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História The Five Guardians - Cure


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Eita que voltei de novo. u.u HUDSHDSU
Trouxe outro capítulo grandinho para vocês, meus anjos, espero que gostem!
Boa leitura e perdoem os erros, pois não tive tempo para revisão! ;; <3

Capítulo 21 - Cure


Fanfic / Fanfiction The Five Guardians - Cure

O dia estava belíssimo, os pássaros cantavam em sincronia, dando ainda mais paz para a floresta naquele entardecer. O largo tronco de árvore cortado serviu perfeitamente como mesa para as diversas ervas e pequenos recipientes dispostos acima da madeira. Pandora e Annelise preparavam diversas misturas diferentes, com ingredientes selecionados e misturados cuidadosamente.

– Acha que funcionará, Pandora? – Perguntou Taehyung, que olhava atento cada movimento das garotas.

– Precisamos tentar, talvez haja uma forma de “adormecer” o demônio.

– É inútil! Impossível que algumas plantas, pelos de animais, água e cristais ajudem a combater o demônio.

– O seu otimismo me surpreende, Yoongi. – Annelise riu sarcástica, sem olha-lo. – Não vamos combater o demônio, apenas adormecer os Guardiões.

– Acreditam mesmo que podem?

– A magia pode qualquer coisa, meu caro.

Disse Jin, balançando um pequeno frasco de vidro com um líquido verde, conforme saiu de trás de algumas árvores. Ele sentou-se ao lado da noiva e ergueu o frasco, sorridente.

– Talvez isto funcione.

– O que tem aí?

– Misturei ervas de cura, de transmutação, de equilíbrio e usei o ritual de banimento após consagrar.

– Só isso?

– Não, adicionei alguns outros ingredientes, mas eles não vêm ao caso no momento.

Jin sorriu para a noiva e em seguida encarou Taehyung, que sorria discretamente para ele, já que oferecera o próprio sangue para o amigo usar em sua poção. Afinal, se houvessem ferimentos, o sangue do rapaz ajudaria os amigos na cura. Annelise e Pandora levantaram-se, olhando calmamente para os rapazes.

– Agora precisamos saber se funciona. – Disse Annelise.

– E como faremos o teste? – Perguntou Jung, levantando-se da grama. – Os Guardiões só aparecem em momentos de raiva.

Pandora sorriu e sussurrou um pedido de desculpas ao noivo, então caminhou até Taehyung, distraído no momento, envolvendo o pescoço dele com os braços antes de levar os lábios avermelhados ao pescoço do rapaz, selando-o. E então, no mesmo instante, o sangue de Jin ferveu, fazendo-o pular contra Taehyung e deixar que o lado adormecido de sua alma acordasse. Os olhos escurecidos, as garras visíveis e as agressões que Taehyung sofriam evidenciaram o corpo tomado pela entidade. Pandora calculara tudo previamente, o ciúme do noivo, a regeneração de Taehyung que ocorreria caso ele se ferisse e, por fim, a manifestação.

Annelise e Yoongi seguraram Jin, enquanto JungKook afastou Taehyung do amigo que, no mesmo instante, foi obrigado a engolir a mistura amarga daquele frasco. Pandora apertava o frasco vazio entre as mãos, enquanto encarava esperançosa o noivo, e após alguns segundos de resistência, Jin caiu sem forças nos braços dos amigos, e ao erguer sua cabeça e revelar sua aparência natural, Pandora sorriu.

– Funciona!

– Aconselho a vocês não tomarem isso, é horrível!

– Jin, recupere-se e prepare mais! Andaremos todos com frascos destes. – Pandora sugeriu, mostrando o pequeno frasco. – E usaremos essa poção enquanto tentamos descobrir um método eficaz de acabar de vez com esses demônios.

 

 

 

26 de dezembro de 1503.

 

 

Poucos dias passaram desde que a maldição sobre as famílias nobres foi jogada, mas bastou para que os pais de cada um dos rapazes caíssem doentes. Jin, JungKook e Yoongi estavam desolados, porém, era Taehyung o que mais sentia na pele a dor de seus pais. O rapaz vivia dentro da Igreja, pedindo a Deus pela cura de seus pais e tios, mas mesmo que ele passasse quase o dia inteiro ajoelhado e orando, seus pais pareciam apenas piorar, e a tristeza imensa começava a afeta-lo mais do que deveria. Taehyung não comida direito, quase não dormia e vivia apenas por seus pais. Vendo a alegria de seu amado esvaindo, Damara não resistiria por muito tempo, e mesmo que precisasse ser forte, não conseguia mais seguir com a maldição, ao menos não sobre os pais de Taehyung. Ela tinha apenas duas opções: quebrar a maldição e sofrer as consequências, ou arrancar de vez o lado humano de cada um deles.

– Damara, querida! – Chamou-a Alcander, envolvendo-a pela cintura em seus braços. – Está quieta esta manhã, minha dama.

– Estou pensando, meu senhor.

– Poderia eu saber em que?

– Quando tudo acabar, querido, poderíamos sair deste país. Apenas nós dois.

O homem riu, mas ao perceber que sua esposa falava seriamente, ele a soltou, dando um passo para trás e passando as mãos pelo rosto, em um gesto de puro nervosismo. Damara cruzou os braços e encarou o homem, erguendo suas sobrancelhas em seguida.

– Não posso largar meu cargo, bela dama.

– Eles morrerão, seremos parte da família real, teremos riquezas, para que ficarmos aqui?

– Não sairemos, Damara.

– Por quê? – Ela sorriu – Esconde algo de mim, meu senhor?

– Outra vez com suas bobagens! – Gritou ele, revirando seus olhos. – Sabe que não gosto de suas loucuras, mulher!

– Sabe dos boatos, meu querido marido.

– Boatos vêm e vão! É típico de mulheres acreditar em qualquer coisa dita.

Damara ergueu outra vez as sobrancelhas e gargalhou, aproximando-se do marido para assim o virar bruscamente para si.

– Reparando bem, aquele rapaz realmente se parece com você.

– Faça-me o favor de calar-se, Damara, ou não responderei devidamente!

– O que fará, meu senhor? – Ela sorriu – Tentará me bater, ou mandará seus demônios atrás de mim? Acorde, meu querido, eu sou o próprio demônio, enquanto você não passa de um cão que abana o rabo sempre que vê o mestre.

– Cale a boca, mulher imprudente!

– A verdade dói, meu caro, mas aceite que você seria nada sem o meu poder e inteligência.

As palavras cuspidas por Damara fizeram o mais velho erguer sua mão esquerda e desferir um tapa forte contra o rosto dela, fazendo-a cair para trás e colocar a própria mão acima do local avermelhado. Ele continuou a insulta-la com palavras, mas Damara não o ouvia mais, apenas estava concentrada na ardência de seu rosto e na raiva que surgia dentro de si. Enquanto ele se aproximava outra vez dela, para assim agredi-la outra vez, a mulher ergueu o rosto e, no mesmo instante em que virou a cabeça para olha-lo, arremessou o corpo dele para longe de si com a força mantida em seus pensamentos; ela levantou-se e deixou que seus olhos fossem tomados pela cor branca, enquanto o céu escurecia em nuvens negras e carregadas. Os rapazes, fieis à bruxa que estavam dentro da cabana esperando-a, saíram assim que perceberam a movimentação ao lado de fora. Hoseok e Jimin pararam poucos passos atrás de Damara, que brincava com a dor que causava ao marido com apenas seus sutis movimentos dos dedos, rindo a cada lágrima sôfrega que saía dele.

– Divirtam-se, queridos, mas não o matem, preciso deste traste vivo.

Após tais palavras, ambos correram em direção ao homem e o atacaram, rasgando a pele tão perfeitamente macia de seu rosto, causando profundos cortes que jorravam sangue, enquanto a esposa dele ria não tão distante daquela cena. Hoseok arrancava pequenos filetes de carne de um dos braços dele, enquanto Jimin tratava de sugar as poucas energias que restava nele, então, quando a bruxa se cansou daquela “brincadeira”, ordenou que os rapazes cessassem a tortura, puxando-os para perto de si, então, com apenas um leve movimento de sua destra, Damara fez com que o corpo do marido parasse de sangrar e seus ferimentos cicatrizassem, deixando apenas leves marcas que ela insistia em deixar à mostra. Alcander levantou-se com dificuldade, dando alguns passos para trás.

– Que isso lhe sirva de aviso, “meu senhor”. Eu lhe dei poder, dei-lhe a sua boa vida, e assim como decidi que vivesse agora, posso decidir que está na hora de te matar. Eu não sou o seu objeto de poder, meu caro, você que é o meu. Que isso fique bem claro de agora em diante. Suma de minha vista e apareça apenas quando convir a mim.

– Vocês me pagarão!

Alcander nada mais disse, apenas se afastou o mais rápido que pôde de sua esposa, desaparecendo em poucos segundos floresta à dentro. Hoseok sorriu e olhou para a bruxa, admirado por tal poder, mas quando cogitou a possibilidade de elogiar a mais velha, ela balançou a cabeça.

– Obrigada, Hoseok, mas poupe seus elogios. Quero silêncio, sumam de minha frente!

Ambos não discordaram, apenas curvaram o corpo em respeito e, imediatamente, afastaram-se daquela região. Damara fechou os olhos e abaixou sua cabeça, respirando fundo para tentar se acalmar, mas antes que pudesse comemorar o silêncio e tranquilidade, os passos atrás de si seguidos por palmas a distraiu. Ela virou-se para trás e não escondeu o largo sorriso ao ver Taehyung, sorridente, ir até ela.

– Não sabia o quão poderosa é.

– Há quanto tempo está me observando?

– Tempo o suficiente para ver os meus amigos possuídos. Acho que deveria me contar, não?

Damara havia se esquecido, por um breve momento, sobre as ordens que dera aos rapazes, assim como também esquecera de que escondia o segredo de ambos. Ela sorriu na tentativa de disfarçar o nervosismo, mas já era tarde, seu disfarce começara a cair.

– Não se preocupe, não direi que pratica magia negra.

– Eu não acredito em você.

– Então, que tal um trato?

– O que sugere?

– Cure os meus pais. Cure-os e levarei o seu segredo e os dos meus amigos ao túmulo.

– Teria coragem de contar o que viu às pessoas?

– Teria coragem de me ver adoecido pela tristeza de perder minha família?

Ela não o respondeu, pois não esperava tal pergunta vinda dele. De fato, Damara odiaria ver aquele que verdadeiramente ama entregue à depressão, e por mais que doa as consequências de quebrar a maldição, ela faria, pois nada doeria mais do que perde-lo.

– Vá para casa, Taehyung.

– Realmente não me ajudará?

– Vá, garanto-lhe que não se arrependerá.

Ele concordou em silêncio, apenas assentindo com a cabeça enquanto se distanciava sem contestar, não demorando a sumir entre as árvores da floresta. Damara respirou fundo e caminhou para dentro de sua cabana, certificando-se de que mais ninguém a observava, e então foi aos bonecos que representavam os pais de Taehyung, pegando-os em suas mãos e encarando-os fixamente.

– Faça e arrependa-se mais tarde.

A voz surgiu atrás dela, mas ela ignorou o homem, e ele insistiu:

– Tiro de ti o que é mais sagrado.

– Eu não tenho nada de sagrado.

– Aquele rapaz é seu ponto fraco.

– Assim como também é o de Lúcifer.

Ela sorriu, virando-se de frente para ele e olhando-o nos olhos, erguendo as sobrancelhas.

– Ele é parte fundamental do plano de Lúcifer, senhor. Se ele morrer, perderá uma das cinco chaves que o dão passagem a terra. – Damara suspirou, dando de ombros e virando-se outra vez. – Pense bem antes de me ameaçar, porque estamos no mesmo barco.

– Como ousa falar assim, humana imunda?

– Por gentileza, saia.

– Está disposta a sentir a ira de nosso mestre?

– Se és assim tão ameaçador e poderoso, que ele pare de mandar mensageiros e venha diretamente a mim.

– Insolente! Uma meretriz como você não tem direito de dirigir-se desta forma a mim.

Damara riu e virou-se outra vez, cruzando seus braços.

– Lúcifer está preso, precisa dos cinco Guardiões vivos para sair do inferno, e eu garanto a você que o que farei é conveniente a ele, porque o Taehyung é o único que ainda guarda sentimentos bons em relação aos pais, e se os pais dele morrerem antes do demônio o dominar, Taehyung também morrerá de tristeza. Agora saia daqui, porque não tenho tempo para conversar com um aspirante a cãozinho do inferno.

O homem rangeu os dentes por conta da raiva, mas decidiu não ataca-la e apenas desapareceu tão rapidamente quanto surgiu. Damara respirou fundo e riu do que acabara de acontecer, então voltou sua atenção aos bonecos, retirando de seus corpos os alfinetes e desfazendo a costura, para então assim esvaziar os tecidos e acender um fósforo em cima das ervas, as quais queimaram imediatamente. Ela fechou os olhos e também jogou os tecidos nas chamas, dizendo a si mesma que a maldição sobre os pais do rapaz foi quebrada.

Damara afastou-se e então saiu de sua cabana, caminhando tranquilamente em direção ao cavalo branco que a esperava não muito distante de sua antiga moradia, e ela logo montou no animal, assim seguindo para o palácio da família Kim, enquanto continuava a pensar sobre o ato realizado a pouco, perguntando-se o porquê de ter se sentido tão bem em quebrar uma maldição que, desde o início, planejou.

 

 

“– A maldade é como uma doença, pois ela surge aos poucos, seja lá qual for a causa. A maldade é uma das mais cruéis doenças, doce menina, e assim como boa parte das doenças, ela tem cura, porém resta a você produzir a substância e medicar aquele que necessita. – Disse Allane, sorrindo para a filha que a olhava atentamente. – Encontre a cura, querida filha.

– E qual é a cura para a maldade, mamãe? – Perguntou Damara.

– O amor é a cura, doce menina. ”

 

 

– Eu encontrei a cura, mamãe. Kim Taehyung é a cura, mas eu não posso curar a minha doença, não mais.

 


Notas Finais


E por hoje é só, amores! Espero que tenham gostado. <3
Digam o que acharam, por favor!
Até logo e beijinhos. <3


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