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História The Five Guardians - What are we?


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Eita que o capítulo de hoje tá gostoso! DHASUHDSAUH
Perdoem-me os erros e não desistam!
Boa leitura, meus amores! <3

Capítulo 8 - What are we?


Fanfic / Fanfiction The Five Guardians - What are we?

Os meninos corriam o mais rápido que podiam pela grama do jardim principal que enfeitava a entrada do palácio, tentando manter o silêncio o máximo que conseguiam, o que seria fácil se Jimin não acabasse rindo do amigo que tropeçara no último degrau. JungKook deixou um tapa fraco no ombro alheio e entrou junto a ele no palácio, porém, o rei e a rainha os esperavam justamente na entrada. Imediatamente calaram os risos e abaixaram a cabeça ao que a rainha falou.

– Jeon JungKook e Park Jimin, onde estavam?

– Fomos caminhar pelo povoado, Vossa Majestade. - Respondeu Jimin em voz baixa. - Estávamos entretidos, nem ao menos percebemos o horário. Perdoe-nos. 

– Vá para seus aposentos, Jimin. - A rainha falou, olhando para o filho em seguida. - Deixe-nos à sós com o príncipe. 

– Com licença, Vossa Majestade.

Jimin fez uma breve reverência e, imediatamente, seguiu para o seu aposento, enquanto JungKook ria.

– Como pode, senhora? Jimin também esteve fora, mas apenas eu escutarei o sermão?

– O Jimin não é o meu filho e é apenas filho do cavaleiro, não tem o porquê dele ouvir-me. Eu o proibo de sair do palácio, JungKook.

– A senhora não pode fazer isso! Que mal tem passear com meus amigos? 

A voz alterada do rapaz saiu embargada, evidenciando sua bebedeira, então a rainha riu, estapeando o rosto do filho.

– Estava bebendo, moleque insolente? 

Ele não a respondeu, pois a surpresa de ser agredido por sua mãe pela primeira vez o impossibilitava de raciocinar. O rei, tão impressionado quanto o filho, segurou a esposa que voltaria a bater no garoto.

– Kim Sun-Hee, não ouse levantar a mão para o príncipe!

– Como pode ficar ao lado desse garoto? Ele está bêbado! 

– Ele já é um homem, sabe de suas responsabilidades e apenas queria apreciar uma boa bebida, oras! Fique quieta e deixe-o em paz!

– Por que a senhora não brigou com o Jimin também? Ora, minha mãe, considera-o como seu filho mais do que a mim? 

– Jimin não é um moleque irresponsável, não é uma aberração!

– Por quanto tempo chamará o garoto de aberração? Ele é o homem, ele é quem deve ser respeitado junto a mim, e nem mesmo você será capaz de tirar a autoridade que meu filho começou a ter! Saia daqui, mulher insolente! E quanto a você, JungKook, vá cavalgar um pouco, pois sei bem como fica quando se irrita.

JungKook nada disse, apenas saiu daquele local tão insuportável para ele, enquanto o rei olhava sua esposa com ódio, pois era assim que ele se sentia a cada vez que ela insultava seu precioso filho. Porém, o que ele não sabia era o porquê de sua esposa trata-lo de tal forma. Sun-Hee não odiava seu filho, mas tinha medo, pois durante todo o período de gestação, arrependeu-se do pecado cometido, ainda mais quando recebia visitas de demônios que a atormentavam, que a imobilizavam e tocavam sua barriga, mas a pior e mais assustadora fase foi na infância do garoto, quando durante as noites ela o via se contorcer na cama, quando via seu olhar de ódio para ela, quando o barulho de suas unhas arranhando a parede soava no quarto ao lado, ou quando ele, adormecido, teve a voz semelhante a de um demônio. Ela tentou matar o garoto, mas quando fez isso, a força extrema de seu filho, na época apenas com seis anos, fez-a quebrar três ossos. O pai, nunca presenciando tais fenômenos, amava, respeitava e idolatrava seu único filho, enquanto sua esposa orava pedindo perdão, mostrando seu arrependimento e desejando que Jimin fosse seu filho. 

A rainha estava com seus olhos marejados enquanto seguia para o quarto, segurando suas lágrimas o máximo que podia para não desabar e revelar tudo ao marido, porque então ele a odiaria, ou a mataria. 

 

 

***

 

JungKook, imerso em raiva, cavalgava o mais rápido que conseguia, para o local mais distante do palácio. Seu pai tinha razão sobre manda-lo sair, porque sempre que o garoto se irritava, algo dentro dele saía do normal, e ele já sentia os primeiros sintomas de sua raiva. O corpo parecia ficar mais largo, mais alto, mais forte, enquanto seu sangue borbulhava em fervura, suas mãos formigavam e suas costas doíam, como se estivesse rasgando, e sua visão escurecia pouco a pouco, assim como sua voz também era alterada. 

A velocidade da corrida do cavalo aumentava cada vez mais, e JungKook não importava-se com seu corpo que várias vezes ameaçava cair, seu ódio estava-o cegando. Foi então, que em um lapso de atenção, o rapaz caiu do cavalo, sendo pisoteado por ele, e a última coisa que viu ou sentiu foi sua cabeça chocando-se contra uma pedra.

 

 

Havia amanhecido, o sol estava forte até demais para aquele horário e seus raios despertaram-no. A cabeça latejava e o corpo doía, impossibilitando-o de mover-se mais do que havia conseguido. Ele, ainda com a vista embaçada, olhou em volta, vendo uma jovem, provavelmente de mesma idade, olhando-o com preocupação, mas seu cabelo loiro e bagunçado cobriam parte de seu rosto, então JungKook nem ao menos tentou reconhece-la. 

– Não se esforce muito, pois o senhor bateu a cabeça. 

– Onde estou? Quem é você? Onde estão minhas roupas?

Perguntou ele ao perceber seu corpo nu abaixo dos trapos que serviam-lhe de cobertor, mas ele não conseguia sentir raiva ou ao menos tentou cobrir-se mais, porque a dor falava mais alto.

– Está no bosque, senhor. Suas roupas estão secando ao sol, pois precisei lava-las no lago, já que estavam ensanguentadas e imundas por conta do barro. Ah, tomei a liberdade de costura-las, espero que não se importe. 

Pouco a pouco o rapaz lembrou-se do acidente que sofreu durante a noite, então respirou fundo e voltou a fechar seus olhos. 

– O seu nome, senhorita.

– Ah, perdoe-me! Chamo-me Annelise, meu senhor. 

– Preciso sair daqui, senhorita, traga-me as roupas, por gentileza.

– Senhor Jeon, acabei de medica-lo, não poderá sair enquanto sua dor cessar! 

– Medicou-me, senhorita? Usou de que métodos?

– Minhas ervas e receitas de família, senhor. 

– Estarei eu frente a frente com uma feiticeira? 

– Curandeira, meu senhor! Tudo que sei aprendi com minha avó, então confie em mim, pois sei o que estou fazendo!

JungKook riu do tom de voz que a jovem usou, então voltou a abrir os olhos quando ela voltou a limpar seus ferimentos, mas a visão que teve o assustou. Grudada ao corpo da menina, lado a lado, havia uma mulher muito bonita, mas com grandes e acinzentadas asas, seus olhos eram fundos e assustadores, porém, algo dentro do rapaz pareceu se mover, e então aquela imagem desapareceu, fazendo o corpo da garota estremecer junto ao dele; os olhares esncontraram-se e os corações aceleraram, mas graças às condições em que o rapaz estava, seu corpo contorcia-se e seus olhos reviravam, e percebendo o início da convulsão, Annelise levou as mãos à boca, pois pela primeira vez sentiu um medo incomum em seu corpo, impossibilitando-a de reagir. Batidas na porta fizeram-se presentes, e ao lado de fora uma voz desconhecida soou:

– Com licença, estamos procurando o Príncipe Jeon! Vimos o cavalo dele pelas redondezas, mas ninguém soube dizer onde ele estava. 

– Por favor, corram para cá!

Imediatamente, diante os gritos desesperados de Annelise, Taehyung e Jin entraram na velha cabana, encontrando o amigo em uma situação amedrontadora, se demorassem a socorre-lo, o rapaz morreria. Jin olhou em volta e percebeu que aquela garota já tentava cura-lo anteriormente, e julgando pelos ferimentos em seu corpo, JungKook estava em um estado grave. Jin agarrou os ombros de Taehyung e com seus olhos marejados, implorou:

– Ajude-o!

– Não posso fazer isso, não na frente de outras pessoas!

– Ela é como nós, não dirá nada! Por favor, faça!

– E se não funcionar? 

– Precisamos tentar, Taehyung! O JungKook morrerá!

Taehyung olhou para JungKook e em seguida para Jin, então olhou em volta, pegando o primeiro objeto cortante que encontrou, enquanto Jin posicionou suas mãos acima da cabeça de JungKook. O sangue de Taehyung escorria rápido, e antes que seu ferimento fechasse, ele abriu a boca de JungKook e derramou grande quantidade do líquido amargo em sua garganta. Foi instantâneo o efeito, pois imediatamente o corpo de JungKook voltou ao normal, sua respiração normalizou e todos, absolutamente todos os ferimentos dele desapareceram. 

– Deus, o que vocês são?

Annelise afastou-se, controlando seu choro enquanto tremia. Parecia mágica, pois JungKook nem ao menos parecia ter se ferido, e assim como a garota, ele estava assustado, evitando ficar perto dos amigos.

– Nós podemos explicar!

Disse Taehyung, olhando para cada um ali presente, então respirou fundo e sentou-se ao lado de JungKook, não demorando a iniciar a mesma história que contou ao Jin anteriormente, e em seguida Jin também revelou sobre seu contato com a magia. JungKook ouvia impressionado tudo aquilo, mas em momento algum desacreditou de seus amigos, já que ele também guardava algo para si. Ele forçou um sorriso e respirou fundo.

– Quando eu era pequeno a minha mãe tentou matar-me, eu não sabia como agir diante daquilo, então eu apenas a empurrei, porém, ela caiu e quebrou alguns ossos. Eu era um garoto jovem, não lembro minha idade, mas eu lembro do que vi naquele momento.

– E o que viu? - Perguntou Jin, então JungKook soprou um riso.

– Eu juro que vi o demônio atrás de mim, através do reflexo do espelho, e em seguida ele disse: não permitirei que machuquem-no, eu cuidarei de você. 

– Teve um dia. - Annelise, até então quieta, disse, chamando a atenção para si. - Um homem tentou abusar de mim e de minha mãe, alegando que nos mataria logo em seguida. O ódio me consumiu, eu comecei a chorar e, apenas com a força de meus pensamentos, eu o fiz cometer suicídio, bem diante de nossos olhos. E assim como o senhor, Príncipe Jeon, uma voz disse que me protegeria. 

– Quando a voz surge, com promessas de proteção, ela parece que está dentro de nós, mesmo que a presença de um corpo gélido esteja em nossas costas. - Taehyung comentou, olhando para um ponto fixo no chão.

– Os impulsos de raiva tomam conta do nosso corpo, não medimos a força ou nossos próprios pensamentos, apenas queremos matar quem nos faz mal, apenas queremos sentir ainda mais aquele poder de fazer o outro sofrer. - Jin complementou, soprando um riso antes de ficar em silêncio outra vez.

– Ver o sangue de outra pessoa ser derramado se torna prazeroso, dá-nos vontade de fazer mais vezes, de pecar mais vezes, porque é bom sentir o ódio dentro de nós. E então, após a adrenalina cessar, a voz diz: tem muito mais de onde vem esse poder, criança.

Yoongi, o qual estava parado há longos minutos na porta, disse, assustando seus amigos. Ele sorriu, com suas mãos para trás e entrou na cabana, olhando calmamente para as pessoas dali, rindo ao ouvir o que pensavam.

– Como eu sabia onde estavam, Jin? - Perguntou Yoongi, ainda sorrindo. - Eu sonhei com isso noite passada. 

Ele olhou para JungKook, cerrando os olhos em seguida.

– Sim, JungKook, eu sou como vocês, também sou "anormal". Eu posso prever tudo o que acontecerá, posso ver o passado das pessoas e, também, posso ouvir os pensamentos delas. - Rapidamente, ele olhou para Taehyung, negando em seguida. - Não! Eu não faço por querer, eu não posso controlar quando acontece. Há dias em que consigo ver tudo, e há dias que eu nem ao menos consigo sonhar. 

– Isso é loucura! - Annelise riu, balançando a cabeça. - Quer dizer que eu posso matar pessoas com o pensamento, o senhor - apontou para Taehyung - pode curar-se, o Príncipe Jeon pode enxergar o outro mundo, o Príncipe Jin pode manipular a magia e o senhor... - ela olhou para Yoongi - pode ler mentes? 

– O que nós somos, meu Deus? - Jin caiu sentado, tampando os olhos cheios de lágrimas.

– Somos qualquer coisa, menos frutos de Deus! - Taehyung exclamou.

– Por que somos assim? O que há conosco? - Annelise sussurrou, encostando-se na parede. 

– Eu não sei o porquê, não sei como, e muito menos o que somos, mas cada um de nós foi escolhido para ter um dom, resta-nos saber para que.

Yoongi disse por fim, voltando com aquele silêncio incômodo. Ele estava certo quando disse que cada um deles foi escolhido, mas enganou-se ao pensar que foram escolhidos para ter um dom, quando, na verdade, foram selecionados para cumprir o que o demônio planejou. Agora, os cinco estavam reunidos, caminhando em direção ao inferno. 

Os cinco Guardiões estavam juntos, protegendo e guardando as cinco chaves de Lúcifer.

O Guardião da Luz, responsável pelas almas libertas;

O Guardião das Sombras, responsável pelos pecados e almas perdidas;

O Guardião dos Portais, responsável pelo véu que separa os mundos;

O Guardião do Inferno, responsável por guardar e proteger os demônios; e

A Guardiã da Morte, responsável pelas mortes daqueles que Lúcifer escolhe.

Cinco destinos ligados, cinco papéis fundamentais, cinco protetores. Cinco motivos para o caos. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, minhas vidas!
Por favor, digam o que acharam, uh?
Beijinhos e até o próximo. <3


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