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História The Game Over - Desapego não é desamor.


Escrita por: fanficsidols

Capítulo 3 - Desapego não é desamor.


Fanfic / Fanfiction The Game Over - Desapego não é desamor.

Acordo e não ouço nada, apenas o barulho dos pássaros cantando. Pego meu celular no móvel ao lado e checo as horas. Nove e meia da manhã, porra. Por que acordei tão cedo? Que saco! Recordo-me da manhã do dia anterior, até ontem era só eu e Bethany. Lembrei-me da transa e da manhã excitante.

Vou ao quarto dela sem que ninguém ouça ou veja. Não será necessário que Hunter saiba que eu e a nossa amiguinha de porre transa as vezes. Para a minha surpresa, Bethany não está no quarto dela e a cama está arrumada. Onde é que ela está?

Sigo para o quarto de Ayla e o mesmo acontece, cama arrumada e nada dela. Será que as duas saíram e não me chamaram? Hunter tem de estar em casa, não posso estar sozinha há essa hora. Sigo até o quarto dele e repenso sobre abrir a porta ou não. Vai saber se ele dorme pelado, será constrangedor. Foda-se, quero saber se ele saiu ou não. E ele estará dormindo se estiver nu, então não saberá que o vi.

Para a minha surpresa maior, assim que abro com toda cautela a porta do quarto de Hunter, encontro ele, Bethany e Ayla dormindo nus. Pelo chão do quarto, roupas, dos três, espalhadas. Fizeram ménage e não me convidaram, vadios. Saio rindo do quarto, praguejando-me um pouco por ter presenciado tal cena.

Apronto-me depois de um bom banho, a hora do almoço fora anunciada pela empregada que avisara. Sendo uma boa amiga, a qual eles amarão ter pelos restos de suas vidas ou pelo menos até o fim da faculdade, adentro o quarto gritando para acordá-los, deixando-os constrangidos por serem pegos pós-ménage. Cada um mais desnorteado que o outro, tentando cobrir seus corpos com o lençol, que bom que não tentaram se esconder, pois seria inútil.

— Porra! — Pragueja Ayla e eu rio.

— Porra dois! — Bethany concorda.

— Vai dizer porra três ou eu direi, Hunter? — Indago-o.

— Engraçada. — Ele me diz ironicamente.

— Hora do almoço, seus putos. Vistam qualquer peça de roupa e venham logo, estou faminta e este é o primeiro almoço da república.

— Oh não! Chega de comemorações. — Ayla reclama sonolenta.

— Chega de comemorações? — Eu rio. — Vagabundos, fizeram uma boa festinha enquanto eu fui dormir ontem.

O almoço fora servido na mesa da piscina. Observei um por um, estavam calados. Talvez eu tenha pegado pesado e constrangi-os demais da conta. Estou ansiosa para ouvir os comentários sobre como fora a noite do trio. Eu deveria estar morta para apagar e não ouvir um gemido sequer.

— Estão calados. — Digo provocando-os. — Quero saber, fala aí. O pau do Hunter é grande? — Ayla me olha horrorizada, Bethany ri e Hunter abaixa a cabeça sentindo-se culpado. Por fim eu gargalho. — Qual é, zoando galerinha. Mas fique a vontade para matarem a minha curiosidade.

— Sobre o tamanho do meu pau? — Eu reviro os meus olhos.

— Não quero saber o tamanho do seu pau. Deixe-o para as meninas. Quero saber é da noite de vocês. — Todos riem.

Após o almoço decidimos nos reunirmos para assistir um filme. Ayla e Bethany se encarregaram de preparar a sala de vídeo, ligando o ar condicionado e pegando mantas para todos. Hunter e eu nos encarregamos da pipoca, doces e refrigerantes. A campainha então toca, fazendo-me ficar surpresa. Quem poderá ser?

— Deixe que eu atendo. — Hunter avisou nossa empregada. E eu o olho sem entender. Ele irá receber visita bem agora que iremos assistir filme?

— Hunter? — Pergunto sem entendê-lo.

— Ah, me desculpe Jenna. Se não se importa, eu convidei um amigo. Justin.

— Tudo bem. — Dou de ombros. Seja lá quem for Justin.

Pego os potes de pipoca, tentando carregá-los e não derrubá-los, e sigo até a sala de vídeo. Nos lugares dos refrigerantes, há garrafas de cerveja. Indago-me sobre quem é que pegara cervejas ao invés dos refrigerantes? Eu detesto cerveja.

— Eu pensei que fosse refrigerante, a nossa bebida. — Reclamo.

— Oh, foi ideia do Hunter. — Ayla diz.

— Jenna odeia cerveja. — Bethany conta para Ayla.

— Obrigada Beth. Eu fico com o refrigerante mesmo. — Olho para ambas e retiro a garrafa de cerveja que seria minha. Checo o frigobar da sala e não há refrigerantes, merda.

Volto para a cozinha, e não há nenhum sinal de Hunter e seu amigo Justin na sala assim que passei pela mesma. Ou então não havia sinal de ambos até eu adentrar a cozinha. Hunter está com a geladeira aberta, pegando outra cerveja. O amigo de Hunter, Justin, vira-se de frente para mim. Bieber? Justin é Bieber? Bieber é Justin?

— Já estamos indo. — Hunter me olha e diz. — Deixe-me apresentar vocês. — Hunter não faz enquanto alterna seu olhar entre eu e Justin, ou quer dizer, Bieber. — Já se conhecem?

— Já. — Digo e dou de ombros. — O que faz?

— Procurando uma cerveja para Justin.

— Pegue a minha. — Entrego para Bieber e Hunter me olha. — Detesto cerveja.

Dou as costas para ambos, vou até o frigobar e pego uma lata de refrigerante. Passo por eles e sigo até a sala de televisão onde as garotas me esperam. Pelo visto já escolheram o filme, pois há uma imagem pausada na tela.

— Onde está Hunter? — Ayla pergunta.

— Na cozinha com... — Sou interrompida pelos rapazes que surgem na sala. — Com ele. — Termino de dizer o que já estava dizendo.

— Olá. — Bieber diz para Bethany e Ayla.

— O amigo da festa de ontem. — Ayla responde. — Como vai?

— Bem e vocês?

— Bem.

Ajeito-me na poltrona, começo a comer a minha pipoca enquanto aguardo que eles também se ajeitem. O filme começa, porém mal consigo acompanhá-lo, pois os meus olhos vão se fechando aos poucos e eu adormeço. Um som irritante me desperta, olho ao meu redor e todos continuam assistindo o filme. O som irritante vem do meu aparelho celular, com dificuldade vejo “mamãe” no visor. Puta merda! Em questão de segundos me desperto por completo e fujo do cômodo como um furacão para atender a minha mãe.

— Olá mãe.

— Minha filha, que saudade! — Sua voz soa através da linha e um sorriso surge em meus lábios.

— Eu que a diga. Como está você e o papai?

— Estamos bem, graças a Deus. Como você está? Fiquei preocupada, não respondeu meu e-mail. Quero saber como está sendo suas férias.

— Oh, eu fiquei de fazer sim o e-mail para vocês, mas acabei me esquecendo. Estou bem também. Ah, as minhas férias? — Penso e logo rio. — Estão boas e divertidas.

— É sério? Que maravilha. Fico contente que esteja se divertindo, o que tem feito?

Tenho tomado muito porre e transado bastante, logo penso.

— Nada demais, somente algumas festinhas com algumas pessoas do curso. Sabe como é né, reuniões de amigos. — Minto.

— Parece legal. — Não, penso. Com algumas festinhas e com algumas pessoas eu quero dizer festas fodas para caralho com a faculdade inteira, mamãe.

— Como está o tour pela Europa? — Pergunto-lhe, fugindo do assunto relacionado às minhas férias.

— Romântico! — Sorrio contente por imaginar meus pais curtindo as férias a dois.

— Fico feliz por vocês. Aproveitem por mim!

— Com certeza. Ah, e o plano de voltar uma semana antes das férias acabarem, continua. Quero que vá para casa, estaremos a sua espera. Sua irmã e Dean querem te ver.

— Eu irei. — Sorrio sentindo a saudade da minha família me dizer olá. — Mal posso esperar para ir!

Assim que desligo, por um segundo, sinto uma dificuldade em respirar e também uma vontade de chorar. Sinto tanta saudade deles, sinto uma saudade absurda de ser a garotinha caçula dos meus pais, de ser a protegida da minha irmã mais velha, de ser quem eu era. Mas é preciso crescer e descobrir o que o mundo tem para me dar, então aqui estou.

— Como são as festinhas? — A voz de Bieber aparece atrás de mim e sorrio acanhada, sentindo-me culpada.

Por que ele estava ouvindo a minha conversa? O que digo a ele? Solto um longo suspiro sentindo a culpa pousar nos meus ombros, não Jenna, não se sinta culpada, não agora. Pois sei que a partir do momento que eu deixar a culpa me dominar, irei me sentir um caco. Eu preciso de ar.

— Sua garrafa está vazia. — Aviso-o assim que olho para a garrafa vazia de cerveja, em sua mão. — Quer beber alguma coisa? — Pergunto e aponto em um gesto com a cabeça, para a cozinha.

— Sim.

Justin seguiu-me até a cozinha, servi-nos com dois copos grandes de suco, ele não quis mais beber álcool. Em seguida fomos até a área externa da casa, onde há varias acomodações com vista para a piscina e para o belo jardim que tanto amo. Sentamo-nos na cadeira de balanço e fiquei alguns segundos a contemplar as flores.

— Então você chama Justin. — Digo quebrando nosso silencio.

— Bieber. — Ele sorri e fico confusa. — Justin Bieber. — Então o entendo e ele sorri novamente. — E você chama Jenna. — Ele continua.

— Bieber. — Sua vez de ficar confuso. — Jenna Bieber. — E então rimos.

— Prazer em conhecê-la Jenna Bieber.

— Digo o mesmo, Justin Bieber.

— Somos parentes distantes? Nunca a vi nas reuniões da família. — Ele prossegue com a nossa brincadeira.

— Primos. — Afirmo e damos risadas. Continuo: — Jenna Campbell.

— Jenna Campbell. — Ouço-o dizer meu nome e sobrenome. — Eu já sabia. — Bieber fala e eu o olho. — Procurei no facebook. — Sorrio como resposta para ele. — Para ser bem mais preciso, procurei instantes depois que me deixou sozinho na feste de ontem.

— Bom saber, Bieber.

Observo meu copo de suco enquanto analiso o fato de Bieber ter procurado por mim no facebook, interessante. Por alguns segundos pensei em derrubar, sobre este rapaz, tudo o que sinto sobre a culpa de mentir aos meus pais e família. Mas não o faço.

— O que achou? — Pergunto referindo-me ao meu perfil no facebook.

— Nada interessante. — Bieber me diz. — Suas fotos e informações são privadas. — Sorrio.

— Não recebi nenhuma solicitação de amizade. — Digo-lhe e como resposta ganho seu lindo sorriso.

— Aí estão vocês! — Ayla exclama assim que aparece na grande porta de vidro.

— Bom o filme? — Bieber pergunta.

— Detestei o final. — Ela nos conta. — E você, o que achou Jen?

— Ah. — Fico sem o que dizer. E o meu celular apita, denunciando uma mensagem, tomando a minha atenção.

“Apronte-se esta noite, fique um arraso. Os meninos fecharam camarote para nós na sua boate preferida. Com nada de amor e sim muito desapego, Lexie.”

Rio comigo mesma, “Com nada de amor e sim muito desapego”. Lexie terminara seu relacionamento há três semanas, viajara com a família e deve ter voltado hoje pela manhã. Ayla chama pela minha atenção, bloqueio a tela de meu celular e no mesmo instante Hunter aparece também.

— Aí está ela, a péssima companheira de filme. Dormiu desde o início! — Rio.

— Não resisti. Minhas pálpebras pareciam pesar toneladas, dormi tarde e acordei cedo. — Rio ao me recordar da cena que vi nessa manhã e nego com a cabeça. — Querem saber de algo? — Não espero que me respondam. — Irei descansar.  — Levanto-me e caminho até a grande porta de vidro, dando-lhes as costas. — Até mais, Bieber. — Digo alto e sigo ao meu quarto.

“Já estava demorando, pode deixar comigo. Fique pronta antes de eu passar na sua casa, sabe como detesto esperar. Beijinhos. Com muito amor de sua amiga, pois desapego não é desamor, Jen.” Respondo a mensagem de Lexie antes de me deitar e fechar os olhos.

O barulho chato do despertador soa bem alto em meus ouvidos, esqueci-me de deixar o celular sobre o móvel ao lado antes de eu dormir. Eu ficaria irritada se não estivesse empolgada para sair com Lexie e os nossos amigos. Levanto-me e sigo para um bom banho. 



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