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História The Five Guardians - Witch's Reign


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Olá, meus amores! Espero que estejam todos bem!
Demorei? Sim, mas tá complicado esse bloqueio horrível ... perdão, hm? Prometo me esforçar mais!
Bem, eu espero que tenham uma boa leitura, hm?
Sei que o capítulo está pequeno e talvez desinteressante, mas ele dará caminho para o próximo, então espero que gostem!
Perdoem os erros e não desistam de mim dhsaudashudhs
Boa leitura, amores! sz

Capítulo 26 - Witch's Reign


Fanfic / Fanfiction The Five Guardians - Witch's Reign

        1485


    A pequena e doce menina corria em torno de algumas árvores, escondendo-se dos outros jovens que, assim como ela, tentavam não ser pegos uns pelos outros, e entre risos altos a voz melódica de sua mãe soou. Damara, filha obediente, imediatamente correu para o encontro de sua mãe, juntando as pequenas mãos em frente ao corpo.
— Sim, minha mãe?
— Querida, já és uma moça. Uma moça tão bela, tão inteligente e tão poderosa. 
— Não tanto quanto a senhora, minha mãe.
    O sorriso da pequena lumiava, fazendo os claros olhos verdes brilharem de forma intensa e suas bochechas ficarem ainda mais rosadas. Allane admirou a face de sua filha cuidadosamente, gravando em sua memória cada traço daquele rosto tão angelical, mas o próprio sorriso fora arrancado quando grossas lágrimas cobriram a face, tornando a bela expressão da mulher, sôfrega.
— Por que choras, minha mãe?
    Preocupada, a filha secou o rosto da mãe com os polegares, abraçando-a de imediato, mas Allane se afastou.
— Prometa-me, Damara! Prometa-me que não caminharás em falsos caminhos, prometa-me que não dormirás em braços gélidos, prometa-me que não beijarás os lábios do pecado e, imploro-te, prometa-me que não ligarás teu coração ao coração do demônio.
— Minha mãe, não tocamos no nome desta criatura!
— Prometa-me, Damara!
    Allane foi firme em sua ordem, fazendo a filha engolir em seco, para então assentir com a cabeça.
— Prometo-lhe, minha mãe.
— Existirá um homem, minha filha. - Iniciou a mãe, livrando os olhos de mais algumas lágrimas, para então prosseguir ao segurar as mãos de Damara: - Este homem será bondoso, gentil, forte, sincero e te amará com toda a alma. Os destinos de vocês estão ligados por uma força muito além da compreensão. Você é dele desde que nasceu, e assim será quando este homem nascer. Espere, minha menina, espere este bom homem!
— Qual o nome dele, minha mãe?
— Não direi, minha filha. Apenas acredite em sua mãe e não interfira no destino deste pobre rapaz. Os planos da Deusa não falham, ele estará em seu caminho de forma natural, tome cuidado, não caia nas armadilhas da vida, minha pequena menina. 
— Como pode ser tão sábia? 
— Dentro de cada um de nós existe um sábio, um mago, um bom espírito e um dom. Resta a nós sabermos usar eles. Lembre-se, Damara: não existe mais forte energia do que a do amor, assim como não existe maior desgraça do que um falso amor. Não se deixe enganar, minha menina, pois a perdição tem belos olhos azuis e um sorriso estupendo. 


***


    Os olhos tristes de Damara refletiam a lua cheia, que iluminava quase todo o quarto do Palácio. Ela mantinha um sorriso derrotado no canto dos lábios, xingando-se internamente por seus próprios erros. 
— A senhora sabia que morreria, sabia que Alcander me trairia e, obviamente, sabia do Taehyung. Ah, mamãe... perdoe-me, mas eu não pude cumprir minhas promessas.
    Os sussurros pareciam inaudíveis para a bruxa, mas puderam ser completamente compreensíveis para Yoongi, que a observava diante à porta, aproveitando-se da distração dela. Damara, sem perceber aquela presença, secou as lágrimas e forçou um riso.
— Se não tivessem a tirado de mim, eu não seria isso que sou hoje. Eu deveria ser mais forte, mas o que eu poderia fazer sem a minha mãe ao meu lado? Eu quero a minha doçura e tranquilidade de volta. Perdoe-me...
    Ela abaixou a cabeça, encarando as próprias mãos, então Yoongi adentrou o quarto, repousando as mãos nos ombros da bruxa, assustando-a.
— Eu tenho certeza de que ela a perdoou. 
— Senhor Min, o que faz aqui?
    Damara levantou-se e Yoongi riu da formalidade, sentando-se na cadeira onde antes ela estava.
— Fica educada quando nervosa.
— Diga-me o que deseja, já é tarde. 
    O profundo respirar de Yoongi evidenciou a gravidade do assunto, então ele apoiou os cotovelos nos próprios joelhos e juntou as mãos, encarando a bruxa que ajoelhou em frente a ele, olhando-o nos olhos.
— Uma visão que eu pude impedir. Hoje os nossos demônios apareceriam, eles matariam o Alcander depois que ele te agredisse. Eu pedi ao Taehyung para não ir, porque assim evitaríamos a luta. Bem, nesta visão, além disto, vi Hoseok e Jimin falando com você sobre demônios. Você os induziu a isso?
— Não. Eles procuraram por mim, pediram um serviço e eu dei. Não pedi a eles que fizessem o pacto.
— Bem, isso é o de menos por hora. Eu quero saber o porquê de os demônios terem curvado diante de ti, Damara. E o porquê de Alcander dizer que era o criador deles.
    Damara sentiu o estômago revirar e seu coração corroer o peito, mas não demonstrou em momento algum, então balançou os ombros e contraiu os lábios, como se a resposta fosse óbvia:
— Essas criaturas costumam adorar aqueles que usam magia, Yoongi. E quanto ao Alcander, realmente não sei o porquê diria isso, sinceramente, eu nem o reconheço mais, muito menos confio.
    A mentira saiu tão naturalmente dos lábios de Damara que Yoongi caiu em sua manipulação, respirando profundamente outra vez. 
— Eu quero evitar que isso aconteça, então quero pedir para que tome mais cuidado quando se encontrar com Taehyung. 
— Certamente, poderei fazer isso. 
— E eu quero que nos treine. 
    Damara franziu a testa, apoiou-se nos próprios joelhos e levantou-se do chão, cruzando os braços após mover uma das mãos, incentivando-o a continuar.
— Encare esta proposta como um trabalho. Você nos ajuda a controlar nossos "dons" e nossos demônios, assim como a controlar nosso ódio uns pelos outros. Em troca darei o que pedir.
— Parece um bom acordo, eu aceito.
— E o que quer como pagamento? Prata? Ouro? Animais? Diga-me, darei tudo.
— Quero que recupere uma coisa para mim. 
— Que coisa seria?
— Um cordão de ouro. - Disse ela, sentando-se na cadeira ao lado de Yoongi. - É um delicado cordão de ouro, carrega um pequeno pingente de esmeralda e se olhar bem, há as iniciais "B.A".
— O que significa?
— São as iniciais dos nomes dos meus pais. Foi um presente que meu pai deixou para a minha mãe antes de partir, então passou para mim e um dia será de Pandora. Alcander o roubou de mim após uma desavença. Por favor, encontre-o. 
    Yoongi assentiu e então curvou-se em frente à bruxa, para assim se retirar do cômodo, mas ao chegar na porta, parou em frente a mesma e acabou soprando um riso.
— És uma boa pessoa, Damara. Eu posso entender agora.
    A confusão no rosto de Damara evidenciava seu pensamento sobre aquele comentário, acreditando ser um deboche, porém, na verdade, Yoongi viu algo nos olhos dela que nunca viu antes, nem mesmo nos olhos das mais doces mulheres. Aquele brilho que Damara mostrou em seu olhar ao falar dos pais chamou a atenção de Yoongi, que aproveitando-se daquela fragilidade, afundou-se nas memórias passadas da bruxa, e então conseguiu ver o dia em que enterrou sua mãe e a doçura daquela mulher tão forte. 
    Yoongi imaginou como estaria o rosto da bruxa, então acabou rindo, mesmo de costas para ela, acenando antes de sair do quarto, entretanto, quando deu o primeiro passo para fora, NamJoon o impediu, preocupando ambos com seus olhos vermelhos e rosto inchado.
— Duque Kim, o que está havendo? - Perguntou Damara.
— Por favor, senhora... o Rei está morrendo.
    Uma forte pontada tocou o coração de Damara,que por mais que quisesse rir daquela situação, segurou-se, forçando uma expressão preocupada. Ela rapidamente pegou a velha caixa de madeira, onde guardava medicamentos naturais que ela mesma havia preparado.
— Por favor, guie-me aos aposentos de Sua Majestade.
    A voz tremula e os olhos cheios de lágrimas da bruxa transmitiam a falsa bondade no coração da jovem bruxa, que rapidamente seguiu NamJoon pelo extenso corredor, até chegar ao quarto principal, onde o Rei repousava ao lado da esposa, que mesmo com dificuldade, tentava acalmar o marido.
— Senhora, por favor, sabemos a boa curandeira que és, trate de meu marido!
— Preciso que saiam, Sua Majestade precisa de tranquilidade neste momento.
    Sem contestar, todos se retiraram do quarto, exceto SeokJin, que mesmo em prantos, acabou sorrindo para Damara antes de sair, e apenas com aquele singelo sorriso, ela entendeu o que o Príncipe queria: sua coroação.
    Damara sentou-se ao lado do rei e abriu sua caixa de madeira, observando os medicamentos ali dispostos, então soprou um riso.
— 1487. 
    Disse ela, ainda encarando a caixa, então respirou fundo e encarou o Rei, que já não conseguia falar. As lágrimas da bruxa caíram imediatamente, mas ela permanecia sorrindo.
— Naquele ano eu vi minha mãe ser humilhada e abusada por seus cavaleiros antes de ser queimada. Naquele ano, quando o senhor ordenou que matasse as bruxas, tirou de mim e de minha pequena irmã a nossa mãe. Eu jurei que me vingaria um dia, e então eu esperei por longos anos, selei um acordo com sua esposa e então vocês, juntos, conceberam um dos filhos do demônio. Essa foi a primeira parte dos planos, para então tudo caminhar do jeito que desejei. Eu induzi sua doença e de sua mulher, e olhe só você, à beira da morte e em minhas mãos. Porém, percebi que tirar a sua vida não trará a minha mãe de volta.
    O rei chorava e movia os lábios na tentativa de dizer algo, mas era em vão, todos os seus esforços eram em vão. Damara ainda sorria e chorava, mas então ela gargalhou e balançou a cabeça.
— Mas agora que eu contei o meu segredo, terei de te matar.
    E então, sem medir esforços, Damara colocou a mão direita sobre a testa do homem e pouco a pouco a energia daquele corpo se esvaiu junto ao último suspiro do Rei, enquanto que na sala principal do Palácio, a bondosa e amável Rainha caíra nos braços de seu filho, que ao ver a mãe partindo, sentiu um doloroso calor em seu peito: o último suspiro da bondade. O corpo frágil e magro da Rainha amoleceu diante do Príncipe, enquanto Damara embriagava-se com o doce sabor de sua vingança. Ela sorria, mas as lágrimas continuavam a correr, entretanto, o arrependimento não fazia parte de sua confusão de sentimentos.
— Está feito, mamãe. O homem que ordenou sua morte, está morto. Este é o primeiro passo para o nosso Reinado. O Reinado das Bruxas.


***


    Os corpos repousados um ao lado do outro, cobertos por um tecido de cor branca, quase que transparente, estavam postos no centro da sala principal do palácio, onde o velório acontecia. Todos os nomes importantes dos dois reinos estavam ali presentes, exceto os pais de JungKook, que tão doentes quanto os de SeokJin, não puderam nem ao menos sair de seus aposentos. Jin estava abraçado com Pandora, que chorava ao consolar seu noivo; TaeHyung estava ajoelhado em frente aos leitos de seus tios, chorando ao ponto de soluçar, enquanto pedia perdão aos corpos sem alma por "não ter sido um bom sobrinho", e apenas aquilo bastou para o coração da amarga bruxa se apertar naquele maldito arrependimento. Damara cobriu o rosto com o véu negro e saiu às pressas da sala, nem sequer prestando atenção no caminho que a levou até o estábulo. A bruxa ajoelhou-se no chão e permitiu-se derramar as lágrimas que lhe sufocavam, sussurando pedidos de perdão, não ao rei, não a rainha e muito menos a SeokJin. Seu arrependimento era direcionado a apenas uma pessoa: Kim Taehyung. 
— Para quem desejou vingança, está muito triste.
    A voz grave de Alcander soou, estremecendo cada pedaço do corpo dela, que de imediato levantou-se e passou as mãos por baixo do véu, livrando-se das lágrimas. Ela sorriu e respirou fundo.
— Estou chorando de felicidade.
— Em todos esses anos, é a primeira vez que a vejo chorar desde a morte de sua mãe.
— O que deseja, meu amado? Não há outra mulher para chatear? 
— Eu não vim lhe incomodar, minha bela dama. - O loiro sorriu, colocando seus braços para trás, então continuou: - Eu gostaria de lembrar-te, minha doce jovem: com o primeiro passo dado, os outros virão rapidamente. Prepare-se, minha jovem esposa.
    Alcander curvou-se diante à bruxa e, rapidamente, retirou-se do ambiente, deixando a frustração de Damara evidente, mas nem mesmo a aura escura que a cobria naquele momento assustava mais do que a ventania que uivava entre as árvores quando os cavalos se esconderam; e  conhecendo aquele estranho frio na espinha, Damara virou-se de frente ao homem sorridente, que se aproximava a passos lentos da bruxa. Ele ergueu o rosto e direcionou os olhos vermelhos aos dela, para então assim iniciar:
— Está muito envolvida com aquele rapaz, Damara. 
— Ora, está muito envolvido com meus particulares, senhor mensageiro. 
— De modo algum, minha cara. - O homem riu, negando de imediato - Estou abrindo teus olhos, humana ingênua. Não permita que seu tolo coração tome conta de sua razão. Aquele rapaz a trairá quando menos esperar. 
— O próprio traidor falando sobre traição, quem diria! - Damara gargalhou, sendo acompanhada pelo demônio.
— Talvez, minha dama, por puro conhecimento estou alertando-a. Aquele rapaz a magoará, tanto ou mais do que seu marido.
— Como poderia existir maior mágoa do que aquela de meu marido?
— O amor é a pior das traições, minha cara. 
    E por fim, o homem sorriu, desaparecendo tão rapidamente quanto surgiu, deixando Damara ainda mais irritada com tais situações. Entretanto, a bruxa sabia o quão perigoso aquele caminho estava se tornando, e a cada passo dado, o abismo se aprofundava, e naquele abismo não havia volta. 


Janeiro de 1504, um mês após a coroação.


    A belíssima e luxuosa carruagem passava pelo povoado, enquanto os novos reis, e agora recém-casados, acenavam para seus súditos. Pandora sorria de forma radiante, ressaltando seus invejáveis olhos verdes e suas bochechas cobertas por pequenas sardas, e Jin, tão charmoso quanto seu falecido pai, apenas mostrava um sutil sorriso no canto dos lábios. 
    A aparência dos escolhidos, em tão pouco tempo, tornara-se tão madura e ainda mais bela, evidenciando cada vez mais a chegada de suas novas faces: as mais belas criações do demônio, tão ou mais perfeitas do que as criações divinas. 
    Damara, tão radiante quanto a irmã, sorria vitoriosa, mostrando todo seu orgulho diante àquele novo ciclo. 


"— Já imaginou a nossa vitória, bela dama? Imagine um dia estar vivendo entre a realeza, com uma bruxa e um demônio no poder. Pense nas conquistas que virão, minha doce e amada dama. Quando a inveja corromper a paixão, o caos começará."


    


Notas Finais


Digam-me o que acharam, meus anjinhos!

Ah, e para me desculpar por causa da demora, postarei mais um capítulo de brinde para vocês ainda hoje! Oba! dsahudshusah

Até o próximo e beijinhos, amores! <3


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