la. 

 

— Eu só preciso que alguém olhe para mim e diga que eu estou errada, que não é para eu me importar, que se a pessoa está nisso é porque quer! — Olhei para Rose que me olhou da mesma forma calma de sempre, pelo amor, essa criança não se estressa não? 

 

— Você está errada, não precisa de importar, a pessoa está nisso porque quer! — Rose falou o que eu queria ouvir e eu sabia que ela não estava sendo sincera. — Adiantou alguma coisa? — Neguei lentamente. — E então....— Gesticulou procurando entender e parei para pensar. 

 

        A Violet sabe o que está fazendo, o que eu poderia fazer? Ou dizer? Ela sempre é super mais inteligente que eu, ela nunca se meteu em confusão antes, então, ela sabe o que está fazendo, por que eu me meteria? A Violet sabe lidar com a Jacob melhor do que eu saberia, ela sabe lidar com tudo. 

 

— Talvez ela saiba bem o que fazer, como sempre...— Resmunguei respirando fundo. — Eu não vou me importar, ela sabe o que faz, sempre sabe! — Rose assentiu concordando mesmo sem saber do que eu estava falando. 

 

     Violet, Eu sei que você tem um plano, como sempre, então não me faça um dia lamentar por deixar isso para lá....

 

— Pronto! — Joguei meus cabelos para trás. — Vou deixar isso pra trás 100%, a pessoa sabe se virar! — Comentei. — E você...— Apontei para a Rose franzindo a testa. — Por que nunca está com as outras crianças dessa casa? — Levantei uma das sobrancelhas e Rose se encostou no sofá. 

 

— Por que você não está com os outros adultos dessa casa? — Ela olhou para mim antes de voltar a olhar para frente e fiquei calada. 

 

     Por que eles não querem falar comigo e com os Bieber não quero nem contado, a não ser o Justin, então, me resta ficar sozinha mesmo, eu não ligo é bom para pensar nos meus próximos passos, eu ainda tinha planos e ficar com o Justin era um deles, eu não podia e não iria desistir disso, o Justin era a minha única chance de da orgulho a minha mãe, eu não ia deixar escapar nunca. 

 

    Porém...

 

— Acho que estamos no mesmo barco. — Me encostei no sofá assim como Rose e suspirei. 

 

 

       Violet Parker  Point Of Views.

 

                              09: 58 p.m. 

 

                24 de Dezembro de 2016. 

 

                Toronto, Ontário, Canadá.

 

 

       Eu encarava Coral e Alex com uma cara de tédio, não maior que a de Jessica, eles eram um casal muito fofo, mas a nossa vida amorosa não estava lá essas coisas para olharmos todo esse amor diante de nós. 

 

— Acho que vou desmaiar com tanto coisa melosa. — Jessica se jogou na minha direção e eu a empurrei de volta. 

 

      Alex deu um presente lindo de natal para a Coral e fico feliz em saber que ajudei de alguma forma a juntar esses dois, já a Jessica, até ela teve participação, se ela não tivesse traído o Alex... 

 

— Que bonito! — Abby falou se sentando do meu lado e Jessica bufou. — Vocês namoram a muito tempo? — Perguntou curiosa e Coral olhou para o Alex antes de olhar para Abby de volta. 

 

— Tem um tempinho..— Alex falou dando um meio sorriso para Abby que assentiu. 

 

— Eu não lembro de ter um namorado....— Abby comentou fazendo uma cara de como se estivesse pensando e era melhor nem lembrar mesmo. — Deve ser legal! — Afirmou e Coral assentiu lentamente antes de me olhar com um olhar estranho. 

 

     Eu sei que ninguém confia na Abby, mesmo com ela sem memória e isso é um pouco implicante, mas eu não julgo, ela fez muito mal a pessoas que gostamos e apesar de esta sem memória, isso nunca vai mudar o que ela fez. 

 

— Acho que vou comer...— Jessica falou se levantando do sofá, não gostando da presença da Abby. — E para eu falar que vou comer por conta própria só pode ser um milagre de Natal mesmo! — Murmurou para mim. 

 

— Onde pensa que vai filha? — Pattie apareceu chegando na sala. — O Grey acabou de chegar! — Comentou com um sorriso e Jessica ficou tensa no mesmo instante vendo o meu irmão passar pela porta junto do meu pai.

 

          Todos ficaram em silêncio encarando Grey, que  ainda tinha a mesma cara de inimigo do mundo como sempre, e não parecia ter mudado nada, absolutamente nada, pelo menos uma bela lição nesses dias na clínica para dependentes químicos ele deve ter aprendido, né? Espero que sim...

 

       Eu imagino como deve ter ficado a cabeça do Grey depois de tudo, o que ele descobriu antes de ser preso e passar por tudo aquilo por culpa do Max, eu nunca fui presa, mas Jacob já, e isso mudou ele, espero que não seja a mesma coisa com o Grey, chega de problemas, pelo menos espero que o Grey esteja ciente disso agora. 

 

— Quem é ele? — Abby perguntou para mim e eu a olhei brevemente vendo que ela não tirava os olhos de Grey. 

 

— Finalmente toda a família reunida de novo! — Meu pai falou com um largo sorriso e Grey continuava com seus olhos em Jessica e o clima entre eles estavam tenso, ao ponto de que se nossos pais forçassem um pouco logo iriam ligar que tinha algo de errado. 

 

— Bem vindo de volta, Grey! — Falei lhe dando um meio sorriso e meu irmão me olhou ainda em silêncio. 

 

— Ele está meio calado né...— Coral falou pontuando e mexi meus ombros, melhor calado do que fazendo besteiras. O Grey deve está pensando em muitas coisas por está de volta e espero que fique tudo bem agora, pelo menos durante ao Natal. 

 

 — Ei...— Justin se aproximou de mim e falou em voz baixa para chamar a minha atenção. — Posso falar com você? — Perguntou e eu assenti antes de levantar aproveitando que os olhos de todos estavam no Grey e em sua chegada. 

 

        Comecei a seguir o Justin para fora da sala e pelo corredor, ele estava em silêncio e isso era estranho, ele geralmente não fica calado, não quando estava comigo, já estava pensando que pudesse ter acontecido alguma coisa ruim ou seria.

 

— Você não é de ficar em silêncio. — Falei me apressando para andar ao lado dele e Justin deu uma risada de leve. 

 

— Não, e você nunca fica, né? — Me olhou de canto. Ok, talvez ele esteja certo, eu nunca fico calada mesmo, mas o Justin também não, então. 

 

— O quer falar comigo? — Parei assim que ele parou perto da árvore de Natal e eu o olhei esperando e odiando todo o suspense. 

 

— Amanhã é Natal....— Comentou como se eu não soubesse e fiz uma cara de óbvio. — Muitas pessoas pediram presentes e vão ganhar, talvez....— Falou pausando demais e fiz um gesto para que ele prosseguisse. 

 

— Tá, você veio falar do Natal. — Dei um risada leve e Justin me olhou com um olhar sério, mas eu sabia que era de brincadeira, ele odiava que eu o interrompesse ainda mais quando aparentemente estava buscando alguma palavra para dizer. 

 

— Na verdade não tem tanto haver com o Natal, mas envolver pedidos. — Ponderou e eu não estava entendendo nada do que Justin estava falando, porém continuei sorrindo e fingindo que sim. — Lembra naquele dia que vimos uma estrela cadente? — Levantou uma das sobrancelhas e eu me lembrava, óbvio, foi lindo aquele momento. 

 

       Acho que naquela época eu já estava gostando do Justin, mas eu não sabia, ou sabia e continuava fingindo para mim mesma que não, aquele lugar era lindo, dava para ver a cidade toda, e tinha tantas estrelas cadentes, acho que foi o lugar mais lindo que já fui na minha vida, e eu fico feliz de ter ido com o Justin, mas eu ainda não entendido o que tem haver com o Natal e hoje exatamente. 

 

— Eu fiz um pedido para a estrela e você também, né? — Balancei a cabeça concordando com ele. — Quer saber qual foi o meu pedido? — Falou se aproximando de mim e eu olhei para os dois lados só para ter certeza de que não tinha ninguém vendo aquilo. 

 

     Eu amava o olhar do Justin sob mim, eu sentia toda a força dele, todos os sentimentos e muito mais, acho que sempre senti, e me pergunto porque desde o início eu não percebi que tinha que ser ele, não qualquer outro? Me livraria de está na situação que estou e de muitos outros problemas que impedem até mesmo de eu está perto do Justin da forma como estou agora. 

 

— O que você pediu? — Perguntei por fim analisando o seu rosto suave e lindo, sentindo o meu coração bater mais forte com a proximidade entre nós e o Justin deu um meio sorriso para mim que quase me fez derreter completamente. 

 

— Você. — Falou calmo e eu esqueci como se respirava por alguns segundos aos ouvir isso, porém tentei manter as mesmas expressões, enquanto por dentro estava sentindo tudo pular, e meu coração era o principal. 

 

       Eu não sabia com reagir a isso, não era esperado, naquela época eu não imaginava que ele pudesse sentir algo por mim, muito mesmo me pedir para a estrela, o Justin.... ele guardou esses sentimentos por mais tempo que eu e sei lá quanto tempo a mais, só sei que, não importava, eu sentia o mesmo, o Justin não foi meu pedido para a estrela, mas ele é o meu pedido todos os dias, mesmo no meio de todo esse caos, eu ainda não consigo parar de pensar em nós dois, mesmo que eu precise. 

 

— Parece que seu pedido se realizou... parcialmente. — Fiz um pequeno gesto, ele riu, me fazendo ri com o seu belo sorriso que me encantava cada vez mais. — Justin, eu juro que...

 

— Eu sei. — Ele nem ao menos deixou eu terminar. — Você não quer magoar o Jacob, você gosta do Jacob também.... eu sei...— Constatou por si só e não era isso, eu não gostava do Jacob mais da mesma forma que um dia achei, eu sentia tudo isso e o dobro pelo Justin.

 

    Eu só ia dizer que se eu pudesse, faria o pedido dele ser real totalmente, mas eu não podia e não tinha como fugir do Jacob, eu teria que lidar com ele eu mesma, e isso impedia tudo, exatamente tudo. 

 

— Mas, é Natal. — Ele falou dando um sorriso. — E como você é meu pedido....— Mexeu no seu bolso pegando um colar lindo que tinha uma estrela brilhante e acho que nunca vi algo brilhar tanto em toda a minha vida antes.

 

      Era simplesmente lindo e com certeza o presente mais especial e significativo que eu já recebi na minha vida, uma estrela que representa o pedido do Justin, que no caso foi eu.... Por alguns instante achei que fosse chorar, mas eu não podia ser tão chorona assim, e acho que nem era de alegria total, também era de tristeza, por saber que tudo poderia esta dando certo na minha vida, se eu não estivesse fazendo tudo da errado.

 

       Eu me odeio por isso. 

 

     O Justin é tão especial para mim, ele.... ele literalmente era a melhor coisa que eu tinha agora e não faço ideia do que seria de mim sem ele, eu queria beija-lo, eu juro que queria, mas não podia, não estando com o Jacob, eu não podia da motivos nem em pensamento, e traição era um grande motivo. 

 

— É lindo. — Falei quase sem conseguir dizer e eu ainda estava em choque com o gesto. — Obrigada de verdade. — Agradeci de coração. — Fico feliz de eu ser o seu pedido. — Lhe dei um sorriso e coloquei a minha mão no pescoço sentindo o outro colar que eu tinha. 

 

     O Jacob me deu, era uma pedra violeta, ela refletia a luz e eu sempre achei com um significado tão incrível e o fato de ele me da, mas não era mais válido, o Jacob tirou todo o reflexo de luz que existia em mim e nesse colar, ele colocou algo escuro, uma nebula que não seria facilmente removida. Nada mais era como no início, nem o Jacob, nem eu, e muito menos o que eu sentia por ele. 

 

       Tirei o colar que Jacob me deu do pescoço e coloquei no bolso da minha calça jeans, dando um sorriso sugestivo para o Justin e ele se apressou para colocar o colar no meu pescoço e no lugar do antigo. Era basicamente o que estava acontecendo no meu coração, o Justin estava tomando o lugar do Jacob cada vez mais e não tinha como reverter. Sei que vai ser muito mais doloroso no futuro se eu não parar de uma vez tudo isso, mas eu não consigo, o Justin.... eu quero pensar que não fiz tanta burrada com meus sentimentos mais do que to fazendo. 

 

— Ficou bom? — Me virei para ele para que visse e Justin assentiu seriamente para mostrar que estava falando a verdade. — Eu nunca mais vou tirá-lo. — Prometi colocando a minha mão sob o presente mais especial de natal que eu poderia ter ganhado. 

 

      

        Hazel Parker  Point Of Views.

 

                              06: 58 a.m. 

 

                24 de Dezembro de 2016. 

 

                Toronto, Ontário, Canadá.

 

 

— Por que tão cedo? — Resmunguei assim que Blue saiu do quarto depois de acordar eu e a Violet gritando que era manhã de Natal. Sao 6 horas da manhã. 

 

— São crianças animadas com o Natal, Hazel, seja legal, pelo menos hoje! — Violet falou calma e se levantando da sua cama, olhei minha irmã de cima a baixo ainda lembrando do que descobrir ontem mas logo balancei a cabeça. 

 

      Ela está bem, melhor do que eu se duvidar. 

 

      Me levantei da cama também e tentei tirar a cara de sono ao passar pela porta, era Natal, não tinha como não pensar na minha mãe e como deve está sendo o Natal dela sozinha, seja lá onde esteja, antes tinha tantas pessoas em volta dela, os filhos, o papai e agora.... não mais.

 

     Começamos a descer as escadas e meu queixo quase caiu com a quantidade de presentes que havia em baixo da árvore, eu nunca tinha visto tantos presente antes, nem em aniversários. Então era assim que é um natal de gente rica, muitos presentes e coisas, parecia um sonho, para os menores principalmente. 

 

     Os pequenos aparentavam está no céu, e sorriam sem parar, até a Rose estava super feliz e como sempre com seus brinquedos que não são bem brinquedos e sim coisas científicas e tecnológicas, me aproximei dela para ver melhor e sim, ela havia ganhado algo parecido com um telescópio mas era pequeno, porém, parece caro. 

 

— Olha que linda a minha sapatilha de dança? — Jazzy mostrou para Blue e para Rose. — Blue para que tantos livros? — Fez uma careta estranha e Blue pegou uma dos 7 livros que ganhou e virou para a Jazzy. 

 

— Para não crescer burra! — Sibilou me fazendo ri e ela literalmente era a minha irmã. — E você Rose? — Perguntou curiosa esticando os olhos para cima do presente de Rose que acabou de tirar o plástico de cima antes de falar. 

 

— È um microscópio, ele consegue ver até o mais mínimo microorganismo existente e decodificar varia combinações genéticas! — Ela estava animada, e eu sabia que era alguma coisa tão nerd como. 

 

— Ah sim. — Blue riu e Jazzy fez o mesmo me fazendo cruzas os braços. — Algo nerd né? Ah... você vai fazer o que com isso? Vai estudar nosso sangue? Que medo! — Debochou me fazendo revirar os olhos por blue ser bem bobinha as vezes. 

 

— Que bizarro! — Jazzy falou rindo junto com Blue e essas meninas têm o que no cérebro? A Rose è tao boazinha, se fosse eu enfiava o microscópio na cara delas, óbvio que se eu tivesse a mesma idade. 

 

— Olha so! — Me aproximei das três e abaixei perto delas. — Jazzy, a patricinha que não sabe o que quer ser e Blue, a menina dos contos de fadas, já encontrou seu Peter Pan? — Levantei uma das sobrancelhas para elas que me olharam sem reação. — Porque não ficam super feliz por ter alguém que sabe mais do que vocês? Porque quando ela ficar rica com a inteligência dela vocês vão está onde? Trabalhando em uma biblioteca e sem fazer nada? — Questionei com deboche e Blue olhou para Jazzy antes de me olhar. 

 

— Igual a você? — Perguntou naturalmente e eu a encarei irritada com a coragem de falar isso. Ok, ela está certa, igual a mim, mas esse não é o caso, a questão aqui è elas estarem rindo do presente da Rose como duas idiotas. 

 

— Olha so vocês duas pirralhas, chatinhas e remelentas que acham que podem me afrontar....

 

— Hazel. — Rose disse me fazendo olhá-la e ela negou lentamente, como se pedisse para eu não continuar, mas eu tinha umas verdades para dizer a essas duas. — Está tudo bem...— Rose disse calma como sempre e para mim não está tudo bem. 

 

— Hazel! — Coral se aproximou. — O que você está fazendo? — Perguntou olhando para as meninas menores e antes que eu pudesse explicar o que vi, Jazzy falou primeiro. 

 

— Ela estava nos xingando. — Pontuou e sim eu estava, mas ela não contou o motivo né, esperta. 

 

— Hazel, deixa as crianças em paz. — Coral pediu e eu levantei olhando para ela com a maior cara de cu que eu podia ter. 

 

     Aí, eu não nasci para isso, è sério, não da. 

 

— Ótimo! — Me virei me afastando delas antes que perdesse a paciência, aliás eu não tenho nenhuma, aquelas meninas falam o que querem e eu tenho que ouvir? Porque eu não posso so falar? Quando a Violet faz da certo.... Essas pirralhas idiotas que acham que podem...

 

      Quer saber? Não me importa, nunca importou não será agora, não mesmo, isso só da dor de cabeça. 

 

     Passei por Grey que falava com Jessica e ele parecia falar sério com ela, que ao mesmo tempo estava difícil de se convencida ou sei lá, em plena manhã de Natal os dois resolvendo discutir a relação infantil deles, aí me cansa só de pensar. 

 

— Oi bebê. — Abby falava com Jane que estava brincando com um brinquedo e parei ao lado dela. — Ela è tao linda...— Comentou passando a mão nos cabelos loiros de Jane e eu assenti que isso è verdade mesmo. 

 

— As vezes a única que salva nesse hospício. — Resmunguei olhando em volta e Abby assentiu levemente. 

 

— Ela parece tanto com a Jessica, não acha? — Comentou me olhando de lado e bufei antes de assenti por ser mesmo, mas algo me chamou mais atenção, a Abby já tinha falado isso antes.... antes de perde a memória. — Que pena, tadinha. — Ela murmurou baixo demais, antes de endireitar a postura e me encarar com um sorriso natural no rosto. 

 

       Ok, isso foi estranho, muito estranho, o fato da Abby ter dito uma frase igual a que disse antes de perder a memória, talvez só fosse coincidência, já que Jane parece mesmo um pouco a Jessica, mas tinha algo de diferente, eu não sei o que, mas não foi tão natural quanto ela tentou demostrar. 

 

— Abby...— Franzi a testa pronta para fazer uma pergunta idiota demais porém eu não poderia deixar passar. 

 

— Aí eu não me lambava do Natal. — Começou a falar sem deixar eu dizer nada. — Mas parece tão legal!— Ela gesticulo e se virou, trombando com Grey. Eles se olharam por alguns longos segundo e todos em volta já estavam prestando atenção no acidente que não parecia tanto um acidente assim, não aos meus olhos, porém todos encaravam..

        

      Inclusive Jessica, que estava perto o suficiente para ver essa cena com seus próprios olhos, e foi jm tanto quanto curioso que Abby, mesmo sem memória, conseguia lembrar muito bem de olhar para o Grey, igualzinho quando ainda tinha as lembranças da Abby má, que interessante....