História The Fight - A Fuga

- Carol, eu tenho que te contar uma coisa. Sobre minha história... – Ele disse, com uma voz calma que mudou de uma hora pra outra afinal, ele mudava de uma hora pra outra.

Eu olhei para ele incrédula, o que será que ele queria me contar ¿  Será que era tão importante assim.  – O que é Justin ¿ Me conte.

Quando ele abriu a boca em “o” para falar o telefone dele simplesmente tocou, e eu bufei.

    - Quem era Justin ¿ - Eu perguntei, sorrindo fracamente.

   - Era Chaz, queria saber por que já fomos embora. - Ele disse, entrando nos portões da mansão.

   - Termine de me contar Justin, o que era ¿. 

    - Esquece Carol, não é nada. – Ele disse, saindo do carro.

Me diz, pra que começar e não terminar. Eu estou super curiosa pra saber, mas se ele não quiser me contar, é porque não está preparado. Pelo menos eu acho isso.

Sai do carro e fechei a porta com tudo, e quando me dei conta Justin não estava mais no estacionamento, ele já estava dentro de casa. Redirecionei-me para a entrada e ninguém estava na sala, fui para a cozinha e não tinha ninguém, afinal, não tinha ninguém nessa porra de mansão ?

 Resolvi ir para meu quarto e deitei-me na minha cama e comecei a refletir, caralho, eu já passei tempo o suficiente aqui. Já está na hora de eu vazar não é ¿ Eu tenho que dar um jeito de sair daqui. Custe o que custar.

Um mês e meio se passou, e eu tive que aguentar aquele bando de crápula e do ninfomaníaco do Justin, que me queria foder o tempo todo e eu sendo obrigada a cometer o ato para conseguir a “confiança” eu realmente tinha o que eu queria, ou pelo menos acho que eu tinha. A confiança de Justin. É hoje em que meu plano vai ser colocado em prática, e hoje que eu me liberto. É hoje que eu vou sair com muito glamour desse lugar, mas apesar de tudo eu estou arrependida, por mais de tudo que ele fez comigo, eu não podia fazer isso, mas ele não ligou pra mim na hora de me estupra e me dar socos e tapas, então também não sou obrigada a ligar pra ele. Bom hoje tem uma festa e eu vou aproveitar a oportunidade, consegui a chave de uma SUV dos seguranças e descobri que ela não pode ser rastreada ainda porque não está sendo utilizada, vou largar ela no meio do mato, e vou ter que ir a pé. Depois de sair daqui (Se eu conseguir), não tenho a mínima ideia pra onde ir. Bom eu não sei dirigir muito bem, o que eu sei eu aprendi com o pai da Anne, Anne você faz tanta falta amiga. Já tinha colocado tudo que eu precisava eu peguei alguns bolos de dinheiro do Justin e ele nem percebeu de tanto que lá tinha, ele era bem idiota, pensei que fosse mais esperto.  Bom estava chegando perto da festa ou da putaria começar ali naquela mansão e fui tomar banho, passei bastante tempo lá. Saindo do banho peguei meu vestido dourado brilhante aberto na perna que mostrava toda lateral da minha coxa, coloquei um sapato branco com dourado e deixei meu cabelo solto com ondas, no olho fiz um esfumado preto, passei rímel e passei um batom vinho, os arroxeados dos socos de Justin tinham saído, ainda bem. Bom, ouvi alguém bater na porta e eu sabia que era o Justin então eu abri.

- Oi, o que quer ¿. - Eu disse, friamente.

- Tu tá muito gostosa em, vamos já está na hora. - Ele sorriu maliciosamente.

- Me espera lá, eu já estou indo. – Ele assentiu.–

 Fechei a porta e peguei a minha mochila e coloquei uma blusa de moletom, calça e um chinelo qualquer. Peguei os bolos de dinheiro e coloquei lá dentro e enfiei embaixo da cama, passei perfume e sai.

- Caramba em, já estava indo te buscar de novo. - Ele disse, bufando.

- Nem demorei tanto –Dei dois tapinhas fracos nas costas dele.

 Descemos as escadas e os olhares se redirecionaram a nós e eu estava morrendo de vergonha, descemos e ele foi me apresentado para o pessoal e realmente o povo achou que eu era uma vadia qualquer, depois de ter me apresentado pra todo mundo Justin largou de mim finalmente, e eu fui até ele e disse que ia ao banheiro e ele consentiu subi com elegância para não ser notada que algo errado estava acontecendo. Assim que passei não tinha nenhum segurança pra saída de trás da mansão e eu sabia realmente onde estava a SUV ela ficava de frente da saída, eu entrei no meu quarto peguei a bolsa e a chave e tirei meus sapatos os jogando dentro do banheiro e disse pra mim mesma no espelho – Eu vou conseguir. – Abri a porta cautelosamente e fui andando em direção as escadas e realmente ali não tinha ninguém. Consegui chegar mais quando cheguei lá em baixo ouvi umas vozes de uns seguranças abri a porta e apliquei uma seringa nele que eu tinha pegado nas coisas do Justin e eu realmente não sabia se ia funcionar, e sim lá encima estão a favor de mim graças a deus. Peguei a chave e abri a porta da SUV e entrei e eu estava morrendo de medo de não conseguir dirigir. Liguei o carro e fui. Quando fui passar pelo portão me barraram, tremi o corpo até que vi um dos seguranças bater no carro, ou seja, pra eu seguir em frente. Continuei indo e passei pelos portões da mansão e senti um alívio enorme. Comecei a ir mais rápido, e lá encima estavam ao meu favor, depois de umas horas rondando ali vi um farol, ou seja, estava chegando perto da cidade, parei o carro e comecei a ir a pé, depois de andar muito achei um hotel que parecia ser bem chique e fui em direção a recepção e pedi a suíte mais cara.

- Temos a mais barata moça, tem certeza que deseja a mais cara ¿.

- Querida eu tenho dinheiro você não tá ouvindo ¿ Eu quero a mais cara. – Disse Gritando –

- Peguei o cartão da mão dela e entrei no elevador desesperada até que cheguei ao meu quarto encostei o cartão e abriu e eu entrei com a melhor sensação do mundo, há essa hora já devem ter sentido minha falta há muito tempo. Ou pelo menos eu acho.

Justin P.O.V

 Carol disse pra mim que iria ao banheiro e não voltou até agora, vou ir lá ver se está tudo bem, subi as escadas de dois em dois e fui até o quarto dela. Bati ninguém atendeu, bati de novo e ninguém atendeu.

- Já que você não atende vou entrar mesmo assim. – Disse abrindo a porta –

- CAROL ¿ - Gritei –

- Carol cadê você ¿ - Procurei pelo quarto todo e nada –

  Sai do quarto dela. Batendo a porta com muita raiva, aquela vadia tinha fugido, mais agora ela conseguiu, mandei o povo da festa ir para casa, e mandei os seguranças ir atrás dela. Eu estava no escritório até que o telefone tocou.

- Alô ¿

- Olha chefe encontrei o carro que ela fugiu e nenhum sinal dela só tinha um papel jogado dentro do carro e eu o peguei.

- Traga o papel pra mim e mande os outros continuarem as buscas, procurem em hotéis, hospitais qualquer lugar.

- Ok, chefe. – Desliguei –

 30 Minutos se passaram desde a última ligação quando ouvi um barulho de motor e fui até lá.

- Cadê o carro ¿

- Ali chefe – ele apontou –

- E o papel ¿

- Aqui – Ele me entregou –

 Entrei pra dentro do escritório eu estava sozinho, e fechei a porta abri o papel e li.

 “Desculpa por tudo Justin, mesmo não tendo um porque de eu me desculpar. Desculpa por roubar seu carro e suas seringas com não sei o que lá dentro, realmente me desculpe mais eu não aguento mais ficar presa aí, não adianta mandar virem atrás de mim, vocês não vão me encontrar, eu nem deveria escrevendo isso eu sou uma puta de uma idiota, porque quando você me bateu e me estuprou você nem deu a mínima, mais eu não sou igual a você eu sou diferente, e eu me preocupo. Desculpas por roubar suas coisas, e por ter traído sua confiança. Se é que você confiava em mim. Um beijo, Carolinne”.

Sentei na cadeira e refleti.  – Soquei a mesa –   PORRA Por que ¿ Por que ¿ Por que tem que ser assim ¿ Eu dei minha confiança a ela, UMA COISA MUITO VALIOSA. E eu dei a ela. Eu não acredito, eu não acredito essa menina vai me pagar caro, ela vai me pagar caro, muito caro.