História The Guardian of the Multiverse - Chapter-1

Chapter-1 

— Eu sou uma louca, Alexy. 

— Ora, pegar sua melhor amiga no boquete, é totalmente normal, Phoenix – O azulado bufou. –, mas o vendedor de roupas é um gato, e não a julgo, por ter pegado ele. 

— Merda eu não consigo tirar aquilo da minha cabeça, Alexy! Eu… Só queria ter o poder de apagar a minha mente, e sumir com essa memória pelo resto da minha vida mortal! – Ela mordeu uma unha, e cuspiu em seguida quando viu o olhar de seu amigo. – Você está falando como gente que lê muitos, muitos livros. Vamos parar de drama, amore? – Ela revirou os olhos ouvindo tal julgamento de seu amigo. – E daí que eu leio muitos livros? Pelo menos os livros trazem mundos perfeitamente construídos que nos fazem nos sentir em casa, com personagens intrigantes e maravilhosos. 

— Amiga, você só ama ler, só porque tem personagens com passado sombrios e que são sarcásticos. – Ele olhou para ela como se fosse algo estranho – Não me julgue. Eu amo mesmo! Mesmo não sendo reais. – Ele revirou os olhos enquanto passava pela linha dos pedestres – Você só fica criando cenários em sua mente, sua maluca! – Ela cruzou os braços, e fez um biquinho infantil – Eu não sou maluca! Apenas tenho padrões muito altos – Ele bufou novamente parando em seu apartamento – Ou melhor, no apartamento de Morgan. 

— Bem, depois nós continuamos nossa conversa mais tarde. – Ele parou, ajeitando seu casaco, está muito frio por aqui. – Ah, não gaste seu dinheiro com livros, ouviu? – Ela arregalou os olhos. Ela mandou um gesto ofensivo a ele, o azulado soltou uma gargalhada alta que fizera ela rir também. 

Ela finalmente começou a caminhar indo em direção a livraria que ficava perto de seu apartamento. Ela ia alegremente, apenas para comprar o novo unboxing do livro que tanto queria a muito tempo. Na verdade ela queria desde o Natal passado, mas não tinha dinheiro o suficiente para isso. Teve que comprar presentes para seus amigos. 

Com um sorriso ela começa a correr pois percebeu que faltava menos de meia hora para fechar a livraria. 

~ O ~ 

Ela não conseguiu chegar a tempo, por causa do ônibus que demorou dez minutos para chegar, por tanto, havia chegado no horário que as funcionárias estavam saindo para suas casas.

— Que porcaria. – Ela resmungou a si mesma antes de chegar em sua casa. Ajeitando a sua postura, pois sabia que no meio havia criminosos ou até mesmo estupradores.

Ela estava sozinha no meio da rua, sabendo que poderia ser abusada por qualquer desconhecido, mas, a jovem estava protegida com um spray de pimenta e um canivete de bainha vermelha, que Castiel havia dado a ela no Natal no ano passado. Ela nunca havia mostrado aquela canivete para ninguém, até porque o povo daquela rua já a conhecia. 

Ficando atenta, já não poderia ficar de quarta abaixo. Ela verificava cada movimento de alguns desconhecidos que passavam na rua.

“Homem alto, desconhecido, de aparência de trinta anos passando na rua” — Avisou a si mesma. Apenas olhando por cima de seu ombro. Ela esperava que o homem passasse direto, mas, estava enganada. 

O homem alto, pegou seu antebraço, tentando jogá-la em beco escuro para ser estuprada, mas, ela era mais rápida do que aquele homem. Pegando o canivete em sua mão esquerda, ela tentava assustar o homem de olhos azuis esverdeados, jogando o canivete e quase o nocauteado. 

O homem resmungou, seu coração estava a mil, e ele não havia desistido. A mão do homem foi as suas pernas tentando abri-las. Ela chutou em sua parte íntima, o homem dessa vez gritou. Ficando alguns segundos no chão, a mulher tentou fugir, mas, havia outros homens à sua volta. Haviam dois em sua frente. Ela ofegou. 

Eram dois contra uma. 

Ela entrou em guarda mesmo não sabendo que não poderia ganhar, estava com medo, muito medo, ela não queria ser abusada como as outras alunas de sua faculdade, que necessitam de um psicólogo. Ela suspirou, antes de um dos homens a atacar. 

Dando um soco de esquerda em seu rosto, mas a garota desviou com sutileza. Surpreendendo o homem com gancho de direita, derrubando-o rapidamente. Mas o outro homem deu lhe um golpe lateral no corpo, mas a garota se esquivou aplicando um golpe executado de baixo para cima no rosto. Aquilo fez o homem cair no chão.

Ela ofegava. Olhando para os homens que haviam em sua frente. Mas o homem que recebeu um chute em sua parte íntima levantou-se agarrando a menina e prendendo-a na parede. 

Ela estava cansada e nunca havia chegado a esse ponto. Homem se aproximava de seu corpo deixando uma mão livre passando por sua blusa de lã creme. Ela tentava se soltar, mas estava cansada. — Pare, ou eu chamo a polícia! 

— Como? — Ele riu — Você não teria coragem. 

— Eu teria.  – Ela respondeu antes de dar um golpe silencioso no pescoço do homem, por fim, o nocauteando. Ela ficou em posição defensiva esperando os homens se erguem novamente, pronta para um segundo round, mas não ergueram. E uma mecha de cabelo preto caiu em frente aos olhos azuis acinzentados, ela o tirou com um sopro e anotou mentalmente para agradecer ao Nathaniel por ter ensinado alguns golpes de luta.  – Bem, eu lhe dei uma chance, querido. 

E cuspiu antes de pegar o canivete no chão, dando alguns passos antes de pegar o telefone que havia em seu bolso e ligar para a polícia, por tentativa de estrupo, e ir embora para sua casa.