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História The First - Camren - A Teoria do Caos


Escrita por: LaurenAlaska

Capítulo 31 - A Teoria do Caos


Fanfic / Fanfiction The First - Camren - A Teoria do Caos

Los Angeles - EUA

- Já pensou em voltar no tempo? – pergunto a Camila que está folheando as páginas do livro.

- Tipo, construir uma máquina do tempo? – ela pergunta.

- Não. – respondo, e ela fecha o livro. – Tipo ter superpoderes! – falo entusiasmada.

- Superpoderes? – ela pergunta.

- É. – Estou falando diretamente pra ela, enquanto tento não matar a gente em um acidente de carro. – Já pensou como seria legal? Você poder impedir que algo aconteça.

- Lolo, não podemos mudar as coisas. Elas têm que acontecer conforme o script.

- Script de quem? – pergunto. – De Deus? Buda? Zeus? Ou qualquer outra força divina?

- Do universo. – ela responde. – Estamos numa viagem constante no tempo. Se você reparar à medida que eu falo as palavras vão ficando no passado. Tecnicamente, o tempo presente é uma ilusão.

- Misericórdia. – falo, e ela ri.

- Existe uma coisa chamada a Teoria do Caos. – ela começa, e sai que o momento nerd está chegando. – Ele basicamente diz que, uma mudança no inicio de um evento qualquer, pode trazer consequências enormes no futuro.

- Acho que já ouvi isso em alguma aula. – digo.

- As que você sempre saia pra fumar maconha? – ela pergunta e ri.

- Às vezes eu ficava. – digo. – Quando queria manter meus olhos em você.

- Isso foi bem psicopata. – ela diz. – Você já deve ter ouvido sobre essa teoria assim; “o bater das asas de uma borboleta aqui, agora, pode provocar um furacão no outro lado do mundo em um curto espaço de tempo”.

- Realmente eu já ouvi. – digo, ultrapassando o sinal vermelho. – Então, o que você está me dizendo é que, se tivesse poderes de voltar no tempo, não voltaria porque causaria efeitos enormes?

- Sim. – ela diz.

- Nossa como você é chata! – falo.

- A teoria do caos basicamente aparece em quase todos os aspectos do universo! – ela diz. – Eu não quero brincar com isso.

- Então vamos supor algo aqui. – digo. – Estamos na estrada agora, certo?

- Certo.

- Eu vejo um garoto pedindo carona. – digo. – E eu resolvo parar o carro pra ele. Quando paramos, descobrimos que ele não queria uma carona, ele queria roubar nosso carro. Eu, com toda minha força concebida pelos deuses do olimpo, reajo ao assalto tentando tomar a arma dele.

- E eu fico no banco parada enquanto isso acontece? – ela pergunta rindo.

- Presta atenção. – falo, e não consigo segurar o riso. – Então, no meio da nossa batalha, eu levo um tiro e acabo morrendo. Camila Cabello, você não voltaria no tempo para me impedir de dar carona para o homem, impedindo assim minha morte?

- Vai se foder! – ela diz rindo. – Isso não vale!

- Vale sim, cala boca. – riu, e a encaro. – Você não voltaria, Camila?

- Eu abriria uma exceção pra você. – ela diz. – Mesmo que as consequências fosse um furacão enorme destruindo toda uma cidade, eu te salvaria.

- Boa garota. – falo convencida.

- Mas na realidade isso seria impossível. Para uma viagem no tempo acontecer, precisaríamos ultrapassar a velocidade da luz de 299.792.458 metros por segundo, e isso é impossível. Não conseguimos nem viajar na mesma velocidade, quem dirá ultrapassa-la.

- Você sabe a velocidade da luz! – digo surpresa. – Como você sabe a velocidade da luz, Camila?! Meu deus, quem decora a velocidade da luz?! Você não é normal. Eu não confio em quem sabe a velocidade da luz.

- Eu sei de muitas coisas, Lauren. – ela diz, tentando bancar a misteriosa.

- Então me fale algo que eu vou ficar bem perplexa, mas eu tenho que ficar em choque mesmo, a ponto de não conseguir dirigir e passar o volante pra você. - A desafio e ela sorrir.

- Já ouviu falar do número PHI? – ela pergunta.

- Não. – ela dá um sorriso diabólico que eu quase fico com medo.

- O número mais belo do universo. – ela fala. – A pedra fundamental de Deus. 1,618, o PHI!

- O que tem isso? – pergunto, e uma aula bizarra sobre esse número começa.

(...)

- Que horas são? – pergunto-a sentada no banco do passageiro.

- Quatro e trinta. – ela responde. – Você não deveria ter jogado seu celular fora.

- Não queria tá recebendo ligações da Clara o tempo inteiro. – falo. – Vamos a uma festa hoje, tá?

- Que tipo de festa?

- Sabe aquelas com tapete vermelho e varias celebridades? – pergunto.

- Sei.

- Vamos para uma.

- Nós vamos? – ela diz rindo e eu concordo. – Não vamos sonhar tanto assim, Lauren.

- Vamos tomar um banho antes. – falo, e sinalizo para ela parar em um hotel à beira da estrada.

(...)

Pov Camila

Lauren me fez vestir minha melhor roupa. Que era basicamente um vestido azul e um All Star. Dá próxima vez eu preciso colocar menos livros e mais roupas.

Eu não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo. Lauren estava, como de costume, toda de preto e me perguntando as horas o tempo inteiro.

Na nossa frente havia uma longa fila de limusines pretas. Havia um tapete vermelho ao longo da calçada, fotógrafos, pessoas bem vestidas e um banner enorme que dizia “STEVE JOBS COMEMORANDO MAIS UMA FILIAL EM LA”.

- Steve Jobs não é o dono da Apple? – falo pra Lauren.

- Exatamente. – ela diz.

- Lauren, nossos nomes nunca vão está na lista de convidados. – falo pra ela.

- E quem precisa disso? . – ela diz. – Não somos qualquer pessoa. Nós somos a versão jovem de Bonnie e Clyde. – ela sorriu. – Se nós não temos o direito de estar aqui, então quem tem?

- Quem é Bonnie e Clyde? – perguntei rindo.

- Eu preciso mesmo te dar umas aulas de Historia. – ela diz. – Eles foram um casal de assaltantes de banco e assassinos durante a crise de 29. Tem um filme bem legal sobre eles. – ela dá de ombros.

-Não somos ladras de bancos. – digo.

- Não ainda. – ela pisca pra mim.

Lauren ligou o carro e deu a volta no prédio.

- Vamos entrar pelos fundos? – pergunto.

- Não é todo mundo que conhece Bonnie e Clyde. – ela ri.

Lauren sai do carro e pede pra eu esperar. “Não quero que você suje seu vestido”, foi isso que ela disse antes de sair.

Fico observando Lauren pular o muro e acabo rindo. Que garota maluca eu fui arrumar.

Ela acena pra mim quando já está do outro lado. Escoro minha cabeça na janela, apenas observando qual a ideia de gênio dela.

Lauren fica parada perto da porta durante alguns segundo, até que alguém sai de lá carregando um saco de lixo, eu acho. Não sei se vi direito a cena, mas Lauren sacou uma arma e bateu com força na cabeça da pessoa, fazendo-a cair instantaneamente no chão.

Uma arma.

Lauren tem uma arma.

Ela não deixou a arma na viatura como combinamos.

Vejo Lauren arrastar o corpo para um local mais escuro e, por incrível que pareça, a única coisa que me choca ali é o fato dela ter uma arma. Lauren abre o portão e faz sinal para me entrar. Os convidados estavam chegando pela rua principal, então a rua que Lauren parou o carro estava deserta. Ponto pra gente.

- Que merda você está fazendo? – pergunto ao vê-la vestindo o avental do garçom que está no chão.

- Garantindo nossa festa. – ela sorri. – Você merecia entrar pelo tapete vermelho, mas o que temos agora é isso.

- E quando ele acordar, Lauren? – pergunto.

- Não se preocupe. – ela me beija. – Vamos ficar bem. – ela diz, e eu tenho a mania de acreditar.

Ouvimos a voz de outra pessoa chegando, e Lauren me entrega a arma.

- Bata com toda sua força. – ela diz.

- Mas Lauren...

- Camila, só faz. – ela pisca pra mim.

Então quando o homem se aproximou, bati na cabeça dele e, instantaneamente, caiu desacordado.

Não é estranho? Como posso dizer isso sem culpa?

Quando formos pegas, tenho certeza que o juiz vai dizer: “Vocês duas pensaram que eram invencíveis?” Então eu vou olhar no fundo dos olhos dele e dizer: “Não, senhor, na verdade eu pensava que íamos ser pegas todo dia”.

Lauren arrasta os corpos para uma parte mais isolada.

- Cuide da sua reputação, Lauren. – digo, e ela ri.

- Outro dia, outro drama, outro crime. – ela fala e pisca pra mim.

O que será que não podíamos fazer quando estávamos juntas?

Entramos na cozinha e fomos recebidas por vários olhares.

- Relaxa. – Lauren segura minha mão.

- Aqui. – um rapaz entregou uma bandeja com varias taças de champanhe a Lauren. – Continue o trabalho.

- Sim, senhor. – Lauren disse segurando a bandeja toda desajeitada.

- Quem é a garota? – O rapaz pergunta, referindo-se a mim.

- Minha irmã. – ela fala. – Ela vai ficar quieta, não se preocupe. – ela diz, como se eu fosse uma criança que não podia ficar sem a supervisão de um adulto.

- Acho bom. – ele diz e sai.

Lauren caminha pelo grande salão de festa e eu acompanho.

- O que você tá fazendo? – pergunto ao vê-la tirando o avental e colocando a bandeja em uma mesa.

- Não achou que eu ia servir essas pessoas né? – ela falo virando uma taça de champanhe goela abaixo. – Acho que merecemos mais do que Uísque barato. – Lauren me entrega uma taça.

- Afinal de contas, somos o casal Bonnie e Clyde. – viro a taça logo em seguida.

- Vem comigo. – Lauren me puxa para o salão de dança.

Observei os homens de terno escuro e mulheres de vestido longos cobertas de joias dançando no salão.

- Eu não sei dançar. – falo pra ela.

- Eu também não. – ela diz. – Mas esse detalhe não importa.

Então Lauren coloca suas mãos em volta da minha cintura. Sua postura é perfeita, quase como se fosse uma dançarina profissional. Me encaixo em seu corpo, e movimentamos nossos corpos lentamente.

Olho para toda aquela situação e riu. Estava no meio daquelas pessoas que cheiravam a Chanel e Gucci, enquanto eu cheirava a Forever 21 e Uísque barato. Não tinha como não ri.

- O que foi? – Lauren perguntou no meio da dança.

- Nada, é só engraçado.

- O que?

- A gente no meio desses ricos todos. – falo, e encosto a cabeça em seu ombro. – Apesar de você cheirar Chanel também. – digo, lembrando que a família dela é uma das mais ricas de Miami.

- Eu estou com o mesmo cheiro que você. – ela diz. – Criminalidade e uísque barato.

- Eu quero ficar na mesma cela que você. – falo. – Quando a gente for presa essa vai ser minha exigência.

- Não vamos ser presas. – ela diz, mas não me parece confiante.

- Tem dois caras desacordados lá fora, Lauren.

- Se formos presas. – ela diz. – Fugiremos.

Ela beija meus lábios suavemente como eu queria. Lauren depositou um beijo carinhoso atrás da minha orelha e disse:

- Tenho algo pra você. – um garçom passa perto da gente e ela pega duas taças de champanhe virando uma em seguida da outra. – Preciso de coragem. – ela explica.

- O que você vai fazer, Lauren? – pergunto, percebendo seu olhar fixo para um grupo de músicos que se encontravam a nossa frente.

- Apenas observe.  – ela diz, me deixando sozinha e indo na direção dos músicos.

Vejo Lauren conversar com eles. Eles pareciam está tentando ignora-la, mas eu sabia que não conseguiriam fazer isso por muito tempo. Quando Lauren aciona seu charme, poucos são capazes de resistir.

Obviamente, pouco tempo depois vejo eles concordarem com a cabeça. Ela olhou pra mim e sorriu. Lauren vai até o violão e respira fundo.

Ela não vai fazer o que eu acho que vai.

Logo em seguida vai até o pedestal e posiciona o microfone. Algumas pessoas já estão olhando em sua direção, isso já seria o suficiente para me travar ali mesmo.

- Boa noite senhoras e senhores. – ela diz, e todos ali presente estão com sua atenção voltada pra ela. – É um prazer está aqui. Não digo isso só pelas bebidas boas que vocês têm. – algumas pessoas riem, e Lauren olha na minha direção. – Eu gostaria de cantar uma música. – ela fala. – E queria pedir a atenção de todos.

Como se a atenção não estivesse toda nela naquele momento.

- Eu fiz essa música alguns dias atrás, e ela é meio bobinha, mas eu não espero que vocês gostem. – ela diz, e alguns cochichos podem ser ouvidos. – Eu só preciso que uma garota, que está aqui esta noite, goste. Então, se vocês puderem me desejar boa sorte, eu agradeceria muito. – ela sorri, e logo em seguida um coro de boa sorte pode ser ouvido.

Lauren encantava todo mundo, eu pude comprovar isso hoje.

Ela começa a dedilhar alguns acordes antes de começar a cantar o primeiro verso.

I should ink my skin with your name

Eu devia fazer uma tatuagem com seu nome.

Alguns risos podem ser ouvidos da plateia que se juntou perto do pequeno palco.

And take my passport out again

E tirar meu passaporte de novo

And just replace it

E apenas substitui-lo.

Escoro-me em uma coluna e percebo que estou sorrindo feito uma idiota.

See, I could do without a tan on my left hand

Veja, eu poderia viver sem um bronzeado em minha mão esquerda

Where my fourth finger meets my knuckle

Onde meu quarto dedo encontra minha articulação

Ela mostra seu dedo, e risos podem ser ouvidos.

And I should run you a hot bath

E eu devia te preparar um banho quente

Fill it up with bubbles

E enchê-lo de bolhas.

A plateia em uníssono solta um “ownt” e Lauren sorrir.

- Eu disse que a música era bobinha. – ela fala, enquanto ainda dedilhar os acordes.

Cause maybe you're loveable

Porque talvez você seja adorável

Maybe you're my snowflake

Talvez seja meu floco de neve

And in the winter, I'll hold you in a cold place

E no inverno, eu te abraçarei em algum lugar frio

Eu tentei ser forte, mas as lágrimas foram descendo lentamente sobre meu rosto. O garçom, que estava perto de mim, sorriu ao me entregar um lenço.

- Música bonita. – ele diz, mas eu só consigo prestar atenção na Lauren.

And you should never cut your hair

Voce não devia o cortar o cabelo

'Cause I love the way you flick it off your shoulder

Porque eu amo o jeito que você tira ele do ombro

And you will never know, Just how beautiful you are to me

E você nunca vai saber o quanto eu te acho linda

But maybe I'm just in love when you wake me up

Vai ver eu só fico apaixonada quando você me acorda

Percebo que alguns seguranças estão observando fixamente a Lauren. Fico preocupada, mas nada no mundo importava mais do que vê-la cantando. Do que vê-la cantando uma música pra mim.

And would you ever feel guilty if you did the same to me?

Você se sentiria culpada se fizesse o mesmo comigo?

Could you make me a cup of tea To open my eyes in the right way?

Poderia fazer um chá para eu acordar direito?

And I know you love Shrek

Sei que você ama Shrek

'Cause we've watched it 12 times

Porque assistimos 12 vezes

A plateia parecia hipnotizada a cada verso cantado.

- 13 agora. – Lauren diz, e me lembro que fiz ela assistir Shrek noite passada.

And maybe you're hoping for a fairytale too

Mas talvez você esteja esperando por um conto de fadas também

And you will never know, Just how beautiful you are to me

E você nunca vai saber o quanto eu te acho linda

But maybe I'm just in love when you wake me up

Vai ver eu só fico apaixonada quando você me acorda

Fico surpresa quando as pessoas cantam o ultimo trecho junto com a Lauren.

I think you hate the smell of smoke

Você odeia o cheiro do cigarro

You always tryna get me to stop

Porque sempre tenta fazer eu parar

But you drink as much as me

Mas você bebe tanto quanto eu

And I get drunk a lot

E olha que eu vivo bêbada

À medida que Lauren vai cantando todos aqueles versos, eu percebo o quanto eu sou apaixonada por ela. Ela passou de garota insuportável, para aquela que eu não conseguiria passar um dia longe. O engraçado é que ela conseguiu isso então pouco tempo. Parece que foi ontem que estávamos atrás de um atestado médico pra justificar nossa ausência na escola.

Eu lembro claramente do dia que eu cruzei com ela no corredor. Se eu pudesse voltar no tempo, eu não mudaria nada, nenhum detalhe se quer, porque desde o primeiro olhar cruzado no corredor da escola até aqui, é resultado de todas as minhas escolhas.

Lauren termina a música e é aplaudida por todos. Ela larga o violão e vem até mim.

- Você gostou? – ela pergunta.

- Se eu gostei? Meu deus, eu amei. – digo, e vejo um sorriso se abrir em seu rosto. – Eu definitivamente amei.

Então eu a beijei logo em seguida. Um beijo lento e doce.

- Com licença. – ouvimos uma voz masculina interromper. Paramos o beijo e demos de cara com 4 seguranças.

Ferrou.

- As senhoras estão presas. Nos acompanhe. – ele diz, e eu gelo imediatamente. – Se resistirem teremos que usar força...

- Por que estamos sendo presas? – Lauren pergunta.

- Além de terem invadido uma festa privada, agrediram dois funcionários nossos. – ele fala sério, porém calmo. – Então nos acompanhe, não queremos fazer nenhum alarme na festa.

Olho para Lauren na esperança de surgir uma ideia brilhante, mas percebo que é impossível escapar daquela situação.

- Acho que o senhor cometeu algum engano... – Lauren tenta convence-lo de algo, mas sem sucesso.

- Elas estão comigo. – Uma voz feminina surge no meio dos guardas.

- O que você disse? – o guarda pergunta.

- Elas estão comigo. – A garota, que não aparentava ser mais velha que a gente, repete. – As deixe em paz. São minhas convidadas.

- Creio que a senhorita não sabe o que elas fizeram...

- Bob, eu já falei que elas são minhas convidadas? – ela pergunta irônica, e o guarda se retrai.

- Desculpe incomodar, senhoritas. – ele fala para gente e se retira.

Deus existe. E é a garota loira que acabou de nos salvar.

- Oi, meninas. – ela sorri. – Parece que eu livrei vocês de serem presas.

- Obrigada. – falo. – Você literalmente salvou nossas vidas.

Lauren não disse nada. Apenas observava a situação.

- Por que vez isso? – Lauren perguntou.

- Bem, parece que ela não é muito de agradecer. – A garota diz pra mim.

- Obrigada por nos ajudar com o guarda. – Lauren força um sorriso. – Agora, por que fez isso? – a garota sorrir pra Lauren e depois me encara.

- Me sigam. – ela diz, e sai andando.

Olho pra Lauren e ela dá de ombros.

- Vamos lá. – ela fala. – Pior do que está não fica.

A garota atravessou o salão de festa e foi para um local mais isolado.

- O que você acha que ela quer? – pergunto baixinho para Lauren.

- Estou na duvida entre um ménage ou apenas sexo com você mesmo. – Lauren diz, e eu paro de caminhar.

- O que? – pergunto e Lauren ri.

- Você reparou o jeito que ela olha pra você? – Lauren para de caminhar também. – Qualquer coisa a gente corre.

- As madames vão ficar de conversinhas? – a garota pergunta bem-humorada. – Já chegamos, vamos.

Ela entra em uma porta escrito “Permitido apenas para funcionários”.

Acompanhamos ela e encontramos o país das maravilhas. Um lugar repleto de bebidas.

- Aqui estão os melhores vinhos. – ela diz indo até uma adega e procurando algo.

- A mão chega treme nesse lugar. – Lauren fala observando cada prateleira.

- Você não nos disse por que fez aquilo. – falo, lembrando do ménage que Lauren citou.

- Como eu posso explicar? – ela diz. – Eu me diverti bastante com vocês essa noite. Não poderia deixar vocês serem presas.

- Como assim? – Lauren pergunta. – Se divertiu como?

- Eu observei toda operação de vocês. – ela diz, pegando duas garrafas de vinho. – Vocês são boas. Só esqueceram de olhar pras janelas de cima... Gostam de vinho? – ela pergunta calma, como se estivesse falado que viu a gente lendo a bíblia e não agredindo duas pessoas.

- Quem é você? – Lauren pergunta.

- Nossa que cabeça essa minha. – ela fala, e larga os vinhos em uma mesinha. – Eu sou a Chloe. E vocês?

-Ela é a Mary, e eu sou Kate. – Lauren fala, e eu a encaro.

- Mary e Kate de que? – Chloe pergunta.

- Chloe de que? – Lauren pergunta. Que tipo de jogo essas duas estão jogando?

- Chloe Moretz. – ela fala e sorri. – Sua vez.

- Não disse que diria nossos sobrenomes. – Lauren fala.

- Bem esperta. – A loira diz. – Querem conversar um pouco? – ela pega as duas garrafas de vinho. – Tenho bebidas.

- Pegou no nosso ponto fraco. – Lauren fala.

- LaKate, não acha melhor irmos para casa? – pergunto e quase deixo escapar o nome da Lauren.

- Meninas, relaxam. – ela diz. – Não é como se eu quisesse fazer um ménage com vocês. – ela fala.

- Ouviu nossa conversa? – Pergunto.

- Vocês são péssimas em cochichar. – ela diz, e tira o cabelo do meu ombro. – Confiem em mim pelo menos uma vez. Acabei de safar vocês da cadeia, bebam um pouco de vinho comigo.

- Tudo bem. – falo. – Vamos lá.  – Lauren olha sério pra mim e eu quase fico com medo.

(...)

Estamos no terraço e a garota ao nosso lado está em silencio desde que chegamos.

- Você parece ter bastante autoridade aqui. – Lauren quebra o silêncio.

- Vantagens de ser filha do dono da festa. – ela fala, e toma um gole do vinho. – Não acham que as pessoas lá fora são patéticas? – ela olha para os prédios lá fora.

- Você está bem? – pergunto.

- Sim. Você está, Mary? – ela pergunta, e me sinto mal por mentir sobre meu nome.

- Sim.

- Vocês formam um belo casal. – ela fala. – Gostei da música também.

- Obrigada. – Lauren responde indiferente.

- O que vocês fazem da vida? Além de invadir festas, claro.

- Estudamos. – falo e Lauren me encara.

- Acho que era pra você mentir também nisso. – Chloe fala e ri.

- O que você quer, Chloe? – Lauren pergunta séria.

- Séria mais fácil responder o que eu não quero. – ela diz olhando pro nada.

- O que você não quer? – pergunto.

- Eu não quero ficar em uma festa na qual o Ter vale mais que o Ser. – ela diz. – Eu odeio isso. Eu odeio a droga dessa vida. Vocês são as únicas desta festa que não estão nem ai para quem eu sou. Eu acabei de dizer que sou filha do Esteve Jobs e vocês nem se quer mudaram de expressão. – a garota fala e percebo que ela vai chorar a qualquer momento.

- Foi por isso que ajudou a gente? – pergunto.

- Sim. – ela responde. – Desculpa, se vocês quiserem ir embora, fiquem a vontade.

- Tudo bem. Vamos ficar. – falo e sorriu pra garota. – Me chamo Camila. – digo e aperto a mão dela.

- Prazer em te conhecer, Camila. – ela diz e sorri. – Mary não combina com você.

Percebo que Lauren não olha pra gente. Ela continua calada tomando seu vinho.

- Queria convidar vocês para algo. – Chloe fala e olha para Lauren.

- Algo tipo o que? – Lauren pergunta.

- Eu vou acampar com alguns amigos próxima semana. Seria legal se vocês fossem.

- Vamos pensar na sua proposta. – ela diz, e me olha. – Agora temos que ir.

- Aqui, pegue meu número. – a garota diz. – Qualquer coisa me liga.

- Pode deixar. – Lauren diz séria. – Vamos, Camila.

- Tchau, Chloe. – me despeço da garota e acompanho a Lauren que já está saindo.

- Tchau, Camila. – ela diz. – Tchau, Kate! – ela grita pra Lauren, mas não obtém resposta.

(...)

- Não vamos sair com essa garota. – Lauren diz ligando o carro.

- Por que não? – pergunto.

- Não gostei dela.

- Você só está com ciúmes, Lauren. – falo.

- Ciúmes? – ela ri. – Claro que não.

- Tem certeza, Lauren?

- Vai se foder. – ela diz. – Se você quiser sair com ela, tudo bem. Aproveite o passeio.

- Eu só vou se você for, Lauren. – falo calma tentando evitar uma briga.

- Então você não vai. – ela diz. – Por que você falou seu nome pra ela?

- Porque ela salvou nossas vidas?

- Eu daria um jeito. – ela diz. – Eu daria um jeito de escarpamos dali.

- Que jeito, Lauren? Não tinha como dar um jeito!

- Eu daria um jeito, Camila! – ela grita. – Desculpe. Aconteceu muita coisa hoje.

- Me passa a arma. - falo séria.

- O que?

- Me passa a droga da arma! - é a minha vez de gritar.

- Eu não vou te passar coisa alguma. - Lauren fala, e ultrapassa o sinal.

- Eu não estou pedindo, Lauren! - digo séria. - Me passa logo a droga dessa arma.

Ela me entrega e eu respiro fundo.

- A partir de hoje, ela fica comigo. 

Então eu vou o caminho até o hotel calada.


Notas Finais


Ora ora parece que temos um personagem novo. Não deu pra conhecer a Chloe muito bem, mas no próximo vocês conheceram a criatura melhor.


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