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História The First - Camren - Os fins justificam os meios?


Escrita por: LaurenAlaska

Notas do Autor


Tá, parece que temos um capitulo depois de tanto tempo.
Bem, eu queria ter dado uma trabalhada melhor no cap, mas acho que vocês estão cansados de esperar, então espero que gostem.

Capítulo 27 - Os fins justificam os meios?


Fanfic / Fanfiction The First - Camren - Os fins justificam os meios?

Nova Jersey – EUA

- O que você está lendo? – pergunto a Camila que está concentrada do meu lado. – Camila? – desvio a atenção da estrada por alguns segundos para chamar sua atenção.

- Oi. – ela responde, fechando o livro.

- O que você está lendo? – repito.

- Ah, 1984 de George Orwell.  – ela responde.

- Ele não era muito criativo com títulos. – falo.

- Cala boca, ele era um gênio. – ela diz e volta a ler seu livro. – Você não deveria conhecê-lo?

- Por quê? – pergunto.

- Ele era simpatizante do anarquismo. Já vi você usando uma camisa com esse símbolo.

- George Orwell não está na lista de meus autores anarquistas. – falo.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Pode. – respondo.

- Acha mesmo que um mundo anarquista daria certo? – Ri com sua pergunta.

- Claro. – falo. – O que não dar certo é o Estado.

- Sem o Estado não haveria caos e as pessoas sairiam matando as outras? – Sinto vontade de rir, mas percebo que ela está falando sério.

- Não, Camila. – respondo. Não quero entrar em uma discussão política com ela. – Por que acha isso?

- Porque as pessoas são más, egoístas...

- Se as pessoas são tudo isso, por que aceitamos que o Estado mande em nossas vidas? Ele não é formado por pessoas?

- Ok, você venceu essa. – ela diz, e vejo que não está totalmente convencida.

- O anarquismo parte de um princípio. – falo. – Você é livre pra fazer o que quiser, desde que não agrida qualquer outra pessoa. Não acha que podemos viver assim?

- Parece um bom princípio. – ela diz e pensa um pouco. – Mas não podemos ter esse princípio e o Estado ao mesmo tempo?

- Não. – respondo. – O Estado agride você o tempo inteiro. De todos os agressores, ele é o maior.

- Essa conversa está bugando meu cérebro. – ela ri, e me olha. – Melhor mudarmos de assunto.

- Acho melhor.

- Qual o plano de hoje? – ela pergunta.

- Vamos parar em um hotel. – digo. – Estou cansada de transar nesse carro.

- LAUREN! – ela dar um tapão na minha perna.

- AI! – riu e vejo minha perna ficar vermelha em segundos. – Você está ficando muito forte. – digo, e ela acaricia minha perna.

- Desculpa. – ela ri.

- Conhece a Aurora? – pergunto Camila, que está mexendo no som.

- Sim. – ela responde animada. – Eu amo a Aurora!

- Eu sei. – digo, convencida.

- Sabe nada.

- Digamos que eu já vi você falando sobre ela com a Ally.

- É, parece que você sabe mesmo. – ela ri.

- Vamos ao show dela hoje. – digo, e Camila para o que está fazendo.

- Sério??

- Sim. Ela vai estar na cidade hoje à noite. – digo, e Camila parecia ainda não acreditar. - E a gente vai vê-la.

- Meu deus! – ela diz finalmente convencida. – Eu não tenho roupa pra ir!

- Você vai ficar linda em qualquer coisa que usar. – digo, e vejo um sorriso se abrir instantaneamente no rosto da garota ao meu lado.

- Isso foi extremamente fofo. – ela diz, e me dar um selinho rápido. – Mas eu realmente não tenho roupa pra esse evento!

Pov Camila

- Que horas começa o show? – pergunto, deitando na cama espaçosa do hotel.

- Às 22 horas. – Lauren responde, secando seu cabelo molhado pós-banho.

- Então temos quatro horas pra nos arrumar. – falo.

- Ou quatro horas pra ficar conversando bobagens. – ela diz, e deita comigo na cama.

- Achei que você ia dizer que tínhamos quatro horas pra transar. – digo.

- Eu? Claro que não. – ela diz irônica, e segura meu queixo com o polegar e o indicador e me beija.

Coloquei meus braços ao redor de seu pescoço e a puxei para mais perto de mim. Lauren rapidamente toma o controle da situação e começou a me provocar ao sugar meu lábio inferior suavemente. O calor da língua da Lauren de encontro com a minha fez meu corpo ter calafrios, e as investidas lentas o fez estremecer. Depois de um beijo prolongado entre diversas tomadas de fôlego, Lauren recuou.

- Vou pegar o violão. – ela diz, afastando sua boca da minha.

- Tudo bem.  – digo, mas, droga! Eu queria beija-la novamente.

Lauren volta minutos depois com o violão em mãos e senta ao meu lado.

- O que você quer ouvir? – ela pergunta.

- Qualquer coisa que seja cantada por você. – respondo.

Ela respira fundo e dedilha algum acorde, mas eu só consigo olhar seus olhos verdes brilhantes.

- Eu fiz essa música, enquanto você dormia no carro. – Foi o que ela disse antes de cantar.

She is the sweetest thing that I know

Ela é a coisa mais doce que eu conheço

Should see the way she holds me when the lights go low

Você devia ver o jeito que ela me abraça quando as luzes se apagam

Shakes my soul like a pothole every time

Ela balança minha alma como um buraco na rua todas às vezes

Took my heart upon a one way trip

Levou meu coração em uma viagem só de ida

Guess she went wandering off with it

Acho que ela foi vagar com ele por aí

None like most women I know

Ao contrário da maioria das mulheres que eu conheço

This one will bring it back whole

Esta vai trazer ele de volta inteiro

Ela cantava como uma garota que tinha amado por mais de um século. Era apaixonante, hipnotizante, deixava-me paralisada.

That every night I'll kiss you, you'll say in my ear

Que a cada noite que eu te beijar, você dirá no meu ouvido

Oh we're in love, aren't we?

Oh, estamos apaixonados, não estamos?

Hands in your hair

Minhas mãos em seus cabelos

Fingers and thumbs, baby

Dedos e polegares, querida

I feel safe when you're holding me near

Eu me sinto seguro quando você me abraça

Love the way that you conquer your fear

Amo o jeito que você conquista o seu medo

You know hearts don't break around here

Você sabe que corações não se partem por aqui

Eu achava difícil saber quando o amor era real, mas quando ele está na sua frente e você está vivenciando, ele se torna tão simples e você nem se dar conta de que encontrou o amor da sua vida. Amar pode ser difícil às vezes, e a gente chega a pensar que ninguém nunca vai nos amar verdadeiramente. Talvez a nossa velha mania de apressar as coisas torne o amor uma busca impaciente, mas em algum lugar desse mundo, alguém está destinado a amar você, assim como eu estou destinada a amar Lauren.

She is the river flowin' nowhere

Ela é o rio fluindo para lugar nenhum

And tin wind chimes used for doorbells

E sinos de vento de estanho usados em campainhas

Fields and trees and her smell fill my lungs

Campos, árvores e o cheiro dela preenchem meus pulmões

Spend my summertime beside her

Passo meu verão todo com ela

And the rest of the year the same

E o resto do ano é a mesma coisa

She is the flint that sparks the lighter

Ela é a faísca que acende o isqueiro

And the fuel that will hold the flame, oh

E o combustível que irá manter a chama acesa, oh

 Lauren está me olhando nos olhos agora. Talvez ela não tenha a noção do efeito que seu olhar tem sobre mim. Tiro o violão dela, e ela me encara.

- Eu te amo. – murmuro e a beijo.

O beijo durou menos de um segundo, mas foi o suficiente para fazer meu coração estrondar no meu peito.

- Faça amor comigo, Lauren. – pedi. Ela tocou meu rosto e meus olhos se encontraram com os dela. Ela sorriu pra mim. Aquele sorriso de aquecer o coração.

Lauren tirou minhas roupas lentamente, e usou seus lábios para tocar meu corpo relaxado.

Sem pressa, ela passa a beijar meu pescoço. Cada toque me causava um calafrio.

- Essa é a parte que eu jogo pétalas de rosas no seu corpo, certo? – ela brinca.

- Acho que estamos sem pétalas de rosas. – respondo.

- Feche os olhos. – hesitei por um instante, mas obedeci.

- Vou tocar cada centímetro do seu corpo. – ela diz, e sinto um toque suave na minha mão esquerda.

Sinto seu cabelo deslizar sobre minha barriga e, agora usando os lábios, beija meu pulso e logo em seguida chupa meu dedo anelar. Ela tira meu dedo da boca e vai beijando até meu ombro. Com seus dedos ávidos, brincou com meu mamilo enquanto beijava meu pescoço.

Ela fez uma trilha no interior da minha coxa.

Lauren mudou de posição e seu seio ficou junto ao meu. Não resisti e o apertei com carinho. O mamilo rapidamente enrijeceu na palma da minha mão. Minha barriga estava se contraindo de desejo, aquela sensação de carinho e luxuria estava me deixando cheia de tesão.

Os beijos de Lauren foram ficando menos gentis e mais excitados à medida que subia do pescoço para a orelha. Ela moveu o corpo e minha mão foi parar em sua coxa. Lauren interrompeu o beijo quando eu conduzi seus dedos para meu corpo. Movi meu quadril contra a mão dela, enterrando seus dedos dentro de mim.

- Você é muito impaciente, Cabello. – ela fala, e eu faço uma careta. É difícil manter o foco em meio à excitação de ter Lauren. – Não vou fingir que não gosto de saber que eu deixo você tão excitada que tem que enfiar meus dedos no seu corpo. – ela gira o dedo e eu estremeço. – Mas agora estou tentando ser gentil.

Então ela pega meu quadril e levanta a cabeça para esfregar o queixo em meu clitóris. Enfio minhas mãos em seu cabelo e arfo.

- Esqueça a parte do amor. – falo, e ela sorri. – Me foda com força! – Lauren me beijou com fervor. Enroscando a língua na minha.

- Acho que você está pronta para algo diferente. – ela diz, com um sorriso malicioso nos lábios.

- Topo qualquer coisa. – digo, e ela ri surpresa.

- Qualquer coisa?

- Qualquer coisa. – respondo, e já estou pensando em todas as fantasias sujas que podem passar pela cabeça da Lauren.

- Chupe-os. – Lauren ordena colocando os dedos na minha boca. – Tudo bem? – ela pergunta me fitando.

- Sim. – respondo, de quatro na cama. Meu coração está pulando de excitação.

- Ah, Deus. – gemi, fechando os olhos com força. Estava doendo. Lauren ia fundo dentro de mim. Mordi o lábio, as lagrimas escorreram pelo meu rosto, a pressão dentro de mim era dolorosa e excitante ao mesmo tempo. Céus!

A dor da penetração misturava-se ao prazer do momento em que ela saía. Abri mais as pernas para facilitar os movimentos da Lauren. As investidas aumentaram de velocidade. Eu podia sentir minha vagina pulsando de vontade. Lauren estava fodendo mais forte agora, a dor era intensa, mas o prazer era dez vezes mais doce.

Ela me envolveu com o outro braço e acariciou meu clitóris. Ela pegou minhas mãos e as apertou com força contra o colchão, uma de cada lado da minha cabeça. Movendo-se mais rápido para me fazer gozar. Então gritei, sendo assaltada por um orgasmo inesperado. Ela estava com seu rosto contorcido de prazer. Seu corpo rígido. Os dedos torcendo os lençóis embaixo de si.

Perfeita. A mulher era perfeita. Estava vermelha do esforço e o cabelo pregado na testa suada.

Lauren me beijou com carinho, alisando meu braço nu.

- Eu te amo. – ela sussurrou no meu ouvido.

- Eu também te amo, Lo. – Eu disse, e logo adormecemos.

POV LAUREN

- Vamos logo, Camila! Estamos atrasadas. – digo, enquanto Camila está calçando o tênis.

- Calma, eu já tô terminando.

- Se eu perder Murder Song, eu vou te matar. – Disse em uma falsa ameaça e ela riu.

- Misericórdia, eu já tô indo.

- Você está linda. – digo, com um sorriso bobo.

- Não mais que você.

Chegamos ao local do show e Camila parecia animada.

- Vamos procurar um local mais próximo do palco. – ela diz, puxando meu braço.

- Aqui não está bom? – digo, enquanto sou arrastada.

- Eu preciso ver aquela mulher de perto, Lo. – Camila sai abrindo caminho entre as pessoas. – Aqui está bom. – finalmente ela diz, próxima ao palco.

Não demorou muito para Aurora aparecer no palco. Ela começou a cantar Warrior, e a plateia sentiu o quão emocionante seria aquele show.

I fall asleep in my own tears

Eu adormeço nas minhas próprias lágrimas

I cry for the world, for everyone

Eu choro pelo mundo, por todos

And I build a boat to float in

E eu construo um barco para flutuar

I'm floating away

Eu estou flutuando para longe

Olhei para Camila que parecia está em outro planeta. Era tão bom vê-la feliz, tão bom quanto faze-la feliz. Abracei Camila e cantamos juntas.

Let love conquer your mind

Deixe o amor conquistar sua mente

Warrior, warrior

Guerreiro, guerreiro

Just reach out for the light

Basta buscar a luz

Warrior, warrior

Guerreiro, guerreiro

I'm a warrior

Eu sou um guerreiro

Warrior, warrior of love

Guerreiro, guerreiro do amor

- Obrigada. – Aurora disse em meio aos aplausos do publico. – Muito obrigada. Estou tão feliz de está cantando essa noite pra vocês. Espero que vocês aproveitem o show. – ela disse animada e logo em seguido começou a cantar Runaway.

- Eu vou pegar algo pra beber, você quer? – perguntei a Camila, quando a música terminou.

- Não, tô bem. – ela me beija, e eu saio.

No caminho para o Bar eu vejo uma figura bastante familiar. Aparentemente, estava usando óculos escuros. Qual o único cara que usa óculos escuros à noite?

- Justin?

- Lauren! – ele se vira e me abraça. – Garota, o que está fazendo por aqui? – ele pergunta animado.

- Estou só passeando. – digo, e vejo que ele está acompanhado. – Depois que você saiu da Sword & Cross, eu não tive mais noticias suas, por onde andou?

- Atlanta. – ele disse. – Tenho negócios em Atlanta.

- Garoto de negócios. – brinquei.

- Ah, esse aqui é meu amigo Niall.  – ele me apresenta o garoto loiro.

- Oi, Lauren.

- Oi. – respondo. – vocês não tem cara de quem são fãs da Aurora não. – digo, e os dois se olham.

- Mas temos cara de traficante, certo? – Justin diz me pegando de surpresa.

- Justin, você era o maior traficante daquela escola. – falo e pego minha bebida.

- Hoje eu sou o maior traficante de Atlanta. – ele diz.

- Você tá falando serio? – pergunto ao ver que sua cara não era de brincadeira.

- Sim. – ele diz tranquilo. - Estou preste a cometer um assassinato e se eu fosse você sairia rápido daqui.

- Justin, você realmente está falando sério? – pergunto largando a bebida. – Você tinha seus lances de drogas na escola, até ai tudo bem. Mas você está me dizendo que é traficante em Atlanta...

- O maior traficante de Atlanta.  – ele me interrompe.

- Foda-se, não importa. Você virou traficante de verdade! E está me dizendo que vai matar alguém hoje. Você tá bem?

- Acho que aqui não é o melhor lugar pra conversar. – Niall diz, e Justin concorda.

- Vamos lá pra fora.

Acompanhei os dois até o estacionamento. Eu realmente espero que isso seja só uma piada do Justin.

- Você precisa sair daqui. – Niall diz pra mim.

- E vocês precisam me explicar o que tá acontecendo.

- Basicamente vamos matar um rival nosso hoje, e você precisa sair daqui se não quiser correr o risco de ser baleada. – Niall disse de uma vez só.

- Tudo bom com vocês? Qual a droga que vocês usaram?

- Lauren, a gente não tá brincando. – Justin se aproximou de mim. – Eu gosto de você e Zayn me mataria se acontecesse qualquer coisa com esse rostinho branco.

- Zayn sabe que você virou assassino?

- Assassino é uma palavra muito forte. – ele diz. – Eu prefiro Cara-que-protege-seus-negócios-a-qualquer-custo.

- Eu não acredito que você tá falando isso.

- Ei, pensei que você acharia legal. – ele diz. – A gente costumava conversar sobre matar pessoas quando estávamos chapados, lembra?

- Isso mesmo, Justin. Quando a gente tava doidão! Não era pra colocar isso em prática!

- Justin, não temos muito tempo. – O loiro falou.

- Ok. Escuta. – ele me segura pelos ombros. – A gente já localizou o cara. Pega seu carro e sai daqui, ou nos ajuda. Eu lembro que você costumava gostar de uma adrenalina. Posso te pagar por seus serviços, se quiser.

- Vocês não vão estragar o show da Camila. – digo.

- O que? Camila? – ele me solta.

- Camila está comigo.

- Que Camila? A nerd da escola?

- Ela mesmo.

- Vocês estão juntas? Nossa que casal bonito - ele disse. - Então você está certinha agora?

- Se você estragar o show da Camila, eu mato você. – digo, e ele sorri.

- Essa é a Lauren que eu conheço. Vamos fazer um acordo então.

- Justin, não temos tempo pra ficar brincando de amigos que fazem acordos. – Niall fala.

- Eu sou o chefe, não sou? – Justin diz, e olha para o garoto.

- Faça o que você quiser, só não diga que eu não avisei.  – o garoto sai, deixando nós dois a sós.

- Qual seu acordo? – pergunto.

- Eu não mato o cara no show da Aurora. – ele diz – Mas, você vai ter que me ajudar.

- Ajudar com o quê?

- A matar ele, ora. – ele diz como se fosse normal. – Qual é, Lauren, você sempre foi a fora da lei. Vai dizer que está com medo?

- Eu não estou com medo. – digo, e eu realmente não estava. – O que eu tenho que fazer?

- Eu descobri o local onde o cara está ficando. – Justin diz, e coça o queixo. – Porém, eu achei mais fácil fazer o serviço em um lugar cheio de gente. Seria mais fácil eu me disfarçar no meio da multidão, entende? – ele fala como se fosse obvio. – Mas, como não queremos estragar o incrível show da Aurora, eu posso arriscar fazer o serviço no hotel que ele está. – Justin anda um pouco e diz. – Você só tem que ser minha motorista.

- Eu acho que posso fazer isso.

- Me espere às 3 horas. Aqui nesse mesmo local. Bom show. – ele dá um beijo na minha cabeça e sai.

Que merda eu vou fazer.

Volto para dentro e Camila estava me procurando.

- Lo, onde você estava? – ela pergunta e me abraça.

Eu não sei o que acontece comigo quando Camila me abraça. Eu só quero ficar ali, parada, aproveitando cada segundo daquele abraço que, ao mesmo tempo em que me fortalece me deixa fraca.

- Eu encontrei um amigo. – digo, e a beijo. – Vem, vamos aproveitar o show. – A levo de volta para próximo do palco.

5, 4, 3, 2, 1

5, 4, 3, 2, 1

He holds the gun against my head

Ele segura a arma contra a minha cabeça

I close my eyes and bang, I am dead

Eu fecho os olhos e bang, estou morta

I know he knows that he’s killing me for mercy

Eu sei que ele sabe estar me matando por misericórdia

- Tudo bem? – pergunto ao perceber que Camila está chorando.

- Sim, eu apenas amo essa música. – Ela me abraça e ficamos ali apenas ouvindo a voz da Aurora e um violão de fundo.

And here I go

E aqui vou eu

Oh oh oh oh

Oh oh oh oh

Oh oh oh oh

Fechei os olhos e tentei esquecer o que eu iria fazer daqui a algumas horas.

He holds my body in his arms

Ele segura meu corpo em seus braços

He didn't mean to do no harm

Ele não queria me fazer nenhum mal

And he holds me tight

E ele me segura tão apertado

Eu seria apenas motorista. Ok, eu não mataria ninguém. Eu não seria uma assassina. Afinal, os fins justificam os meios. Não foi isso que Maquiavel disse? Então, eu estou fazendo isso por Camila, eu sei o quanto ela queria vim para esse show, não poderia admitir que alguém estragasse. Agora eu só tenho que dirigir um carro, moleza. Dirigir um carro direto para um assassinato! Eu consigo sobreviver com isso.

Oh, he did it all to spare me from the awful things in life that come

Ah, ele fez tudo para me poupar das coisas horríveis que a vida traria

And he cries and cries

E ele chora e chora

I know he knows that he’s killing me for mercy

Eu sei que ele sabe estar me matando por misericórdia

O show terminou e fomos tentar tirar uma foto com a Aurora.

- Você parece tensa. Está tudo bem? – Camila pergunta.

- Eu estou bem, amor. – falo e ela sorri. – A gente vai encontrar a Aurora! Eu só estou nervosa.

- Você nervosa? – ela me olha desconfiada. – Tá, vou fingir que acredito.

Conseguimos tirar a tão esperada foto com a Aurora, e decidimos voltar para o Hotel já que eu supostamente estava exausta. Na verdade, eu só queria que Camila dormisse para ela não me ver saindo as 3 horas.

- O que tá acontecendo, Lauren? – Camila pergunta séria, quando entramos no quarto.

- Não está acontecendo nada, Camila. – digo.

- Você está estranha. – ela diz

- Estranha como?

- Você me perguntou no meio da conversa se os fins justificam os meios.

- E dai? Isso não é estranho. – falo e deito na cama.

- A gente estava falando sobre patos serem fofos! – ela diz. – Além de você ter soltada a frase do nada, você parecia está em outro lugar.

- Camila, olha pra mim. – fico de frente para ela. – Está tudo bem, ok?

- Ok. – ela me pareceu convencida. – Você está bem.  Vamos assistir alguma coisa?

- Você escolhe. – disse.

- MEU DEUS! Está passando um especial de BTS na TV. – ela diz animada e eu fico surpresa.

- Você escuta Kpop? Você acabou de sair do show da Aurora, como você consegue descer o nível tão rápido assim?

- Cala boca, Lauren. – ela diz aumentando o volume da TV. – Eles são fofinhos.

- Eles são todos iguais, Camila! – digo e ela ri. – O que muda é só a cor do Cabello.

- Hahaha bela piada. – ela diz dançando ao som dos garotos.

Camila dormiu por volta das 2 horas. Levantei tentando fazer o mínimo de barulho possível.

- Te amo. – sussurrei pra Camila, enquanto colocava minha jaqueta.

Olhei as horas e já eram 2:30. Acho melhor eu sair logo, antes que Camila acorde.

Abro a porta bem devagar...

- Acho que você se esqueceu de me acordar, Lo. – ouvi a voz da Camila .

Droga.

- Pra onde você está indo? – ela perguntou, e eu não soube o que dizer. Não queria mentir, mas também não queria dizer a verdade.

- Eu vou encontrar um amigo. – disse

- Um amigo?  Há essa hora? – ela perguntou irônica. – Sabe, Lauren, eu acredito que os fins não justificam os meios. Você não pode passar por cima de qualquer coisa ou pessoa pra chegar ao resultado que você deseja. Eu deveria ter dito isso quando você me perguntou. Eu não sei o que você está pensando em fazer, mas os fins não justificam os meios.

- Nem se for por causa da garota que você ama?

- Nem se for por ela. – ela diz séria. – Isso é só uma desculpa pra justificar o erro, Lauren!

- Camila...

- Lauren. – ela diz esperando uma explicação.

- Ok. Desculpe. – Camila me abraçou forte. – Eu nunca gostei do Maquiavel mesmo.

- Agora pode me contar o que você ia fazer. – ela diz

- Não é o que eu “ia” é o que eu vou fazer. – falo.

Contei toda historia pra Camila, e ela não ficou tão surpresa quanto eu esperava.

- Eu vou com você.

- Oi? Você entendeu o que eu estou indo fazer?

- Sim. Por isso quero ir junto.

- Camila, você não vai.

- Você não pode me prender aqui. – ela diz colocando o tênis.

- Camila é perigoso.

- Você vem ou não? – ela abre a porta.

Fiquei parada tentando entender o que estava acontecendo com a Camila.

- Onde está lance de os fins não justificarem os meios? – falo na tentativa de fazê-la ficar.

- Eu não disse que vamos fazer uma coisa boa, disse?

- O que está acontecendo com você?

- Preciso me encontrar. – ela diz. – Escolhi nossas férias pra saber quem eu realmente sou. Por favor, Lauren. Vamos logo.

- Ok, vamos lá então.

Eu sabia que não era uma boa ideia levar Camila, mas o que eu podia fazer?

(...)

- Você está bem? – pergunto à Camila.

- Lauren, não aja como se eu fosse surtar a qualquer momento.

- E você não vai?

- Não, eu estou bem.

- Por que você está querendo se encontrar? Achei que você sabia quem era.

- Não vamos ter essa conversa agora, por favor.

- Por que não?

- Acabamos de ajudar na morte de alguém, acho que essa não é a melhor hora.

Peguei uma garrafa de uísque que tinha no carro, e tomei um gole.

- Você quer? – perguntei a ela.

- Sim. – passei a garrafa pra ela, e a vi fazendo careta quando o líquido desceu em sua garganta.

- Eu acho que também preciso me encontrar. – digo. – Não sei quem realmente sou, não sei se as atitudes que eu tomo são realmente algo que eu queira fazer. Acho que não é só você que está perdida aqui. – pego a garrafa de suas mãos e bebo mais.

- Você é a Lauren sarcástica e segura de si. – ela diz. – Você faz o que você quer, Lauren. Você aproveita o momento. Já eu, bem, eu sinto que sou apenas um reflexo do que meus pais querem que eu seja.

- Por isso está tentando quebrar as regras? – pergunto.

- Eles são ótimos pais, sabe? Eu não posso reclamar da educação que tive. Eles atravessaram a fronteira só para me dar uma vida melhor, e eu sou grata por isso. Mas eles planejaram minha vida inteira, e nem me perguntaram se era realmente isso que eu queria. – ela toma mais da bebida. – Meus dias sempre foram os mesmo; estudar, mas estudar muito, porque nos planos deles eu tenho que entrar na melhor universidade de Miami. Depois eu vou arrumar um emprego, casar, ter filhos e aquele clichê todo.

- Você não quer isso?

- Eu achava que queria. Mas agora eu não sei mais. – ela respira fundo. – Eu quero descobrir quem eu sou, porque minha vida toda eu segui o roteiro dos meus pais, Lauren.

- Você está aqui comigo agora. – digo e ela me olha. – Acho que namorar uma garota não estava no roteiro. – vejo ela tomar mais um gole da bebida. – Camila, nossos pais sempre vão querer que a gente faça tudo que eles planejam, mas isso não significa que vamos fazer, certo? – ela concorda. - Eu sei quem você é, Camila. Você não é só reflexo que seus pais idealizaram. Você é a garota chata da Sword & Cross.

- E você é a insuportável. – ela sorri e me passa a garrafa.



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